quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Vacinação Contra Aftosa- Até Hoje.


A vacinação vai até hoje dia 30. O produtor rural antes de vacinar o rebanho, deverá observar algumas normas, consultando a Secretária de Agricultura do seu município.

 O Governo MENTE sobre a Reforma da Previdência Rural








O governo, outra vez, tenta enganar a sociedade com o discurso demagógico de que não vai alterar as regras da previdência rural.

O novo texto deixa claro que:

•os agricultores e agricultoras familiares somente poderão se aposentar mediante a comprovação de 15 anos de contribuição mensal.

A intenção é abrir as portas para exigir dos agricultores e agricultoras familiares contribuição previdenciária mensal, com valor mínimo pré-fixado para cada membro da família. A proposta restringe a garantia de que será respeitada a capacidade contributiva do agricultor e agricultora familiar para garantir a proteção previdenciária sua e da família.

A Constituição de 1988 assegurou a contribuição dos segurados especiais com base na comercialização de sua produção, respeitando assim, a realidade do campo e as incertezas enfrentadas pelos produtores rurais, como secas, enchentes, preços baixos de comercialização, que muitas vezes os impedem de conseguir renda monetária com regularidade. Exigir que os mesmos efetuem contribuição mensal para a previdência significa exclusão da grande maioria.

•os trabalhadores assalariados e assalariadas rurais terão que se aposentar com a mesma idade que os urbanos (65 anos para homens, 62 anos para mulheres).

A proposta eleva a idade de aposentadoria para os assalariados e assalariadas rurais condenando-os à própria sorte para, quem sabe algum dia, conseguirem ter acesso à aposentadoria. Se já é difícil de comprovar o tempo de trabalho pela descontinuidade dos contratos e a alta informalidade, imagina a aposentadoria de um cortador de cana aos 60 anos de idade, com acréscimo de mais 5 anos à idade para requerimento do benefício.

•com base no aumento da expectativa de vida, a idade mínima para aposentadoria, inclusive dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, será elevada pelo governo por meio de lei ordinária.

O aumento da expectativa de vida não significa capacidade laboral, principalmente na área rural onde o trabalho é penoso, exercido sob sol e chuva.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares – CONTAG é contrária à Reforma da Previdência Social apresentada pelo Governo com base na Emenda Aglutinativa Global à Proposta de Emenda Constitucional - PEC 287-A/2016, que retira direitos da classe trabalhadora.

A CONTAG defende:

•a manutenção da contribuição previdenciária dos agricultores e agricultoras familiares com base na venda da produção, beneficiando a família, conforme determina o artigo 195, § 8º, da Constituição Federal;

•aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras rurais (assalariados, assalariadas, agricultores e agricultoras familiares) aos 60 anos para homens e 55 para mulheres;

•manutenção explícita da comprovação de atividade rural para o acesso aos benefícios previdenciários rurais.

A CONTAG reafirma o seu posicionamento de que não pactua com essa lógica perversa de se querer fazer o ajuste fiscal do Estado brasileiro à custa da população mais pobre. Ademais, o relatório final de CPI da Previdência, aprovado, inclusive pela bancada governista, indica que não há déficit da Previdência Social e, sim, problemas de gestão e mal uso do dinheiro.

Estamos mobilizados e na luta por uma previdência social justa e inclusiva. Os trabalhadores e trabalhadoras não aceitam pagar essa conta.


FONTE: Direção da CONTAG

O agronegócio se fortalece em crescimento sustentável


agronegócio sustentávelO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)¹, identificou um crescimento do agropecuária brasileiro em torno de 15,2% no primeiro trimestre de 2017, quando comparado ao mesmo período em 2016. Tamanha expansão requer uma estrutura sólida, que permite o avanço aderente às demandas nacionais e internacionais – que tendem a tornar o Brasil o maior fornecedor de alimentos do mundo em um futuro não muito distante.
Sem dúvida, esse é um dos mercados mais promissores no País. Muito tem se falado sobre a expansão do agronegócio no Brasil. Mas para isso é importante destacar o uso da tecnologia que fará toda a diferença na gestão sustentável e na propulsão dos negócios, principalmente quando integrada com projetos de engenharia personalizados e com foco na máxima eficiência.

Diante desse cenário, destaca-se a maturidade e a competitividade do mercado brasileiro no agronegócio como fator de impulsionamento para levar os produtores a ter uma maior adesão a formatos de armazenamento mais eficientes, de suas produções . Para isso, é fundamental investir um tempo precioso na elaboração de um bom projeto de engenharia que reúna alta tecnologia e as melhores iniciativas disponíveis na atualidade para a construção de locais realmente adequados para o armazenamento da produção. Qualidade e durabilidade podem e devem caminhar juntas.

Embrapa e Mapa discutem ações de pesquisa para evitar a entrada de 20 pragas quarentenárias ausentes no Brasil

Miguel Dollet - A praga Candidatus Phytoplasma palmae, causadora da doença conhecida como amarelecimento letal do coqueiro, é uma das priorizadas pelo MAPA e a Embrapa.
A praga Candidatus Phytoplasma palmae, causadora da doença conhecida como amarelecimento letal do coqueiro, é uma das priorizadas pelo MAPA e a Embrapa.
São pragas consideradas prioritárias pelos danos que podem causar à economia do País, além da proximidade geográfica, entre outros fatores.
Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniram na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF, nos dias 16 e 17 de novembro de 2017 durante o workshop “Levantamento de demandas de pesquisa com pragas priorizadas” para discutir ações de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para evitar a entrada no Brasil de 20 pragas quarentenárias consideradas prioritárias. Estas pragas foram listadas em conjunto entre as duas instituições em outubro de 2017 e são consideradas prioritárias pelos prejuízos econômicos que podem causar às culturas de milho, soja, mandioca, batata e arroz, além de várias frutas, caso entrem no País. É considerada também a proximidade das áreas onde ocorrem com as fronteiras brasileiras, entre outros fatores.
Existem atualmente cerca de 500 pragas quarentenárias – entre fungos, insetos, bactérias, vírus, nematoides e plantas daninhas – oficialmente reconhecidas como ausentes no Brasil. A priorização é importante porque permite desenvolver um trabalho mais específico para evitar a entrada das pragas listadas. Caso não seja possível, auxilia também o País na adoção de medidas para sua erradicação e controle.
Participaram do Workshop além dos pesquisadores da Embrapa envolvidos com a gestão da pesquisa em pragas quarentenárias, representantes do Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA e o pesquisador do Centro de cooperação internacional em pesquisa agronômica para o desenvolvimento (CIRAD/França), Michel Dollet, parceiro em projetos de pesquisa com pragas quarentenárias.
Durante o evento, foram discutidas diversas questões relacionadas às pragas quarentenárias, como por exemplo, metodologia e resultado da priorização; importância de monitoramento de cenários relacionados a sua ocorrência; instrumentos de cooperação científica da Embrapa e as demandas de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para as 20 Pragas quarentenárias ausentes priorizadas para o Brasil. Foi relatado também um exemplo de pesquisa realizada com uma das pragas ausentes, o Amarelecimento Letal do Coqueiro.
Foram definidos ainda os temas e as linhas de demandas que serão levantadas para cada praga, as prioridades e dificuldades para cada linha de pesquisa, potenciais instituições parceiras, financiadores de projetos e especialistas.
Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Marcelo Lopes, durante o evento foi iniciado o levantamento de ações e demandas de pesquisa para algumas pragas, como o Amarelecimento Letal do Coqueiro, Brevipalpus chilensis, Ditylenchus destructor e Boeremia foveata. Posteriormente ao evento, a Embrapa e o MAPA darão continuidade ao trabalho com as demais pragas listadas.
O levantamento de demandas para as pragas priorizadas é de fundamental importância para ações quarentenárias, além de servir de apoio à tomada de decisões pelo MAPA. Terminada esta etapa, o desafio será buscar especialistas e parceiros para proposição de projetos com foco nas pragas priorizadas.
Segundo Marcelo, o tema "pragas quarentenárias" tem aumentado de importância no mundo por duas razões: a primeira, pelo interesse mundial na expansão do comércio de produtos agrícolas que podem enfrentar obstáculos à exportação pelas barreiras fitossanitárias. A outra razão é a introdução de pragas com resistência a diversos métodos de controle, ocasionando impactos econômicos e ambientais significativos nos países. Para o pesquisador, “essas preocupações deixaram de ser exclusivas de agentes de defesa vegetal para se tornarem objetos de pesquisa para os cientistas”.
Saiba quais são as pragas prioritárias:
As 20 pragas quarentenárias ausentes prioritárias são (em ordem alfabética):
African Cassava Mosaic Virus – vírus (mandioca)
Anastrepha suspensa – inseto (goiaba)
Bactrocera dorsalis– inseto (frutíferas)
Boeremia foveata – fungo (batata)
Brevipalpus chilensis – ácaro (kiwi, videira)
Candidatus Phytoplasma palmae – fitoplasma (coqueiro)
Cirsium arvense – planta daninha (trigo, milho, aveia, soja)
Cydia pomonella – inseto (maçã)
Ditylenchus destructor – nematoide (milho, batata)
Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça 4 Tropical – fungo (banana)
Globodera rostochiensis – nematoide (batata)
Lobesia botrana – inseto (videira)
Moniliophthora roreri – fungo (cacau)
Pantoea stewartii – bactéria (milho)
Plum Pox Virus – vírus (pessegueiro, ameixeira)
Striga spp. – planta daninha (milho, caupi)
Tomato ringspot virus – vírus (frutíferas e tomate)
Toxotrypana curvicauda – inseto (mamão)
Xanthomonas oryzae pv. oryzae – bactéria (arroz)
Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa – bactéria (videira)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017


Técnico da Semarh é eleito presidente do CBH do Piancó-Piranhas-Açu



O Geólogo Paulo Lopes Varella Neto, técnico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), e ex-Diretor de Gestão da Agência Nacional de Águas (ANA), foi eleito presidente do Comitê da Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu (CBH PPA), durante a realização da 17ª Reunião Ordinária do colegiado, que aconteceu dia (24) passado em Patos/PB.
Geólogo com pós-graduação em Hidrologia Subterrânea pela Universidade Politécnica de Barcelona, na Espanha, Paulo Varela já foi secretário da Semarh e, teve uma atuação marcante na ANA, coordenando Programas e Projetos desde 2003.
A nova diretoria, eleita para o biênio 2017/2019 é composta ainda pelo vice-presidente do comitê, Josué Diniz, representando a sociedade civil da Paraíba, Waldemir Fernandes, eleito primeiro secretário, representa a Agência Executiva de Gestão das Águas da PB e José Procópio de Lucena, segundo secretário, representando a sociedade civil do RN.
O CBH PPA foi criado por decreto presidencial em novembro de 2006 e foi instalado no ano de 2009. Um comitê de bacia é um órgão colegiado composto pelo poder público, usuários de água e sociedade civil com o objetivo principal de gerenciar águas na bacia onde atua.
A Semarh, através da sua Coordenadoria de Gestão, exerce também a função de secretaria executiva dos Comitês de Bacias Estaduais, sempre apoiando o funcionamento e a dinamização destes colegiados.

O foco na mulher rural vai ser a principal proposta do Brasil para a agricultura familiar no Mercosul

mulheres-do-campo2-640x427Esta é  uma das propostas que estarão em pauta para a criação de um programa de gênero regional com foco na mulher rural. “ Elas precisam ser vistas como a solução para os problemas da pobreza e da fome no Mercosul. Isso é um plano de trabalho que será desenvolvido, dentro do bloco, coordenando-se com a agenda dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Vamos destacar a autonomia da mulher rural e também o tema de violência da mulher rural.” Defende o secretário técnico da Reaf, Lautaro Viscay,
O tema será levado para os debates da XXVII Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), em Florianópolis, que será realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro. O objetivo é avançar na construção conjunta de políticas públicas sobre a agricultura familiar na região do Mercado Comum do Sul (Mercosul), onde irão participar representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; assim como os membros associados: Chile, Bolívia, Equador e Colômbia.

Criada em 2004, por iniciativa da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) Mercosul, a Reaf é composta pelos membros plenos do Mercosul. Uma outra novidade do encontro é a criação de mais um Grupo Temático: o de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Os primeiros passos para a constituição dessa iniciativa aconteceram no primeiro semestre, no Chile, quando foi dada a recomendação sobre extensão rural para os países. “Isso significa que agora na XXVII Reunião da Reaf nós vamos produzir com os outros países recomendações, orientações, ações de intercâmbio e capacitações. O tema é estratégico e fundamental, porque é a Ater que leva as políticas para as famílias que estão no campo”, explica o coordenador-geral de Assuntos da Agricultura Familiar e Cooperação Internacional da Sead, Hur Ben Corrêa da Silva.

Festival mobiliza produtores e empreendedores de carnes caprina e ovina

Adilson Nóbrega - Evento mobilizou produtores e empreendedores de carnes de pequenos ruminantes
Evento mobilizou produtores e empreendedores de carnes de pequenos ruminantes
Com apresentações de palestras, mostra de tecnologias e festival gastronômico, o I Festival da Carne Ovina e Caprina (Festicarnes) teve seu encerramento nesta segunda-feira (27), no Centro de Convenções de Sobral. O evento mobilizou produtores e empreendedores de carnes de pequenos ruminantes, com objetivo de fortalecer a atividade produtiva e expandir o consumo dos produtos em Sobral (CE).
Promovido pela Prefeitura de Sobral e Sebrae, com apoio da Embrapa e outras instituições parceiras, o Festicarnes trouxe, na noite da segunda, a mostra gastronômica, com a presença de restaurantes, hamburguerias e produtores rurais, que apresentaram, para degustação e venda, diversos produtos derivados das carnes de caprinos e ovinos. O público presente pôde consumir carnes em diversos tipos de corte e como ingrediente de produtos como sanduíches e salgados.
Um dos expositores foi o produtor rural Walney Moraes Filho, que promoveu degustações de diversos tipos de pratos, como salgados, paçoca, matambre e porpetone. Ele destacou a expectativa de avanços a partir das discussões nos momentos anteriores do Festicarnes, como o Encontro de Negócios que aconteceu no dia 14 de novembro.
“Pude ver alguns pequenos produtores propensos a mudar, querendo melhorar seus rebanhos para receber melhor pelos produtos. É satisfatório ver mudança de mentalidade. Espero que se permaneça com essa atitude, pois ela é necessária para unir e fortalecer uma cadeia que ainda não tem todos seus elos bem formados aqui na região”, avaliou ele. Segundo Walney, a procura de consumidores por cortes diferenciados produzidos em sua propriedade mostra que há potencial de mercado para a carne de ovinos e caprinos na região.
Segundo Lisiane Lima, pesquisadora de Sistemas de Produção da Embrapa Caprinos e Ovinos, além da diversidade de cortes e pratos, as carnes ovina e caprina têm potenciais nutritivos que podem conquistar mercados. “O consumidor pode ter, com carne ovina ou caprina, uma carne mais saudável, mais magra e de menor teor de lipídios se equiparada à bovina, por exemplo”, ressaltou ela.
Convênio para desenvolvimento
Ao final da mostra gastronômica, houve assinatura de convênio entre as instituições envolvidas no evento, para a construção de um plano de desenvolvimento para as cadeias produtivas. A Embrapa colaborará com ações de capacitação e colaboração com estudos sobre cenários de mercado e cadeia produtiva. O convênio inclui também a implantação, em 2018, do Serviço de Assessoria Remota Nutricional para Pequenos Ruminantes (AssessoNutri) da Embrapa em Sobral.

Para o pesquisador Vinícius Guimarães, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos, com a mobilização de produtores e mercado e com a boa aceitação do público presente ao Festicarnes, há uma expectativa positiva em relação aos esforços conjuntos para desenvolver cadeias e expandir o consumo em Sobral. “Temos chance de consolidar Sobral, no futuro, como uma referência gastronômica, de produtos de qualidade”, afirmou ele.
“Nós temos que olhar para o setor produtivo com uma perspectiva de negócios. Desenvolver uma cadeia produtiva que possa gerar uma carne nutritiva e produtos de alto valor agregado”, endossou o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Sobral, Inácio Cordeiro Neto.

A parceria entre Embrapa e Prefeitura dará início, em 2018, à prestação do AssessoNutri para produtores rurais de Sobral, que contarão com o Serviço para avaliar qualidade de alimentos e terem orientações nutricionais para os animais, em análises geradas a partir das coletas de fezes de rebanhos. Segundo Luíza Barreto, coordenadora de Agricultura e Pecuária da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico projeto inicial deve contemplar cerca de 100 produtores, dos distritos de Taperoaba, Aracatiaçu, Caracará, Jordão e Jaibaras.
O encerramento do Festicarnes também teve apresentações de palestras nos períodos da manhã e tarde. O pesquisador Vinícius Guimarães apresentou resultados de panorama da produção de carne ovina e caprina em Sobral. À tarde, os participantes conheceram detalhes sobre o funcionamento do AssessoNutri, em exposição conduzida pelo analista Lucas Oliveira e pelo laboratorista Marcos André Lopes, no Laboratório Móvel do Serviço.
Além da Embrapa, também apoiaram o evento a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará (IFCE), Senac, FAEC/Senar, Governo do Estado do Ceará, Adece, Faculdade Luciano Feijão, Fetraece, Ematerce, Idetagro e Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Sobral.

Embrapa Semiárido recebe Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional


A Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) foi contemplada o 1º lugar do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, na categoria “Projetos Inovadores para Implantação no Território”, com o projeto “Lago de Sobradinho - Ações de desenvolvimento para produtores agropecuários e pescadores do território do entorno da Barragem de Sobradinho-BA”. A premiação será entregue durante solenidade a ser realizada no dia 5 de dezembro, no Ministério da Integração Nacional, em Brasília-DF.
O pesquisador da Embrapa Semiárido e coordenador do Projeto Lago de Sobradinho, Rebert Coelho Correia, atribuiu ao trabalho em equipe à conquista do 1º lugar. “O projeto tem sido exitoso em suas ações e reconhecimentos, inclusive em premiações, em decorrência do envolvimento qualificado de grande número de empregados da Embrapa Semiárido, estagiários e uma equipe comprometida com os resultados. Agradeço a todos e compartilho esse momento de grande alegria”, declara.
Além desta primeira colocação, a empresa recebeu menção honrosa na categoria “Nordeste - Inovação e Sustentabilidade”, com o projeto “Desenvolvimento e Implementação da Certificação dos Vinhos do Vale do São Francisco”, desenvolvido pelo pesquisador Giuliano Elias Pereira, da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves-RS), que atua na Embrapa Semiárido. O trabalho, que conta com mais de 40 profissionais de diversas instituições de pesquisa, vem sendo desenvolvido há quatro anos e tem o objetivo de reunir informações a respeito das características dos vinhos produzidos na região, para elaboração de um dossiê que permita a obtenção do registro da Indicação de Procedência Vale do São Francisco – uma forma de garantir  a qualidade dos vinhos que chegarão aos consumidores, consolidar  o produto no mercado e atrair novos investidores.
Outras Unidades da Embrapa também foram contempladas com a premiação. O projeto “Geração Tecnológica Integrada Para Uso Sustentável da Biodiversidade: Maracujá Pérola”, coordenado pela pesquisadora Ana Maria Costa, da Embrapa Cerrado (Brasília-DF), obteve o 2º lugar na categoria “Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional”. Na mesma categoria, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das almas-BA) recebeu menção honrosa pelo projeto “Biodiversidade Funcional Associada à Vegetação Espontânea e ao manejo de coberturas vegetais em pomar familiar de citros em sistema agroflorestal – Biodiverso”, que tem à frente o pesquisador Rômulo Da Silva Carvalho. Mereceu menção, ainda, na categoria Nordeste – “Inovação e Sustentabilidade” o projeto “Sisteminha Embrapa UFU FAPEMIG - Produção Integrada de Alimentos”, liderado pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI).
O Projeto - Fruto de uma parceria entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o projeto Lago de Sobradinho vem sendo desenvolvido desde 2010 nos municípios baianos do entorno do lago formado pela Barragem de Sobradinho – Casa nova, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé e Sobradinho. A meta inicial era beneficiar, direta ou indiretamente, cerca de 594 e 9 mil agricultores familiares, respectivamente. Até outubro de 2017, esse número cresceu para 744 e mais de 13 mil beneficiados.
Uma equipe multidisciplinar formada por 31 pesquisadores e analistas da Embrapa, distribuída entre os 14 Planos de Ação componentes do projeto, é responsável por executar uma ampla programação de capacitações e experimentações agrícolas que tem incrementado nas propriedades uma infraestrutura produtiva, impactando na geração de renda e desenvolvimento das comunidades rurais.
A equipe desenvolve atividades que contemplam a diversidade agrícola da região, como olericultura (cebola, melão e melancia), a bovinocultura (leite e carne), caprino e ovinocultura, piscicultura, apicultura, fruticultura de sequeiro, cultivos alimentares (milho, feijão-caupi e mandioca), recuperação de mata ciliar, indicadores de desenvolvimento sustentável e beneficiamento de produtos da agricultura familiar (carne, leite, mandioca e frutas), além de estudos das cadeias produtivas de três atividades agrícolas relevantes na região: apicultura, criação caprina e ovina e piscicultura.
Um dos instrumentos metodológicos adotados para realização das atividades são os Campos de Aprendizagem (CAT), uma espécie de espaço pedagógico para experimentações técnicas individuais e comunitárias, e programação de atividades de formação e de capacitação.
Ao longo dos anos, o projeto vem se consolidando e alcançando resultados significativos. Em apenas uma das atividades produtivas contempladas, a olericultura, foram registrados incrementos de produtividade acima de 80% economia de 50% de água, 80% de fertilizantes e 30% de mão de obra. Na apicultura, os cursos de capacitação e apropriação tecnológica fizeram as produtividades saltarem de aproximadamente 13 kg/colmeia/ ano para cerca de 40 kg/ colmeia/ ano.
O Prêmio - A premiação surgiu em 2009 como uma das estratégias do Ministério da Integração Nacional para estimular o processo de discussão e divulgação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, intitulado “Prêmio Nacional de Desenvolvimento Regional Edição 2010: homenagem a Celso Furtado”. Na edição seguinte, o nome do consagrado economista brasileiro foi incorporado permanentemente à denominação do Prêmio que passou a se chamar "Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional".
O prêmio visa fomentar, discutir e divulgar estratégias que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o País, levando em conta as potencialidades e a realidade de cada lugar, além de envolver o poder público e a sociedade civil organizada na discussão e na identificação de medidas concretas para a redução das desigualdades de padrão de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
Esta edição contou com a inclusão de categorias específicas para a Amazônia, o Nordeste (Semiárido) e Centro-Oeste (faixa de fronteira), tendo um total de seis categorias: Produção do Conhecimento Acadêmico; Práticas Exitosas de
Produção e Gestão Institucional; Projetos Inovadores para Implantação no Território; Amazônia –Tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste –- Desenvolvimento para a Faixa de Fronteira; Nordeste – Inovação e Sustentabilidade. Os primeiros e segundos colocados em cada categoria receberão R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente e Diploma de  Reconhecimento  de  Mérito  na  categoria  em  que concorreu.
Nas três primeiras edições o prêmio homenageou a três brasileiros, Celso Furtado, Rômulo de Almeida e Armando Dias Mendes, pela importância deles como responsáveis pela condução do processo de reconhecimento político, social e econômico da questão regional brasileira e de inserção do tema na agenda de governo e no centro do debate nacional, a partir da década de 1950. Em sua quarta edição homenageia o geógrafo Milton Santos falecido em 2001, cujas teorias contribuíram para a compreensão do território nacional contemporâneo, bem como do processo de urbanização da América Latina e do Brasil.

O agronegócio se fortalece em crescimento sustentável

IBGE
agronegócio sustentávelO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)¹, identificou um crescimento do agropecuária brasileiro em torno de 15,2% no primeiro trimestre de 2017, quando comparado ao mesmo período em 2016. Tamanha expansão requer uma estrutura sólida, que permite o avanço aderente às demandas nacionais e internacionais – que tendem a tornar o Brasil o maior fornecedor de alimentos do mundo em um futuro não muito distante.
Sem dúvida, esse é um dos mercados mais promissores no País. Muito tem se falado sobre a expansão do agronegócio no Brasil. Mas para isso é importante destacar o uso da tecnologia que fará toda a diferença na gestão sustentável e na propulsão dos negócios, principalmente quando integrada com projetos de engenharia personalizados e com foco na máxima eficiência.

Diante desse cenário, destaca-se a maturidade e a competitividade do mercado brasileiro no agronegócio como fator de impulsionamento para levar os produtores a ter uma maior adesão a formatos de armazenamento mais eficientes, de suas produções . Para isso, é fundamental investir um tempo precioso na elaboração de um bom projeto de engenharia que reúna alta tecnologia e as melhores iniciativas disponíveis na atualidade para a construção de locais realmente adequados para o armazenamento da produção. Qualidade e durabilidade podem e devem caminhar juntas.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017


Semarh apresenta “Plano Emergencial de Segurança Hídrica” em reunião da Fiern


A reunião aconteceu na tarde desta sexta-feira (24), na Casa da Indústria.

Seis anos consecutivos de seca e a crise econômica resultaram em uma “crise hídrica perfeita” no Rio Grande do Norte. A afirmação foi feita nesta sexta-feira à tarde, na Casa da Indústria, pelo secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Ivan Lopes Júnior, durante a reunião da Diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte.
O secretário fez uma apresentação do “Plano Emergencial de Segurança Hídrica” elaborado pelo Governo do Estado para enfrentar a grave situação. Com custo total de R$ 336 milhões, o plano prevê construção e ampliação de adutoras, perfuração de poços profundos, poços com dessalinizadores, abastecimento alternativo (Operação Vertente) de água e distribuição de ração animal.
O governo tem o plano, mas não tem os recursos, que pleiteia desde 2015, junto ao Ministério da Integração. Destes R$ 336 milhões, recebeu apenas cerca de 16% – R$ 56,7 milhões. Esses R$ 56,7 milhões foram utilizados na construção de adutora Caicó-Jucurutu (R$ 44 milhões) e no fornecimento de água por meio de carros-pipa (R$ 12,7 milhões) – medidas previstas no plano.
Hoje os principais reservatórios do Estado estão com 13% de sua capacidade, sendo que vinte entraram no volume morto. Segundo informações repassadas pelo Secretário, a Barragem Armando Gonçalves Ribeiro entrará no volume morto em dezembro próximo, e 17 municípios entraram em colapso hídrico.
Ivan Júnior afirmou que o cenário é complicado para o Nordeste como um todo, mas o Rio Grande do Norte tem a melhor situação entre os Estados nordestinos, e citou Fortaleza que deverá sofrer colapso d´água em breve.
A transposição das águas do São Francisco, que poderiam atenuar a situação do Rio Grande do Norte, ainda demora e a esperança está nas perspectivas de inverno em 2018. “Estamos rezando para que isso aconteça”, disse o secretário.
O presidente do Sistema Fiern e do Compem/CNI, Amaro Sales de Araújo, reconheceu que o momento é crítico e colocou o Sistema à disposição para dar uma contribuição. “A Fiern tem o maior interesse, a obrigação de ajudar o Estado”, disse.
Ele defendeu algumas iniciativas para o enfrentamento da crise, como uma campanha de conscientização visando economizar água, incentivo às empresas para o reuso e uso de placas fotovoltaicas para gerar energia na captação dos poços. Amaro Sales lembrou que o CTGás-ER, em parceria com instituições alemãs, desenvolveu tecnologia acessível em energia fotovoltaica.

Como plantar tomate

Com demanda certa no mercado, a cultura é uma boa opção para o produtor que planeja aumentar a renda mensal


como_plantar_tomates (Foto:  )
Tido equivocadamente como venenoso, o tomateiro (Solanum lycopersicum) foi por muito tempo usado pelos europeus apenas para embelezar ambientes. A condição de planta ornamental começou a mudar a partir do século XIX, quando o tomate passou a ser reconhecido como alimento – e, de lá para cá, tornou-se um ingrediente culinário presente nos quatro cantos do mundo.
Usado como salada, no preparo de molhos, para rechear tortas e sanduíches ou mesmo como ingrediente de sopas e sucos, o tomate é um fruto repleto de sementes, carnoso, suculento e dotado de propriedades benéficas à saúde humana. O vermelho da polpa e da casca é resultado da presença de licopeno, substância antioxidante do grupo dos carotenoides, que combate a ação danosa dos radicais livres, além de prevenir cânceres de próstata, ovário e mama e diminuir o colesterol. O fruto também conta com vitamina C e do complexo B, fósforo e potássio.
Cultivado inicialmente no México, o tomateiro é oriundo da região que vai do norte chileno à Colômbia. Com muitos ramos e caule flexível, a planta adapta-se melhor em local com temperatura amena, sem geadas nem calor demais. Em regiões frias, o plantio é indicado entre os meses de agosto e janeiro e de fevereiro a maio em áreas mais quentes. A maioria das cultivares plantadas atualmente é híbrida.
Vale ressaltar que o tomateiro é muito exigente em nutrientes e tratos culturais. A planta é suscetível a pragas como broca-pequena, traça, ácaros, mosca-branca, tripes, pulgões e burrinho e a doenças do geminivírus, vira-cabeça, murcha de fusarium, murcha bacteriana, mancha bacteriana e talo oco. Contudo, a cultura cresce bem em espaços pequenos e é ótima opção para aumentar a renda da propriedade, com bom valor comercial e demanda certa no mercado.
RAIO X
>>> SOLO:
bem drenado, profundo e areno-argiloso
>>> CLIMA: ameno
>>> ÁREA MÍNIMA: canteiros de hortas e vasos
>>> COLHEITA: entre 90 e 110 dias a partir do transplante
>>> CUSTO: de R$ 2 a R$ 3 o pé de tomate, incluindo todos os insumos

MÃOS À OBRA
>>> INÍCIO
Há diversas variedades de tomateiro, com coloração, tamanhos e formatos diferentes. O produtor pode escolher entre o salada longa vida – o mais popular atualmente; os tomates redondo-achatados, de pele vermelha e frutos firmes; o graúdo tomate-caqui, que tem polpa grossa e um pouco ácida; e os pequenos e adocicados cereja e uva. Para consumo in natura, são indicadas as cultivares de tomate do tipo santa cruz, de formato redondo, e do tipo italiano, que é mais alongado e de sabor adocicado. Ambos são ótimos para fazer molhos.
>>> AMBIENTE As temperaturas mais indicadas para o cultivo do tomateiro são as noturnas moderadas, entre 15 e 19 ºC, e ,durante o dia, as que se mantêm na faixa de 19 a 24ºC. No entanto, a planta também tem bom desenvolvimento em áreas de clima tropical de altitude – acima de 800 metros –, subtropical e temperado.
>>> PLANTIO As mudas são produzidas a partir de sementes colocadas em células de bandejas de isopor, preenchidas com substrato comercial. Os materiais e produtos utilizados nessa etapa inicial podem ser comprados em lojas especializadas no varejo. Faça irrigações diárias nas mudas, sem excesso de água.
>>> TRANSPLANTE Assim que as mudas contarem com quatro ou cinco folhas ou atingirem de sete a dez centímetros de altura, estão prontas para o transplante. Na escolha do local definitivo, dê preferência a ambientes ensolarados, para que o tomateiro não fique fino e quebradiço. A cultura se dá bem em solos areno-argilosos, permeáveis e bem drenados. Também devem ser profundos, soltos e pouco ácidos, com pH entre 5,5 e 6,5.
>>> TUTORAMENTO O tomateiro de porte indeterminado precisa ser tutorado para assegurar seu desenvolvimento. Use varas de bambu ou de madeira na medida de dois metros de altura. Ao amarrar os suportes em cada planta, não aperte muito as hastes. Variedades do tipo “meia-estaca” podem ser conduzidas usando estruturas mais simples como os fitilhos, enquanto para processamento industrial as indicadas são as rasteiras, em contato direto com o solo ou sob cobertura vegetal ou plástica.
>>> ESPAÇAMENTO Entre plantas, a recomendação é de 50 a 60 centímetros e, entre os sulcos, de um a 1,20 metro. Uma dica para um crescimento mais vigoroso do tomateiro é combinar o cultivo com ervas aromáticas.
>>> PRODUÇÃO O tomate não precisa estar maduro para a colheita, que, em geral, inicia-se de 90 a 100 dias após a realização do transplante. Fora do pé, o fruto ainda continua a amadurecer.

Câmara adia votação do Funrural para a véspera do vencimento

Medida Provisória (MP) deve ser votada no dia 27, o último dia antes das condições de renegociação das dívidas perderem a validade

politica_congresso_camara (Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil)
A Câmara dos Deputados adiou para esta segunda-feira (27/11) a votação da Medida Provisória 793/2017 que define as regras de renegociação do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). É o último dia antes do texto, que já foi aprovado em Comissão, perder a validade.
De acordo com a Agência de Notícias da Câmara, houve um pedido de retirada do assunto da pauta do Plenário, feito pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), mas não houve quórum. O parlamentar alegou que a renegociação beneficia grandes empresas, como a JBS.



A relatora da proposta rebateu. A deputada Teresa Cristina (sem partido-MS), vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), disse que só poderão entrar nas negociações dívidas de até R$ 15 milhões no caso da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). No caso dos débitos com a Receita Federal, não há limite de valor.
Teresa destacou, no entanto, que, por conta do princípio da isonomia legal, os grandes frigoríficos também seriam beneficiados pela proposta. No entanto, lembrou que a JBS já renegociou mais de R$ 4 bilhões em débito, por meio do Programa Especial de Renegociação Tributária (PERT).
Ainda conforme a Câmara, o deputado Afonso Florence (PT-BA) defendeu que a medida seja derrubada e, em seu lugar, fosse redigido um projeto de lei que contemplasse agricultores familiares e movimentos sociais. E que esse texto tramitasse em regime de urgência constitucional.
A discussão sobre as dívidas do Funrural começou depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada em março deste ano, que considerou constitucional a cobrança. Com isso, foram derrubadas as liminares que impediam o recolhimento do tributo, originando um passivo calculado em cerca de R$ 10 bilhões, referentes aos últimos cinco anos.

Enviada pelo Poder Executivo, a Medida Provisória (MP) foi alterada em diversos pontos importantes pela relatora, deputada Teresa Cristina. Uma das mudanças estabeleceu o desconto total dos juros e multas para quem aderir à renegociação. O prazo de adesão é 20 de dezembro e a pagamento em 180 dias.
Outra mudança foi a redução do porcentual da dívida a ser quitado como entrada no financiamento. A proposta inicial do governo era de 4%, a da relatora era de 1%. Acabou sendo aprovada na comissão uma proporção de 2,5% do total devido.
O prazo para aprovação é curto. Os termos do chamado Refis do Funrural vencem na terça-feira (28/11). Se não virar até essa data, as condições colocadas na medida provisória deixam de valer. Representantes do setor produtivo se dizem preocupados. Consideram que, sem regras definidas, haverá insegurança jurídica em relação à cobrança do tributo.
Em nota divulgada nesta semana, a Aprosoja Brasil ressaltou que a decisão do Supremo pegou o setor agropecuária de surpresa. E que a provação da Medida Provisória é importante para os produtores evitarem a inadimplência até os ministros da maior instância da Justiça se manifestem de forma definitiva.
“Até o momento, não há garantias de que o STF mudará sua decisão. Por isso, precisamos trabalhar com todas as possibilidades. Cabe esclarecer que a aprovação da MP não anula as outras alternativas em relação ao Funrural”, diz o presidente da entidade, Marcos da Rosa, na nota.
Também nesta semana, a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec) disse que os descontos oferecidos na MP original não eram suficientes. E que, sem o 100% de abatimento das multas e juros, o passivo poderia inviabilizar o setor e elevar o preço dos alimentos.
Na quarta-feira (22/11) representantes da bancada ruralista chegaram a se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir o assunto. A Receita Federal é contra alguns pontos do relatório da deputada Teresa Cristina e pode pedir vetos ao presidente Michel Temer. Após o encontro, a própria parlamentar admitia que a aprovação em Plenário seria difícil.

Dura mais de um ano a prova de leite a pasto para seleção dos melhores vacas

prova do leite a pastoA Prova Brasileira de Produção de Leite a Pasto do Zebu Leiteiro já vem acontecendo desde 2015 e é realizada através do Centro de Tecnologias para Raças Zebuínas Leiteiras da Embrapa Cerrados, no Distrito Federal. O objetivo é melhorar a qualidade genética dos rebanhos leiteiros da região do Brasil central e, assim, aumentar a produtividade dos animais, que, apesar de similar à média nacional, 1.600 litros/vaca/ano, ainda é baixa se comparada à dos estados do Sul, de 2.900 litros/vaca/ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A prova zootécnica, inédita  em condições de Cerrado do Brasil Central, foi desenvolvida em uma parceria entre Embrapa e Associação dos Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), representante em Brasília da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ),  com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu). A metodologia tem como objetivo identificar e disponibilizar ao mercado matrizes melhoradoras de raças zebuínas leiteiras como Gir Leiteiro e Sindi, ou seja, com maior potencial genético para a produção de leite a pasto, nas condições do Cerrado brasileiro.
De acordo com dados da Emater-DF, o Distrito Federal conta com 1.230 produtores de leite e, em 2016, produziu 29,9 milhões de litros, volume ínfimo diante do demandado pelos consumidores brasilienses – 221,8 milhões de litros anuais, se for multiplicada a população – cerca de 3 milhões de habitantes – pelo consumo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, de 200 mL/dia. “Precisamos encontrar genética que se adapte ao nosso sistema de produção a pasto. Não é comprar genética e depois inventarmos um sistema que não temos condições de manter.
Coordenador da prova, o pesquisador da Embrapa Carlos Frederico Martins explica que a metodologia tem como premissas a seleção genética confiável, com no mínimo cinco meses de mensuração de leite; o sistema de produção pecuária característico do Brasil, que tem o pasto como base alimentar sustentável; e a produção do leite seguro e saudável, sem qualquer aditivo.
Os animais participantes da prova são novilhas contemporâneas, provenientes de criatórios do DF e de estados vizinhos. A prova tem duração de 14 meses, sendo dois de adaptação, em que os animais são alimentados com silagem de milho e concentrado, e 12 meses de lactação, dos quais são considerados 305 dias de lactação, período em que as novilhas se alimentam de pasto rotacionado de Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã, variedade recomendada para o Cerrado e integrante do portfólio de cultivares da Embrapa, e suplementação proteica, como ocorre nas fazendas da região. O leite produzido é pesado e avaliado em um laboratório da Universidade Federal de Goiás (UFG). As ordenhas são realizadas mecanicamente duas vezes ao dia, com a presença do bezerro ao pé, sem indutores de lactação.
Durante o período de lactação, são mensurados parâmetros de importância econômica em condições de pastagem no bioma Cerrado quanto à produção de leite (com peso ponderado de 40% na avaliação), intervalo do parto à concepção (15%), percentagem de gordura no leite (5%), contagem de células somáticas (CCS) no leite (5%), percentagem de proteína no leite (10%), persistência de lactação (10%) e conformação da morfologia racial (15%). As mensurações são conduzidas em conjunto com técnicos da ACZP e da ABCZ.
Os atributos medidos compõem o índice fenotípico que classifica os animais na prova. Cada atributo é expresso considerando-se a média do grupo avaliado com o valor de 100% – ou seja, os animais acima da média recebem valores superiores a 100% e os abaixo da média, valores inferiores a 100%. “Assim, o animal primeiro colocado não é o que produz mais leite, mas é o mais equilibrado nesses fatores avaliados”, afirma Martins. Outros fatores avaliados, mas que não compõem o índice fenotípico, são os sólidos totais e a lactose presentes no leite.
Além das avaliações zootécnicas feitas por técnicos da Embrapa e da ACZP, um laboratório externo faz a genotipagem das novilhas para a beta-caseína A2, proteína do leite menos alergênica que a variante A1 – segundo estudos médicos desenvolvidos na Nova Zelândia, na Austrália e na China, em populações que consomem o leite A2 há menor incidência de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 1 e alergias. “Oitenta por cento dos zebuínos carregam essa característica, que agrega valor ao zebuíno leiteiro”, explica o pesquisador. A variável também não faz parte do índice fenotípico de classificação das novilhas.
O CTZL busca ainda formar um banco genético com as cinco melhores fêmeas de cada raça classificada na prova. Caso haja interesse do criador, após a prova, os animais são submetidos à aspiração folicular e coleta de embriões. Os produtos (embriões) são compartilhados igualmente entre o criador e a Embrapa, que assinam um contrato de parceria pecuária de pesquisa.
Marcelo Toledo, superintendente técnico da ACZP, revela a satisfação da entidade em realizar a prova com a Embrapa. “Foi uma felicidade muito grande. Sempre tivemos desejo de desenvolver esse projeto junto com o CTZL e deu tudo certo. Tudo foi feito para que o produtor se beneficie com as informações geradas.”

As pesagens terminam em novembro deste ano e os resultados finais devem ser divulgados em dezembro. A terceira edição já está com inscrições abertas para as raças Gir Leiteiro, Sindi, Guzerá e Guzolando.

Como fazer cursos à distância para pecuária de leite da Embrapa


cursos da embrapa 1O E@D-Leite, como é chamado o programa desenvolvido pela Embrapa, já disponibiliza dois cursos realizados integralmente on line: Silagem de capim e Silagens de milho e sorgo. Um terceiro curso estará disponível a partir de primeiro de dezembro: Amostragem, coleta e transporte de leite.
Os cursos de silagens de capim e milho e sorgo têm carga horária de 30 e 40 horas, respectivamente. Ambos abordam os principais aspectos da produção de silagem como dimensionamento de silos, cálculo de produção da silagem, aditivos, avaliação e fornecimento do material ensilado etc. O curso de amostra, coleta e transporte de leite trata dos procedimentos necessários para garantir que a qualidade do leite obtida na propriedade chegue até a indústria.
A pesquisadora da Embrapa que coordena o E@D-Leite, Rosângela Zoccal, diz que os cursos são voltados principalmente para técnicos da extensão rural e produtores, mas que qualquer pessoa interessada na atividade pode participar. Segundo ela, o ensino à distância é uma realidade cada vez mais presente no meio rural. “A internet chegou ao campo e o produtor está cada vez mais conectado. Em Minas Gerais, por exemplo, 94% dos fazendeiros já possuem telefone celular”, diz Rosângela. Segundo a pesquisadora, a procura pelos cursos tem sido grande, mesmo sem que fosse feito qualquer trabalho de divulgação, além do site da instituição.
Outros três cursos devem estar disponíveis no próximo ano, um sobre qualidade do leite e dois relativos a melhoramento genético, abordando estruturação zootécnicas, raças leiteiras, técnicas de reprodução e escolha de reprodutores. Todos os cursos do E@D – Leite contam com pesquisadores da Embrapa entre os tutores, além de uma equipe de analistas para prestar suporte técnico. Cada curso fica no ar de 20 a 30 dias e as inscrições para novas turmas abrem cinco dias após o término.

Ao final do curso, desde que sejam cumpridas todas as etapas, o aluno recebe um certificado eletrônico. A taxa de inscrição para ter acesso às aulas é de R$ 29,00. Outras informações podem ser obtidas no site do E@D-Leite ou por e-mail nos endereços http://ead.cnpgl.embrapa.br 
EDITAL 2018.1 PROCESSO SELETIVO – MESTRADO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS EAJ/UFRN
Serão oferecidas 24 (vinte e quatro) vagas para o curso de Mestrado - Área de Concentração: Ciências Florestais, distribuídas nas seguintes Linhas de Pesquisa:



Linha 1: Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais

Linha 2: Sementes, Propagação e Fisiologia de Espécies Florestais

Linha 3: Biodiversidade, Conservação e Uso dos Recursos Genéticos Florestais



As inscrições são GRATUITAS e compreenderão o período de 06 de outubro a 02 de dezembro de 2017.

Ascom Emater-RN
Agricultores familiares e técnicos da Emater-RN participaram do "Dia de Campo" sobre a Cajucultura e Agroindustrialização de Frutas, visando a geração de trabalho e renda. O evento, realizado nesta quinta-feira (23), na sede da Associação para o Desenvolvimento da Mulher de São José de Pedregulho, localizada no Assentamento São José de Pedregulho, no município de Ceará–Mirim.
O evento reuniu 133 produtores de 13 municípios, de Ceará-Mirim, Extremoz, Poço Branco, Rio do Fogo, João Câmara, Pedra Grande entre outros, desenvolveu atividades práticas e palestras com o objetivo de informar e capacitar os pequenos produtores.
A ação foi promovida pela Emater-RN em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento Aquicultura e Pesca de Ceará-Mirim – SAP e Associação para o Desenvolvimento da Mulher de São José de Pedregulho – AMDP.
A atividade foi dividida em dois momentos, no primeiro, técnicos da Emater-RN ministraram palestras sobre a Agroindustrialização de Frutas, visando a geração de trabalho e renda, variedades de clones e manejo. Também houve uma explanação sobre o Crédito Rural. No segundo momento, os agricultores visitaram pomares de cajueiros onde puderem aprender a técnica da enxertia e manejo.
Dia de Campo
"Dia de Campo" tem como objetivo apresentar, de forma teórica e prática, a atividade da cajucultura, desde o cultivo, colheita, beneficiamento, agroindustrialização e comercialização, aos pequenos agricultores familiares gerando oportunidades e potencializando a atividade agrícola do município e região.
Para o agricultor familiar Joao Maria, morador de Pedregulho, "Com o curso aprendi o processo de enxertia e manejo, agora não precisarei mais comprar mudas. Achei muito bom aprender essa técnica. Acredito que vou melhorar minha produção."
O Nordeste brasileiro concentra 95% da produção nacional de caju, sendo que Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e a Bahia são os maiores produtores na região. 

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

 IDEMA/RN: Encontro discute gestão ambiental dos municípios nesta sexta-feira








Dentro da programação comemorativa aos 40 anos do Parque das Dunas, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA/RN) promove nesta sexta-feira (24), o 1º Encontro Estadual sobre Gestão Ambiental Municipal. Realizado pelo Núcleo de Apoio à Gestão Ambiental Municipal (NAGAM), o evento acontece das 8h às 15h30, em tenda armada próximo ao anfiteatro Pau-brasil, no Parque das Dunas, na capital do estado.
O evento reunirá prefeitos, procuradores, secretários e técnicos da área ambiental dos municípios potiguares que participaram das ações desenvolvidas pelo Núcleo em 2017, repassa informação da assessoria de imprensa do órgão ambiental.
A proposta do Instituto na realização das atividades junto aos municípios é contribuir para que eles possam se estruturar e caminhar com autonomia e responsabilidade na política ambiental. Ao longo desse ano, o Instituto através do Programa de Apoio à Gestão Ambiental dos Municípios do RN (PROAGAM/RN) deu apoio jurídico-institucional para mais de 50 municípios, realizou cursos de fiscalização ambiental em mais de 92 cidades e juntos desenvolveram Planos Municipais de Gestão Ambiental.
Além da equipe do IDEMA, o evento contará com a participação da SEMARH, IFRN, FUNDEP, CAOP-MA/MPRN, PGE, IBAMA e representantes municipais.
Na oportunidade, será apresentado um balanço das atividades do PROAGAM em 2017 e o planejamento das ações para 2018, além de experiências exitosas de alguns municípios na área de gestão ambiental.
IDEMA


Operação Vertente cadastra novos caminhões-pipa



O Governo do Estado começa na próxima semana nova etapa de credenciamento de caminhões-pipa para continuidade da Operação Vertente, que leva água potável para municípios em colapso no abastecimento em virtude da seca. O edital que normatiza o cadastro está disponível no site www.rn.gov.br (licitação).
Os interessados devem ter Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e fazer sua inscrição presencialmente no Setor de Licitação, prédio da Governadoria, entre os dias 27 e 29 de novembro, de 8h30 às 18h, com documentos descritos no edital. O novo credenciamento é necessário por se tratar de uma contratação emergencial, que de acordo com a Lei de Licitações, tem validade de 180 dias. Mais informações pelo número (84) 3232-5210.
Atualmente, os carros-pipa abastecem 19 cidades do Rio Grande do Norte: Cruzeta, Bodó, Jardim do Seridó, Acari, Cerro Corá, Currais Novos, Paraná, Luis Gomes, Tenente Ananias, Almino Afonso, Francisco Dantas, João dias, José da Penha, Serrinha, Marcelino Vieira, São Miguel, Pilões, Rafael Fernandes e Alexandria.

É Amanhã-Leilão da EMPARN

EMPARN realizará o último leilão de animais de 2017



A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) oferece aos criadores a última oportunidade de 2017 para adquirir animais. O tradicional “Leilão Anual da Fazenda Rockfeller”, em São Gonçalo do Amarante/RN, será no dia 25 de novembro (sábado), a partir das 9 horas. É mais uma busca para democratizar a disponibilização de animais de seus rebanhos a todos os criadores.
Em 2017, a EMPARN realizou ou participou de leilões  nas exposições agropecuárias de municípios de Caicó, Currais Novos, Mossoró, Parnamirim, na Festa do Boi. A empresa de pesquisa só pode comercializar seus animais em leilões e, no da Estação Experimental Felipe Camarão, serão incluídos além de tourinhos e matrizes com registro, outros animais sem registro, além de animais para abate. Serão cerca de 50 lotes, de bovinos das raças Pardo-Suíça, Gir, Guzerá, Sindi e Mestiços, como de caprinos Canindé, Anglonubiano e Saanen, ovinos Santa Inês e Morada Nova, além de muares, asininos e equinos.
Os animais serão ofertados em lotes individuais e coletivos, com preços iniciais calculados a partir do preço de abate (carne) e disputa a partir de lances para cada lote. A condição de pagamento será em duas parcelas, sendo a primeira de 50% à vista e a segunda em 30 dias, ambas em cheque.  Nos casos de pagamento total à vista o arrematante terá direito a desconto de 5%. Não será cobrada qualquer comissão de compra.
As aquisições estarão disponibilizadas para remoção com seus respectivos exames de brucelose e tuberculose no dia do leilão (25 de novembro), com carência máxima até o dia 27 de novembro. No dia do evento estará presente uma unidade do IDIARN para emissão das respectivas Guias de Trânsito Animal (GTA). O Edital e outras informações estarão disponíveis na sede da EMPARN, à Avenida Eliza Branco Pereira dos Santos, s/n, Parque das Nações, Parnamirim/RN ou pelo telefone (84) 3232-5864 nos ramais 204 e 234, no horário das 8h às 13h.

Açúcar

Preços do açúcar disparam na bolsa de Nova York

No Brasil, os preços do açúcar fecharam em alta
     
O aumento nos percentuais de cana destinada à fabricação de etanol no Brasil e o preço do petróleo, que subiu mais de 2% na quarta-feira (22), impulsionaram os preços do açúcar nesta quarta-feira na bolsa de Nova York. No vencimento março/18, aa commodity subiu 40 pontos, firmando negócios em 15.28 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para maio/18 subiram 31 pontos, negociados em 15.21 centavos de dólar por libra-peso. As demais cotações subiram entre 14 e 25 pontos.

"Desde julho, a Petrobras tem repassado as variações no preço do petróleo ao mercado brasileiro, reajustando quase que diariamente os valores dos combustíveis. Desde então, a gasolina acumula valorização de quase 20%, o que impacta a decisão das usinas sobre priorizar a produção de açúcar ou de etanol.

Em Londres, os preços do açúcar também subiram na sessão de ontem. O lote março/18 subiu 6,60 dólares, negociados em US$ 393,10 a tonelada. No vencimento maio/18, a commodity foi comercializada a US$ 396,80 a tonelada. Os demais contratos fecharam entre 5,60 e 6,00 para cima.

Mercado interno
No Brasil, os preços do açúcar fecharam em alta ontem também. A saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendida a R$ 66,11, valorização de 0,09%.
Etanol
O etanol hidratado, vendido pelas usinas paulistas teve caiu 0,14% quarta-feira (22), comercializado a R$ 1.745,00 o metro cúbico.

Sustentabilidade

Cientistas buscam saída para frear degradação do solo no Nordeste

Cerca de 181 mil Km2, aproximadamente 20 % do semiárido nordestino, se encontram em processo de desertificação
     
Durante quatro dias, a partir de segunda-feira (27), cientistas vão discutir, em Teresina, saídas para frear a degradação do solo no Nordeste. O Plano Nacional de Combate à Desertificação (PNCD) considera que a grande maioria das terras suscetíveis à desertificação se encontra em áreas semiáridas e sub-úmidas da região.

Cerca de 181 mil Km2 (aproximadamente 20 % do semiárido nordestino), se encontram em processo de desertificação, representando um desafio para o aumento da produtividade e para a melhoria do uso de recursos naturais. Na maior parte dessas áreas predominam solos rasos e uma cobertura vegetal esparsa de caatinga.
O processo de desertificação se deve à irregularidade das precipitações pluviométricas, condições de fertilidade do solo e pressões populacionais em um ambiente tipicamente frágil, se agravando nos últimos anos devido à seca, observa o pesquisador da Embrapa Luciano Accyoli.

Soluções deverão ser discutidas durante a IV Reunião Nordestina de Ciência do Solo (IVRNCS), que acontece paralelamente ao I Simpósio Piauiense de Ciência do Solo. O tema da reunião é o Uso Sustentável do Solo para Segurança Alimentar no Nordeste Brasileiro.
O chefe-geral da Embrapa Meio-Norte, Luiz Fernando Leite, fará a conferência de abertura sobre Solos Inteligentes: Um Complexo Desafio para a Segurança Alimentar e a Saúde Humana. Além de palestras, haverá mesas redondas, minicursos e apresentação de trabalhos acadêmicos.

Reunindo pesquisadores experientes, o evento vai abordar aspectos importantes como educação em solos, tipos de solos no Brasil, análises, suprimentos, nutrientes, degradação, agricultura familiar e biomas. “Para termos produção vegetal e animal, o solo deve ser manejado com sustentabilidade satisfatória e sem qualquer degradação”, diz Henrique Antunes, pesquisador da Embrapa e coordenador técnico da reunião.
A IVRNCS (https://www.embrapa.br/meio-norte/rncs) é uma realização da Embrapa Meio-Norte, universidades Federal e Estadual do Piauí, Instituto Federal de Educação do Piauí e Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (Núcleo Regional do Nordeste). O evento tem o apoio do Governo do Piauí, CNPq, CAPES, Aprosoja, Terra Brasileira, Banco do Nordeste e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí ( FAPEPI).


Rota do Cordeiro

Como fazer cursos à distância para pecuária de leite da Embrapa


cursos da embrapa 1O E@D-Leite, como é chamado o programa desenvolvido pela Embrapa, já disponibiliza dois cursos realizados integralmente on line: Silagem de capim e Silagens de milho e sorgo. Um terceiro curso estará disponível a partir de primeiro de dezembro: Amostragem, coleta e transporte de leite.
Os cursos de silagens de capim e milho e sorgo têm carga horária de 30 e 40 horas, respectivamente. Ambos abordam os principais aspectos da produção de silagem como dimensionamento de silos, cálculo de produção da silagem, aditivos, avaliação e fornecimento do material ensilado etc. O curso de amostra, coleta e transporte de leite trata dos procedimentos necessários para garantir que a qualidade do leite obtida na propriedade chegue até a indústria.
A pesquisadora da Embrapa que coordena o E@D-Leite, Rosângela Zoccal, diz que os cursos são voltados principalmente para técnicos da extensão rural e produtores, mas que qualquer pessoa interessada na atividade pode participar. Segundo ela, o ensino à distância é uma realidade cada vez mais presente no meio rural. “A internet chegou ao campo e o produtor está cada vez mais conectado. Em Minas Gerais, por exemplo, 94% dos fazendeiros já possuem telefone celular”, diz Rosângela. Segundo a pesquisadora, a procura pelos cursos tem sido grande, mesmo sem que fosse feito qualquer trabalho de divulgação, além do site da instituição.
Outros três cursos devem estar disponíveis no próximo ano, um sobre qualidade do leite e dois relativos a melhoramento genético, abordando estruturação zootécnicas, raças leiteiras, técnicas de reprodução e escolha de reprodutores. Todos os cursos do E@D – Leite contam com pesquisadores da Embrapa entre os tutores, além de uma equipe de analistas para prestar suporte técnico. Cada curso fica no ar de 20 a 30 dias e as inscrições para novas turmas abrem cinco dias após o término.

Ao final do curso, desde que sejam cumpridas todas as etapas, o aluno recebe um certificado eletrônico. A taxa de inscrição para ter acesso às aulas é de R$ 29,00. Outras informações podem ser obtidas no site do E@D-Leite ou por e-mail nos endereços http://ead.cnpgl.embrapa.br  e cnpgl.ead@embrapa.br.< p/>

quarta-feira, 22 de novembro de 2017


AGROTEMPO

La Niña deve coincidir com outro fenômeno climático

Nem todos os efeitos característicos do La Niña aparecerão nos próximos meses
     
Segundo a Somar Meteorologia, o La Niña acontecerá concomitantemente com a “Oscilação Decadal do Pacífico Negativa” (ODP). Trata-se de um fenômeno climático natural, também de caráter cíclico, porém mais longo (20 anos), que influencia diretamente as transformações do tempo por interferir na temperatura do Oceano.

“Isto quer dizer que nem todos os efeitos característicos do La Niña aparecerão nos próximos meses. Um dos efeitos é a formação de Zona de Convergência do Atlântico Sul com chuva forte e persistente entre as Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste e estiagens na Região Sul”, afirma o analista da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Fernando Pacheco. 
Por outro lado, o especialista lembra também que as simulações norte-americanas (como o CCM3 e CFSv2) indicam chuva abaixo da média para o bimestre dezembro-janeiro no Rio de Janeiro, Espírito Santo, leste e norte de Minas Gerais, nordeste de Goiás, sudeste de Tocantins e em boa parte do Nordeste. A precipitação acima da média acontecerá no sul e oeste do Brasil alcançando boa parte da Região Sul.

CURTO PRAZO
Para essa semana, a Somar Meteorologia aponta que as chuvas devem se espalhar pelo país: “O Sul fica com tempo instável apenas no norte paranaense até a quinta-feira (23), quando as chuvas voltam a se espalhar. As máximas ficam elevadas na faixa oeste e as mínimas são baixas, entre 12ºC e 15ºC, em grande parte do Estado gaúcho. Já a região Sudeste terá precipitação ao longo de toda a semana. Os maiores volumes se concentram nos Estados paulista e mineiro”. 
A partir da quinta-feira, a Somar prevê que os acumulados mais elevados atingem o norte de Minas Gerais e Espírito Santo. A faixa leste da região fica com temperaturas mais amenas, com máximas em torno dos 25ºC, enquanto o interior continua com sensação de calor. No Centro-Oeste, a semana será caracterizada pelo calor, apesar das chuvas abrangentes. A precipitação mais forte fica para Goiânia, no começo da semana, e norte do Mato Grosso ao longo dos dias. 

“A condição úmida e quente também vale para a região Norte, com os volumes concentrados no oeste, nos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Ainda assim, as máximas podem ultrapassar os 30ºC. Uma massa de ar seco deixa o tempo firme na costa do Nordeste, que mantém temperaturas por volta dos 30ºC. Mas a área do MATOPIBA, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, ainda recebe volumes”, conclui a Somar.