RENOVABIO
Biocombustíveis não devem inflacionar preço ao consumidor
Aumento de etanol na mistura com a gasolina deve ir a 40% em 2030
Os
combustíveis não devem sofrer inflação com o aumento de biocombustíveis
na mistura, como vem se especulando. A Unica (União da Indústria de
Cana-de-Açúcar) se mostrou descontente com as críticas feitas pela
imprensa ao funcionamento da Política Nacional de Biocombustíveis, mais
conhecida como RenovaBio (Lei nº 13.576).
O RenovaBio gerará um aumento gradual de
etanol na mistura com a gasolina de até 40% em 2030. Segundo alguns
veículos de comunicação, isso resultaria em um acréscimo de até R$ 0,06
por litro do combustível fóssil nas bombas. Tal afirmação constava no
projeto original, mas foi vetada pelos próprios produtores de
biocombustíveis ainda em dezembro de 2017, quando o texto foi sancionado
pelo presidente da República, Michel Temer.
O decreto, que ainda aguarda publicação,
traz apenas orientações sobre o funcionamento do programa e não tem
poder de aumentar percentuais de misturas. Segundo a Lei Nº 13.033, de
24 de setembro de 2014, o Poder Executivo poderá elevar o referido
percentual de mistura até o limite de 27,5%, desde que constatada sua
viabilidade técnica, ou reduzi-lo a 18%. Isso impossibilita que a
inflação chegue a 40% via decreto.
É esclarecido que o programa não se
configura como uma política de preços, mas sim como iniciativa de
valorização dos benefícios gerados pelos diversos tipos de
biocombustíveis. A iniciativa está alinhada ao compromisso de redução de
emissão de gás carbônico que o Brasil assumiu na Conferência do Clima,
trazendo ainda uma expectativa positiva em relação a retomada dos
investimentos e crescimento da produção dos mais diversos
biocombustíveis, independente de subsídios governamentais e renúncia
fiscal.
A iniciativa de desenvolvimento do projeto
foi liderada pelo Ministério de Minas e Energia, com o apoio dos
Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, com a contribuição de
diversos setores da cadeia produtiva de biocombustíveis.
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