Programa Semente Legal emite 1º selo para feijões
A ideia, nascida do próprio setor sementeiro, é colocar a rastreabilidadeO programa Semente Legal certificou a primeira sementeira de feijão na última semana: a Sementes Cittolin se habilitou a utilizar a plataforma de rastreabilidade e ativação dos selos nas suas embalagens. Trata-se de uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE) e a CEPTIS Agro.
O objetivo é que o consumidor tenha a segurança e garantia nas suas sementes, atentando que se trata de um produto com origem e qualidade garantidos, por meio da transparência dos seus processos e comprovados por uma certificadora.
O proprietário da Sementes Cittolin, Airton Cittolin, acredita que como adequou os processos da empresa de acordo com as exigências do programa Semente Legal espera um crescimento significativo com a implementação do selo.
“Não pensamos duas vezes em aderir ao programa, pois o Semente Legal veio bem ao encontro daquilo que eram nossos objetivos para a empresa, queremos que o produtor saiba como respeitamos o setor feijoeiro”, afirmou Cittolin.
A sementeira tem apostado nos Feijões especiais e conta com uma parceria para exportação de grãos para seus clientes por meio de contratos.
A CEPTIS Agro é a empresa que fornece a tecnologia para o Semente Legal, creditada pelo Ministério da Agricultura (MAPA) para verificar a origem e qualidade. O coordenador de operações da empresa, Tiago Pilon , explica que a execução do checklist que é baseado nos protocolos estabelecidos para cada programa (neste caso para os Feijões e as Pulses) contribui ativamente para o desenvolvimento dos processos produtivos e de gestão das empresas participantes, uma vez que esse checklist se baseia em normas, procedimentos e boas práticas do setor.
Segundo ele, as evoluções observadas refletem direta e indiretamente em ganhos operacionais e em marketing de venda, uma vez que contribuem para redução e otimização de custos operacionais e melhoram substancialmente a credibilidade, um dos principais argumentos de venda junto aos produtores e revendas.
A engenheira agrônoma do IBRAFE, Fernanda Chemim, que esteve presente no treinamento da Cittolin, afirma que a ideia, nascida do próprio setor sementeiro, é colocar a rastreabilidade, não apenas por autodeclaração, mais efetivamente certificada, não só para trazer garantia e confiabilidade para o produtor mas dar base a rastreabilidade do produtor final no pacote nas gondolas dos supermercados. Há benefícios também quanto a exportação do grão, viabilizando assim a diversificação de Feijões e construindo um mercado mais estável de produção para este setor no Brasil.
“Parabenizamos a Sementes Cittolin por ser a pioneira neste ‘novo modo de produzir’ e por pensar de forma coletiva na cadeia onde todos ganham”, finalizou A engenheira agrônoma. O IBRAFE informou que há uma lista de sementeiras que estão em faze final de adequação técnica e que em breve novas empresas serão anunciadas.
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