segunda-feira, 12 de março de 2018


MERCADO FÍSICO

Soja cai também no Brasil, mas pode reagir

Retaliações a Trump aumentariam prêmios pagos no Brasil
     
As cotações da soja tiveram na sexta-feira (09.03) um dia de quedas no mercado físico brasileiro, alinhado com a baixa da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,41% nos portos e 0,55% no interior do País.

O analista da T&F Luiz Fernando Pacheco ressalta que existe falta de notíocias significativas, capazes de movimentar o mercado para cima ou para baixo, porque quase todas as notícias atuais já estão precificadas: “A boa notícia é que os preços se estabilizaram com altos lucros – 40% no PR e em SP, acima de 30% em SC e MG, acima de 20% no MA e no RS e acima de 15% na BA, TO e MS”.

De acordo com Pacheco, a única novidade (ainda não consolidada) é a vontade de Trump de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, que poderia desencadear reações fortes dos mercados da Europa e China. Segundo ele, isso teria reflexos sobre cancelamentos das compras de soja americana, o que afundaria as cotações das bolsas dos EUA, mas elevaria a níveis altíssimos os prêmios pagos no Brasil e na Argentina (que, aliás, já subiram muito nesta semana, algo como 14 pontos, o que é significativo). 

“O fato é que a tendência das cotações passou de altista, para estável a baixista, nesta semana. A pergunta é: você aproveitou para vender? Não? Quais os seus argumentos para acreditar que vai subir? Nossa recomendação, portanto, é aproveitar estes altos lucros e fechar mais um lote (mas não tudo) da sua disponibilidade”, conclui o analista da T&F Consultoria Agroeconômica.  

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