sexta-feira, 4 de outubro de 2019

AgroNordeste vai ajudar a reduzir as diferenças regionais na agricultura, diz ministra

Lançamento

Plano lançado hoje é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda têm dificuldades para expandir o negócio na região onde vivem


Em cerimônia de lançamento do AgroNordeste, nesta terça-feira (1º), no Palácio do Planalto, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou que o Plano vai ajudar a diminuir as diferenças regionais que existem hoje na agricultura. “O Nordeste produz hoje mais que o Centro-Oeste e o Sudeste e vai produzir cada vez mais e melhor, com tecnologia e apoio para o pequeno, que precisa de políticas públicas, e elas virão”, disse.
Segundo a ministra, o AgroNordeste não é um programa apenas do Ministério da Agricultura, mas sim de todo governo do presidente Jair Bolsonaro, que pediu especial atenção para a região. “A agricultura tem tempo para acontecer, tem o dia de plantar, o dia de chover e o dia de colher. Hoje estamos plantando esse projeto, que tenho certeza será exitoso, porque fará com que o produtor do Nordeste recebe na veia, e não através de projetos onde os recursos a ele destinados ficavam no meio do caminho”, destacou Tereza Cristina.
O assessor especial do Mapa e diretor-geral do AgroNordeste, Danilo Forte, ressaltou a necessidade de buscar eficiência na aplicação dos recursos públicos. Segundo ele, com o programa será possível adequar as cadeias produtivas à nova realidade tecnológica. "Buscamos uma estratégia positiva do desenvolvimento dessas ações para que a gente possa não só cuidar da porteira para dentro, mas ter um espaço da porteira para fora um espaço de sustentabilidade dos projetos", disse Forte.
 "Temos a confiança de que somos capazes de transformar o Nordeste, mas transformar pelo trabalho e pela dignidade. O nordestino não quer esmola, o nordestino quer oportunidade”, acrescentou. 
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse que com o Plano, o Nordeste terá uma "política diferenciada e um tratamento diferenciado" voltado para o desenvolvimento da região, o que não ocorreu nos últimos anos. A confederação é uma das parceiras para a execução do Plano. 
O termo de compromisso de participação no AgroNordeste foi assinado pela ministra Tereza Cristina e pelos presidentes do Banco do Nordeste, Romildo Rolim; da CNA, João Martins; do Sebrae, Carlos Melles; da Organização das Cooperativas  Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas; da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa; e do Banco do Brasil, Rubem Novaes. 
AgroNordeste
programa será implantado no biênio 2019/2020 em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas.
O AgroNordeste é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem.
O programa foi elaborado a partir do estudo das cadeias produtivas que têm relevância socioeconômica e potencial de crescimento na região, identificando os entraves para o seu desenvolvimento e as soluções possíveis. Os territórios foram definidos com base nessas cadeias produtivas e no nível de vulnerabilidade da área. Até 2021, o programa deverá chegar a 30 territórios.

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