quinta-feira, 14 de julho de 2022

 

Não é a quantidade de fertilizante usado que garante a boa produtividade da lavoura

   

Os fertilizantes são essenciais para a produção agrícola, mas atualmente têm sofrido impacto direto da paralisação de exportações pela Rússia, um dos maiores produtores do insumo no mundo, por conta da guerra com a Ucrânia. Nesse cenário o valor do insumo teve aumento de 97% até 130%. Essa situação colaborou para o aumento do endividamento e até mesmo da inadimplência de produtores rurais, que saem em busca de crédito para continuarem utilizando a mesma quantia de fertilizantes em seus plantios, temendo a qualidade da safra.

Contudo, há alternativas que colaboram de forma significativa para o uso inteligente de fertilizantes pelo agricultor, sem comprometer o resultado do plantio. “Atualmente, a Embrapa tem mais de oitenta profissionais a campo fazendo um estudo em todo o território nacional para poder dividir com os agricultores uma recomendação pra que se utilize menos adubo em determinadas áreas ou tipos de solo, de acordo com a análise feita sobre ele, levando fatores como características químicas. Ou seja: não é a quantia de adubo que garante o sucesso da safra, e sim como ele é depositado”, explica Leonardo Vieira, diretor Executivo da J. Assy na América Latina.

De acordo com o executivo, que é engenheiro agrônomo, a companhia desenvolve tecnologias que utilizam inteligência para garantir que cada planta tenha exatamente a quantidade de insumo necessária para um bom desenvolvimento. “A soma das nossas tecnologias para deposição e controle do adubo fazem com que o agricultor tenha uma produtividade, que alcança 7% e até 8% por hectare, o que é uma expansão bem significativa.”, destaca o executivo. Os produtores, geralmente, têm gastos que representam até 30% do investimento na produção e a tecnologia pode reverter em aumento de até 8% da safra.

Para exemplificar o peso dos fertilizantes nas produções atuais, Vieira comenta como era a situação no ano passado, 2021, e como está agora com a soja e o milho. “A soja que, no ano passado, o agricultor precisava de sete a nove sacas por hectare pra custear o fertilizante, hoje ele precisa em torno de 14 sacas. Já o milho de safra verão atualmente requer cerca de 56 sacas por hectare contra 21 sacas do ano passado. Ou seja: o custeio de fertilizantes mais que dobrou, e é fundamental que o agricultor tenha tomadas de decisão estratégicas para garantir sua produtividade sem prejuízos”, sinaliza.

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