No alpendre sentado
Eu fiquei a pensar
Como seria a vida
Do povo do meu lugar
Se acabasse eleição
E ninguém mais votar
O povo não se dividia
O povo não se dividia
Nem fazia confusão
Olhava para o vizinho
Como se fosse irmão
Pois ali não existia
A ferida da eleição
O poder pelo poder
Faz a briga do povo
Quem tá não quer sair
Para entrada do novo
Quem ta fora quer entrar
Como sangue novo
A briga é constante
Apenas por posição
Farpas são trocadas
No jogo da acusação
Quem sai diz "fui bom"
Quem entra diz "sou salvação"
No entanto continua
No entanto continua
O jogo do poder
Isso já é velho
Não precisa eu dizer
Precisamos é mudar
Eu, tu, ele e você
Não deixemos política
Dissipar na cidade
A união de um povo
Por mera banalidade
Bom mesmo é união
Do povo de uma cidade
Quem briga por política
Não lembra do eleitor
Quer mesmo é cargo
De secretário ou diretor
O resto que se dane
Indo lá pra onde for
Quando vemos briga
Pode prestar atenção
Camarada ganhou
Ou perdeu eleição
A briga é por cargos
Na nova administração
Devo aqui dizer
Política é fundamental
No país como um todo
Do Federal ao Municipal
Para que seja realizado
A lei do constitucional
Porém, não para brigas
De uma população
Que se degladeia
Por alguma posição
Esquecendo amizades
Ou fazendo acusação
Vamos ter que mudar
Política vai e vem
Já de um bom amigo
Amizade nos convém
Não troco por política
A amizade de ninguém
JATÃO DA RÁDIO
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