Criação de Frango Colonial
Introdução
A produção de frangos de corte coloniais no Brasil está relacionada com a agricultura familiar. Nessas condições ela representa muitas vezes a viabilidade econômica das propriedades rurais, dos assentamentos da reforma agrária e de alguns pequenos municípios em vários estados brasileiros. Ela caracteriza-se por uma criação tecnificada onde se busca melhorar o desempenho das aves via melhoria das linhagens ou raças utilizadas, melhoria na alimentação, no manejo e nos cuidados sanitários para se auferir uma produção sistematizada e contínua, com a qualidade necessária para o abastecimento dos canais de comercialização, obedecendo toda a legislação sobre comercialização de alimentos de origem animal. Está normatizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio do Ofício Circular DOI/DIPOA n.7/99 de 19 de maio de 1999, (Brasil, 1999).
Algumas empresas maiores também se dedicam a produção de frangos de corte coloniais, mas as estatísticas oficiais ainda não demonstram participação expressiva na produção avícola brasileira. Ainda assim, essas empresas emprestam liderança e direção aos projetos menores ou individuais. Atualmente alguns supermercados brasileiros já expoem o produto com destaque, nas apresentações frangos inteiro e em pedaços.
Importância econômica Pesquisa recente realizada nas cinco principais cidades de Santa Catarina junto à consumidores e decisores de compra de supermercados, hipermercados, mercearias e lojas especializadas, apontam para a existência de um mercado promissor para produtos transformados na agricultura familiar.
A produção alternativa de frangos de corte pode ser uma opção interessante para produtores rurais localizados em agrovilas, assentamentos rurais, distritos e pequenos municípios do interior do Brasil. Inclusive para produtores que participaram de experiências na avicultura industrial e que atualmente não dispõem das condições para continuar participando daquele sistema.
É necessário, entretanto, que as iniciativas empreendedoras nesta área garantam a qualidade do produto, para se ter acesso a mercado, não coloquem em risco a avicultura industrial, que atualmente emprega milhões de pessoas nas cidades e gera divisas para o Brasil, não danifique o meio ambiente e favoreça o bem-estar do homem e dos frangos. Essas condições serão garantidas na elaboração de um projeto profissional.
Aspectos agro e zooecológicos na criacao de frngos colonial
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O Sistema de produção profissional para frangos de corte coloniais é um sistema orientado para o mercado, portanto com qualidade suficiente para atender as exigências dos supermercados brasileiros e para exportação. É ideal para pequenas propriedades rurais que praticam agricultura familiar, incluindo assentamentos rurais e agrovilas. É desejável que os produtores pratiquem agricultura com produção de grãos forragens, hortaliças e fruticultura e ao utilizar as sobras dessas produções, possam agregar valor a esses subprodutos e ao mesmo tempo melhorar as características diferenciais da carne do frango; tais como, sabor e pigmentação da pele.
O sistema de produção para frangos de corte coloniais está normatizado no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento no ofício circular DOI/DIPOA no. 007/99, sobre o registro de produto Frango Caipira ou Colonial. Esse documento define que deve se utilizar linhagens específicas, de crescimento lento, para chegar no peso ideal de abate com a idade mínima de 85 dias e que os pintos devem ter acesso ao piquete a partir dos 28 dias de idade e que em nenhuma fase da vida sejam alimentados com rações contendo promotores de crescimento, nem subprodutos de origem animal, como farinhas de carne por exemplo.
Para a implantação de projetos de produção de frango colonial nos municípios brasileiros, as prefeituras municipais não necessitam fornecer recursos financeiros, mas sua equipe técnica deve estar apta a conceber os projetos de produção, encaminhá-los para financiamento bancário e organizar os produtores interessados no mesmo assunto em associações. Normalmente as prefeituras municipais efetuam convênios com empresas estaduais de pesquisa e extensão rural para realizar essa tarefa.
Os projetos devem em primeiro lugar efetuar uma análise de mercado para definir o tamanho do mesmo e o tipo de produto demandado, a periodicidade e o selo de qualidade mais adequado para a situação. Devem também identificar quais os produtores interessados e quais os pontos fortes e pontos fracos de cada produtor. Pontos fortes devem ser multiplicados e no caso dos pontos fracos os mesmos devem ser melhorados. Normalmente um dos pontos fracos é a dificuldade em trabalhar junto à associações, outro, é a falta de atuação profissional, o que pode ser mudado via capacitação. Existem várias instituições oficiais e privadas que proporcionam essa capacitação.
O passo seguinte diz respeito ao sistema de produção com as recomendações de instalações, raças, reprodução, manejo, biosseguridade, cuidados sanitários, alimentação.
O passo posterior, e igualmente importante, diz respeito às definições logísticas em relação as demandas do mercado. Nessa etapa o projeto deve prever a origem dos pintos, matrizes ou dos ovos. Adquirir os pintos no mercado, exigindo-se qualidade e regularidade, até que o volume demandado seja suficiente para compensar a montagem de granja de matrizes própria. O planejamento para montagem de granja de matrizes ou de incubatório, são projetos a parte, não necessários para o início do empreendimento.
Também é necessário identificar quem fornece a ração ou os ingredientes, bem como as misturas minerais e vitamínicas. Os macroingredientes das dietas podem ser produzidos na propriedade, como os grãos de cereais. Os demais ingredientes e aditivos devem ser adquiridos de fornecedores idôneos.
É necessário definir também quem procede o transporte. Normalmente uma terceira parte, tem se especializado nesse assunto, não necessitando investimentos em veículos, bastando apenas alugar os fretes.
Mesmo com a norma de 1999, que recomenda o acesso a piquetes, recomenda-se por questões de biosseguridade devido ao risco de doenças exóticas, manter as aves confinadas em aviários e piquetes telados, com malha de no máximo 2,5 cm de espaçamento, com o fornecimento de água em bebedouros apropriados e ração balanceada mais a alimentação alternativa complementar, em comedouros apropriados no interior da instalação telada, conforme ilustrado na Figura 1. A Embrapa Suínos e Aves desenvolveu um sistema de galinheiro móvel que pode ser adaptado para uso neste tipo de sistema de produção, contendo todo tempo as aves, permitindo o acesso a pastagem e deslocando-se a instalação de forma a rotacionar o uso dos piquetes. Uma foto desse tipo de instalação está mostrada na Figura 2. A partir de 28 dias de idade iniciar o fornecimento de alimentação alternativa, duas vezes ao dia (grãos, capim, hortaliças, frutas, tubérculos) até o limite de 20% do total de alimento consumido no dia. Os outros 80% devem ser obrigatoriamente ração balanceada específica por fase. Alojar 10 aves/m2 no galinheiro e utilizar 3m2/ave nas áreas de piquetes. É interessante fazer a rotação dos piquetes para evitar que as aves danifiquem a vegetação e para descontaminá-los pela ação dos raios solares durante o vazio sanitário. Recomenda-se iluminação artificial suplementar apenas na primeira semana de idade. |
Fig. 1. Criação de frangos coloniais, em área cercada e com uso de galinheiros móveis, tipo Embrapa. |
Fig. 2. Galinheiro móvel tipo Embrapa.
Alimentação
Para os sistemas mais rudimentares e em pequena escala recomenda-se adquirir a ração de fornecedor idôneo, de preferência certificado para Boas Práticas de Fabricação-BPF. Quando houver condições na propriedade para fabricação de ração recomenda-se utilizar formulações convencionais, buscando-se a autosuficiência na propriedade, através da utilização de misturas incluindo produtos e subprodutos de custo mais baixo do que as formulações comerciais. A Figura 1 ilustra o ingrediente milho úmido ensilado pronto para ser misturado na propriedade rural, o que é uma alternativa para produtores com baixa capacidade de armazenamento de grãos. Antes de iniciar sua atividade, os futuros criadores que não tiverem acesso a um profissional de ciências agrárias autônomo, devem procurar assistência via órgãos públicos, como EMBRAPA ou EMATER, para obter informações seguras de como arraçoar suas aves. Foto: Avila (2005) Fig. 1. Detalhe de um silo trincheira com silagem de milho grão úmido, e também com detalhes de coloração de núcleo e da ração resultante. |
Tratando-se de criações de maior porte, como empresas avícolas integradoras, a formulação das rações deve atender a certas exigências que vão além do aspecto econômico e do ponto de vista de exigências nutricionais de acordo com os estágios de crescimento das aves. Deve-se também atender às exigências da norma oficial, devendo-se sobretudo não fazer uso de gorduras e farinhas de origem animal e não incluir promotores de crescimento. Além disso, no caso de criações orgânicas, deve-se fornecer alimentos livres de contaminação de produtos químicos de síntese, e sem inclusão de vegetais transgênicos. Isto requer que na fábrica de rações seja possível rastrear a origem dos ingredientes e monitorar todo o processo de mistura até o momento de ensacamento.
Os requerimentos nutricionais dos frangos coloniais, por fase da criação estão mostrados na Tabela 1.
O arraçoamento deve ser diário, com incrementos semanais, para cada fase de vida da ave. As aves devem ser alimentadas com ração inicial balanceada (isenta de aditivos e promotores de crescimento) à vontade, até 28 dias de idade. Após essa idade, a dieta deve ser complementada com alimentos alternativos, principalmente pastagens e sobras de hortaliças e frutas, o que auxilia na pigmentação da pele e na diferenciação do sabor da carne, proporcionando o sabor característico de ave colonial.
A Tabela 2 apresenta sugestões de fórmulas de ração para frangos de corte coloniais, por fase da criação, com a respectiva composição nutricional.
Tabela 1. Exigências nutricionais do frango de corte Embrapa 041 por fase da criação. | |||
Nutrientes | Inicial 1-28 dias | Crescimento 29-60 dias | Terminação 61-91 dias |
Energia metabolizável Kcal/kg | 2800 | 2900 | 2900 |
Proteina bruta % | 19,5 | 17,5 | 16,5 |
Cálcio % | 1,0 | 1,0 | 0,95 |
Fósforo total % | 0,71 | 0,67 | 0,61 |
Fonte: Manual da linhagem (Embrapa, 2001). |
Tabela 2. Sugestão de fórmulas de ração para frangos de corte colonial | ||||
Ingrediente | Ração inicial | Ração crescimento | Ração final | |
Milho grão | 54,381 | 63,051 | 63,2125 | |
Farelo de soja 45% PB | 30,796 | 27,216 | 21,372 | |
Farelo de trigo | 10,000 | 4,303 | 12,00 | |
Calcáreo calcítico | 1,299 | 1,373 | 1,450 | |
Fosfato bicálcico | 1,738 | 1,670 | 1,3285 | |
Sal comum | 0,403 | 0,411 | 0,4058 | |
Dl-metionina | 0,117 | 0,107 | 0,1211 | |
Caulim ou areia lavada | 1,115 | 1,740 | - | |
Premix mineral | 0,050 | 0,050 | 0,050 | |
Premix vitamínico | 0,100 | 0,080 | 0,060 | |
Total | 100,000 | 100,000 | 100,00 | |
Preço R$ | 0,3803 | 0,3673 | 0,3437 | |
COMPOSIÇÃO QUÍMICA | ||||
Energia metabolizável Kcal/Kg | 2800 | 2900 | 2900 | |
Proteina bruta % | 20,00 | 18,00 | 16,50 | |
Fibra bruta % | 4,0 | 3,4263 | 3,8678 | |
Cálcio % | 1,00 | 1,00 | 0,95 | |
Fósforo disponível | 0,468 | 0,435 | 0,386 | |
Sódio % | 0,15 | 0,15 | 0,15 | |
Lisina % | 1,005 | 0,90 | 0,7879 | |
Metionina | 0,400 | 0,38 | 0,384 | |
Met + Cistina | 0,7981 | 0,758 | 0,6363 | |
Triptofano | 0,2825 | 0,2487 | 0,2225 | |
Treonina | 0,7697 | 0,6994 | 0,6267 | |
Arginina | 1,3754 | 1,2285 | 1,004 | |
Fenilalanina | 0,9492 | 0,8581 | 0,7681 | |
Glicina+Serina | 1,9167 | 1,7349 | 1,5798 | |
Isoleucina | 0,8378 | 0,7557 | 0,6699 | |
Leucina | 1,7223 | 1,6123 | 1,466 | |
Fenilalanina+Tirosina | 1,7578 | 1,5989 | 1,4223 | |
Valina | 0,9440 | 0,8550 | 0,7797 | |
Ácido linoleico | 1,5272 | 1,5691 | 1,7405 | |
Sódio | 0,1800 | 0,1800 | 0,1800 | |
Extrato etéreo | 2,6528 | 2,6775 | 2,9829 | |
Fonte: Avila (2005). |
Tabela 3. Potencial genético para frangos coloniais alimentados com ração mais energética (3000 kcal/kg) e proteica. | |||||||
Idade dias | Peso vivo g | Ganho Semanal g | Consumo de ração g | Conversão alimentar | Viabilidade % | ||
Semanal | Acumulado | Semanal | Acumulado | ||||
0 | 40 | 40 | 100 | ||||
7 | 120 | 80 | 96 | 96 | 1,200 | 1,200 | 98,6 |
14 | 260 | 140 | 169 | 265 | 1,207 | 1,207 | 98,4 |
21 | 455 | 195 | 340 | 605 | 1,744 | 1,330 | 98,2 |
28 | 680 | 225 | 450 | 1055 | 2,000 | 1,551 | 97,9 |
35 | 925 | 245 | 540 | 1595 | 2,204 | 1,724 | 97,7 |
42 | 1180 | 255 | 615 | 2210 | 2,412 | 1,873 | 97,5 |
49 | 1440 | 260 | 690 | 2900 | 2,654 | 2,014 | 97,3 |
56 | 1703 | 263 | 745 | 3645 | 2,833 | 2,140 | 97,1 |
63 | 1968 | 265 | 795 | 4440 | 3,000 | 2,256 | 96,9 |
70 | 2228 | 260 | 825 | 5265 | 3,173 | 2,363 | 96,7 |
77 | 2483 | 255 | 870 | 6135 | 3,412 | 2,471 | 96,5 |
84 | 2728 | 245 | 900 | 7035 | 3,673 | 2,579 | 96,3 |
91 | 2963 | 235 | 925 | 7960 | 3,936 | 2,686 | 96,0 |
Fonte: Figueiredo (2005). |
Manejo Alojar os pintos de um dia em aviários pinteiros, isolados das demais criações, contendo cama nova (de boa qualidade cobrindo uniformemente todo o piso com 7 cm de espessura, podendo ser de maravalha/serragem, palha/capim ou sabugo triturado), aquecedores, bebedouros e comedouros infantís (desinfetados, limpos e abastecidos). Um círculo de proteção deverá ser construído ao redor desses equipamentos para facilitar o controle da temperatura no nível dos pintos, conforme mostrado na Figura 1. Este deverá ser ampliado a cada dia para permitir a maior movimentação e conforto dos pintos e retirado completamente ao final da primeira semana. Os bebedouros e comedouros devem ser distribuídos uniformemente no espaço dentro do círculo de proteção e posteriormente, após a retirada deste, no espaço do aviário.
Utilizar bebedouros tipo pressão na primeira semana de vida dos pintos, na proporção de um para 80 pintos e substituí-los gradativamente a partir dessa idade, por bebedouros tipo “sino”, também na proporção de um para 80 pintos. Nos dois tipos de bebedouros ter o cuidado da limpeza diária dos mesmos. Pendurar os bebedouros tipo sino para evitar a entrada de sujidades e a regulagem da altura deve ser semanal, obedecendo a altura de acesso da ave, a medida que esta cresce. Fornecer água em abundância, limpa, fresca e isenta de microorganismos.
Utilizar comedouros tipo bandeja, na proporção de um para 80 pintos na primeira semana de vida dos pintos e gradativamente substituí-los pelos comedouros tubulares com regulagem da saída de ração, na proporção de um para 40 pintos. Pendurá-los a uma altura que facilite o acesso das aves, sem contudo permitir que as mesmas desperdicem ração. Quando utilizar comedouros tubulares, abastecê-los de forma a permitir ração a vontade, sem restrição para as aves até 35 ou 42 dias de idade, dependendo da necessidade de ganho de peso para atender o mercado. A Figura 2 ilustra um aviário com comedouro tubular. A partir dessa idade as aves podem receber forragem verde a vontade, após ter consumido a ração recomendada para a idade. Um exemplo de consumo semanal pode ser obtido na tabela de potencial genético
O aquecimento do ambiente onde os pintos serão alojados é necessário antes da chegada dos pintos. Utilizar aquecedores, com resistência elétrica, com lâmpadas, à gas ou a lenha. O importante é que haja renovação de ar e que a temperatura ambiente seja mantida a 32oC no primeiro dia de vida dos pintos, e que seja reduzida em um grau centígrado a cada dia de vida, até alcançar a temperatura ambiente. Manejar o círculo de proteção e as cortinas adequadamente para manter a temperatura recomendada.
Para monitorar o peso do lote adquirido, pesar uma amostra de aves a cada duas semanas, calcular a média e comparar com os dados da Tabela 1. Retirar as aves menores e alimentá-las em separado do grande grupo. Nos casos de desuniformidade do lote, determinar a causa do problema que pode ser parasitismo, superpopulação, calor, frio ou desnutrição.
Cuidados sanitários A produção de frangos coloniais requer a implantação de cuidados de biosseguridade. Faz-se necessário respeitar um período mínimo de 14 dias entre alojamentos, após completa limpeza e desinfecção das instalações e dos equipamentos. As aves devem ser vacinadas no incubatório, contra a doença de Marek. Enfermidades como doença de Gumboro, bronquite infecciosa das aves e doença de Newcastle podem ser evitadas por meio da vacinação. O esquema de vacinação deve atender aos desafios sanitários da região em que se localiza a produção e estar em consonância com a orientação do serviço oficial. Foto: Avila (2005) Fig. 1. Círculo de proteção, cama de maravalha, uma fonte de aquecimento (lâmpada), um bebedouro e dois comedouros, além do comportamento natural e adequado dos pintos. |
Utilizar comedouros tipo bandeja, na proporção de um para 80 pintos na primeira semana de vida dos pintos e gradativamente substituí-los pelos comedouros tubulares com regulagem da saída de ração, na proporção de um para 40 pintos. Pendurá-los a uma altura que facilite o acesso das aves, sem contudo permitir que as mesmas desperdicem ração. Quando utilizar comedouros tubulares, abastecê-los de forma a permitir ração a vontade, sem restrição para as aves até 35 ou 42 dias de idade, dependendo da necessidade de ganho de peso para atender o mercado. A Figura 2 ilustra um aviário com comedouro tubular. A partir dessa idade as aves podem receber forragem verde a vontade, após ter consumido a ração recomendada para a idade. Um exemplo de consumo semanal pode ser obtido na tabela de potencial genético
Foto: Avila (2005) Fig. 2. Detalhe do aviário mostrando as aves confinadas em cama seca e adequada, numa lotação confortável e com o comedouro na altura adequada. |
Para monitorar o peso do lote adquirido, pesar uma amostra de aves a cada duas semanas, calcular a média e comparar com os dados da Tabela 1. Retirar as aves menores e alimentá-las em separado do grande grupo. Nos casos de desuniformidade do lote, determinar a causa do problema que pode ser parasitismo, superpopulação, calor, frio ou desnutrição.
A prevenção contra a varíola aviária é feita por meio da vacinação por punção da asa, aos 21 dias de idade, ou via subcutânea, no primeiro dia de vida. Em regiões de alto desafio é recomendado fazer o reforço da vacina contra varíola aviária na quinta semana de idade. O controle de endo e ectoparasitos deve ser realizado com base no monitoramento periódico do lote. O controle da coccidiose pode ser feito pela vacinação das aves nos primeiro dias de vida.
Frango colonial:preparo para o mercado
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Os abatedouros devem, preferencialmente, ser exclusivos para este tipo de abate ou, quando for compartilhado, devem ser estabelecidos turnos específicos, sob controle do sistema de inspeção, com identificação dos lotes produzidos, até a embalagem final.
Antes do abate de aves com selo diferenciado, devem ser realizados procedimentos de limpeza para eliminar resíduos de substâncias proibidas, prevendo-se por exemplo, troca de água de escaldadeira, pré-chiller e chiller.
Transporte da granja até a plataforma de recepção
A plataforma de recepção, num abatedouro, é o local onde as aves permanecem após sua chegada até a pendura. Devido a flutuações no sistema de entrega, as aves poderão permanecer alojadas nesta área durante algumas horas. Este local deve ser protegido da incidência direta dos raios solares e mantido em temperaturas entre 25 a 27oC utilizando-se ventiladores e nebulizadores, que adicionalmente possibilitam a diminuição de poeiras e sujidades em suspensão. Também a remoção freqüente dos detritos acumulados no piso da plataforma é uma medida que auxilia na redução dos agentes contaminantes.
As condições de apanha, transporte e pendura têm influência na contaminação das penas e pele por material fecal. A limpeza e desinfeção dos caminhões e caixas se faz necessária a cada nova carga.
Deve-se atentar para o número de aves a serem colocadas nas caixas de transporte prevendo-se garantir suas integridades físicas durante a fase de transporte, bem como a distância a ser percorrida até o local de abate. A Figura 2 ilustra o transporte correto de frangos para o abate e a espera na plataforma de recepção do abatedouro.
Os principais pontos críticos são o número de aves por caixa de transporte e o manejo até a pendura. Normalmente as gaiolas apresentam capacidade para o alojamento de 12 a 18 aves, dependendo das condições climáticas, idade de abate e distância de deslocamento. A densidade de aves nas caixas tem influência na condenação por fraturas e arranhaduras na carcaça, além da disseminação dos agentes patogênicos.
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