14/09/2011 12:32
Nesta quarta-feira (14) foi lançado o Projeto Piloto de Manejo Florestal Comunitário em assentamentos de reforma agrária do Piauí. O principal objetivo do projeto é fortalecer parcerias para a ação de manejo florestal comunitário em assentamentos de reforma agrária do estado, através de contrato firmado com a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe), com recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) do Ministério do Meio Ambiente, fruto da articulação entre o Incra/PI e o Serviço Florestal Brasileiro.
Assinado no último dia 22 de agosto, o contrato foi o primeiro na modalidade a ser firmado no Brasil. Trata-se, portanto, de uma ação pioneira, que beneficiará cinco assentamentos no Piauí, sendo quatro do Incra: Arizona I, Arizona II e Canaã, no município de Lagoa do Sítio, e Serra do Batista, no município de Valença; e um assentamento do Crédito Fundiário: Gado Bravo, em Brasileira.
"Esperamos que as famílias possam ter uma melhoria de vida utilizando os recursos florestais de maneira racional", afirma a superintendente regional substituta do Incra no Piauí, Socorro Vasconcelos. "Esta é uma ação pioneira no Piauí e também a primeira na modalidade no país. Pretendemos, futuramente, expandir esta ação para outros assentamentos", complementa.
Atividades florestais
O contrato objetiva a elaboração de planos de manejo florestal dos assentamentos e a assistência técnica em atividades florestais. A ação atenderá diretamente cerca de 70 famílias, que aderiram ao projeto, mas a expectativa é de que cerca de 300 famílias de agricultores do território do Vale do Sambito sejam beneficiadas.
O contrato objetiva a elaboração de planos de manejo florestal dos assentamentos e a assistência técnica em atividades florestais. A ação atenderá diretamente cerca de 70 famílias, que aderiram ao projeto, mas a expectativa é de que cerca de 300 famílias de agricultores do território do Vale do Sambito sejam beneficiadas.
"Vamos começar a ter no Piauí a vegetação como um ativo ambiental e não mais como um passivo, as famílias terão na vegetação uma fonte de renda, associando a atividade florestal com a atividade agrícola", analisa Cristiano Cardoso, engenheiro florestal e consultor da Fadurpe. "O manejo vem para o Piauí como um contraponto ao desmatamento, uma possibilidade de manter a floresta", ressalta.
Os trabalhos já foram iniciados e o primeiro produto a ser entregue no prazo de 60 dias será a caracterização geral da situação ambiental e socioeconômica de cada assentamento selecionado. O valor investido, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, será R$ 234 mil nos 24 meses de vigência. O contrato contempla no ano inicial a elaboração do plano de manejo e no ano seguinte a implantação do plano através da assistência técnica. Ao final do contrato, as famílias deverão estar capacitadas para a ação de manejo.
Participarão do evento de lançamento do contrato representantes do Incra, MMA, Fadurpe, Associação Plantas do Nordeste (APNE), Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater), Crédito Fundiário, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Centro de Educação Ambiental e Assessoria (CEAA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Universidade Federal do Piauí, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, associações de comunidades dos assentamentos e sindicatos de trabalhadores rurais dos municípios envolvidos.
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