segunda-feira, 11 de abril de 2016

Ministra se reúne com pequenos agricultores


Jorge Cardoso/MMA
Izabella discute agenda ambiental com agricultores
Temas como o Cadastro Ambiental Rural e a revitalização da bacia do São Francisco estiveram na pauta do encontro com o movimento.

MARTA MORAES
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu, nesta quinta-feira (7/4), em Brasília, com representantes da direção nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Em pauta, temas estratégicos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o papel dos pequenos produtores rurais na conservação do meio ambiente.

Participaram também do encontro, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do MMA, Carlos Guedes de Guedes; o diretor geraldo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao MMA, Raimundo Deusdará Filho; e o diretor de Fomento e Inclusão do SFB, Carlos Eduardo Sturm, entre outros.
Durante o encontro, a ministra destacou que as políticas ambientais devem muito ao compromisso dos movimentos sociais com as questões do meio ambiente. “Eu não acredito numa política ambiental sem a inclusão de todos os segmentos envolvidos na questão rural. Eles são responsáveis pela transformação e qualificação da agenda ambiental”, afirmou.
RETRATO DO PAÍS
Izabella Teixeira lembrou que o CAR é um retrato do Brasil, mostrando quem é quem no campo. “Mais do que isso, o cadastro mostra os ativos que temos no campo sob o domínio dos agricultores. E isso deve ser reconhecido pela sociedade. O que de biodiversidade está sendo protegido pelos pequenos agricultores, por exemplo. Isso certamente levará a uma discussão mais ampla que avançará cada vez mais. A maior reflexão é sobre a importância e o papel de todos os atores para a preservação do meio ambiente”, afirmou.
Na reunião, a ministra falou sobre a revitalização do rio São Francisco e o papel dos pequenos agricultores nessa agenda. “O Brasil deverá abraçar o São Francisco. Há uma grande diversidade de atores presentes no debate sobre as estratégias para o rio. O pequeno agricultor não pode ficar fora dessa questão”. Sobre o tema, a ministra lembrou a agenda que vem sendo debatida com a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB). No dia 14 de março, o MMA instituiu um Grupo de Trabalho para apresentar propostas de medidas ambientais à revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
AVANÇOS
O diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará Filho, mostrou aos participantes a evolução dos números do CAR, com a proximidade do prazo final de inscrição, 5 de maio de 2016, principalmente nas regiões que vinham apresentando resultados menos expressivos, como o Sul. “Nesse último mês, o Sul teve um incremento de mais de um milhão de hectares cadastrados”, observou.
Durante a reunião, o secretário Guedes de Guedes destacou que um dos aspectos principais da função social da assistência técnica de extensão rural (ATER) é exatamente a dimensão ambiental. “A tendência é que essa questão ganhe um peso sobre os modos de produção. Temos que sair da lógica do produtivismo e pensar qual é a melhor forma do uso da terra no Brasil. Esse é um debate que está florescendo e os movimentos sociais, como o MPA, podem ajudar muito na qualificação dessa elaboração”, explicou.
Guedes lembrou ainda que é preciso ver como os esforços da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) dialogam com as mudanças climáticas. “Temos que estabelecer um compromisso com os movimentos sociais que estão na Planapo, avançar nesta agenda e fazer uma pactuação entre a Política e a agenda climática. Temos que enfrentar juntoso novo cenário no campo e valorizar conhecimento tradicionais. Essa é a agenda do futuro”, concluiu ele.
Segundo Danielle Nierling, da direção nacional do MPA, há um reconhecimento concreto por parte do estado brasileiro sobre a importância que a presença dos pequenos agricultores tem para a preservação da terra, mas é preciso avançar nesse aspecto.
NOTA DO BLOG: Esqueceram de dizer a Ministra  que o bendito CAR, terá uma inadimplência de 30% nas propriedades que não compõe a agricultura familiar. Isso porque não tem ninguém orientando a esses proprietários, principalmente aqui na região central do estado. E ninguém fala nada. Alô IDEMA...  

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