O crescimento da área semeada com grãos gera perspectiva de uma safra recorde
As condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, tomaram agora um ritmo de normalização. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa.
De acordo com o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, os bons indicadores que sinalizam a obtenção de novo recorde de produção se deve especialmente ao bom desempenho dos financiamentos para o setor. “Nunca se teve uma liberação e contratação tão forte de crédito oficial como o registrado nos primeiros seis meses do plano safra (julho a dezembro)”. O que representa, na avaliação do secretário, o sentimento de confiança, de credibilidade não apenas dos produtores, mas também das cooperativas e dos agentes financeiros na agricultura brasileira.
A cultura da soja, que vem mantendo a tendência de crescimento nesta temporada, deve registrar aumento da produção em 6,3% na comparação com o ciclo passado (2018/2019), chegando a 122,2 milhões de toneladas. A área plantada registrou um crescimento de 2,6%, com 36,8 milhões de hectares.
Quanto ao milho primeira safra, a previsão é de aumento em 1,1% na área semeada, totalizando 4,15 milhões de hectares e uma produção de 26,6 milhões de toneladas, com ganho de 3,8% sobre a de 2018/19. A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja. No Rio Grande do Sul, lavouras de milho semeadas em setembro sofreram deficiência hídrica e indicam perdas do potencial produtivo, mas seguem dentro das estimativas iniciais da Conab.
O algodão, apesar da tendência de crescimento significativo de área nas duas últimas safras, apresentou uma variação positiva menor de 2,7%, atingindo 1,6 milhão de hectares. Já a produção do caroço deve chegar a 4,1 milhões de toneladas e a da pluma em 2,8 milhões de toneladas.
Os números do feijão primeira safra mostram redução de 1,9% na área em comparação com a temporada passada. A cultura perde espaço para a soja e o milho que apresentam melhor rentabilidade. Também o trigo cuja safra está finalizada, deve alcançar 5,15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz apresenta tendência para uma redução de 0,7% na área e produção de 10,5 milhões de toneladas.
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