terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

 

Ressincronizar o cio das vacas aumenta a prenhez e produtividade da fazenda

   

Para alcançar os melhores resultados e eficiência na atividade da cria, é necessário um bom planejamento reprodutivo, com definição das estratégias e a escolha de uma genética de qualidade. A ressincronização das matrizes é uma das formas de aumentar a taxa de prenhez final, utilizada em várias fazendas brasileiras.

A pecuária de corte ocupa uma posição de destaque no mercado econômico brasileiro. Atualmente, o Brasil é o primeiro exportador de carne in natura, seguido pelos Estados Unidos e Austrália. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina do país cresceram 42% em 2022, em relação ao ano anterior, alcançando o recorde de 13 bilhões de dólares no ano. Números como esses mostram também como os produtores agem dentro de campo, buscando sempre as melhores estratégias produtivas e reprodutivas para alcançar sucesso na pecuária.

Ter uma estação de monta definida garante o melhor desempenho da atividade. Muitas fazendas já estão seguindo para o final da estação e a utilização da ressincronização das matrizes vem crescendo de forma significativa a cada ano.

A médica veterinária Isabella Marconato, coordenadora do Concept Plus Corte da Alta, explica como esta estratégia reprodutiva acontece dentro das fazendas. “A inseminação artificial é usada há muito tempo e o protocolo de sincronização da ovulação das matrizes é uma etapa para a realização da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), o que otimiza o manejo nas fazendas. Convencionalmente, após 30 dias é feito um diagnóstico de gestação: as matrizes diagnosticadas como prenhas não recebem nenhum outro manejo reprodutivo de imediato, já as matrizes vazias, aquelas que não emprenharam, podem ser ressincronizadas fazendo um novo protocolo de IATF para ter o maior número de fêmeas gestantes da inseminação e, desta forma, ter maior concentração dos partos no início da estação de parição”, pondera.

A ressincronização das matrizes é uma das formas de aumentar a taxa de prenhez final, utilizada em diversas fazendas no Brasil. A adoção deste novo protocolo traz benefícios para os produtores que buscam obter o melhoramento genético associado à eficiência reprodutiva. “Um dos maiores benefícios da ressincronização é conseguir emprenhar vacas que não estariam ciclando, ou seja, não estariam preparadas para a monta natural, mesmo após a realização do primeiro protocolo. Com esse segundo protocolo, é dado um novo start hormonal nas vacas que ainda estão em anestro, possibilitando que ela volte a ciclar e aumente o número de matrizes gestantes”, detalha Marconato.

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