Exportação
EXPORT/CEPEA: agronegócio registra mais um recorde de vendas externas em 2018
Exportações brasileiras de produtos agropecuários atingiram novo recorde, em volume e valor
As exportações
brasileiras de produtos agropecuários atingiram novo recorde, em volume e
valor, em 2018, de acordo com pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Com exceção de
setembro, em todos os outros meses do ano, os embarques se mantiveram
acima dos volumes mensais observados em 2017.
Segundo pesquisadores do Cepea, o
faturamento em dólar cresceu 6%, influenciado pelo aumento de quase 5%
dos embarques, visto que os preços se mantiveram praticamente estáveis. A
colheita brasileira de grãos, a segunda maior da história, favoreceu o
crescimento do volume exportado, enquanto a inflação doméstica se
manteve controlada e o Real se desvalorizou. Com isso, a taxa de câmbio
efetiva real aumentou 7,5%, contribuindo para um crescimento de
aproximadamente 12% do faturamento em Reais em 2018.
Cálculos do Cepea mostram que o volume
exportado pelo setor agrícola (IVE-Agro/Cepea) cresceu 4,7% no ano. Em
2018, os embarques da soja em grão deram um salto de mais de 23%,
enquanto os do milho recuaram. As vendas externas das três principais
carnes (bovina, suína e de frango) cresceram na comparação de dezembro
de 2017 com dezembro de 2018; porém, no acumulado do ano apenas a carne
bovina conseguiu sustentar esse aumento, que foi de 12%. O setor
florestal, por sua vez, também teve um bom ano, com crescimento de 9% em
2018 frente a 2017.
Os preços médios em dólares recebidos
pelos exportadores do setor agropecuário se mantiveram praticamente
estáveis em 2018. A média anual recuou 0,6% na comparação com 2017.
Durante todo o ano de 2018, o IPE-Agro/Cepea oscilou, mas, no acumulado
do período, se manteve bem próximo da média de 2017. Esse comportamento
deve-se à confirmação da boa oferta mundial e, principalmente, da
brasileira.
A taxa de câmbio efetiva real do
agronegócio (IC-Agro/Cepea), calculada com base nas exportações
brasileiras para os 10 principais parceiros comerciais, apresentou
elevação durante todo o ano, devido às disputas eleitorais no País. O
Real se desvalorizou em 2018; com isso, a taxa de câmbio efetiva
acumulou alta de 7,5% em 2018.
Como os preços externos se mantiveram
estáveis em 2018, a desvalorização do Real na média do ano puxou a
atratividade dos produtos do agronegócio. Assim, o Índice de
Atratividade do Agronegócio (IAT-Agro/Cepea) acumulou altas de 7,3% em
12 meses e de 4,7% em dezembro/18 na comparação com dezembro/17.
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