Auditores Fiscais Federais Agropecuários recomendam cuidados para comprar alimentos para a ceia do fim do ano
No caso do azeite, a fraude mais comum é a adição de outros óleos ao produto, como óleo de soja. Em alguns casos, foi constatado até o uso de óleos impróprio para o consumo, o que poderia causar graves danos à saúde do consumidor. “No caso das farinhas, principalmente a farinha de mandioca, pode haver mistura com farinha de trigo e resíduos de arroz, além do uso de corantes proibidos”, conta Cid. “Embora a gente não tenha um consumo muito alto desse produto nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela é uma farinha muito consumida no Norte e no Nordeste. É uma das bases da alimentação”, continua.
Produtos de origem animal também estão sujeitos a fraudes. Alimentos congelados, como o chester, podem sofrer a adição de água, conservantes e amido para aumentar seu peso. Outra ação comum é substituição de peixes de maior valor, como o bacalhau, por pescados mais baratos.
Segundo o Cid, não é fácil para os consumidores detectar uma fraude, já que muitas vezes é preciso realizar análises em laboratório. Os servidores, porém, atuam constantemente para evitar que produtos adulterados cheguem as prateleiras e, com alguns cuidados, os consumidores podem reduzir em muito o risco caírem em fraudes. Produtos de origem animal que vêm de estabelecimentos inspecionados, por exemplo, possuem o selo do Sistema de Inspeção Federal (SIF) – indicando que são seguros para o consumo.
“A principal arma para o consumidor não cair nas mãos de fraudadores é a informação”, diz Cid. “Por isso colocamos as marcas irregulares no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e divulgamos os nomes dos fraudadores na imprensa”, continua. Segundo o Auditor Fiscal Federal Agropecuário, o trabalho dos Affas contribuiu para uma redução significativa do número de marcas irregulares de azeite no mercado. Em operação realizada agora no final do ano, apenas 4% dos rótulos analisados eram adulterados.
“Caso o consumidor encontre alguma marca proibida no mercado, ele deve procurar o Procon, ou a Vigilância Sanitária local”, conta Cid. “Já se desconfiar que uma marca está adulterando seus produtos, ele pode fazer uma denúncia na ouvidoria do Mapa e pedir o ressarcimento do produto no próprio estabelecimento que o vendeu”, finaliza.
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