quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo

Meu caro leitor: Espero que o ano de 2017, tenha trazido grandes progressos para todos vocês. Que 2019, seja ainda bem melhor. Com Paz, Harmonia, Solidariedade e muita saúde, o bem maior de nossas vidas. Este amigo de todos os dias, deseja-lhe um Feliz Ano Novo, recheado de coisas boas e principalmente de muita saúde. Nos veremos em 2019. Com Deus no coração.


A Companhia Paranaense de Energia (Copel) entrega nesta quarta-feira (26) uma obras de geração de energia no Rio Grande do Norte. O Parque Eólico Cutia/Bento Miguel fica na região de São Miguel do Gostoso, no litoral Norte potiguar.
A entrega do Parque Eólico, na região, será às 9h, em São Bento do Norte, no interior do estado, com a presença da governadora do Paraná, Cida Borghetti, e o presidente da Copel, Jonel Iurk.
O Parque Eólico Cutia/Bento Miguel tem capacidade de 312 mW, energia para atender 883 mil pessoas. O investimento no complexo foi de R$ 2,1 bilhões e faz parte de um conjunto de 5 complexos eólicos construídos pela Copel no Rio Grande do Norte. Já foram entregues os parques Brisa Potiguar, São Bento, São Miguel do Gostoso e São Bento do Norte.
Rio Grande do Norte
A escolha do Rio Grande do Norte para sede dos complexos da Copel, segundo a própria empresa, considerou o potencial de geração de energia do estado, aferido por análise de dados como frequência, intensidade e direção dos ventos, além do perfil do terreno – quanto mais plano e aberto, melhor. A regularidade dos ventos no Nordeste permite ao Brasil exibir o melhor fator de capacidade para geração com esta fonte no planeta.

Incra no Rio Grande do Norte terá funcionamento especial neste final de ano


 
Em virtude de mudança das instalações a ser realizada pela Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Norte, não haverá expediente dias 27, 28 e 31 de dezembro no local.
 
A unidade, situada na capital Natal, efetuará a troca de endereço da rua Potengi, nº 612, bairro Petrópolis, para a rua Doutor Nilo Bezerra Ramalho, s/n, bairro Tirol.
 
O atendimento ao público retornará, normalmente, no dia 2 de janeiro de 2019.
 
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra

Progressos no Plano ABC e nas boas práticas em 2018

Retrospectiva

Secretaria incentivou a agricultura sustentável, o cooperativismo e o associativismo

Cultivo de feijão
Cultivo de feijão

Responsável pelo fomento do setor agropecuário e da produção sustentável, a Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo (SMC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lançou neste ano com a Embrapa a Plataforma ABC para monitorar as tecnologias da agricultura de baixa emissão de carbono. A iniciativa é considerada fundamental para consolidar o cumprimento da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) assumida pelo Brasil no Acordo de Paris.
A secretaria também lançou o Plano Agro+ Mulher para estimular ações que promovem a igualdade entre homens e mulheres no campo, de modo a proporcionar dignidade e autonomia feminina e contribuir para o desenvolvimento econômico e social.
Outra iniciativa foi a formulação da Política Nacional de Fortalecimento da Agricultura Irrigada para apoio à pequena produção, promovendo o uso racional da água e a expansão da área irrigada. Neste ano, foram entregues mais de 10 mil kits nos estados de Mato Grosso, Ceará, Piauí, Alagoas, Maranhão e Minas Gerais e no DF.
Entre os resultados alcançados está a expansão dos Núcleos de Agroecologia nos estados e o fortalecimento da cadeia da produção orgânica.
Para agregar maior valor à produção pecuária, foram implementadas Boas Práticas nas cadeias da bovinocultura de corte, suinocultura e avicultura. Também ocorreu avanço na formulação de Normas Técnicas Específicas para produção integrada agrícola para a cultura de grãos. 
O Programa Mais Leite Saudável foi implementado em 19 estados, com mais de 37 mil produtores atendidos e, aproximadamente, R$ 130 milhões de crédito tributário aplicados em projetos para o fortalecimento da cadeia do leite.
Houve também aprimoramento de acordos birregionais com a União Europeia para a proteção de marcas nacionais de denominação de origem. A Indicação Geográfica passou a valer para produtos de pequenas cadeias, como o açaí, queijo artesanal, cachaça, mel e farinhas. Também houve ações para o fortalecimento a cadeia produtiva do azeite de oliva.
Repasses
A SMC tem 2.153 contratos em execução, atendendo a 1.452 municípios brasileiros, com R$ 1,1 bilhão. Desse total, 63,5% dos recursos são destinados à patrulha mecanizada, máquinas e implementos agrícolas; 24,5% em melhoramento de estrada e vias de escoamento da produção; 9,2% em construções e obras de infraestrutura; e 3% em aquisição de equipamentos para agroindústria.
Convênios são142 em execução, envolvendo diferentes ações em 23 estados brasileiros, com recursos de R$ 81,4 milhões. Cerca de 28% envolvem aplicação direta em ações prioritárias para Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).
Nessa área, foi finalizada pesquisa sobre o Perfil do Médio Produtor brasileiro. E concedido apoio à ação de fortalecimento da assistência técnica, por meio das Emater’s estaduais em 24 unidades da Federação, com repasses de R$ 16 milhões.
Para incentivar o associativismo e o cooperativismo, foi apoiada a formação de líderanças com ênfase nas regiões Norte e Nordeste. O ano foi marcado pela conquista de espaço na Rede de Cooperativas do Mercosul (RECM).
Para o desenvolvimento da classe média rural, o Programa Agro+ Produtor Rural, com foco em capacitação e assistência técnica para pequenos e médios produtores, foi implementado em oito estados. O objetivo é qualificar profissionalmente produtores rurais e expandir a renda dos estabelecimentos.

 CONTAG completa 55 anos











Com uma trajetória com grandes lutas e conquistas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) completa 55 anos de fundação no dia 22 de dezembro. A CONTAG representa cerca de 15 milhões de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares distribuídos em mais de 4,3 mil estabelecimentos rurais por todo o País e tornou-se, ao longo desse período, uma das maiores organizações sindicais do planeta.

O seu Sistema Confederativo conta com 27 Federações Estaduais e mais de 4000 Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, bem como uma Escola Nacional de Formação (ENFOC), o Centro de Estudo Sindical Rural (CESIR) e o Centro de Informação e Documentação (CID). É filiada à Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam) e à União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (Uita) e mantém uma relação próxima com duas centrais sindicais - CUT e CTB.

A CONTAG integra espaços importantes e estratégicos no Brasil e no exterior. Possui assento nos principais conselhos nacionais, a exemplo dos Conselhos Nacionais de Previdência Social, de Saúde, Meio Ambiente, de Desenvolvimento Rural Sustentável, dos Conselhos Deliberativos dos Fundos Constitucionais Regionais do Norte (FNO) e do Nordeste (FNE), do Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

No âmbito internacional participa da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf Mercosul), da Aliança pela Soberania Alimentar dos Povos da América Latina e Caribe e compõe a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Foro Rural Mundial, o Comitê Mundial de Segurança Alimentar das Nações Unidas (CSA), entre outros espaços.

A CONTAG é a realização de um sonho do trabalhador e da trabalhadora rural pela sua organização. Desde as lutas libertárias de indígenas, negros e imigrantes, seja fugindo das secas, no combate à escravidão e na tentativa de construir uma nova vida que se formou a agricultura familiar brasileira e a classe trabalhadora. As contribuições das Associações de Lavradores, das Ligas Camponesas, da Igreja Católica (MEB, SAR e SORPE, Frentes Agrárias, Círculos Operários, AP, CEBs), do PCB e, principalmente, da ULTAB que criaram o caminho para a sua construção.

Como não se lembrar de figuras que marcaram nossa história, a exemplo de Wilson Pinheiro/AC, Chico Mendes/AC, Margarida Maria Alves/PB, Ezídio Pinheiro/RS, José Pureza/RJ, Bráulio Rodrigues/RJ, José Porfírio/GO, Zizinho/MA, Manoel da Conceição/MA e João Sem-Terra (RS); o debate da participação das mulheres trazido por Gedalva de Carvalho/SE, Margarida Maria Alves da Silva (Hilda)/PE, Tereza Silva/MG, Maria Helena Baumgarten/RS, Maria Pureza/RJ, entre outras companheiras. Além de João Canuto e de outros familiares de Rio Maria/PA que foram assassinados devido a luta pela terra. Como não reconhecer Lindolpho Silva, José Rotta, José Francisco, Aloísio Carneiro, Francisco Urbano e Manoel Santos, bem como a diversidade e riqueza social, política, econômica e cultural das nossas Regionais da CONTAG, que são espaços orgânicos de articulação da CONTAG e de suas Federações filiadas.

No ano seguinte a sua fundação, a CONTAG precisou enfrentar o golpe e fortalecer a luta em defesa da democracia, da anistia, das Diretas Já e participou ativamente da Constituinte, garantindo avanços significativos para a categoria trabalhadora rural.

Ao longo desses 55 anos, a CONTAG contribuiu para a ampliação e fortalecimento da organização e representação sindical no meio rural a partir de reivindicações, mobilizações, proposições e negociação de políticas agrícolas diferenciadas, direitos trabalhistas, reforma agrária e políticas sociais que resgatem a área rural enquanto espaço de vida, de luta, de trabalho e de construção de conhecimentos capazes de promover as transformações necessárias para um desenvolvimento sustentável em nosso País. Fruto desse debate e dessa necessidade que foi elaborado e está sendo implementado o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS).

A CONTAG também sempre apoiou pautas importantes para a classe trabalhadora em geral. Em 1981 participou da 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (1ª Conclat) e defendeu a criação de uma central sindical no País.

As principais formas de mobilização da CONTAG são as ações do Grito da Terra Brasil, da Marcha das Margaridas e do Festival da Juventude Rural. No entanto, a entidade também mantém articulação no Congresso Nacional para a aprovação de leis de interesse das populações do campo, da floresta e das águas e de orçamento suficiente para implementar as políticas diferenciadas para a agricultura familiar, responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros(as).

Portanto, ao completar 55 anos de lutas e conquistas, a Diretoria da CONTAG reafirma o seu compromisso com os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de todo o País, sendo representante e interlocutora da categoria nos diversos espaços em busca de mais avanços, de mais conquistas para a promoção do desenvolvimento rural sustentável e solidário e por uma vida melhor para as populações do campo, da floresta e das águas. Nossa história está marcada na luta pela democracia, justiça social, liberdade e por um espaço rural com gente feliz.

Segundo dados do Banco Mundial e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2018), a agricultura familiar brasileira, sozinha, representa o 8º maior produtor de alimentos do planeta, com faturamento anual de US$ 55,2 bilhões. Além disso, é também a principal responsável pela preservação da cultura rural, considerando suas diferentes formas de produzir e viver. A agricultura familiar produz cerca de 80% dos alimentos consumidos e preserva 75% dos recursos agrícolas do planeta segundo dados do Relatório da ONU (O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo, 2018). Além de representar a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes (IBGE, Censo Agropecuário 2006) e, pelas conquistas da Previdência Social Rural, é a principal fonte de circulação de recursos financeiros na grande maioria dos municípios brasileiros, pois em 71,8% o valor supera aquele do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (MPS, ANFIP, 2016).

Portanto, é preciso reconhecer sua função social, econômica, ambiental e política. Investir na agricultura familiar é garantir mais qualidade de vida e desenvolvimento no campo e na cidade e, para tanto, é imprescindível ampliar, reestruturar e desburocratizar as políticas públicas para esse segmento. Qualquer projeto de desenvolvimento sustentável para o Brasil precisa considerar o fortalecimento, a valorização e o reconhecimento da agricultura familiar como um de seus pilares estratégicos, dada a sua importância social e econômica.

Vida longa à CONTAG! Viva os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares!
FONTE: Direção da CONTAG


Agricultura

Estudo mostra tendência do aumento de álcool produzido do milho em MT

Produção de biocombustível proveniente do milho no Brasil tende a ocupar um lugar de destaque nos próximos anos
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A produção de biocombustível proveniente do milho no Brasil tende a ocupar um lugar de destaque nos próximos anos, se depender da produção do etanol industrializado em Mato Grosso. A conclusão é do Diagnóstico da Produção de Etanol em Mato Grosso: Binômio Cana-de-açúcar/Milho, compêndio publicado na última semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o estudo, do total saído das usinas no estado na safra 2017/18, cerca de ¼ da oferta de álcool é originário do etanol de milho, que tem um custo de produção inferior ao da cana-de-açúcar. “Ainda mais que o volume produzido do combustível proveniente da cana-de-açúcar não tem apresentado avanço significativo nas últimas safras”, complementa Benancil Martins, analista da Conab e responsável técnico pelo compêndio.

Martins afirma ainda que, sem a participação do cereal, a produção estadual de etanol estaria praticamente estagnada nos últimos anos. “A produção total de etanol, contemplando os tipos anidro e hidratado, cresceu 37% entre as safras 2014/15 e 2017/18 em Mato Grosso, o que rendeu um incremento de 461,6 mil m3 no período, com grande contribuição do milho”. 

O estudo alerta, no entanto, à preocupação de que essa tendência possa impactar no quadro de oferta e demanda do combustível mato-grossense, tendo em vista o mercado consumidor restrito do estado. “Para a safra 2018/19, há uma demanda de quase 2 milhões de toneladas de milho pelas usinas no estado, dentro de um cenário superior a 4 milhões de toneladas do cereal”, conclui. 

Mercosul

Produtores e futuro governo discutem assimetrias do Mercosul após diferença de produtos chegaram a 400% no bloco econômico

Ação foi definida em audiência com futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina
     
As entidades representativas dos três estados do Sul dos setores do arroz, alho, leite, maçã, trigo, uva e vinho vão oficializar demandas urgentes sobre as assimetrias do Mercosul para equipe de transição do governo federal. A ação foi definida em audiência, que contou com a presença da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e demais lideranças que debateram a participação do país no bloco econômico. O encontro ocorreu na semana passada. As demandas serão encaminhadas para serem implementadas ainda em janeiro pelo futuro governo.

Diferenças tributárias, fiscais, cambiais e ambientais que envolvem o comércio entre as nações foram temas tratados na reunião. Os integrantes das diferentes associações apresentaram os alarmantes dados dessas culturas e as condições desiguais de comércio com os países membros do Mercosul.

Segundo dados apresentados pelas entidades, o custo de produção dos outros membros do tratado de Assunção é bem mais inferior do que o nacional. De acordo com o economista chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a diferença de preços entre os principais insumos pode chegar a quatro vezes mais “É comum os produtos custarem 100% a mais, mas, em alguns casos, superam 400%”, detalhou. A alta carga tributária brasileira também foi apontada como um dos principais entraves à concorrência entre os membros do bloco.

Tereza Cristina destacou que o governo trabalhará firme para eliminar as injustiças do Mercosul. “Uma coisa positiva que tenho visto neste novo governo é a interlocução entre os diferentes setores. Por isso é importante apresentar todos os problemas que as cadeias do arroz, alho, leite, maçã, trigo, uva e vinho tem enfrentado. Então, precisamos sim, rever o Mercosul, pois ele, hoje, é danoso para o agronegócio brasileiro”, pontuou.

Mandioca

MANDIOCA/CEPEA: Clima e baixa oferta influenciam comércio; empresas encerram atividades

Nestas últimas semanas do ano, a maioria dos mandiocultores já encerrou as entregas
     
Nestas últimas semanas do ano, a maioria dos mandiocultores já encerrou as entregas. Além da baixa disponibilidade de raízes para comercialização, o clima seco em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea influenciou o comércio, levando muitas empresas a anteciparem o período de recesso.

Entre 17 e 21 de dezembro, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 350,72 (R$ 0,6100 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), estável frente à média anterior. Apenas a partir de meados de janeiro que agentes da indústria devem voltar suas atenções para a reabertura do mercado. Vale ressaltar que as raízes ofertadas neste período terão menos de dois ciclos, e a decisão de colheita do produtor deve depender dos preços, principalmente.  

Vantagens para o agronegócio registram juros menores e facilidade na contratação de novas operações

financiamentoÉ o balanço registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em junho deste ano, o governo anunciou R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Uma das mudanças mais significativas do Plano Agrícola e Pecuário (PPA) 2018/2019, foi a redução em média de 1,5 ponto percentual nas taxas de juros, o que motivou aumento na contratação de crédito pelo produtores rurais.
As operações de crédito junto aos bancos que operam recursos do PAP cresceram 19%, nos cinco primeiros meses da atual temporada, entre julho e novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, ou seja, na safra 2017/2018, somando para R$ 75,36 bilhões em financiamento.
O PAP destinou R$ 151,1 bilhões para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 32,3 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). Também foram designados R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização e R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural.
O balanço da contratação, com os dados fechados até novembro, revelou que todas as modalidades de linhas de crédito registraram alta. As de custeio somaram R$ 43,4 bilhões, resultado 15% superior ao registrado no mesmo intervalo do ciclo passado. Com crescimento de 19%, o desembolso com industrialização chegou a R$ 3,4 bilhões. Já os valores contratados na linha comercialização alcançaram R$ 13 bilhões no período, alta de 19%.
Os empréstimos para investimento totalizaram R$ 15,5 bilhões, 37% de incremento na mesma comparação, revelando recuperação dos níveis de investimentos no campo. Entre as operações de crédito se destacaram os programas ABC (Agricultura de Baixo Carbono), a Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), cujas condições de financiamento são relativamente mais favoráveis.

Para o secretário de Política Agricola do ministério, Wilson Vaz de Araújo, “o desempenho favorável desses programas revela a importância e a prioridade atribuídas ao processo produtivo sustentável, a necessidade de aumentar a capacidade estática de armazenagem frente a safras cada vez maiores e, por fim, a forte demanda por tecnologia, inovação e modernização do setor agropecuário”.

Pesquisa pretende aproveitar rejeitos de dessanilização para cultivar alimentos

Luiz C. Hermes - Resultados do Programa Água Doce foram apresentados no final de novembro, em Salvador.
Resultados do Programa Água Doce foram apresentados no final de novembro, em Salvador.
Um projeto desenvolvido pela Embrapa no âmbito do Programa Água Doce (PAD) pretende avaliar a viabilidade do uso de resíduos de dessalinização em cultivo de plantas alimentícias halófitas (resistentes à salinidade). Atualmente, os rejeitos do processo dos sistemas dessanilizadores já em funcionamento no âmbito do programa do Ministério do Meio Ambiente são utilizados para a criação de peixes e plantio de forrageiras para nutrição de caprinos.
Segundo o pesquisador Luiz Carlos Hermes, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), a quinoa é uma das espécies em avaliação. Luiz Carlos Hermes explica que a espécie nativa da região andina do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia é um alimento muito nutritivo, considerado o mais completo dentro do reino vegetal, que pode servir como fonte de alimentação humana e de renda.
Conforme explicou Hermes, o projeto vai atuar em várias frentes, com o objetivo de gerar impactos positivos no campo ambiental e social. “As oportunidades e os desafios são muitos, o que vai demandar o apoio de uma equipe com especialidades específicas com o ambiente semiárido, além da participação de órgãos municipais, estaduais e federais, por exemplo.”

O Programa Água Doce

Entre os dias 27 a 30 de novembro de 2018, Luiz Carlos Hermes e a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer, participaram do Encontro Regional “O Brasil que Cuida das Suas Águas: construindo as bases para o Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas – Região Nordeste” e do Encontro Nacional do Programa Água Doce 2018, em Salvador (BA).
Durante o evento, representantes do MMA e dos governos estaduais beneficiados pela iniciativa assinaram o IV Pacto Nacional de Execução do programa, que visa dar continuidade aos convênios e planos estaduais, fortalecer os núcleos locais e integrar o PAD às políticas de saúde e de educação no âmbito estadual, entre outras medidas.
O Programa Água Doce atua em comunidades rurais do semiárido brasileiro com o objetivo de ampliar o acesso à água de qualidade para o consumo humano, por meio de sistemas de dessalinização de água salobra. A iniciativa abrange os nove estados do Nordeste e também Minas Gerais.
Durante o evento em Salvador, houve a entrega de 145 sistemas de dessalinização do programa. Os equipamentos foram implantados em 24 municípios do semiárido baiano, com capacidade para beneficiar população aproximada de 58 mil pessoas residentes em comunidades rurais.
Os sistemas concluídos na Bahia são parte de um conjunto de entregas realizadas pelo PAD nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, que somam 589 sistemas, contemplando cerca de 230 mil pessoas com água de qualidade no semiárido brasileiro.
Para saber mais sobre o Programa Água Doce:
http://www.mma.gov.br/agua/agua-doce
http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/programa-agua-doce.html
Embrapa Meio Ambiente 
Nota do Blog: O Presidente eleito Jair Bolsonaro, anunciou que pretende enviar o seu futuro ministro Marcos Pontes a Israel, para se inteirar dos projetos utilizados por esta nação, a respeito de dessalinizar a água salgada em doce. A EMBRAPA possui o programa "Água Doce", que poderá sem duvida servir de subsídios. Seria uma grande vitoria para os pequenos produtores que vivem em regime de Agricultura Familiar e que possuem poços artesianos, utilizando muito pouco o precioso liquido devido o seu grau de salinização. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Tecnologia para o Nordeste

O presidente eleito Jair Bolsonaro foi ao Twitter nesta terça-feira, 25, para anunciar que uma parceria entre Brasil e Israel, "que está muito bem encaminhada", beneficiará  a região Nordeste com uma tecnologia israelense de dessalinização de água.
"EM JANEIRO, O FUTURO MINISTRO MARCOS PONTES (CIÊNCIA E TECNOLOGIA) VISITARÁ INSTALAÇÕES DE DESSALIZAÇÃO, PLANTAÇÕES E ESCRITÓRIO DE PATENTES EM ISRAEL, ACOMPANHADO PELO MINISTRO ISRAELENSE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA", DISSE BOLSONARO EM SUA CONTA NO TWITTER.
Nota do Blog: medida justa e oportuna. vamos aguardar.

Começou a valer novo sistema de rastreabilidade de vegetais frescos

Retrospectiva

Objetivo foi monitorar e realizar o controle de eventuais resíduos de agrotóxicos nos produtos. Nas frutas e hortaliças devem constar informações padronizadas capazes de identificar o produtor ou responsável

Devem ser informados endereço completo, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data de produção, fornecedor
Devem ser informados endereço completo, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data de produção, fornecedor

Um novo sistema de rastreabilidade para auxiliar o monitoramento e o controle de resíduos de agrotóxicos na cadeia produtiva de vegetais frescos destinados à alimentação humana começou a valer a partir de agosto. Por meio de instrução normativa (IN) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se tornou obrigatório que todas as frutas e hortaliças passassem a fornecer informações padronizadas capazes de identificar o produtor ou responsável no próprio produto ou nos envoltórios, caixas, sacarias e outras embalagens.
De acordo com a IN, devem ser informados endereço completo, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data de produção, fornecedor e identificação (CPF, CNPJ ou Inscrição Estadual. Essa identificação pode ser realizada por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code, ou qualquer outro sistema que permita identificar os produtos vegetais frescos de forma única e inequívoca.
Do entreposto ao consumidor, a fiscalização é feita pelos Serviços de Vigilância Sanitária Estadual e Municipal no âmbito do PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos).
As atividades de fiscalização do novo sistema são complementares entre o Ministério da Agricultura e a Vigilância Sanitária. Do produtor até o entreposto, a responsabilidade é do Ministério da Agricultura por meio do PNCRC – Vegetal (Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal).
Fátima Parizzi, coordenadora de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, explica que três situações são as mais comuns na investigação das causas e origens de irregularidades com agrotóxicos e contaminantes em produtos vegetais: 1) alimentos com resíduos acima do limite permitido; 2) uso de produtos proibidos no País; 3) defensivos permitidos para uma cultura específica sendo utilizados em outra similar.

Verão sob a influência moderada do El Nino

Prognóstico de verão

São esperadas chuvas em todos os estados do país


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, prevê para este verão, que iniciou nesta sexta-feira (21), atuação de fraca a moderada do fenômeno El Nino. As chuvas serão frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde as chuvas são inferiores a 400 mm.
O Inmet divulgou, nesta quinta-feira (20), o Prognóstico Climático de Verão. De acordo com o boletim, é possível que ocorra chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. 
O verão no Hemisfério Sul terá início às 20h22 de amanhã. A estação é caracterizada por elevação da temperatura em todo país, em função da posição relativa do sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo.
O verão prossegue até o dia 20 de março do ano que vem, até as 18h57(horário de Brasília).
Os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre o sudeste do Amazonas e norte do Mato Grosso, podendo alcançar chuvas superiores a 900 mm, entre os meses de dezembro a fevereiro.
Região Centro-Oeste
A previsão para o verão indica alta probabilidade das chuvas ocorrerem de normal a ligeiramente acima da normal em grande parte da região centro-Oeste, exceto no sul do Mato Grosso do Sul, onde a chuvas serão mais próximas à média ou ligeiramente abaixo. As temperaturas serão acima da média, especialmente no Mato Grosso do Sul, norte do Mato Grosso e sul de Goiás.
Região Sudeste
A previsão para os próximos três meses para a região Sudeste é de chuvas variando de normal a ligeiramente acima da normal em grande parte de Minas Gerais, no centro-norte do Espírito Santo e no centro de São Paulo. No Rio de Janeiro as chuvas deverão ficar ligeiramente abaixo da normal. Porém, vale destacar que, a ocorrência de tempestades (chuvas e ventos fortes que podem ser acompanhadas de granizo) são normais durante o verão na região Sudeste e não estão descartadas. De modo geral, o modelo climático do INMET indica que as temperaturas devem variar de normal a acima da normal durante o verão na região Sudeste.
Região Sul
Com a  configuração do fenômeno El Niño durante o verão, o modelo estatístico do Inmet prevê chuvas ligeiramente acima da normal no sul, centro e oeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e no norte do Paraná. Nas demais áreas as chuvas devem variar dentro da faixa normal ou ligeiramente abaixo. As temperaturas devem ficar um pouco acima da média em praticamente toda a região, exceção apenas no sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas podem ficar dentro da normalidade.
Região Nordeste
A previsão para o verão nos estados nordestinos indica predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas acima da média na Bahia, litoral de Alagoas até o Rio Grande do Norte e no sul do Piauí e do Maranhão. Nas demais áreas, as chuvas ficarão próximas a média ou ligeiramente abaixo durante a estação. As temperaturas estarão mais elevadas no Maranhão, centro e sul do Piauí, sul do Ceará e no oeste de Pernambuco.
 Região Norte
Os estados da região Norte devem apresentar forte variabilidade espacial na distribuição de chuvas. As chuvas devem ficar acima da média em Tocantins, grande parte do Amapá e de Roraima, além do oeste e sul do Pará e sul do Acre e Rondônia. No Amazonas, as chuvas devem ficar ligeiramente abaixo da normal climatológica, com exceção apenas no leste do estado. Com a atuação do  fenômeno El Niño mais concentrada na parte norte, tendência de redução das chuvas e elevação das temperaturas em relação à média.

Caatinga nordestina ganha sobrevida e agricultor pode aumentar renda

semiárido sustentávelAlém de aumentar renda do produtor, os sistemas integrados podem combater desertificação no semiárido brasileiro. Essa é a constatação que produtores do Semiárido encontraram no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e nos sistemas agroflorestais. É um jeito eficiente de diversificar as atividades de suas propriedades. Com isso, conseguiram aumentar o faturamento da atividade, sem impactar o meio ambiente, adotando manejo mais sustentável. Com a ILPF é possível ainda recuperar áreas degradadas e combater a desertificação.
Um exemplo vem da comunidade Sítio Areias, em Sobral, no Ceará, onde desde 2012 alguns produtores já experimentam com sucesso a prática de sistemas de produção agroflorestais, com a criação de bovinos, caprinos, ovinos e suínos; a lavoura de milho e feijão; a produção agrícola de verduras e ervas medicinais.
Segundo o zootecnista Rafael Tonucci, pesquisador da área de Forragicultura e Pastagens da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) o sistema permite integrar a produção vegetal, animal e florestal na propriedade. Em anos de seca muito intensa, quando a lavoura produz pouco é possível obter renda com o corte e comercialização da madeira.
Na região de Sobral, a Embrapa desenvolve experimentos em áreas pequenas, com menos de dois hectares, combinando o cultivo de espécies de mata nativa com culturas agrícolas e gramíneas para formação de pasto, possibilitando a diversificação da produção.
“São exemplos de como o sistema ILPF pode ser viável no âmbito da agricultura familiar”, diz Tonucci. Em Ibaretama, município do Sertão Central do Ceará, por exemplo, em duas áreas de um hectare cada, foi registrada uma produção de 25 a 30 toneladas de matéria verde, suficiente para garantir alimento para o rebanho para um período de dois anos. “Para isso, foi preciso apenas conhecer os princípios desses sistemas e adequá-los à realidade daquele local”, enfatiza o pesquisador.
Alguns agricultores estão obtendo produtividades maiores em suas lavouras mudando apenas uma prática baseada no uso do fogo para uma produção ambientalmente sustentável. “No meu quintal tudo dá. Já colhi abacaxi, verdura, tomate, pimentão. E já doei sacolas de verduras para a escola da cidade”, conta a agricultora Regina de Sousa.
No experimento em Ibaretama, estão sendo usadas duas áreas cedidas por um produtor rural. Em uma delas, de 1,5 hectare, foram plantadas linhas de sabiá, uma árvore da Caatinga, para composição de floresta, além de feijão caupi, milheto, sorgo e girassol. Os resultados do plantio foram usados de forma diversificada: o feijão foi aproveitado para colheita, sorgo e girassol foram usados para silagem aos animais, o milheto serviu para compor a cobertura vegetal do solo, condição importante em áreas de solos menos férteis.
“Em uma área de solo pobre, onde não se produzia nada, conseguimos plantar floresta com sucesso, usando essas técnicas para recuperação de solo degradado, e já temos forragem disponibilizada para os animais na estação seca”, explica Rafael Tonucci. Em outra área, de um hectare, além do sorgo e milheto, foram introduzidas plantas leguminosas (leucena e gliricídea), entre outras espécies nativas, e também o capim Massai, na expectativa de compor pasto para os animais nos próximos anos.
Outra prática adotada por produtores da região é a de adequação dos sistemas de produção locais a uma perspectiva de base agroecológica, o chamado redesenho para compor sistemas agroflorestais. Na comunidade Sítio Areias, em Sobral, a Embrapa incentivou este trabalho em base comunitária: os produtores locais integram suas áreas de criação de animais para produção e lavoura às áreas de uso sustentável da caatinga nativa, inclusive com o intercâmbio de forragem ou esterco entre os agricultores.
Segundo o zootecnista Éden Fernandes, analista da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos, estas trocas são outro benefício para comunidades de agricultores familiares. “O produtor que optou por um componente mais agrícola acaba cedendo a forragem para outro produtor que já tem um sistema de natureza pastoril. “Ele colhe o milho por exemplo, para sua alimentação e cede a palhada como forragem para outro agricultor que cria caprinos ou bovinos. Esse outro produtor também faz a partilha, devolvendo leite produzido em sua propriedade”, detalha.

Os sistemas de integração envolvem a produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne na mesma área, em plantios em rotação, consorciação ou sucessão. O sistema funciona basicamente com o plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) e de árvores, associado a espécies forrageiras (braquiária ou panicum). Existem várias possibilidades de combinação entre os componentes agrícola, pecuário e florestal, considerando espaço e tempo disponível, resultando em diferentes sistemas integrados, como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) ou agroflorestais (SAF).

Cabras

Espero que todos vocês tenham passado um Natal repleto de felicidades.
Ainda estamos com alguns problemas técnicos em nosso Blog. Aos poucos estamos voltando definitivamente.
Esta foto exibe a criatividade das cabras. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Feliz Natal

Desejo a todos os nossos leitores, razão maior do nosso trabalho, um Feliz Natal e um  Ano Novo recheado de paz, amor e muita saúde. Com Deus no coração.

NOTA ESPECIAL:
Avisamos aos nossos leitores, que por motivos imperiosos, só postaremos matérias a partir do dia 26 do corrente. 

Nova norma regulamenta processos disciplinares no âmbito do Incra


Corregedor-geral do Incra, Jorge Mourão

 
O Incra publicou na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (19) a Instrução Normativa nº 92, que dispõe sobre os procedimentos que regem a matéria disciplinar no âmbito da autarquia, de competência da sua Corregedoria-Geral.
 
A norma estabelece de forma sistematizada, na esfera do Incra, a regulamentação para a padronização dos procedimentos e processos disciplinares, de modo a complementar a normatização já prevista na legislação em vigor, principalmente nas Leis nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, adequando-se às orientações do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).
 
A redação da instrução buscou adequar os ritos processuais da autarquia às orientações recém-editadas pela CGU, na IN nº14, publicada em novembro de 2018. Deste modo, o Incra é a primeira entidade do Poder Executivo Federal a elaborar norma própria sobre apuração disciplinar em total consonância com as orientações do órgão central.
 
“Somos precursores, é uma normativa completa, com 250 artigos, e não existe nada parecido entre as entidades federais já adequado à IN da CGU. Foi editada após vasto e minucioso estudo realizado pela Corregedoria-Geral do Incra, o qual abrangeu, inclusive, ampla pesquisa no âmbito de outras corregedorias seccionais, buscando contemplar as boas práticas já evidenciadas nessas unidades.”, explica o corregedor-geral do Incra e auditor federal da CGU, Jorge Mourão.
 
A Instrução Normativa nº 92 servirá como um guia prático para os gestores e demais servidores do Incra sobre a condução da matéria correcional, tratando de temas como definição precisa de competências; registro e autuação de processos disciplinares no Sistema Eletrônico de Informações (SEI); uso do sistema de videoconferência; instrumentos gerenciais como o Termo Circunstanciado Administrativo (TCA) e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC); orçamento próprio para as ações correcionais; construção de base de dados para indicadores de desempenho; relatórios gerenciais; dentre outros norteadores.
 
Atualização
 
A normativa publicada atualiza os procedimentos anteriormente utilizados, previstos na antiga Portaria Incra nº191/2009, e propõe um novo alinhamento às atuais exigências de modernização da Administração Pública. A norma anterior possuía lacunas a respeito dos ritos disciplinares, incidentes processuais, instâncias consultivas e instrumentos e acompanhamento gerencial da atuação das comissões, contribuindo para a ineficiência e o alto custo das apurações disciplinares e levando, muitas vezes, à prescrição de processos e ao acúmulo na análise das denúncias e representações que chegam à autarquia.
 
“Sem dúvida, a revogação da antiga portaria, bem como a entrada em vigor da nova IN, alçam o Incra a um novo patamar normativo que possibilitará o melhor desenvolvimento dos trabalhos correcionais e a correção de rumos apontada pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da República (CISET)”, avalia Mourão.
 
A atualização atende aos anseios de se estabelecer de forma clara e objetiva as responsabilidades e atribuições das repartições internas da Corregedoria-Geral do Incra, visando possibilitar uma melhor organização administrativa e otimizar a execução das atividades. Também considera a necessidade de disciplinar a atuação das comissões de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e de sindicância instauradas no âmbito da autarquia, e controlar as despesas realizadas com os referidos procedimentos apuratórios.
 
Corregedoria-Geral do Incra
 
Criada em fevereiro de 2017 com o objetivo de prevenir e apurar possíveis atos irregulares cometidos por servidores e gestores da autarquia, a Corregedoria-Geral do Incra funciona como unidade seccional do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal.
 
Segundo o corregedor-geral do Incra, a edição da nova normativa funcionará como uma “bússola” para o efetivo começo dos trabalhos correcionais e cita a atuação do corregedor-geral substituto, Antônio Guedes, na efetivação do texto. “Sem o minucioso estudo realizado pelo servidor, não seria possível a publicação de uma norma tão completa e atualizada”, ressalta.
 
“O próximo passo é o aparelhamento da unidade correcional, com servidores capacitados para análise processual, composição de comissões e gestão correcional, e a capacitação no âmbito das superintendências regionais”, anuncia Mourão, que iniciou a nova gestão em junho de 2018.
 
Em seis meses, embora com reduzida força de trabalho, a equipe alcançou importantes feitos, como a capacitação de 90 servidores em matéria disciplinar, com conteúdo elaborado por instrutores da CGU e formatado especialmente para o Incra. A previsão é que mais 90 servidores sejam capacitados ainda no primeiro semestre do ano que vem.
 
Outros pontos que merecem destaque são o levantamento e a triagem, por prioridades, do passivo processual de aproximadamente 500 processos; a digitalização e a inclusão no SEI de todos os processos físicos ainda existentes, que contam por volta de 250 documentos; além da análise e resposta às demandas represadas dos órgãos persecutórios, como CGU, Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal (PF).
 
Também foi reafirmado o diálogo com a Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Incra, no sentido de estabelecer um fluxo entre as áreas de forma mais célere e sistematizada, e foram estabelecidas parcerias com outros órgãos federais, envolvendo a cessão temporária de servidores, com vistas a dar um tratamento mais eficiente ao considerável passivo processual.
 
“Apesar dos avanços, muito ainda precisa ser feito. É, sem dúvida, um trabalho árduo, mas com dedicação, competência e planejamento conseguiremos avanços importantes para o Incra”, acredita Mourão.
 
Prevenção
 
Ainda como iniciativa da nova gestão da Corregedoria-Geral do Incra, foi criado o Projeto Prevenir, em parceria com a CISET, com a proposta de levar aos servidores da autarquia conhecimento sobre os deveres, proibições e possíveis repercussões em virtude de alguns atos que possam ter sido cometidos dentro da gestão como ilícitos.
 
Desta forma, são realizadas capacitações nas superintendências regionais com o intuito de orientar, de forma introdutória, sobre condutas relacionadas à disciplina. “O Incra tem uma lacuna muito grande entre os servidores e a unidade correcional, que era vista como unidade de polícia ou algo do tipo e, na verdade, o que queremos é prevenir um ilícito, ou seja, levar conhecimento e capacitação para que não precisemos atuar de forma repressiva”, pontua o corregedor-geral da autarquia.
 
Até o momento já foram atendidas as superintendências regionais do Maranhão e do Pará e a proposta é que o projeto seja expandido para outros estados em 2019.
 
 
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra

Novos rumos para os métodos utilizados em pesquisa toxicológica no Brasil


O prazo para a adoção obrigatória dos métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa toxicológica está próximo. Será que os laboratórios e empresas já estão se adaptando ou o prazo será prorrogado?
Em 1969, com a criação do conceito de 3R’s (Reduction, Refinement e Replacement) e a promoção do desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais em estudos toxicológicos, pesquisadores e defensores do bem-estar animal se uniram para encontrar alternativas cientificamente validadas. A redução reflete a obtenção de resultado de igual valor com o uso de menos animais; o refinamento promove a minimização da dor; a substituição estabelece que o objetivo seja alcançado sem o uso de animais vertebrados vivos.

Desde então, diversos países têm buscado alternativas, com a criação de centros dedicados ao desenvolvimento e validação de métodos alternativos para serem aplicados em processos de registros de produtos agroquímicos, medicamentos, cosméticos, entre outros. No Brasil, os laboratórios que desejam validar seus estudos alternativos ao uso de animais deverão estar associados ao RENAMA (Rede Nacional de Métodos Alternativos), posteriormente seus estudos serão avaliados, reconhecidos e validados pelo CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal). A RENAMA disponibilizará a rede de laboratórios (Figura 1) que estão aptos para realização dos métodos alternativos validados de acordo com metodologias aceitas internacionalmente.
Outro fator importante é a boa prática de bem-estar animal que inclui prevenção e tratamento de doenças, alívio da dor, fornecimento de alimentação e de outras condições que sejam adequadas às necessidades dos animais. Vale enfatizar que atitudes consideradas como maus-tratos aos animais, poderão incorrer em sanções administrativas e/ou penais.
Em julho de 2014, o CONCEA publicou a Resolução Normativa nº 17 sobre o reconhecimento dos métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa no Brasil, conceituando método alternativo como qualquer método que tenha por finalidade substituição, redução ou o refinamento (3 R’s) do uso de animais em atividades de pesquisa. Nessa Resolução fica estabelecido que, após o reconhecimento do método pelo CONCEA, os laboratórios têm prazo de até cinco anos para a substituição obrigatória do método original pelo alternativo, ou seja, o prazo finaliza em 2019, porém nenhuma Resolução ratificando ou postergando esse prazo foi publicada até o momento. 

Ainda em 2014, o CONCEA publicou a Resolução Normativa nº 18 reconhecendo 17 métodos alternativos aceitos pelo órgão internacional OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que observa os princípios de boas práticas de laboratório para a realização dos testes toxicológicos e determina a segurança da substância para o registro de produto químico.
Dentre os estudos que possuem alternativas com aceitação regulatória internacional estão: avaliação do potencial de irritação e corrosão da pele e ocular, sensibilização cutânea, toxicidade aguda e genotoxicidade.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), responsável pelas análises toxicológicas dos registros de produtos, manifestou sua aprovação em agosto de 2015, através da Resolução nº 35, informando que nas petições submetidas à análise serão aceitos os métodos alternativos reconhecidos pelo CONCEA, excetuam-se os casos específicos em que a Agência, mediante justificativa técnica, apresente a inadequação e inaplicabilidade dos mesmos. Em agosto de 2016, CONCEA publicou a Resolução Normativa nº 31 reconhecendo o uso de novos testes alternativos no país. É bastante oportuno que gradativamente os laboratórios submetam testes confiáveis para avaliação e validação ao CONCEA, somente assim será possível ampliar a disponibilidade de testes alternativos para as empresas, favorecendo a sua aceitação regulatória.
A preocupação das empresas gira em torno da interpretação dos estudos junto à ANVISA, devido a recente aprovação do uso dos métodos alternativos, o receio de exigências complementares existe. Com isso, as empresas registrantes de produtos químicos estão optando primeiramente em realizar os dois tipos de testes, o estudo alternativo (in vitro) e o estudo com animais (in vivo). Desta forma, com a baixa celeridade conhecida na análise de registro de produto nos ministérios, não ocorrerá atraso no processo, caso seja solicitado recondução de estudos. 

No entanto, segundo um renomado laboratório de São Paulo, não foram recebidas exigências por parte da ANVISA e demais Ministérios para qualquer estudo alternativo conduzido no Brasil. Informa também que a Agência já vem solicitando, em alguns casos, que as reconduções de estudos sejam feitas por método alternativo. A premissa é que o uso de animais deva ser considerado somente quando não há método alternativo disponível e houver evidências justificáveis para seu uso. Antes de iniciar os estudos toxicológicos, o laboratório faz uma análise de peso de evidência e pesquisa informações sobre o produto. Por exemplo, se o produto possuir estudos ou características que demonstre ser irritante, não será necessário a condução do teste de irritação/corrosão cutânea.
Caso o estudo ou informação for inconclusivo, deverá ser feito o teste alternativo. Se não for possível alcançar o resultado, deverá ser realizado o estudo com animais. 
Algumas limitações no início da implantação dos estudos alternativos em laboratórios foram reportadas, como a dificuldade no fornecimento da epiderme humana reconstruída que é utilizada no Estudo de Corrosão Dérmica in vitro (disponibilizada sem custos para a comunidade científica brasileira) e de olhos bovinos para o Teste de Permeabilidade e Opacidade de Córnea Bovina (BCOP).
No entanto, ambos os casos foram resolvidos junto aos fornecedores e os testes executados normalmente.
Precisamos considerar novos caminhos na forma de fazer pesquisa e discutir ética e cientificamente sobre métodos de pesquisa com animais e suas alternativas. Atualmente, podemos afirmar que os métodos alternativos são viáveis e de implementação segura.

Estudos comparativos realizados em laboratório demonstram um alto índice de similaridade entre os resultados dos estudos in vivo e in vitro. Laboratórios estão planejando oferecer o pacote de estudos para registro de agroquímicos de métodos alternativos ainda em 2019. 
Com toda essa carga de informação e legislação apoiando, um novo olhar em relação aos métodos utilizados atualmente se faz necessário. Nas últimas décadas, surgiram técnicas de cultura celular e modelos computacionais capazes de substituir o uso de animais em algumas pesquisas, mas ainda não é possível simular o funcionamento conjunto de sistemas complexos, como o circulatório, nervoso e imunológico. Por isso a importância do incentivo no desenvolvimento de pesquisas avançadas e difundir as novas tecnologias.

Frango

Volume de carne de frango pode igualar-se ao de 2017

Produção brasileira de carne de frango parece ter superado o que foi registrado no mesmo mês do ano anterior
     
Pela primeira vez nos últimos sete meses (ou seja, desde maio passado), a produção brasileira de carne de frango parece ter superado o que foi registrado no mesmo mês do ano anterior. Pois, pelos padrões adotados pela APINCO, em novembro passado foram produzidas no Brasil pouco mais de 1,113 milhões de toneladas de carne de frango, resultado 1,75% superior ao registrado um ano antes.

Comparativamente ao mês anterior, outubro de 2018, ocorreu redução de 1%. Mas isso não tem maior significado, pois o mês foi mais curto, de 30 dias. E isso considerado, a produção efetiva de novembro foi, na verdade, 2% superior. Com este último resultado, o volume acumulado em 11 meses vai pouco além dos 12,150 milhões de toneladas, resultado que representa queda de, praticamente, 2,5% sobre idêntico período de 2017.

Mantida, em dezembro corrente, a média registrada entre janeiro e novembro, de pouco mais de 1,1 milhão de toneladas mensais, a produção total de 2018 ficará próxima dos 13,260 milhões de toneladas, recuando cerca de 2,6% em relação a 2017.

Notar, porém, que o padrão adotado pela APINCO como peso médio dos frangos abatidos pode, em determinados momentos do ano, ter sido ultrapassado. Isso ocorreu, por exemplo, em junho passado, quando, em decorrência do movimento grevista dos caminhoneiros, os abates foram paralisados e as aves permaneceram nas granjas por mais tempo, ganhando maior peso. E pode estar se repetindo agora, em algumas praças do País, pelas restrições de volume que vários abatedouros vêm enfrentando e que estão retardando a saída dos frangos em criação.

Em síntese, o índice de queda tende a ser inferior ao apontado, nada impedindo que a produção de 2018 se iguale ou até supere a de 2017. Aliás, os números do IBGE relativos aos abates inspecionados dos nove primeiros meses do ano apontam nessa direção. 

Mercado

Boletim Prohort destaca a alta no preço da batata e cebola nas Ceasas

Já as frutas, houve redução de preços da banana e do mamão
Por:
     
As ceias de Natal deste ano podem ficar mais caras se for levado em conta os preços de alguns produtos hortigranjeiros. No último mês, a batata foi que apresentou as maiores cotações na maioria das Ceasas analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A hortaliça sofre dessa elevação desde setembro, e desta vez o número chegou a subir 57,7% em Recife e 9,7% em Fortaleza.

 Nas demais Ceasas, a batata segue com aumento de 38,6% em Vitória, 32,2% em Goiânia, 31,1% no Rio de Janeiro, 26,3% em Belo Horizonte, e 25,3% em São Paulo. Os dados estão no 12º Boletim Prohort, divulgado nesta quarta-feira (19), pela Conab com os preços de frutas e hortaliças das Ceasas em novembro.

 Segundo o Boletim, outro produto que poderá encarecer a ceia é a cebola, cuja elevação de preço já era esperada pela pressão da alternância de safra. O maior percentual de elevação ocorreu também em Recife (86,5%), seguido de Goiânia (78%), Belo Horizonte e Vitória, na casa dos 57%, Fortaleza e Rio de Janeiro, próximo a 43%, e São Paulo, 39%.

 O tomate, que já vinha se destacando nas altas do mês passado, também registrou elevação na maioria das Ceasas analisadas, com exceção da Ceagesp, em São Paulo, e na Ceasa/CE, em Fortaleza, que tiveram pequenas quedas percentuais de 1,38 e 4,74 %, respectivamente.

 Já sobre as frutas, houve redução de preços da banana e do mamão. A menor cotação para a primeira foi em Goiânia (16,8%), seguida de Fortaleza (10%), enquanto que para o mamão de Goiânia (25,2%) a aquisição ficou mais em conta.
 O levantamento é feito mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas pelos grandes mercados atacadistas do país.