Do ensaio Nem água, nem terra - pescador pega dois peixes no São Francisco em Pau Preto | Foto: João Roberto Ripper
A
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) soma-se às muitas vozes das
lideranças, comunidades ribeirinhas, povos tradicionais, movimentos
sociais, comitês de bacias, pastorais sociais e especialistas para
denunciar a morte do Rio São Francisco e exigir do Estado brasileiro
ações imediatas para reverter tal quadro de penúria, abandono,
exploração, descaso e privatização de suas águas.
O Rio totalmente brasileiro sustenta milhares de ribeirinhos nos 160 municípios que banha, ao longo dos cinco estados que percorre (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) e também é fonte de vida e renda para quem vive em seu entorno. No entanto, este mesmo manancial que garante vida digna para muita gente que vive no Semiárido, passa por um dos piores momentos de sua existência, segundo relatos das populações rurais e de cidades ribeirinhas, e também de acordo com os relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA).
Os mais de 500 anos de exploração do rio, em especial o barramento de suas águas, provocaram o assassinato e expulsão de povos originários dos seus territórios, escravização de povos negros, alagamento de grandes áreas e inundação de cidades ribeirinhas, devastação das matas, águas demandadas e poluídas. O Cerrado está sendo destruído! Em seu lugar implanta-se o agronegócio com suas monoculturas para exportação e a mineração o que provoca a destruição das áreas de recargas de águas da Bacia. A caatinga está sendo retirada para dar lugar à fruticultura e à cana-de-açúcar irrigada. Este desmonte da cobertura vegetal natural provoca o entulhamento do Rio e neste cenário de devastação e exploração das águas do Velho Chico espalham-se diversos conflitos por terra e águas dos povos tradicionais que resistem em luta.
O Rio totalmente brasileiro sustenta milhares de ribeirinhos nos 160 municípios que banha, ao longo dos cinco estados que percorre (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) e também é fonte de vida e renda para quem vive em seu entorno. No entanto, este mesmo manancial que garante vida digna para muita gente que vive no Semiárido, passa por um dos piores momentos de sua existência, segundo relatos das populações rurais e de cidades ribeirinhas, e também de acordo com os relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA).
Os mais de 500 anos de exploração do rio, em especial o barramento de suas águas, provocaram o assassinato e expulsão de povos originários dos seus territórios, escravização de povos negros, alagamento de grandes áreas e inundação de cidades ribeirinhas, devastação das matas, águas demandadas e poluídas. O Cerrado está sendo destruído! Em seu lugar implanta-se o agronegócio com suas monoculturas para exportação e a mineração o que provoca a destruição das áreas de recargas de águas da Bacia. A caatinga está sendo retirada para dar lugar à fruticultura e à cana-de-açúcar irrigada. Este desmonte da cobertura vegetal natural provoca o entulhamento do Rio e neste cenário de devastação e exploração das águas do Velho Chico espalham-se diversos conflitos por terra e águas dos povos tradicionais que resistem em luta.
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