terça-feira, 7 de setembro de 2021

 

As recomendações para o plantio do feijão de corda através do Zoneamento de Risco Climático

 

É o Zarc – Zoneamento Agrícola de Risco Climático – uma política pública promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que tem como objetivo indicar datas de semeadura por cultura e por município, considerando a característica do clima, tipo de solo e ciclo da cultivar, de forma a evitar que adversidades climáticas coincidam com fases sensíveis das culturas e, assim, minimizar as perdas agrícolas e contribuir para o aumento da produção agrícola.

Já foram publicadas no Diário Oficial da União as portarias para o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) do feijão-caupi (feijão-de-corda) referente à safra 2021/2022, para os estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás e também para o Distrito Federal.

O pesquisador Edson Alves Bastos, da Embrapa, responsável técnico pelo Zarc do feijão-caupi, explica que o calendário de semeadura proposto neste zoneamento deve ser utilizado pelos produtores da cultura para que eles tenham direito aos seguros agrícolas do governo federal, como PROAGRO e PROAGROMAIS, além dos benefícios das seguradoras privadas.

O Zarc para o feijão-caupi contribui positivamente para a cadeia produtiva do feijão-caupi, com destaque para o aspecto econômico. “Ele contribui para o aumento da renda líquida do produtor, uma vez que a semeadura na época correta minimiza as perdas, aumentando a produtividade e qualidade dos grãos. Também contribui significativamente com a redução de recursos financeiros federativos, tendo em vista que a obediência ao calendário de semeadura proposto pelo Zarc Caupi reduz as perdas agrícolas em decorrência das adversidades climáticas, diminuindo, consequentemente, a emissão de seguros agrícolas pelos programas do governo federal”, ressalta Bastos.

A metodologia do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é padronizada para todas as culturas e no caso do feijão-caupi não foi diferente. Primeiro foram definidos os riscos relevantes para a cultura; depois foi feito o levantamento, organização e tratamento dos dados de clima, solo e planta, seguido das definições dos critérios de decisão que são o Índice de satisfação da necessidade de água (ISNA) para a cultura e os níveis de risco. As duas últimas etapas são a modelagem e simulação e por último, a validação.

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