Um manejo para evitar o uso de antibióticos nas vacas no período seco
Atualmente, os criadores vêm investindo na utilização consciente da antibioticoterapia, pois o uso indiscriminado de antibióticos está sob vigilância em diversos países. Como o tratamento das vacas fora do período de lactação é o único uso preventivo de antibióticos da indústria leiteira, é importante considerar as oportunidades existentes para o emprego mais seletivo e racional da medida. Para isso, é necessário pensar em alternativas que proporcionem a redução do uso de antibióticos e auxiliem na proteção da glândula mamária.
O Conselho Nacional de Mastite (NMC), aconselha que o tratamento seja realizado nos quartos mamários, em todas as vacas do rebanho, no momento da secagem. A medida visa tratar as mastites existentes e prevenir o surgimento de novas infecções nas primeiras semanas pós-secagem. Seria de grande valia se as vacas mais propensas às mastites no início do período seco pudessem ser identificadas no rebanho.
Estudos indicam que a taxa de cura das vacas infectadas com os principais patógenos de campo, durante o período seco, é de aproximadamente 60%. O que mostra que 40% das vacas infectadas no mesmo período e tratadas da mesma maneira, não são curadas com a antibioticoterapia. Da mesma forma, o tratamento com antibióticos em vacas secas, previne novas infecções intramamárias apenas em cerca de 5% a 10% das vacas.
Nos rebanhos onde a contagem de células somáticas (CCS) é baixa, é razoável assumir que poucas vacas são infectadas com os principais patógenos de campo no momento da secagem. A terapia de vacas secas deve ser, principalmente, voltada para a prevenção de novas mastites, pois esses rebanhos apresentam poucos casos de infecções intramamárias pré-existentes.
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