quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Um feijão de corda especialmente adaptado ao semiárido nordestino


feijão para a seca
O feijão que tem vários nomes agora tem uma semente que se adapta perfeitamente à região seca do nordeste. O feijão vigna, também chamado feijão macassar, feijão de corda ou feijão-caupi, é uma cultura de importante destaque na economia nordestina e de amplo significado social, constituindo a principal fonte de proteína na alimentação de muitos agricultores e de suas famílias. O grão do feijão vigna é bastante nutritivo, sendo fonte de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. Na Paraíba, é cultivado em quase todas as micro-regiões, ocupando o quarto lugar em área plantada no Nordeste.
Mas embora considerada uma cultura tropical, compatível com as condições ecológicas do nordeste brasileiro, os cultivos de feijão macassar apresentam baixa produtividade no sistema de produção familiar. A fim de encontrar variedades mais produtivas, pesquisadores da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) começaram a realizar testes em diferentes variedades encontradas na região nordeste.
Entre as novas cultivares e linhagens de feijão macassar testadas pela Emepa no Agreste e Cariri paraibano foi identificada uma linhagem, a L 281005, chamada de IPA 207 no Estado de Pernambuco. Esse material apresentou produtividade em torno de 1200 quilos de grãos por hectare, resultado significativamente melhor quando comparado com outras cultivares, como a Cariri e Canapu, tradicionalmente plantadas na Paraíba, que apresentam um rendimento inferior a 700 quilos de grãos por hectare.

Segundo o pesquisador João Felinto dos Santos, esse material é precoce, flora aos 42 dias e sua colheita é realizada entre 65 e 70 dias. Apresenta grãos graúdos e o comprimento da vagem chega a 25 centímetros. Sementes da IPA 207 já estão disponíveis para plantio.

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