Inseminação em tempo fixo reduz custos de manejo do rebanho bovino

 Nordeste Rural

A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma técnica que melhora e facilita o manejo do rebanho bovino, podendo aumentar os lucros do pecuarista. A técnica permite que o criador de bovinos insemine as vacas artificialmente, realizando todo o processo de maneira programada. Essa biotécnica reprodutiva, realizada sob a supervisão de um médico veterinário, adota a indução sincronizada da ovulação das vacas por meio da aplicação de hormônios. Isso permite a inseminação de várias vacas ao mesmo tempo e uma redução no intervalo entre partos.
Embora a IATF esteja mais voltada para os grandes rebanhos de bovinos de corte, o pequeno produtor que possui poucas vacas também pode utilizá-la. A despeito de um certo investimento, este pequeno produtor pode obter lucros com o uso da técnica. Para tanto, é importante que sejam feitos cálculos de custo/benefício para avaliar se os gastos necessários para a aplicação da técnica realmente compensam os investimentos.
Outro benefício da inseminação artificial em tempo fixo é sua praticidade. A técnica dispensa a observação do cio nos animais, diminui a necessidade da compra de touros reprodutores, além de facilitar a programação da inseminação artificial de um maior número de vacas por dia e por curral.

O pesquisador Rui Machado, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), afirma que não existe um número mínimo de vacas para se utilizar a inseminação artificial em tempo fixo. Entretanto, “é interessante que seja feita no maior número de vacas possível, porque esta técnica é feita para facilitar o manejo, então, quanto maior for o número de vacas que o produtor estiver trabalhando, mais rápido obterá as prenhezes das vacas”.