01 de abril e o custo da mentira-ARTIGO
Pense nisso. Sucesso
Antes da
adoção do calendário gregoriano, o ano novo era comemorado na chegada da
Primavera no Hemisfério Norte e o ano começava dia 01 de abril, após
uma semana de festas.
Conta-se que em 1564, depois da adoção do
calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano
novo começasse no dia 01 de janeiro, mas os franceses resistiram à
mudança de calendário e continuaram a comemorar o início do ano em 01 de
abril.
Os que resistiram foram alvos de muitas brincadeiras como o envio de presentes estranhos e convites para festas inexistentes.
Desde então, o dia 01 de abril é comemorado no mundo inteiro como o “Dia dos Tolos”, “Dia dos Bobos”, etc.
Em Minas Gerais, foi lançado no dia 01 de
abril de 1828 um jornal que se chamou “A Mentira” que teve como manchete
o falecimento do Imperador Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. Por
isso, no Brasil, o dia 01 de abril é chamado “Dia da Mentira”.
As brincadeiras de 01 de abril parecem
estar caindo de moda até porque o hábito de mentir parece ter se
estendido para todos os dias do ano.
O problema que vemos hoje é que o que caiu
realmente em desuso é a verdade. Até mesmo autoridades e pessoas de
quem esperamos um mínimo de decência e retidão parecem ter perdido a
vergonha de mentir descaradamente para obter vantagens, lícitas ou não.
Desde as Fake News nos órgãos oficiais da
imprensa tradicional até as mentiras que se multiplicam pelas redes
sociais sem nenhuma preocupação com as vítimas dessas calúnias, estamos
vivendo um tempo que já se chamou de “Pós-verdade”, onde tudo é
relativo, inclusive a verdade.
Na empresa, a mentira acarreta custos
incalculáveis e precisa ser combatida através do incentivo e até prêmio
àqueles que falam a verdade, mesmo que essa verdade incomode e as
pessoas não gostem de ouvi-la.
Esconder a verdade em benefício de um
clima cordial e ameno não pode ser incentivado nem permitido na empresa.
A qualidade e o sucesso dependem da verdade, mesmo que ela doa e
incomode.
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