segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Doença que Impacta os Rebanhos Leiteiros de Caprinos e Ovinos

Doença que impacta os rebanhos leiteiros de caprinos e ovinos Nordeste Rural A Micoplasmose de pequenos ruminantes, em especial a Agalaxia Contagiosa é uma enfermidade, que impacta diretamente na produtividade dos rebanhos leiteiros e traz grandes prejuízos econômicos. Hoje, representa uma grande preocupação para os criadores principalmente no estado da Paraíba. O aumento da procura para tratamento para a Agalaxia Contagiosa pode estar ocorrendo, segundo os pesquisadores, em função das formas de comercialização dos animais e implantação de programas de melhoramento de rebanhos sem os devidos cuidados sanitários. O chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim, sugeriu que, a curto prazo, sejam realizadas, em parceria com instituições de assistência técnica e extensão rural, capacitações para técnicos com as recomendações sobre prevenção e controle. “Mobilizando os técnicos, faremos chegar aos produtores informações qualificadas sobre a doença”, afirmou. Durante a reunião, que ocorreu de forma remota, integrantes da equipe de sanidade animal da Embrapa Caprinos e Ovinos apresentaram uma Nota Técnica sobre a doença com resultados do trabalho de mapeamento das principais enfermidades infecciosas em rebanhos caprinos e ovinos nos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia. De acordo com os pesquisadores Rizaldo Pinheiro e Selmo Alves, a doença está disseminada no país há cerca de 20 anos, principalmente no Nordeste, mas também é encontrada em rebanhos de outras regiões. Na Paraíba, foi diagnosticada em 12,1% (81/672) dos animais; 58,3% (21/36) dos rebanhos; e 78,6% (11/14) dos municípios pesquisados. Os cientistas ressaltam que a prevalência pode ser ainda maior, em função de casos de infecção crônica dos animais, geralmente, induzir uma resposta imune mais fraca, o que reduz a capacidade de detecção dos testes de diagnósticos sorológicos. A professora Melânia Loureiro, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), afirma que há 16 anos trata de animais com a enfermidade com sucesso, utilizando bioterápicos mas ainda há dúvidas que não consegue responder. Ela enfatiza que a luta pelo controle e combate à doença passa pela conscientização dos produtores sobre o uso de antibióticos. “Os antibióticos são inúteis no tratamento da enfermidade, mas mascaram os sintomas. Os criadores acabam utilizando para venderem os animais em feiras e exposições, o que ajuda a disseminar a doença”, explica.

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