Rebanho bovino volta a crescer no país
Plantel de aves foi o que mais cresceu e os suínos tiveram quedaA Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM 2019), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o rebanho de bovinos teve leve alta em 2019 depois de dois anos de queda. O número de cabeças chegou a 214,7 milhões, uma elevação de 0,4%.
A Região Nordeste e o estado de Mato Grosso responderam pelo leve incremento, com aumentos de seus plantéis da ordem de 2,7% e 5,1%, respectivamente. Em termos de efetivo de bovinos, a liderança foi assumida no ano passado por Mato Grosso, com 31,7 milhões de cabeças e parcela de 14,8% no rebanho nacional. A Região Centro-Oeste permaneceu líder em participação no efetivo de bovinos no país (34,5%), com um total de 74 milhões de cabeças. O maior município produtor foi São Félix do Xingu (PA), com 2,2 milhões.
A Peste Suína Africana (PSA) foi um dos principais motivos para o avanço da pecuária brasileira no ano passado. Só a China expandiu em 54,4% as importações de carne bovina do Brasil, com 497,7 mil toneladas.
Frango em alta, suíno em baixa
O rebanho bovino só perdeu para a avicultura. Em 2019 o plantel de galinhas cresceu 1,7%, ficando em 249,1 milhões de cabeças. A Região Sul segue na liderança, com 46% do total dos galináceos, com a primeira posição ocupada pelo Paraná, com 26,5% do total. Em galinhas o Sudeste aparece em primeiro, com 38%. As maiores participações no plantel de galinhas foram observadas em São Paulo, com 22,1%. Por municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior efetivo de galinhas e de galináceos.
A produção de ovos de galinha atingiu 4,6 bilhões de dúzias, recorde na série histórica, resultado 4,2% acima do ano anterior e rendimento estimado em R$ 15,1 bilhões. O Sudeste concentrou 43,4% do total, sendo que o estado de São Paulo participou sozinho com 24,5% desse volume. A pesquisa mostra que 5.429 municípios apresentaram alguma produção de ovos de galinha no ano passado, destacando também Santa Maria de Jetibá (ES).
Já o de suínos teve leve queda de 1,6%, com 40,6 milhões de cabeças. Apesar disso o número de matrizes subiu pelo terceiro ano consecutivo, com alta de 0,5%, atingindo 4,8 milhões de cabeças. A Região Sul lidera o rebanho suíno, com 20 milhões de cabeças, respondendo por 49,5% do total, embora tenha sofrido queda de 2,4% em comparação a 2018.
Santa Catarina é o primeiro estado do ranking da suinocultura, com efetivo de 7,6 milhões. Em termos municipais, Toledo (PR) aparece na primeira posição, com 1,2 milhão de cabeças.
Entre as criações de porte médio, caprinos e ovinos mostraram expansão de 5,3% e 4,1% no ano passado, respectivamente, somando 11,3 milhões de caprinos e 19,7 milhões de ovinos. A Região Nordeste respondeu por 94,6% e 68,5% dos rebanhos, respectivamente. Bahia é o primeiro estado do ranking para os dois rebanhos, com os maiores planteis nas localidades de Casa Nova, Juazeiro e Curaçá.
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