quinta-feira, 5 de abril de 2018

Taxa da China sobre soja dos EUA pode favorecer Brasil

Para a consultoria INTL FCStone, prêmios sobre cotações internacionais poderiam ser ainda maiores para o grão exportado pelo Brasil


colheita-de-soja-graos-agricultura (Foto: United Soybean Board/CCommons)
A taxa de 25% anunciada pela China em relação à soja dos Estados Unidos pode refletir nos valores pagos pela soja brasileira, acredita a consultoria INTL FC Stone. Com a guerra comercial entre chineses e americanos e a quebra da safra na Argentina, existe a possibilidade de um direcionamento de demanda para o grão produzido no Brasil, deslocando outros compradores.
No entanto, os analistas consideram que, mesmo se toda a soja brasileira para exportação fosse direcionada ao mercado chinês, ainda não seria suficiente para atendê-lo. A consultoria estima os embarques do Brasil 69,5 milhões de toneladas neste ano. Faltariam ainda 30 milhões de toneladas para satisfazer a demanda do país asiático.
“Dessa forma, não teria como deixar de importar soja dos EUA”, explica a Analista de Mercado, Ana Luiza Lodi, no comunicado divulgado pela consultoria.
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De todo modo, os prêmios a serem pagos pela soja brasileira sobre as cotações internacionais tenderiam a subir com a demanda maior. Em relação à soja norte-americana, a tendência é contrária, ainda que os asiáticos tenham que comprar o produto do país em menos escala.
“No geral, os prêmios no Brasil tenderiam subir até o limite comparável de se comprar dos EUA, já considerando o imposto de 25%”, resume Ana Luiza, no comunicado.
A analista considera a possibilidade do Brasil direcionar uma parcela ainda maior de soja para a exportação. Pondera, no entanto, que isso teria reflexo no esmagamento interno do grão, que também vive um momento favorável em função do aumento da mistura de biodiesel no diesel de petróleo.

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