Creep Feeding um nome sofisticado para qualificar alimentação de cordeiros no agreste e sertão nordestino
Geralmente, as rações utilizadas no creep feeding são compostas por milho e farelo de soja, porém o farelo de soja é um concentrado considerado de alto custo na região Nordeste, o que pode inviabilizar economicamente o uso do creep feeding. Uma das formas de reduzir a quantidade de farelo de soja na ração dos cordeiros é substituí-lo por outro alimento de boa digestibilidade, com elevado teor de proteína. O feno de leguminosas arbóreas, tais como a gliricídia e a leucena, resistentes à seca e de elevado valor nutricional, é uma alternativa para reduzir o uso do farelo de soja no creep feeding.
Apesar de ser um alimento volumoso, o feno quando feito das folhas da gliricídia e da leucena apresenta qualidade nutricional extraordinária, possibilitando, quando oferecido junto com o milho moído, um bom desenvolvimento de animais jovens, principalmente de cordeiros nascidos em condições adversas, como os períodos de seca e de parto gemelar.
Para a pesquisadora Cristiane Otto Sá, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) explica o que pode ser feito para reduzir os custos do creep feeding. “Primeiro, é preciso saber quando utilizar esta tecnologia, que causará maior impacto em situações onde não é possível alimentar ovelhas e cordeiros sem restrição. Segundo, o produtor deve substituir o farelo de soja por outros alimentos de boa qualidade, de preferência produzidos na propriedade, como o feno da gliricídia” .
A utilização do creep feeding durante a fase de aleitamento dos cordeiros, com rações compostas por ingredientes produzidos na propriedade, entre eles o milho e o feno da gliricídia e da leucena, reduz a dependência externa dos agricultores por insumos e oferece condições ambientais e nutricionais para os cordeiros se desenvolverem bem, apresentando bons ganhos de peso e chegando ao peso de abate precocemente.
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