A produção de uva e manga em Pernambuco pode aumentar com uso de fertirrização
A capacitação “Manejo de Fertirrigação e Nutrição Vegetal”, ministrada pelo engenheiro agrônomo e especialista em fertirrigação, Luiz Dimesntein, que também é autor do livro “Manejo de Fertirrigação – Regra de Ouro da Fertirrigação” reuniu mais de 50 profissionais, entre técnicos e supervisores de campo da região. O treinamento foi realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Pernambuco (Senar/PE).
O treinamento para um grupo de técnicos, responsáveis pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), ofertada a produtores de manga e uva, no Vale do São Francisco, foi dividido nos seguintes eixos: conhecimento sobre fertirrigação, principais nutrientes, equipamentos – eficiência operacional, aplicabilidade – dimensionamento, e resultados agronômicos.
A Fertirrigação é uma técnica, que utiliza a irrigação como veículo para aplicar nutrientes e promover a fertilização. Nesse sentido, o especialista demonstrou como funcionam os equipamentos com alta eficiência operacional, como o os Extratores de Solução do Solo (ESS) e os kits rápidos de análise dos nutrientes, instrumentos capazes de direcionar as decisões do uso de fertilizantes solúveis e suas doses via fertirrigação.
Há vários limitantes no manejo tradicional, que podem comprometer toda a produção. Entre as causas estão o PH, salinidade, lixiviações, níveis de nutrientes inadequados às demandas das plantas e suas proporções, competição entre esses nutrientes nos casos de excessos de determinado tipo, entre outros. Após a constatação das deficiências são realizadas, na próxima fertirrigação, as devidas correções para estabelecer os patamares ideais da boa nutrição, que são refletidos na qualidade da produção, sabor, brix, aspecto e pós-colheita.
Ainda, de acordo com o palestrante, a partir da fertirrigação, produtores de uva podem registrar crescimento significativo de até 200% na produtividade. Segundo o coordenador da Assistência Técnica e Gerencial do Senar/PE, Adriano Pontes, o manuseio dessa tecnologia é mais detalhista, quando comparada a aplicação via solo, mas muito vantajoso nos aspectos econômico e tecnológico. “No momento atual, de alta dos preços dos fertilizantes, em comparação as safras anteriores, a fertirrigação se torna ainda mais necessária”, avalia Pontes.
Isso porque, a técnica otimiza o uso dos fertilizantes – evitando o seu desperdício, permite a correta manutenção da cultura em todo o seu ciclo e, consequentemente, aumenta o rendimento da produção”, disse.
Ele também destaca a importância da ATeG em todas as etapas. “Produtores e técnicos, que entendem as necessidades do seu plantio por ciclo, certamente aplicam as soluções adequadas no que se refere à água, solo e planta, elevando a produtividade da cultura”, revela o coordenador.
De acordo com o superintendente do Senar Pernambuco, Adriano Moraes, a instituição também oferece capacitação especializada na área através do Programa Agricultura Irrigada. Também é possível conhecer mais sobre o tema através da cartilha “Irrigação: fertirrigação e reúso de efluentes”.
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