sexta-feira, 29 de abril de 2022

 Congresso aprova Projeto de Lei que facilita redução de preços dos combustíveis; Texto segue para sanção

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil O Congresso aprovou nesta quinta-feria (28) um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que permite a redução de tributos sobre combustíveis sem necessidade de compensar a perda de arrecadação. Normalmente, sempre que um ente federativo aceita perder arrecadação (com redução ou isenção de tributos, por exemplo) é obrigado a indicar uma outra fonte de recursos para fazer a compensação. Com a aprovação desse projeto, essa indicação não será necessária. O PLN aprovado nesta quinta segue para sanção presidencial.

O agronegócio chinês prospera, mas ainda precisa do Brasil

A China precisa muito do Brasil como fornecedor de matéria prima para a indústria e agroindústria, razão pela qual 83% das exportações brasileiras à China se concentram em soja, minério de ferro e petróleo bruto (Secex, Ministério da Economia).


Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa Soja

A China é o berço da soja e foi durante séculos o maior produtor global da oleaginosa. Atualmente, com cerca de 16 milhões de toneladas (Mt) produzidas em 2021, alcança o quarto lugar, depois de Brasil, Estados Unidos (EUA) e Argentina. Se bem produz pouca soja, o país asiático é um grande produtor de milho: 273 Mt na safra 2021; segundo maior produtor mundial, depois dos EUA (370 Mt) e à frente do Brasil – o terceiro colocado – com 110 Mt. Um crescimento de 12% em relação ao ano anterior, aponta reportagem do portal especializado The Western Producer, divulgada em janeiro de 2022.

 

Colheita de soja no Brasil, maior produtor de soja. Foto: A.Neto/Arquivo Embrapa Soja

O crescimento da produção de milho da China voltou a ocorrer depois que o governo interrompeu a implementação de um ajuste estrutural estabelecido em 2015, cujo propósito foi reduzir sua produção, em favor de outras culturas. Com a diminuição dos estoques do cereal e importações crescentes a partir de 2018, as quais atingiram 26 Mt, nos primeiros 10 meses de 2021 (três vezes mais do que em 2020), o país voltou a estimular a produção de milho, o que mexeu com o mercado mundial de grãos. A partir de 2022, as políticas de incentivo devem levar a um gradual aumento da produção chinesa do cereal, que deve atingir, em 2030, aproximadamente 332 Mt.

A demanda está aumentando porque a população chinesa continua crescendo e está comendo mais e melhor. O plantel de suínos, que havia sido dizimado alguns anos atrás, voltou e crescer e a demandar mais alimentos: soja e milho, principalmente. Segundo o Governo chinês, o número de suínos para abate deve crescer para atingir 713 milhões de cabeças, em 2030 e produzir cerca de 60 Mt de carne.
Em 2020, o Brasil foi o principal fornecedor de carne suína (42%), de aves (44,2%) e bovina (40%) para a China. Prognósticos iniciais apontam que as importações de carne suína e de aves do país asiático devem decrescer, pelo enorme esforço oficial de estímulo à produção local. Somente as importações de carne bovina devem aumentar.

A China não irá reduzir suas compras de milho no mercado internacional indicam os analistas, que estimam as compras de 2022 e 2023 iguais ao recorde de 2021. Mesmo estando em litígio com a China, os EUA suprirão boa parte dessa demanda, visto que as safras do Brasil dos dois últimos anos sofreram com as contrariedades climáticas e não terão condições de oferecer os volumes potencialmente demandados pelo país asiático.

A preocupação do governo chinês com a alimentação do seu povo é constante. Nesse contexto, a China está acumulando mais de metade dos alimentos disponíveis no mundo: 69% das reservas de milho, 60% das reservas de arroz e 51% do trigo (USDA). Aumento de 20% nos últimos 10 anos, o que estimulou a inflação mundial. O estoque de alimentos é suficiente para alimentar a população do país por cerca de 18 meses, segundo informa o governo de Pequim. Como resultado desse acúmulo de reservas, os preços globais dos alimentos dispararam; 30% num ano, informa a FAO.

A China é a maior produtora mundial de arroz e de carne suína e está entre os maiores produtores de trigo, tabaco, amendoim, algodão, batata, sorgo, chá, cevada, carne de frango e de peixe, além do milho. Em 2020, a produção de grãos da China alcançou quase 670 Mt, enquanto o Brasil não chegou a 260 Mt. A China produz muito, mesmo assim precisa importar. O Brasil, com uma população seis vezes inferior, dispõe de grandes volumes para exportar, mas precisa estar alerta, pois o esforço chinês para autoabastecer-se é enorme e poderá futuramente dispensar nossa produção exportável.

O crescimento previsto na renda per capita média anual da população urbana e rural chinesa varia entre 3% e 6%, respectivamente, o que alimenta a perspectiva de aumento das importações de alimentos do país. Embora haja avanços na produção agrícola local (Agricultural Outlook), estes serão limitados pela escassez de terras aptas disponíveis.

A China precisa muito do Brasil como fornecedor de matéria prima para a indústria e agroindústria, razão pela qual 83% das exportações brasileiras à China se concentram em soja, minério de ferro e petróleo bruto (Secex, Ministério da Economia). E os prognósticos feitos por agentes de mercado e pelo próprio governo chinês não indicam nenhuma reversão deste quadro.

 

 

Mais de 30 mil agricultores do Pará recebem o título de posse da terra

 

Mais de 30.201 famílias de agricultores de assentamentos e glebas públicas federais no Pará irão receber o título de propriedade rural. A ação faz parte da Campanha Abril Verde e Amarelo, lançada pelo Governo Federal, e que já contemplou famílias de 91 municípios no estado. É o maior número de títulos concedidos durante a campanha.

Desde 2019, foram emitidos 80.363 documentos, entre Contratos de Concessão de Uso e Títulos de Domínio (provisórios e definitivos, respectivamente), no estado. No Brasil, a quantidade chega a 345.205, considerando-se o mesmo período.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, destacou que o título de propriedade rural trará dignidade aos produtores rurais e independência para trabalharem na terra. Ele também citou a força do agro na região. “O agro mudou Paragominas, elevou o IDH. Paragominas mostra a força do agro”, disse. O município é um dos maiores produtores nacionais de mandioca, dendê, açaí, cacau, pimenta-do-reino e abacaxi, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, lembrou que mais de 50 mil documentos foram emitidos no Pará, há 10 meses. Agora, são mais 30 mil para ampliar a regularização de famílias em assentamentos e glebas federais no estado. “É um prova de respeito com as pessoas que estavam na fila aguardando o seu título, muitas há mais de 30 anos.” Ele destacou também que o instituto inicia hoje, em outros 15 estados, a emissão de mais de 52 mil documentos.

 

 

Prestes a completar 50 anos, Embrapa gera lucros de R$ 1,2 tri

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária comemorou seus 49 anos na última quarta-feira (27.04)
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A Embrapa acaba de publicar uma edição especial de 25 anos de seu Balanço Social, que demonstra o resultado das contribuições da Empresa à sociedade nesse período, incluindo dados de 2021. De acordo com essa publicação, a Empresa, que no ano que vem completa 50 anos, gerou, praticamente, na segunda metade de sua existência, um lucro social de R$ 1,2 trilhão.

Esse número é resultante da consolidação dos indicadores sociais, laborais e de aproximadamente 3.000 estudos de avaliação de impactos econômicos e de estimativa de adoção das cultivares da Embrapa. Ele representa, majoritariamente, a renda adicional obtida pelo setor produtivo ao adotar as soluções tecnológicas da instituição. Os valores foram atualizados pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro de 2021.

Para o presidente Celso Moretti, da Embrapa, esses resultados demonstram o esforço conjunto e organizado de toda a Embrapa ao longo de sua existência. “O elevado nível de adoção e consequente geração de benefício econômico de suas tecnologias evidenciam que a Embrapa vem sendo capaz de identificar as demandas do setor produtivo agropecuário, de desenvolver soluções tecnológicas adequadas, assim como de transferir e comunicar os conhecimentos e os produtos por ela gerados. Em outras palavras, quando se demonstra uma entrega de valor superior a 1 trilhão de reais é possível inferir que as etapas previstas no macroprocesso de inovação vêm sendo cumpridas com êxito”.

Cada real aplicado na Embrapa em 25 anos gerou cerca de R$ 12 para a sociedade brasileira.

Ao se relacionar esse lucro social de R$ 1,2 trilhão ao orçamento da Embrapa, que corresponde a R$ 104 bilhões em 25 anos, o resultado demonstra que o retorno anual da Empresa para a sociedade nesse período foi cerca de 12 vezes o investimento feito pelo Governo na instituição. Esse resultado consolidado, quando conferido ano a ano, também um resultado positivo entre o que foi investido na instituição e o que foi por ela devolvido à sociedade, conforme gráfico apresentado a seguir.

Em uma cerimônia que reuniu governadores, parlamentares, embaixadores, instituições como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Sebrae, Apex, Confederação, da Agricultura, Pecuária do Brasil (CNA), universidades,lideranças do agro e de empresas públicas e privadas, nesta quarta-feira (27), a Embrapa reafirmou seu compromisso em desenvolver pesquisas e inovação em prol dos desafios da agricultura, entre eles alcançar, nos próximos anos, a autossuficiência na produção do trigo e a redução da dependência mundial por fertilizantes.

Durante o evento, também foram assinados Acordos de Cooperação Técnica com Senai Cimatec, Senar, Fundo JBS pela Amazônia, Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Bosch e CropLife Brasil. São contratos e convênios com o objetivo de fortalecer e ampliar parcerias para ações técnico-científicas nas áreas de pesquisa e inovação. No mesmo evento, foi anunciada a contagem regressiva para os 50 anos da Empresa, em 2023, que pode ser acompanhada a partir do novo Portal da Embrapa (disponível em www.embrapa.br). Antes da solenidade, às 14h, foi inaugurada a Galeria Embrapa com uma exposição permanente que retrata os principais marcos da história da Empresa.

Confira matéria sobre parcerias em :Embrapa fortalece parcerias com o setor produtivo

Em seu discurso, o presidente Celso Moretti explicou que a Embrapa está fazendo testes na Região Sul, no Triângulo Mineiro e no entorno do DF de novos materiais de trigo, com o propósito de lançá-los no ano que vem. Ele disse também que a produção de trigo no país deve crescer, este ano, na ordem de 13%, em área e produção, saindo de 2,7 milhões de hectares para 3,1 milhões e de 7,5 para 8,5 milhões de toneladas. “Essa notícia tem conexão com todo o nosso esforço de tornar o Brasil autossuficiente e um dos 10 maiores exportadores de trigo do mundo”, complementou o gestor.

Ele lembrou que a guerra na Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais de trigo, fez a sociedade perceber que o país ainda é grande importador do cereal. No entanto, a ciência agropecuária já trabalha há décadas com este desafio e demonstrou que é possível plantar trigo nos cerrados. Atualmente, são 200 mil hectares, mas com possibilidade de alcançar 2 milhões de hectares em produção, somente no cerrado. Outra experiência que vem sendo realizada é a colheita de trigo em Roraima. A produtividade e o ciclo da cultura surpreenderam com 3 toneladas por hectare em 66 dias.

Um dos homenageados da cerimônia, Jonas Antonello, da Cooperativa Agrícola Mista General Osório, destacou o trabalho realizado pela Embrapa Trigo na busca pela autossuficiência do cereal no sul. “Eu quero dizer que no Rio Grande do Sul estamos levando o trigo para outros cultivos, no caso de Terras Baixas, e não só o trigo, mas o triticale, um insumo importante para a cadeia da produção animal, em substituição ao milho”, afirmou o produtor rural.

A produção de alimentos associada à preservação ambiental também foi tema abordado pela Embrapa. Foram citados dados de pesquisa da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), que diz que o país provê segurança alimentar para mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, aliando segurança alimentar e preservação ambiental.

“São dois terços do território preservados, o que corresponde a 564 milhões de hectares de área protegida ou preservada. Isso equivale a 9 vezes o território da França, 11 vezes o da Espanha, 15 o da Noruega, 16 o da Alemanha e 25 o do Reino Unido”, acrescentou o presidente da Embrapa.

“O mundo precisa do Brasil para a sua alimentação. E a Embrapa, que foi a grande protagonista ao elevar o Brasil ao patamar de importador para exportador de alimentos, volta a cena para nos ajudar a enfrentar o problema da crise dos fertilizantes. Já colocou em campo a Caravana FertBrasil e está abrindo frentes de pesquisa com os remineralizadores do solo. Por isso hoje a Embrapa é peça fundamental para oferecermos ao mundo a segurança alimentar que tanto precisamos”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.

 

A busca pela autossuficiência em fertilizantes

A Embrapa apresentou aos participantes um panorama sobre a situação dos fertilizantes no país. O Brasil importa 85% de todo  fertilizante que utiliza. “É uma dependência preocupante para um setor da economia que responde por 27,4% do PIB. Somente Rússia e Belarus respondem por 50% da importação de potássio”, disse o presidente da Empresa. No entanto, para Moretti a solução está na incorporação cada vez maior no processo produtivo dos chamados biofertilizantes. “Muita gente só conheceu o problema agora, mas a Embrapa há décadas busca soluções para reduzir a dependência da importação de fertilizantes.”, afirmou.

Foi citado como exemplo a fixação biológica de nitrogênio, tecnologia que vem sendo desenvolvida desde os primeiros anos de vida da empresa: Uma bactéria que transforma o nitrogênio captado na atmosfera e o coloca à disposição de plantas como a soja. Por causa dessa solução, no ano passado o Brasil economizou 38 bilhões de reais em importações de adubos nitrogenados.

E mais recentemente, em 2019, a Embrapa colocou no mercado, em parceria com o setor privado, o BiomaPhos, um bioinsumo que reduz a necessidade de uso de adubo fosfatado. De 300 mil hectares na safra 2019/2020, o agronegócio chegou a 3,5 milhões de hectares na safra 2021/2022 com o uso deste biofertilizante. Isso corresponde a mais de 5% da área plantada com grãos no país, em 1ª e 2ª safras.

“O Biomaphos contribui para uma agricultura mais limpa, um produto que agrega valor ao fósforo e ao solo,  sem poluir o meio ambiente. Uma tecnologia que durou 18 anos para ser desenvolvida e teve um co-desenvolvimento inovador com uma parceria público-privada. A união de duas empresas brasileiras que culminou neste primeiro produto nacional”, disse a pesquisadora Christiane Abreu de Oliveira Paiva, da Embrapa Milho e Sorgo. Ela recebeu homenagens na categoria Mérito Científico.

“Esse sucesso não é só da ciência e da Embrapa, mas do produtor que abriu mão das suas resistências, usou em uma pequena área e no ano seguinte expandiu. E aqueles que viram o exemplo e foram, lado a lado, expandindo. É muito emocionante ver o selo Embrapa abrindo portas”, relatou a pesquisadora.

Balanço Social e entrega de tecnologias

Nos últimos 3 anos, 170 soluções tecnológicas da Embrapa foram incorporadas ao sistema produtivo, contribuindo para o resultado alcançado pelo Balanço Social, nesses últimos 25 anos.

Em uma edição especial, o Balanço Social que a Embrapa apresenta para celebrar o seu aniversário, reúne os resultados das contribuições da Empresa à sociedade nos últimos 25 anos, incluindo os dados de 2021. De acordo com esse estudo, a Embrapa gerou, nesses últimos 25 anos, ou seja, praticamente em metade de sua existência, um lucro social de R$ 1,2 trilhão, um retorno médio 12 vezes maior do que o que foi investido na Empresa, por meio do orçamento federal, que correspondeu a R$ 104 bilhões em 25 anos.

Homenagens institucionais

A Embrapa homenageou representantes de 8 categorias vinculados ao agronegócio: a pesquisadora Christiane Abreu de Oliveira Paiva, da Embrapa Milho e Sorgo (Categoria Mérito Científico); Guilherme Scheffer, presidente do Grupo Scheffer, (categoria Produtor Rural); o produtor rural Luciano de Oliveira Souza (Categoria Agricultura Familiar); o produtor Jonas da Silva Antonello, da Cooperativa Agrícola Mista General Osório Cotribá, (Categoria Setor Produtivo);  Augusto Souto Pestana, presidente da Apex Brasil,  (Categoria Institucional); o deputado federal Sérgio Souza, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (Categoria Legislativo Federal); Ênio Mathias Ferreira, vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, (Categoria Governo Federal) e o pesquisador Eliseu Alves, um dos fundadores da Embrapa (Categoria Especial).

Além dos ministros Marcos Montes (Mapa), Paulo Alvim (Ciência, Tecnologia e Inovações), Joaquim Leite (Meio Ambiente), participaram da mesa Fernando Camargo, presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad); Candido Teles, secretário de agricultura do DF, representando o governador do Distrito Federal;  os senadores da República Elmano Ferrer e Eliane Nogueira; os deputados federais Tereza Cristina (ex-ministra do Mapa) e Sérgio Souza (presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária); João Martins, presidente da CNA; Carlos Melles, o presidente do Sebrae Nacional; o presidente da Anater, José Ferreira da Costa Neto; e o pesquisador Eliseu Alves, um dos fundadores da Embrapa. Estiveram presentes os 43 chefes dos centros de pesquisa da Embrapa, além empregados das Unidads do Distrito Federal.

Ex-empregado da Embrapa e atual secretário de Agricultura do GDF, Candido Teles, encerrou a cerimônia afirmando: “O mundo precisa do Brasil e o Brasil precisa da Embrapa”.

informações Embrapa*

quinta-feira, 28 de abril de 2022

 

Auxílio Brasil: Câmara aprova MP com piso permanente de R$ 400 para o benefício.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) a medida provisória que elevou o valor mínimo do Auxílio Brasil para R$ 400. A versão aprovada pelos parlamentares torna esse piso permanente. O texto segue para a análise do Senado.

O Auxílio Brasil foi criado pelo governo em agosto do ano passado, em substituição ao Bolsa Família. Em um primeiro momento, o benefício médio pago foi de R$ 217. Na oportunidade, porém, o governo prometeu que o valor chegaria a R$ 400.

Para cumprir a promessa, o governo editou a medida provisória votada hoje pela Câmara. O texto instituiu o “benefício extraordinário”, uma espécie de complemento ao valor do Auxílio Brasil.

Este benefício, no entanto, tinha caráter temporário e acabaria em dezembro, o que reduziria o valor pago pelo Auxílio Brasil.

Em acordo fechado com líderes partidários durante a votação da proposta, o relator e ex-ministro da Cidadania, deputado João Roma (PL-BA), acatou uma emenda para tornar o complemento permanente e, consequentemente, fixar o valor mínimo do Auxílio Brasil em R$ 400.

Por Foco Central

 

Febre aftosa: pecuaristas de MT aguardam anúncio da retirada da vacina

Expectativa é de que nos próximos dias o Governo Federal confirme o fim da vacinação a partir de 2023 em alguns estados que compõem o bloco IV do PNEFA


Lideranças da pecuária mato-grossense aguardam para os próximos dias o anúncio oficial da retirada da vacinação contra a febre aftosa a partir de 2023. A expectativa dos produtores foi reforçada após uma reunião das equipes gestoras do bloco 04 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Doença (PNEFA). 

Na avaliação do vice-presidente da Famato e presidente da Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Chico da Paulicéia, “Mato Grosso evoluiu muito e atingiu as condições mínimas exigidas para estar apto a retirar a vacina em 2023. Tudo indica que em novembro de 2022 será a última vacinação no estado”, afirma. 

O setor reforça que a retirada da vacinação é uma das várias medidas previstas no PNEFA para garantir a erradicação e a prevenção contra a doença, que também inclui – por exemplo – o reforço do serviço de vigilância sanitária animal, especialmente, nos estados que fazem fronteira com outros países (como é o caso de Mato Grosso).

Nota do Blog: Aqui no nosso semiárido não se tem casos de Febre Aftosa a bastante tempo. Já é hora de rever o Programa de Erradicação e Prevenção da Doença.

 

O persistente sucesso do agro brasileiro

Apesar das frustrações climáticas das duas últimas temporadas na região Sul, a produção agrícola do Brasil não recuou, quase sempre superando a da safra anterior. A principal responsável por esta façanha é a soja, cuja área cultivada tem superado a da safra anterior em todos os anos, ao longo dos últimos 15 anos.


Apesar das frustrações climáticas das duas últimas temporadas na região Sul, a produção agrícola do Brasil não recuou, quase sempre superando a da safra anterior. A principal responsável por esta façanha é a soja, cuja área cultivada tem superado a da safra anterior em todos os anos, ao longo dos últimos 15 anos. Como o milho acompanha o crescimento da soja, sua área também aumentou juntamente com a da oleaginosa. As duas culturas juntas respondem por cerca de 80% da produção brasileira de grãos, elevando o Brasil à condição de líder global da produção e das exportações de soja, assim como 3º produtor e 2º exportador mundial de milho.


E não é apenas o preço da soja e do milho que está bombando. Carnes, café, açúcar, celulose, trigo, arroz, algodão, mandioca, entre outros, também estão faturando alto. O complexo soja lidera com mais de 30% os ingressos financeiros auferidos com as exportações, seguido pelas carnes, cereais, complexo sucroalcooleiro e produtos florestais. Juntos, estes cinco produtos perfazem mais de 80% do valor embarcado para o exterior, pelo Brasil.

Sendo o Brasil um grande produtor de soja e milho, grãos que constituem a principal matéria prima para a produção de carnes, o País lidera as exportações de carne bovina, assim como também é o 2º produtor e 1º exportador mundial de carne de frango e 4º exportador de carne suína. Esta dinâmica do agro brasileiro tem preocupado nossos concorrentes que enfrentam dificuldades cada vez maiores para competir com a eficiência e agressividade da nossa agropecuária, pondo-se a critica-la com o argumento de que nossa grande produção é resultado de desmatamentos amazônicos, o que não é verdade. Mas o Brasil não pode abalar-se com essas críticas desprovidas da realidade e deve continuar na sua trajetória vitoriosa iniciada nos anos 1970, tendo a soja como motor dessa caminhada de sucesso.
O campo está em festa. A produção está boa e os preços estão compensadores, como nunca estiveram. Mas atenção, porque assim como as commodities estão em alta, o mesmo acontece com os insumos de produção; fertilizantes, em especial, para os quais o Brasil depende em cerca de 80% das suas necessidades.

Seria difícil imaginar algum tempo atrás que, em plena crise da pandemia do coronavírus, poderíamos vivenciar uma situação de euforia no campo. Mas é o que está acontecendo e certamente isto desencadeará uma corrida atrás de mais terras agricultáveis, para o que se sugere optar, preferencialmente, por áreas de pastagens degradadas ou substituindo culturas menos rentáveis; soja no lugar de canaviais improdutivos, por exemplo. Nunca buscando a desnecessária via do desmatamento.
Mas cuidado, produtor, porque bonanças e carestias se alternam nas lavouras. Ganhar o dinheiro sempre foi mais difícil do que gastá-lo. Agora é o momento certo para guardar sobras para momentos de crise. Ter liquidez em momentos de incertezas é um seguro essencial para a sobrevivência no campo.

 

Um tipo de capim especial e próprio para os solos brasileiros

   

É o BRS Integra, a única cultivar da espécie forrageira Urochloa ruziziensis (sin. Brachiaria ruziziensis ) desenvolvida para as condições de clima e solo brasileiras. Ela foi desenvolvida pelos pesquisadores do programa de melhoramento genético da Embrapa, que visa fornecer aos agricultores uma cultivar forrageira cujo principal uso será para a produção de cobertura morta em sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ICLFS). A UNIPASTO (Associação para a Promoção da Pesquisa em Melhoramento de Forrageiras) é a principal parceira no lançamento desta nova cultivar forrageira.

A cultivar é recomendada para o bioma Mata Atlântica nas seguintes regiões/estados brasileiros: Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina); e é recomendado para uso em sistemas integrados (ICLFS) com o objetivo de produzir restolho. Adapta-se a solos de média a alta fertilidade, podendo ser cultivada desde o nível do mar até 1.800 metros de altitude.

Em comparação com a cultivar tradicional atualmente disponível no mercado, oferece maior produção de massa seca forrageira e de folhas no outono/inverno. Ou seja, produz mais forragem no período de entressafra (estação seca), justamente quando a planta forrageira não é consorciada com outra da área. Essa maior produção na estação seca a torna mais adequada para sistemas integrados de lavoura, pecuária e silvicultura, e pode contribuir para o aumento da produtividade nesses sistemas.

 

Santana do Matos: Apuração sobre possível acúmulo ilegal de cargos públicos é arquivada

Por meio do Aviso nº 2607608, estampado na edição desta quarta-feira (27) do Diário Oficial do Estado do RN, o Promotor de Justiça da comarca de Santana do Matos, região Sertão/Central potiguar, bacharel Alysson Michel de Azevedo Dantas, anunciou o arquivamento de uma investigação ministerial.
Trata-se do Inquérito Civil nº 04.23.2007.0000157/2021-71, instaurado para apurar suposta acumulação ilícita de cargos públicos por parte da servidora pública Ana Marly da Silva.
Aos interessados, o fiscal da lei concedeu prazo até a data da sessão de julgamento da promoção de arquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público do RN (MPRN) para, querendo, apresentarem razões escritas ou documentos nos referidos autos. 

Por Angicos Notícias

 

“Semeando resistência e cultivando um mundo novo” é o tema dos Festivais da Juventude Rural

No solo fértil da luta sindical, a juventude do campo, florestas e águas semeia a força da resistência, que nasce para frutificar uma realidade melhor. Tendo como motivação o fortalecimento da agricultura familiar, a preservação do meio ambiente e a luta pela sucessão rural, a Comissão Nacional de Jovens definiu no último dia (12) o novo tema para os três momentos de visibilidade e fortalecimento de luta da juventude rural – o 2º Festival Juventude Rural Conectada, os cinco Festivais Regionais e o 4º Festival Nacional da Juventude Rural: “Semeando resistência e cultivando um mundo novo”.

Outra boa notícia é a confirmação pela Secretaria de Esportes do Governo do Distrito Federal da realização do 4º Festival Nacional da Juventude Rural nos dias 25 a 27 de abril de 2023 no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília – mesmo local em que foram realizados o 3º Festival, em 2015, e a 6º Marcha das Margaridas, em 2019. O ofício de confirmação foi enviado à CONTAG no dia 20 de abril. Começou a contagem regressiva de exatamente um ano até a concretização desse grande sonho da juventude rural!

Planejamento da Comissão Nacional de Jovens

Além de um novo Tema, a Comissão Nacional de Jovens decidiu também alterar a data do 2º Festival Juventude Rural Conectada para os dias 10 e 11 de agosto, para fortalecer a celebração da memória de Margarida Alves no dia 12 de agosto. Para acompanhar a mudança de Tema, a Comissão definiu também que vai mudar a identidade visual dos festivais, a tempo do Lançamento do 4º Festival Nacional da Juventude Rural durante o 6º Enafor, em maio.

Os Festivais Regionais da Juventude Rural também serão outro momento fundamental de mobilização da juventude e de aprofundamento das questões e demandas dos(as) jovens do campo floresta e águas. Essas são as datas previstas para a realização dos festivais regionais:

- Sul (Santa Catarina): 19 a 21 de outubro - Norte (Rondônia): 8 a 10 de novembro - Nordeste (Alagoas): 16 a 18 de novembro - Centro Oeste (Goiás): 30/11 e 01 e 02 de dezembro - Sudeste (Minas Gerais): 05 a 07 de dezembro

“Temos uma grande renovação das representações de Jovens nos estados, mas é desafio bom construir com elas e eles todo o processo de formação e mobilização até o nosso 4º Festival Nacional da Juventude, em abril de 2023. Quem está chegando agora vem muita disposição para aprender, para dar sua opinião e trazer boas reflexões para o grupo. Estamos plantando no coração dessa juventude a sementinha da ousadia, da esperança, do protagonismo das mudanças que nosso país precisa”, afirma a secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon.

Para aprofundar as decisões sobre os eventos, a Comissão de Jovens constituiu um Grupo de Trabalho (GT) específico para fazer propostas sobre os Festivais. Foi sobre os resultados do diálogo desse GT que a Comissão definiu esses e outros encaminhamentos. Outro desses encaminhamentos é de que o GT Festivais deve formular uma estrutura de conteúdos para o 2º Festival Juventude Rural Conectada e definir os( as) convidados(as) com base nas sugestões de nomes realizada pela Comissão e assessorias. São muitas as novidades que nossa juventude está planejando!

Vamos em frente, semeando resistência e cultivando um mundo novo!

FONTE: Secretaria de Jovens da CONTAG

quarta-feira, 27 de abril de 2022

 

Incra institui Sistema de Mercados de Terras

Em 2 de maio de 2022 entrará em vigor a Instrução Normativa Incra nº116, que estabelece as diretrizes para o monitoramento e a análise dos mercados de terras por meio da elaboração regular de relatórios e respectivas Planilhas de Preços Referenciais (PPR). A iniciativa institui também o Sistema de Mercado de Terras (Simet): o repositório oficial da autarquia relativo às informações sobre o tema no Brasil.

A nova normativa, publicada no Diário Oficial da União em 19 de abril, representa um importante passo para a qualificação das análises de mercado de terras, fundamental para balizar políticas públicas e para compreender as diferentes regionalidades do mercado de imóveis rurais no país.

O Simet reunirá os Relatórios de Análise de Mercados de Terra (RAMTs) e as PPRs em uma única plataforma. Os documentos são elaborados por servidores das superintendências regionais do Incra, especializados na análise do valor da terra e de benfeitorias.

Com o sistema será possível juntar informações de diferentes localidades e montar um quadro de análise amplo das tendências e variações do preço dos imóveis rurais, além de mapear a dinâmica do valor da terra e das benfeitorias em cada região do meio rural brasileiro.

Expertise
De acordo com o chefe da Divisão de Análise e Estudo do Mercado de Terras da Diretoria Estratégia do Incra, Carlos Shigeaky Silva, a análise sistemática é um importante passo na qualificação dos dados. “São informações fundamentais para a sociedade pois auxiliam a estimativa de valores de terras, além de orientar o setor público a definir políticas com base em princípios de inteligência territorial e econômica”, avalia.

A expertise do Incra na elaboração desses estudos se deve aos 52 anos de atuação como responsável por um dos maiores cadastros rurais do mundo, o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), que emite o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), documento obrigatório para todos os proprietários de imóveis rurais no Brasil.

O conhecimento do Incra sobre os valores também está relacionado aos diagnósticos realizados pelo instituto na desapropriação de terras para a criação de assentamentos da reforma agrária e na avaliação do preço de compra e venda.

Como funciona
A análise é feita pelo Grupo de Mercado de Terras, formado por servidores do Incra que fazem o levantamento e tabulam dados e informações em cada superintendência regional. Os estudos abrangem a delimitação dos mercados regionais; a coleta sistemática de dados e informações destes mercados; o tratamento de dados; e a estimativa das variáveis para análise e relatório analisando a dinâmica dos Mercados Regionais de Terras. O Simet conterá informações como o Valor Total do Imóvel (VTI) e o Valor da Terra Nua (VTN).

Assessoria de Comunicação

Exportações recordes do agronegócio somam US$ 14,53 bilhões em março deste ano

Com alta recorde dos preços internacionais dos alimentos, as vendas externas do agronegócio representaram metade de tudo que é exportado pelo país em março

As exportações do agronegócio atingiram o valor recorde de US$ 14,53 bilhões para meses de março, em 2022, cifra 29,4% superior na comparação com mesmo mês do ano passado. O aumento foi motivado pela elevação de 27,6% nos preços dos produtos exportados pelo agronegócio.

De acordo com levantamento elaborado pela Secretaria de Comércio de Relações Internacionais do Mapa, o volume exportado cresceu 1,4% no período.

As exportações do agronegócio representaram 50% de todo o valor exportado pelo país em março de 2022, movimento alavancado pela alta recorde dos preços dos alimentos no cenário global. Em relação às importações de produtos do agronegócio, as compras somaram US$ 1,42 bilhões (alta de 5,9%).

Produtos

O complexo soja (grão, farelo e óleo) permanece liderando as exportações brasileiras, com a cifra recorde de US$ 7,56 bilhões, respondendo por mais da metade do valor exportado de produtos do agronegócio em março.

Só as vendas externas de óleo de soja passaram de US$ 117, 52 milhões em março de 2021 para US$ 328,77 milhões em março de 2022, alta de 179,8%, impulsionada pela redução na oferta de óleo de girassol, já que o maior produtor e exportador mundial é a Ucrânia, que enfrenta um conflito com a Rússia.

Quanto às carnes, as exportações ultrapassaram, pela primeira vez, a marca de US$ 2 bilhões para meses de março (US$ 2,10 bilhões). A carne bovina foi o produto mais exportado, com recorde de US$ 1,11 bilhão e 191,58 mil toneladas exportadas, puxado pela demanda chinesa.

Principais destinos

A China continua como o principal destino dos produtos do setor, apesar de uma queda na participação nas compras do agronegócio entre março de 2021 (42,3% de participação) e março de 2022 (41,4% de participação). No mês passado, as vendas para o mercado chinês alcançaram US$ 6,01 bilhões (+26,6%). Os principais produtos foram: soja em grãos (US$ 4,56 bilhões, +26,0%); carne bovina in natura (US$ 677,48 milhões, +108,5%); celulose (US$ 271,11 milhões, +30,3%); carne de frango in natura (US$ 123,08 milhões, +20,8%); açúcar de cana em bruto (US$ 96,63 milhões, +41,2%).

Estes produtos responderam por 95,4% do valor total exportado em produtos do agronegócio brasileiro ao país asiático.

Acumulado

De janeiro a março de 2022, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 33,82 bilhões (+45,9%), valor recorde para o período, representando 46,8% do total exportado pelo Brasil: alta de 5,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Pelo lado das importações, o total alcançado nos primeiros três meses de 2022 foi de US$ 3,78 bilhões (-2,1%).

Tanto as exportações no período como as importações do agronegócio foram afetadas pela alta dos preços médios. No caso das exportações, houve variação positiva em preços (+24,9%) e em volumes (+16,8%). Já as importações registraram alta de preços médios (+18,7%) e redução do índice de quantum no período (-17,8%).

 

 

A guerra no leste europeu pode prejudicar o agronegócio brasileiro

As consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia, somadas às sanções impostas pelo mundo aos russos, aumentam a preocupação dos agricultores e pecuaristas brasileiros, que temem a escassez de insumos, o que afetaria diretamente a produção agrícola do país. Como um dos principais produtores de potássio do mundo – elemento essencial na produção de fertilizantes -, a Rússia responde por 23% das importações do Brasil, que importa 85% dos insumos que utiliza. Já nos primeiros dias do conflito os preços dos fertilizantes já subiram, alguns quase dobraram de preço, afetando diretamente o mercado mundial de fertilizantes.

No Brasil, os agricultores, que já vinham enfrentando alta dos preços destes insumos, se preocupam com a falta deles para os próximos plantios. Quanto mais o confronto se prolonga, maior será o impacto. Diante da ameaça, a franquia Reino Rural Franchising – especializada em produtos agropecuários como suplemento nutricional animal e fertilizantes – já registrou um aumento de 30% na procura por parte dos produtores rurais.

“Os agricultores estão cada vez mais preocupados, por conta do anúncio que os estoques brasileiros seriam suficientes para mais três meses. O medo da escassez fez aumentar ainda mais a procura”, explica Matheus Ferraz, diretor executivo da Reino Rural Franchising.

O Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo. Perto de 23% dos adubos ou fertilizantes químicos importados em 2021 – mais de 9,2 milhões de toneladas do produto – vieram da Rússia, segundo levantamento do Comex Stat, portal do Ministério da Economia. A utilização de adubos e fertilizantes impacta tanto na agricultura quanto na pecuária, pois são essenciais para o desenvolvimento da produção.

Afonso Bezerra: Portaria formaliza incorporação de área rural do município ao patrimônio estadual

 

A gleba de terra denominada Fazenda Santa Margarida, encravada no município de Afonso Bezerra, região Central do RN, com área de 36,0416 hectares e perímetro de 2.877,38 metros, está sendo objeto de arrecadação sumária por parte do Governo do Estado, por meio de medida administrativa formalizada pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedraf).
É o que dispõe a Portaria nº 030/2022 (veja AQUI), assinada pelo titular da pasta estadual, Alexandre Lima (foto), veiculada por meio da edição desta terça-feira (26) do Diário Oficial do Estado do RN.
O ato oficializa a incorporação do referido terreno ao patrimônio público estadual.

CI Fertilizantes Adubo - Cálcio Leia sobre as principais características do cálcio. Por: Agrolink Publicado em 03/02/2022 às 13:52h. O cálcio é um elemento químico, símbolo Ca, de número atômico 20 (20 prótons e 20 elétrons) e massa atómica 40 u. É um metal da família dos alcalino-terrosos, pertencente ao grupo 2 da classificação periódica dos elementos químicos (Figura 1). O cálcio é o quinto elemento em abundância na crosta terrestre. Não é encontrado em estado nativo na natureza, estando sempre como constituinte de rochas ou minerais como as que contém carbonatos (mármore, calcita, calcário e dolomita) e sulfatos (gipso, alabastro), fluorita (fluoreto), apatita (fluorfosfato da cálcio) e granito (rochas silicatadas). Este nutriente é absorvido pela planta na forma de Ca2+ da solução do solo, e atua em diversos compostos (citrato, pectato, oxalato, carbonato de cálcio etc.) e funções (ativação enzimática, formação de lamela das células, absorção de nutrientes e parede celular), sendo armazenado no vacúolo. Além da função de nutriente, possui importante função no solo atuando na redução da acidez, melhorando o crescimento de raízes, aumentando a atividade microbiana e melhorando a disponibilidade de nutrientes como por exemplo o molbdênio (Mo). Além de reduzir a acidez, diminui a toxidez do alumínio (Al), cobre (Cu) e manganês (Mn), aumentando a resistência das plantas. Como o cálcio é um elemento estrutural dentro da planta, não possui mobilidade dentro desta. Os sintomas de deficiência (imagens) se observam nas partes novas, através de deformações e enrolamentos nas folhas (devido à ausência de parede celular). Observa-se também a morte da gema apical, clorose e necrose internerval nas folhas. As vagens chochas (soja) e folhas enroladas no filho são sintomas de deficiência de cálcio. Em solos ácidos e climas úmidos (regiões tropicais e subtropicais), o cálcio é perdido pela lixiviação. Quando o valor está abaixo de 2cmolc/dm3, considera-se que está com valor baixo no solo, sendo necessária a aplicação, aplicando 1,0t/ha de calcário. Assim, subentende-se que ao fazer a calagem para a correção de acidez, automaticamente se corrige a disponibilidade de cálcio bem como a de magnésio (no uso de calcário dolomítico). Caso haja necessidade de se aplicar Ca ao solo sem alterar o pH, usa-se gesso agrícola (16 - 18% de Ca e 13 - 16% de enxofre). Fertilizantes com cálcio Calcários são a principal fonte de fertilizantes de cálcio. Podem ser de 3 tipos: - Calcítico; - Magnesiano; - Dolomítico. Outras fontes de Ca2+ para as culturas são o gesso agrícola 26% Ca2+, Super simples, Super triplo, Termofosfato, Nitrato de Cálcio, Nitrocálcio, Cinzas, Calcário calcinado, Cal virgem, Cal hidratada, Escória de siderurgia, CaCl . Para complementar o conteúdo, sugerimos assistir ao vídeo abaixo em que o canal "AgroBrasil" detalha a importância da relação do cálcio com o magnésio.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Fernando Pedroza - A Caçulinha da Região Central - A Mais Chuvosa do Mês de Abril-2022

Mês de Abril se consagra o mais chuvoso em Fernando Pedroza-RN. As chuvas registradas no ano de 2022 em Fernando Pedroza tem sido suficiente e animadora para agricultura de subsistência. Vários agricultores que prepararam a terra desde o inicio das chuvas já começaram a colheita do feijão e outros estão perto de colher suas lavouras. Em conversa com alguns agricultores de nosso município, a nossa REDAÇÃO apurou a seguinte informação, este mês de abril de 2022 em comparação com os respectivos dos anos anteriores, esse é o mais chuvoso em toda região central potiguar. De acordo com a informação enviada pela Emater local através do pulvímetro instalado na sede da secretaria de agricultura, o mês de abril choveu 244,10 milímetros em Fernando Pedroza-RN. Fernando Pedroza-RN choveu até agora 544,90 milímetros superando a expectativa do sertanejo de um bom inverno. Por Foco Central

 

Inseticida fisiológico inédito é registrado para o controle de lagartas

Também foi registrado o primeiro produto biológico à base da vespinha Trichospilus diatraeae, para controle da lagarta dos eucaliptos e da broca da cana-de-açúcar
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Ato n° 18 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (19), no Diário Oficial da União, traz o registro de 28 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, dois são de ingredientes ativos inéditos, sendo um deles considerado de baixo impacto.

Entre os produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Bistriflurom será ofertado aos agricultores. Trata-se de um inseticida fisiológico para o controle de lagartas importantes, com indicação de uso nas culturas do algodão, citros, milho e soja. Segundo a classificação da Anvisa, este é um produto Classe V, ou seja, improvável de causar dano agudo.

Para o controle da ferrugem-asiática e da mancha-alvo na soja, novamente será ofertado um fungicida à base de Impirfluxam, o terceiro registrado em 2022.

A novidade dos biológicos fica por conta do primeiro registro da vespinha Trichospilus diatraeae com uso aprovado para a agricultura orgânica. As larvas dessa vespinha parasitam as pupas das lagartas, sendo nesse registro específico, indicada para controle da lagarta dos eucaliptos e da broca da cana-de-açúcar.

Além disso, outros quatro produtos foram registrados com uso aprovado para a agricultura orgânica. Uma vespinha, Palmistichus elaeisis, um isolado de Beauveria bassiana, um Metarhizium anisopliae e um outro com o óleo de neem. 

Outros três produtos de baixo impacto divulgados no Ato são hormônios vegetais, que embora não tenham efeito tóxico para pragas são registrados com base na mesma Lei dos Agrotóxicos.

Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira. 

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

 

Risco de 3ª Guerra Mundial é real, diz chanceler russo



O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta 2ª (25.abr.2022) que o Kremlin se compromete a continuar as conversas de paz com a Ucrânia, mas alertou para o perigo “real” de uma 3ª Guerra Mundial que “não pode ser subestimado”. 

Em crítica ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o chanceler russo afirmou que Kiev “finge” negociar uma resolução para o impasse.

- “Ele é um bom ator. Se você olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará milhares de contradições […]. A boa vontade tem limites. Se ela não for recíproca, não contribui para o processo de negociação”, afirmou Lavrov.

Por TonY Martins

Embriões Nelore Pintado ganham preferência dos produtores brasileiros

   

Cada vez mais produtores de carne se interessam pela genética do Nelore Pintado, atraídos pela adaptabilidade e rusticidade da tradicional raça zebuína e pela beleza exuberante da pelagem pintada de vermelho ou preto. Para responder a esta demanda crescente, a ABS, líder do setor de genética bovina, passará a oferecer, pela primeira vez, embriões Nelore Pintado, oferecendo melhoramento genético acelerado para quem deseja investir na raça.

Os embriões farão parte da linha exclusiva da ABS, o ABS NEO, garantindo resultados eficientes e rápidos para o produtor. Outro aspecto que chama a atenção é a origem desta genética: o primeiro fornecedor de genética para os embriões Nelore Pintado da ABS será a Nelore EV, criatório goiano que é forte referência na pecuária de corte nacional, sediado em Cidade de Goiás (GO) e Iporá (GO).

Para ampliar o acesso à genética Nelore Pintado e para que ainda mais produtores conheçam os benefícios da raça, a ABS está expandindo o seu portfólio de embriões, para oferecer aos criadores o melhoramento genético acelerado a partir dos principais touros da seleção Nelore EV.

O coordenador de Produto e Atendimento ao Cliente Corte da ABS, Arthur Vieira, ressalta que a novidade é uma excelente oportunidade para o criador de Nelore Pintado, tanto em relação à qualidade da genética ofertada, quanto à aceleração do progresso genético do seu rebanho.

 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

 

Seguro rural atinge recorde de mais de 217 mil apólices contratadas em 2021

Foram aplicados R$ 1,18 bilhão em subvenção ao prêmio do seguro rural, beneficiando mais de 120 mil produtores rurais

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulga nesta segunda-feira (18) o relatório com o resultado consolidado da execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2021. Foram aplicados R$ 1,18 bilhão em subvenção ao prêmio do seguro rural, o que permitiu auxiliar financeiramente a contratação de 217.934 apólices. Essas apólices foram contratadas pelos produtores rurais em todas as regiões do país e totalizaram cerca de 14 milhões de hectares segurados. Já o valor total segurado representou a importância de R$ 68,3 bilhões.

O secretário de Política Agrícola, Guilherme Bastos, destaca o alcance de novos patamares pelo Programa e a eficiência da utilização do recurso. “Conseguimos pela primeira vez atingir a marcar de R$ 1 bilhão aplicado no PSR, um crescimento de 34% em relação ao executado no ano passado, com isso foi possível aumentar em 49% o capital total segurado".

“Considerando os sucessivos problemas climáticos observados nos últimos anos, cada vez mais severos, o produtor rural não deveria plantar sem a proteção do seguro e as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Apenas nos dois primeiros meses de 2022, as seguradoras já pagaram aos produtores aproximadamente R$ 4,5 bilhões em indenizações, decorrente principalmente dos sinistros observados nas lavouras de soja e milho verão na região Centro-Sul. Isso demonstra a importância e efetividade do seguro”, avalia o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola. Em 2021, o total pago em indenizações pelas seguradoras aos produtores foi de R$ 5,4 bilhões.

O relatório traz informações detalhadas sobre a execução do PSR em 2021, com destaque para as principais atividades. Para 2022, está previsto o orçamento inicial de R$ 990 milhões para o Programa. 

Contratação 

O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 16 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. O seguro rural é destinado aos produtores, pessoa física ou jurídica, independente de acesso ao crédito rural. 

A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa.

A partir de 2022, o percentual de subvenção ao prêmio será fixo em 40% para todas as culturas/atividades, exceto para a soja, cujo percentual permanece fixo em 20%. Essa regra vale para qualquer tipo de produto e cobertura, conforme as regras do PSR.

Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS. 

 

Uma forma de baratear os custos de produção de bovinos, equinos, suínos e aves

   

A alimentação animal tem encarecido bastante nos últimos dias por conta do aumento dos preços dos insumos, causados principalmente pelos conflitos no leste europeu. É responsável por cerca de 70% do investimento total do processo produtivo. E com isso, os custos de produção na pecuária têm aumentado bastante. Para tentar reduzir esses custos, é possível usar enzimas na nutrição animal.

A solução tem se mostrado uma possibilidade interessante para ajudar na redução de gastos da criação de animais monogástricos, como suínos, aves e equinos. O uso de enzimas na composição da nutrição animal tem se mostrado uma alternativa valiosa para que produtores consigam baratear o custo da produção. De acordo com o Supervisor Técnico Comercial da Quimtia Brasil, Rafael Toigo, ao utilizar as enzimas na nutrição dos animais, a economia gerada ao produtor é evidente e pode ser significativa para ajudá-lo a enfrentar períodos de incertezas.

As enzimas podem ser utilizadas na fabricação de ração para várias espécies, sendo mais utilizadas e estudadas na alimentação de animais monogástricos, como suínos, aves e equinos, por exemplo. Toigo ressalta que a forma mais adequada seria a inclusão das enzimas via premix ou núcleo, pois normalmente é um aditivo de baixa inclusão e, sendo adicionado desta forma, facilita uma melhor homogeneização do produto final que é fornecido para cada animal.

Ainda segundo ele, atualmente existem uma variedade significativa de enzimas no mercado com diferentes funções. “Muitos componentes presentes nas matérias primas utilizadas na fabricação de ração, não são aproveitados durante o processo de digestão pelos animais, desta forma as enzimas entram na dieta com o objetivo de auxiliar em uma melhor quebra dos substratos das matérias primas, o que facilita o processo de degradação de componentes que antes passariam pelo trato gastrointestinal dos animais sem serem aproveitados”, finaliza.

CI

 

Nova websérie feita para você: Videira. Vidas Inteiras. Histórias da uva no Brasil

Videira. Vidas inteiras. Nova websérie da IHARA.
Por:

Conheça a websérie “Videira. Vidas Inteiras. Histórias da uva no Brasil”. Relembre o passado desafiador dos italianos que vieram ao Brasil em busca de maiores oportunidades e acompanhe o presente de suas famílias, que perpetuaram seus cultivos de uva com muita dedicação e muito orgulho.

São mais de 100 anos de uma cultura reconhecida pela qualidade dos vinhos e espumantes que produz. E é na região do Rio Grande do Sul que a dedicação às parreiras se sobressai e se transforma em tradição.

A série produzida pela IHARA está disponível em 4 capítulos no YouTube. Confira o que espera por você:

Capítulo 1: Um cultivo de gerações
Acompanhe as origens de uma família cujos antepassados enfrentaram as dificuldades da imigração para cultivar no Brasil.

Capítulo 2: É das raízes resistir
Veja como os imigrantes italianos e seus sucessores criaram suas raízes e cultivaram o solo com dedicação, mantendo como tradição a qualidade e a segurança das uvas.

Capítulo 3: Da uva brota a força
Produtores e representantes de cooperativas falam sobre a união dos imigrantes italianos, a troca de experiências e como isso foi fundamental para o desenvolvimento da região.

Capítulo 4: Um brinde às origens
Produtores mostram os cuidados na produção de vinhos e espumantes da Serra Gaúcha e famílias falam sobre o sentimento de serem descendentes de italianos e de brasileiros.

Clique e assista

 

domingo, 24 de abril de 2022

 

Câmara de Petrolina homenageia Embrapa por contribuições para o Semiárido

Neste mês de março, a Embrapa Semiárido completou 47 anos de pesquisas voltadas para o desenvolvimento da agropecuária na região. Celebrando a data, as principais contribuições da Empresa para o desenvolvimento regional foram apresentadas e elogiadas em sessão da Câmara Municipal de Petrolina, em 17 de março.

A Chefe-Geral da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Coêlho de Lima, destacou a importância da Empresa para o Vale do São Francisco e sua missão com o desenvolvimento regional. “O Semiárido ocupa 12% do território nacional. Então nós temos uma missão ampla, abrangente, com desafios, com uma população carente de informações e de acesso à tecnologia, mas que nós temos orgulho de contribuir”, pontuou. 

Ela ressaltou que, apesar dessas dificuldades, desde a criação do centro de pesquisa, pôde ser observado “um salto de informação e de acesso a técnicas, práticas e conteúdos que melhoraram a condição do produtor rural. Essa é nossa missão, é por isso que a gente está aqui.”

Maria Auxiliadora destacou inúmeras pesquisas que a Empresa vem desenvolvendo, com foco em três principais áreas de conhecimento: a agropecuária dependente de chuva, a agricultura irrigada e o uso sustentável dos recursos naturais.

Ações como o processo de indução floral da mangueira, que permite a produção em qualquer época do ano, a adaptação da videira à condição tropical, o manejo da irrigação para diferentes culturas, o manejo de insumos como adubos e fertilizantes e o trabalho de melhoramento genético para cultivares mais produtivas e adaptadas às condições climáticas da região foram lembradas pela gestora da Unidade.

Também foram citados os programas e as políticas públicas de promoção do desenvolvimento regional desenvolvidos com base em resultados de pesquisas da Embrapa, como o P1+2 – programa que utiliza cisternas para o uso humano, animal e pequenas hortas –; o Programa Água Doce, que consiste na instalação de dessalinizadores em inúmeros pontos do Semiárido brasileiro, tornando a água potável para a utilização humana e tendo seu rejeito utilizado para produção; e a Política Nacional de Integração Lavoura Pecuária Floresta, que, na Embrapa Semiárido, tem alvo na caprinovinocultura e na utilização de espécies de forrageiras nativas para alimentação desses animais, compondo uma estratégia de maior resistência às inconstâncias pluviométricas da região; entre outras.

Durante a sessão, o vereador Wenderson Batista (DEM) apontou a importância da Embrapa Semiárido, relembrando as primeiras pesquisas desenvolvidas pela Empresa para a região. “Lá atrás iniciaram as pesquisas voltadas a manga e uva. Hoje manga e uva são o que são para nossa Petrolina, para o cenário econômico local e mundial, graças a essa Instituição”. Ele destacou, além dessas culturas já consolidadas, também as pesquisas com fruteiras de clima temperado, como maçã, caqui e pera. “Isso deixa claro que Petrolina é a terra dos impossíveis, que faz nascer culturas que eram impossíveis antigamente, graças aos grandes cientistas da Embrapa”.

Já o vereador Diogo Hoffmann (PSC) homenageou a Embrapa em seu discurso e agradeceu à Empresa por sua participação ativa no desenvolvimento regional. “Imagina Petrolina sem a área rural. Vamos imaginar Petrolina sem a Embrapa, sem a tecnologia que vocês empregam e que ajudam na fixação do homem do campo. Talvez essa cidade não fosse a Califórnia brasileira, talvez não fosse a potência que ela é. Então que nós possamos aqui render as devidas homenagens à Embrapa e reconhecer Maria Auxiliadora e os demais servidores da casa. Quão importante é o trabalho que vocês desenvolvem, muito obrigado”.

Reconhecimento

O Centro de Pesquisa foi agraciado com uma Moção de Congratulações "pelos seus 47 anos de implantação e pelo importante instrumento de pesquisa e tecnologia que impulsiona nossa agricultura irrigada e o Semiárido". A homenagem foi requerida pelo vereador César Durando, em sessão realizada no dia 22 de março.

 

Mais homenagens 

Maria Auxiliadora Coêlho de Lima recebeu recentemente uma homenagem da Câmara de Petrolina, em Sessão Solene realizada no dia 10 de março, celebrando o Dia Internacional da Mulher. Ao lado de outros 35 nomes femininos que se destacam por sua atuação nas mais diversas áreas, ela foi reconhecida por ser a primeira mulher a assumir o cargo mais alto do centro de pesquisa. 

Em seu discurso durante a sessão, Maria Auxiliadora pontuou que a ciência é, ainda, um mundo eminentemente masculino, e que existe ainda um grande desafio de ocupação dos espaços de poder. “Eu estou representando essas mulheres pesquisadoras com muito orgulho. E se o número de pesquisadoras é pequeno, o número de gestoras na Embrapa como um todo e nas instituições de ciência e tecnologia do País é ainda menor, e existe ainda o desafio dessa inserção. Então ser gestora é um diferencial, não por mim, mas por todas as mulheres que a gente pode abrir portas para que sejam um dia”.

Natural de Petrolina-PE, Maria Auxiliadora é engenheira agrônoma formada pela Universidade do Estado da Bahia e tem mestrado e doutorado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal do Ceará. É especialista em Gestão de Projetos (2021), com curso de Master Business Administration (MBA) pela Universidade de São Paulo/Escola Superior de Agronomia "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ). É pesquisadora da Embrapa Semiárido desde 2001, onde já atuou em outros cargos de gestão, a exemplo da Chefia Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, até chegar ao cargo mais alto deste centro de pesquisa, em setembro de 2021, quando assumiu a chefia-geral da Embrapa Semiárido.

 

Inmet alerta para chuvas intensas em 146 cidades do RN; veja lista

Aviso é válido até 10h deste domingo (24). Chuvas podem atingir o acumulado de até 50 milímetros por dia.


Faixa de chuva intensa que atinge o RN neste fim de semana — Foto: Reprodução/Inmet

Faixa de chuva intensa que atinge o RN neste fim de semana — Foto: Reprodução/Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para 146 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso vale deste sábado (23) até 10h do domingo (24).

O alerta é de perigo potencial, o primeiro numa escala de três em relação à severidade das chuvas (entenda melhor na tabela abaixo).

Graus de severidade das chuvas



Perigo Potencial (amarelo) Situação meteorológica potencialmente perigosa. Cuidado na prática de atividades sujeitas a riscos de caráter meteorológico. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e não corra risco desnecessário.
Perigo (laranja) Situação meteorológica perigosa. Mantenha-se muito vigilante e informe-se regularmente sobre as condições meteorológicas previstas. Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das autotidades.
Grande perigo (vermelho) Situação meteorológica de grande perigo. Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e os possíveis riscos. Siga as instruções e conselhos das autoridades em todas as circunstâncias e prepare-se para medidas de emergência.

O Inmet aponta que as chuvas que podem atingir as cidades são entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia. Há também a possibilidade de ventos intensos, entre 40 e 60 km/h.

O órgão diz também que há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Em caso de rajadas de vento, o Inmet recomenda não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas, e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Ainda indica evitar o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Cidades atingidas pelas chuvas intensas

  1. Acari
  2. Assú
  3. Água Nova
  4. Alexandria
  5. Almino Afonso
  6. Angicos
  7. Antônio Martins
  8. Apodi
  9. Arês
  10. Baía Formosa
  11. Barcelona
  12. Bento Fernandes
  13. Boa Saúde
  14. Bodó
  15. Bom Jesus
  16. Brejinho
  17. Caiçara do Rio do Vento
  18. Caicó
  19. Campo Grande
  20. Campo Redondo
  21. Canguaretama
  22. Caraúbas
  23. Carnaúba dos Dantas
  24. Ceará-Mirim
  25. Cerro Corá
  26. Coronel Ezequiel
  27. Coronel João Pessoa
  28. Cruzeta
  29. Currais Novos
  30. Doutor Severiano
  31. Encanto
  32. Equador
  33. Espírito Santo
  34. Extremoz
  35. Felipe Guerra
  36. Fernando Pedroza
  37. Florânia
  38. Francisco Dantas
  39. Frutuoso Gomes
  40. Goianinha
  41. Governador Dix-Sept Rosado
  42. Ielmo Marinho
  43. Ipanguaçu
  44. Ipueira
  45. Itajá
  46. Itaú
  47. Jaçanã
  48. Janduís
  49. Japi
  50. Jardim de Angicos
  51. Jardim de Piranhas
  52. Jardim do Seridó
  53. João Câmara
  54. João Dias
  55. José da Penha
  56. Jucurutu
  57. Jundiá
  58. Lagoa D'Anta
  59. Lagoa de Pedras
  60. Lagoa de Velhos
  61. Lagoa Nova
  62. Lagoa Salgada
  63. Lajes
  64. Lajes Pintadas
  65. Lucrécia
  66. Luís Gomes
  67. Macaíba
  68. Major Sales
  69. Marcelino Vieira
  70. Martins
  71. Maxaranguape
  72. Messias Targino
  73. Montanhas
  74. Monte Alegre
  75. Monte das Gameleiras
  76. Natal
  77. Nísia Floresta
  78. Nova Cruz
  79. Olho d'Água do Borges
  80. Ouro Branco
  81. Paraná
  82. Paraú
  83. Parelhas
  84. Parnamirim
  85. Passa e Fica
  86. Passagem
  87. Patu
  88. Pau dos Ferros
  89. Pedra Preta
  90. Pedro Avelino
  91. Pedro Velho
  92. Pilões
  93. Poço Branco
  94. Portalegre
  95. Pureza
  96. Rafael Fernandes
  97. Rafael Godeiro
  98. Riacho da Cruz
  99. Riacho de Santana
  100. Riachuelo
  101. Rio do Fogo
  102. Rodolfo Fernandes
  103. Ruy Barbosa
  104. Santa Cruz
  105. Santa Maria
  106. Santana do Matos
  107. Santana do Seridó
  108. Santo Antônio
  109. São Bento do Trairí
  110. São Fernando
  111. São Francisco do Oeste
  112. São Gonçalo do Amarante
  113. São João do Sabugi
  114. São José de Mipibu
  115. São José do Campestre
  116. São José do Seridó
  117. São Miguel
  118. São Paulo do Potengi
  119. São Pedro
  120. São Rafael
  121. São Tomé
  122. São Vicente
  123. Senador Elói de Souza
  124. Senador Georgino Avelino
  125. Serra Caiada
  126. Serra de São Bento
  127. Serra Negra do Norte
  128. Serrinha
  129. Serrinha dos Pintos
  130. Severiano Melo
  131. Sítio Novo
  132. Taboleiro Grande
  133. Taipu
  134. Tangará
  135. Tenente Ananias
  136. Tenente Laurentino Cruz
  137. Tibau do Sul
  138. Timbaúba dos Batistas
  139. Triunfo Potiguar
  140. Umarizal
  141. Upanema
  142. Várzea
  143. Venha-Ver
  144. Vera Cruz
  145. Viçosa
  146. Vila Flor

 CI

 

Colheita do milho alcançou 82% da área cultivada

Mesmo com o aumento das lavouras de milho em fase de maturação e com o tempo seco, que beneficia a perda de umidade dos grãos, novamente percebeu-se o avanço bastante lento nos trabalhos de colheita
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Mesmo com o aumento das lavouras de milho em fase de maturação e com o tempo seco, que beneficia a perda de umidade dos grãos, novamente percebeu-se o avanço bastante lento nos trabalhos de colheita. O principal fator para essa lentidão está relacionado à colheita em curso nas lavouras de soja, em todas as regionais da Emater/RS-Ascar, que direcionam praticamente todo o maquinário e a mão de obra.

Essa oleaginosa apresenta risco muito elevado de perdas por debulha e por causa das chuvas excessivas ou do granizo se comparada ao milho. A colheita alcançou 82% da área cultivada. A produtividade obtida permanece 3.500 kg/ha, sendo aproximadamente 55% inferior à esperada por ocasião do plantio Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de Dom Pedrito relatam a ocorrência de perdas expressivas nas lavouras de milho devido ao ataque de caturritas, especialmente em bordaduras e nas lavouras próximas a áreas de mato.

Na de Caxias do Sul, as lavouras semeadas no tarde, principalmente em pós-colheita do alho e cebola, estão em fase de enchimento de grãos e com bom potencial de rendimento. Entretanto, essas áreas totalizam apenas 3% do total cultivado na região. Há muito interesse de produtores por projetos de armazenagem de grãos na propriedade através de silos secadores, seja em unidades pequenas ainda para essa safra, seja em unidades de médio porte para safras futuras.

Na de Ijuí, cultivos do tarde seguem com bom desenvolvimento beneficiados pela situação climática, com variabilidade de estádios fenológicos, conforme a emergência das plantas. A análise das espigas confirma que houve boa fecundação e desenvolvimento inicial dos grãos, conferindo formação completa e mantendo seu potencial produtivo. Na regional de Pelotas, no período de 11 a 17/04, não houve chuvas expressivas, mas os solos ainda permaneceram com teor de umidade, o que permitiu o desenvolvimento das fases evolutivas da cultura. As lavouras colhidas apresentaram produtividade inferior a 4.800 kg/ha. As lavouras implantadas mais tardiamente deverão apresentar melhores resultados.

Na de Santa Maria, as condições ambientais permaneceram favoráveis para as lavouras implantadas após a regularização das chuvas, que ocorreu em meados de janeiro. Porém, as perdas acumuladas permanecem em 65% em decorrência dos péssimos resultados obtidos nos primeiros cultivos, os quais tiveram maior proporção na composição da safra. 

Na de Santa Rosa, as lavouras do cedo foram colhidas. Restam 11%, que foram cultivadas após o período recomendado pelo ZARC e que estão em diferentes fases de desenvolvimento. No período, foram executados trabalhos de controle de plantas daninhas e monitoramento de lagartas e cigarrinha. O grande receio é a ocorrência de geadas em período antecipado do inverno, que frustraria a maioria dos produtores.

Na de Soledade, as lavouras implantadas ao final do ZARC continuaram com bom desenvolvimento, mas com menor intensidade devido às temperaturas médias mais baixas e à menor radiação solar, características do outono. Esses fatores interferem na duração dos estádios de desenvolvimento, que aumentam à medida que diminui astemperaturas. As fases da cultura são as seguintes: colhido, 69%; maturação, 4%; enchimento de grãos, 20%; florescimento, 6%; e desenvolvimento vegetativo, 1%.