sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Cuidados no Manejo das Éguas Para Confirmação da Prenhez
Cuidados no manejo das éguas para confirmação de prenhez no período de monta
Nordeste Rural
No Brasil, esse período ocorre entre início de julho e final de janeiro, quando há maior incidência de luz solar e temperaturas mais altas. No cenário atual, em que o país enfrenta um longo ciclo de seca e a pior crise hídrica em 91 anos, os cuidados com alimentação, suplementação e manejo precisam ser ainda mais intensos para preparar os equinos para reprodução no período de monta. O baixo escore corporal das éguas, ou seja, seu peso e composição corporal abaixo do ideal, é a principal causa de insucesso na reprodução desses animais.
Conforme explica a médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal, Natália Telles Schmidt, com pouca oferta de pastagem, por exemplo, as éguas tendem a perder peso e, assim, não conseguem ciclar de forma satisfatória entre primavera e o verão, quando já deveriam estar ciclando. “O planejamento nutricional consiste em analisar a área do pastejo versus número de animais, verificar a quantidade de pasto e qual tipo está disponível. E, por fim, confirmar se há recursos financeiros para comprar feno, caso seja necessário”, ressalta a especialista.
Além disso, é preciso escolher um concentrado, tanto para as éguas, quanto para os garanhões, com o objetivo de corrigir o escore corporal. A solução é útil para fazer um reforço nutricional e pode auxiliar na resolução e prevenção de diversos problemas nutricionais com os animais. “Antes de considerar o flushing, técnica utilizada para aumentar a inclusão calórica para uma fêmea conseguir emprenhar, é preciso fazer essa programação alimentar para o ano todo”, acrescenta a médica veterinária da Guabi.
O ideal é que as éguas ciclem quando têm um escore corporal adequado. Essa é uma avaliação que verifica a composição corpórea dos animais. “As fêmeas teriam que chegar na estação de monta com o escore cinco (escala de 1 a 9). Dessa forma, elas vão ganhar peso com o decorrer da gestação e vão parir com uma pontuação maior, por volta de seis, para garantir uma boa lactação”, explica Natália.
Um destaque para a alimentação das éguas gestantes é a suplementação mineral, com foco em especial no selênio, para evitar absorção embrionária. A médica veterinária da Guabi também reforça os cuidados que devem ser tomados para prevenir as micotoxinas, que podem causar problemas na ciclagem. Essas substâncias normalmente contaminam silagens de milho, que são mais baratas. “As éguas não ciclam ou, podem emprenhar, mas absorver o embrião. Existe também a possibilidade de ciclos irregulares por conta dessas toxinas”, afirma.
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