Como melhorar a produção agrícola em solos acidentados e com montanhas
Conciliar produção e conservação ambiental são determinantes para a sustentabilidade econômica de quem trabalha com agricultura de montanha. Boas práticas, como a preservação de nascentes e o não revolvimento de terra, entre outras, fazem toda a diferença, pois aumentam a produtividade e a qualidade de vida das populações que habitam as regiões montanhosas, caracterizadas pela fragilidade de seus ecossistemas.O pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Renato Linhares de Assis – que há cinco anos atua no Núcleo de Pesquisa e Treinamento de Agricultores (NPTA), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro – destaca que o sucesso da produção agrícola das montanhas depende do entendimento muito claro dos limites que o ambiente coloca para o agricultor.
Entre os fatores limitantes, podem ser citadas a declividade acentuada e as variações climáticas, assim como a pouca profundidade do solo, que provoca deslizamentos de terra e processos erosivos. Para contornar esses problemas, a Embrapa oferece alternativas, a partir de manejos adequados aos ecossistemas das montanhas.
“Não há restrição ou indicação de uma cultura ideal para as montanhas”, explica o pesquisador. Ele enfatiza, contudo, que é a forma de se trabalhar a agricultura na região que faz a diferença. Por isso, “é bom privilegiar os cultivos perenes e que promovam a cobertura do solo, sem grande revolvimento de terra”, destaca.
Essa cobertura do solo pode ser formada a partir de plantas específicas, conhecidas como adubo verde. O sistema, conhecido como plantio direto, consiste em cultivar diretamente na palhada ou vegetação morta que se forma. “Quando o agricultor adota essa prática, beneficia não só a ele próprio, mas também a comunidade como um todo”, garante a pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Adriana Maria de Aquino, que também atua, há cinco anos, no NPTA, em Nova Friburgo
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