Merenda escolar: uma revolução para os agricultores familiares
O PNAE possibilita que milhares de estudantes da rede pública tenha acesso a alimentação de qualidade | Foto: Ana Lira
O
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma das iniciativas
do Governo Federal mais bem vistas pelos agricultores e agricultoras
familiares do país. Vários estudos apontam para diversos avanços no meio
rural em função desta iniciativa, mas nem por isso os atores sociais
envolvidos deixam de apresentar críticas visando seu aprimoramento. A
principal preocupação atual é o risco de retrocessos com a entrada de
Michel Temer (PMDB) na presidência e suas ações em curso. A extinção do
Ministério do Desenvolvimento Agrário, a nomeação dos novos ministros da
Educação e da Agricultura, este um expoente do agronegócio no Brasil, o
ex-senador Blairo Maggi também conhecido como Rei da Soja, e diversos
cortes e flexibilizações trabalhistas, são sinais nesse sentido.
Com o PNAE todos os alunos da educação básica matriculados em escolas
públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias conveniadas, são
atendidos com recursos financeiros da União por meio do Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O Programa foi implantado em 1955
com objetivo de contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem e
melhoramento do rendimento escolar dos alunos, assim como a formação de
hábitos alimentares saudáveis. A partir de 2009, com a Lei nº 11.947,
30% do valor foram direcionados à compra direta de produtos da
agricultura familiar. Os valores repassados a cada dia por aluno variam
de R$ 0,30 do ensino fundamental, médio, jovens e adultos, a R$ 1,00
para creches e ensino integral. A sociedade acompanha e fiscaliza por
meio de Conselhos, do Tribunal de Contas e do Ministério Público, dentre
outras instituições.
Em 2015 o FNDE repassou R$ 3,5 bilhões para beneficiar 42,6 milhões
de estudantes da educação básica, jovens e adultos. Ou seja, R$ 1,14
bilhão deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura
familiar – um avanço notável comparando-se com valores de 1955, ano de
sua criação quando foram atendidos 137 municípios e fornecidas refeições
somente a 85 mil crianças. Com a nova lei, conquista dos movimentos e
agricultores, sobretudo por meio do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (Consea), foi possível aumentar os recursos
destinados à agricultura familiar (de R$ 9.000,00 para R$ 20.000,00 ao
ano, por agricultor), dentre outros avanços no novo marco institucional.
O FNDE informou, por meio da sua assessoria, que não houve mudanças nos
normativos que regem o PNAE desde 2015.
Se antes as crianças se alimentavam com enlatados cheios de
conservantes e comidas processadas, sobretudo por causa do poder das
grandes indústrias de alimentos, que sempre dominaram o setor com
produtos altamente calóricos e muito menos nutritivos, hoje é possível
ver no prato delas frutas, hortaliças, verduras, dentre outros produtos
saudáveis, inclusive regionais, que se perderam nos hábitos locais.
Merendeiras são estimuladas a aproveitar melhor os alimentos, graças à
capacitação promovida por organizações locais, e o meio ambiente é
conservado de forma mais sustentável. Segurança Alimentar
De acordo com Maria Emília Pacheco, presidenta do Consea, a proposta
do PNAE está ancorada na visão de direitos ao relacionar saúde,
alimentação, direito dos agricultores e ecologia, incorporando questões
estruturais e culturais do sistema alimentar. “Em 2013, 84% dos
municípios compraram diretamente da agricultura familiar e de suas
organizações, e 56% atenderam o percentual de compra mínima de 30%.
Cerca de 28% compraram menos do que 30% e 16% dos municípios ainda não
compraram da agricultura familiar. Essa informação mostra-nos um
processo evolutivo da democratização do acesso ao mercado
institucional”, afirmou Pacheco.
De acordo com o estudo realizado em 2010 pelo FNDE em parceria com o
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), as regiões sul e sudeste
lideram o ranking de compra da agricultura familiar. No sul, mais de 50%
dos municípios compram, enquanto no norte apenas 15%. Os principais
desafios são a falta de DAP¹ das organizações (557), dificuldade de
logística (1.094), falta de informação (701), etc. As hortaliças,
legumes e verduras, seguidas das frutas, lideram as compras. Maria Emília Pacheco, presidenta do Consea. Foto: Eduardo Sá
“As vendas de produtos agroecológicos ou orgânicos oriundos da
agricultura familiar deveriam ser livres da exigência da garantia da
conformidade orgânica através da certificação por auditoria ou dos
Sistemas Participativos de Garantia. É necessário também garantir um
diferencial de transferência de recursos do FNDE para que as prefeituras
exerçam a prioridade da compra desses produtos”, ressaltou Pacheco.
Para ela, a capilaridade das escolas mostra o enorme potencial do
PNAE para disseminar na sociedade os princípios da promoção da
alimentação adequada e saudável, e nos convoca a continuar enfrentando
os enormes desafios para a sua universalização. “Práticas de manejo são
estimuladas, resgatam-se conhecimentos tradicionais e práticas
alimentares, e ainda retiram-se da invisibilidade os sujeitos com suas
identidades, responsáveis pela conservação da biodiversidade”, concluiu.
A última Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE (POF
2008-2009), com dados sobre consumo individual, mostra que apenas 10
frutas correspondem a 91% do total das frutas consumidas pela população.
Portanto, o PNAE também contribui para a diversificação da produção com
alimentos típicos regionais e, consequentemente, para a soberania
alimentar e preservação dos biomas. Agricultura familiar e alimentação saudável
Maria Leia Borges dos Reis, de 47 anos, da comunidade Buritizal dos
Reis, município de Morros, no Maranhão, trabalha desde jovem com um
sistema agroflorestal no seu quintal. Tem várias plantas típicas, como
açu, juçara, sapucaia, bacuri, coco babaçu, dentre outras. No PNAE
trabalha especificamente com plantas medicinais e hortaliças, mas produz
também defensivos naturais, cria galinhas e tem de tudo um pouco.
“Tenho muito prazer na agricultura familiar, me traz mais saúde e
inspiração. Esse incentivo é uma honra, uma causa muito forte com muitos
desafios, mas dali tiramos nosso sustento. O PNAE influenciou na
produção e renda da família, porque antes só plantávamos para o consumo.
Conseguimos até comprar um veículo para levar os produtos que antes
estragavam pela distância”, disse. Dona Leia, da comunidade Buritizal dos Reis, município de Morros, no Maranhão. Foto: Arquivo Tijupá
Segundo a agricultora, os alunos recebem muito bem a merenda porque
já sabem que é de qualidade e não tem veneno, e as merendeiras já
adquiriram a mesma consciência. “No começo o poder público dificultou
muito sem dar prioridade aos pequenos produtores. Se não tivéssemos
acompanhamento dos técnicos da ONG Tijupá não teríamos conseguido.
Fizemos uma feira na praça São Bernardo para provar, já que não quiseram
ir a zona rural ver a produção. Com o PNAE garantimos nossa renda e
alimentação de qualidade para nós e aos alunos, com alimentos livre de
agrotóxicos e mais saborosos. Mas falta organização do poder público,
que muitas vezes atrasa o pagamento”, criticou. Região Sul como referência
Algumas organizações e movimentos da agricultura familiar na região
sul conquistaram espaços importantes no mercado de alimentos
agroecológicos e orgânicos. É o caso da Rede Ecovida de Agroecologia,
que desde 1998 conecta produtores, técnicos e consumidores no Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e Paraná. Organizada em 28 núcleos, articula
cerca de 4,5 mil famílias na região e promove mais de 200 feiras
ecológicas. Atua em diversos campos da promoção da alimentação saudável,
inclusive na merenda escolar.
Quase 2.800 famílias da Rede são cadastradas no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e entregam comida agroecológica e
orgânica ao PNAE, observou José Antônio Marfil, da Associação para o
Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA), do Paraná. Segundo ele, o debate
no âmbito escolar sobre a alimentação causou também um questionamento
sobre a qualidade da comida. Merendeiras, agricultoras, cozinheiras,
nutricionistas, diretoras e secretárias discutindo o tema foi um grande
avanço nesse sentido. E com a Lei os agricultores e suas organizações
passaram a cobrar dos governos o direito de vender seus alimentos nas
chamadas públicas.
“Aquela conversa de que a agricultura familiar, em especial
agroecológica e orgânica, nunca iria conseguir por comida no prato ou
nas escolas é mentira. Tanto é que a AOPA fechou em 2010 um contrato de
R$ 69 mil para o PNAE, e em 2015 outro de R$ 4,6 milhões. Pulamos da
entrega semanal com média de 500 kg de produto para 25 toneladas
produzidas por agricultores agroecológicos. A Lei colocou o agricultor
familiar como grande fornecedor do produto limpo e mostrou que é
possível”, afirmou. Feira Agroecológica realizada pela AOPA. Foto: Arquivo Marfil Agroecológicos.
Nesse processo as entregas da AOPA ao PNAE só aumentaram: passaram de
60 agricultores para 1.500. A diversificação da produção acompanhou
esse ritmo: de 35 produtos pulou para 95 itens. As cozinhas para a
preparação do alimento saudável, por sua vez, saltaram de 5 para 25, a
maioria delas coordenadas por jovens e mulheres. São muitos reflexos
dessas iniciativas nos territórios: geração de renda, aumento da
autoestima, valorização dos jovens e mulheres, diminuição do êxodo
rural, etc.
“O PNAE trouxe uma perspectiva de vida, o jovem hoje pode pensar em
casar porque antes não tinha renda. Trabalhar, produzir, vender na
alimentação escolar, e criaram-se outros canais de comercialização. É um
grande avanço para toda a população, tanto para agricultores como para
os consumidores, que são as crianças. É uma revolução que está servindo
de exemplo para vários países. Uma lei que funciona e temos que manter,
apesar de ter muita gente querendo derrubar”, defendeu. Juventude e Agroindústria
A realidade da agricultora Amanda Beng Marfil, de 27 anos, moradora
de Bocaiúva do Sul, no Paraná, é igual à de muitas que entregam
alimentos ao PNAE. Relata que enfrentou muitas barreiras, sobretudo para
acessar a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Mas desde 2010
trabalha numa agroindústria produzindo pães, tortas, cucas, bolachas,
doces de frutas e molho de tomate. Hoje vende em feiras, eventos dentro e
fora de sua propriedade e entrega em pequenas lojas e restaurantes,
além de acessar outras políticas.
“Só assim consegui continuar trabalhando com agroecologia, e tendo
uma renda exclusivamente do campo. É uma realidade de várias outras
agroindústrias da região, então foi um grande passo na autonomia dessas
pessoas. E fazendo parte desses programas fica mais fácil o acesso aos
financiamentos através do Pronaf, então é uma forma também de ter
condições de investir na propriedade, empreender, crescer, se
profissionalizar, porque haverá esse retorno”, afirmou.
Mas o teto estabelecido na Lei é questionado por muitos agricultores,
porque se para um camponês ganhar R$ 20 mil ao ano em alfaces é
vantajoso, por exemplo, aos que trabalham com produtos processados, cujo
custo de produção é muito maior, não é tão lucrativo. “Evoluiu muito na
questão da tomada de preço, mas é sempre aquém do que comercializamos
numa feira ou lojas. Oura questão é que acessamos apenas 30% da verba
que vem do governo federal, e a agricultura familiar e agroecológica tem
condições de produzir muito mais. Temos de entender que as nossas
crianças precisam comer alimentos cada vez melhores”, destacou.
Uma dificuldade que vem sendo superada na região sul mas ainda é
problemática noutras regiões, é a adequação dos cardápios às realidades
locais. Muitas vezes os alimentos listados pelas nutricionistas não
estão na localidade, então a Rede Ecovida vem promovendo cursos de
capacitação para estreitar esses laços e melhorar a qualidade dos
alimentos. “No início era um cardápio muito fixo e não se entendia
sazonalidade nem tinha muitos alimentos regionais. Mas hoje alinhamos um
cardápio de acordo com as plantações e resgatamos alimentos que não
eram mais utilizados no dia a dia das pessoas. Em relação à logística de
entrega, se a gente está organizado, faz parte de uma cooperativa ou
associação, fica mais fácil crescer. É muito difícil fazer a entrega nos
espaços de comercialização de alimentos, então quando centralizamos
esse processo se viabiliza ”, observou.
Dentro da Rede são estabelecidas muitas parcerias entre os
agricultores e organizações para reduzir o custo de produção, já que
legalizar e manter uma agroindústria é muito caro, e se alinhar às
rigorosas leis vigentes também não é simples. A inadequação das atuais
normas sanitárias ao modo de produção de base artesanal e familiar é uma
das principais barreiras ao acesso da agricultura familiar ao PNAE,
chegando a impedir que ovos, galinha caipira, derivados de leite, polpas
de frutas e pescado, por exemplo, sejam incluídos nesses mercados. Por
isso boa parte do tomate para fazer o molho da jovem agricultora é
fornecida por um parceiro, que pega parte desse produto final para
revender. “Conseguimos construir várias parcerias entre as
agroindústrias e os agricultores que plantam as verduras, assim é uma
forma de você agregar valor ao produto, não perder o excedente e
diversificar a sua lista de produtos para venda”, disse. Críticas dos assessores técnicos
Conversando com profissionais que desenvolvem esses projetos nos
territórios, percebemos são vistas muitas dificuldades em comum. Dentre
elas, a burocracia e a dependência dos agricultores familiares a
determinados atores do poder público local. Se o prefeito ou os
diretores do colégio não se identificam com a política, por exemplo,
vários entraves são estabelecidos na relação com o agricultor e no
repasse dos 30% das verbas. A logística de entrega, o preço dos
alimentos e o teto anual são outros pontos questionados.
“Amplo setor jurídico dos municípios e estados não compreende que o
preço não é um pregão. A burocracia e o entendimento do poder jurídico
de como fazer uma chamada é um problema, assim como dificuldades em
relação a secretarias ou nutricionistas em entender que é importante
colocar no cardápio produtos da sua região e não de outro estado”,
destacou Marfil. Produtos da agroindústria da jovem agricultora. Foto: Arquivo MArfil Agroecológicos
Muitos governos estaduais e municipais não investem recursos para
aumentar o montante repassado pela União, o que na visão dos técnicos
acaba ficando insuficiente para atender às necessidades dos
agricultores. O valor per capita estabelecido diariamente para cada
aluno é muito pouco, criticam, e por isso muitas vezes os agentes
políticos responsáveis acabam optando pelo produto convencional e não
orgânico. “Abastecemos vinte escolas por semana, é um trabalho grande
mas aprendemos a fazer. E outra questão é a assistência técnica (Ater) e
pesquisa, infelizmente na área da produção agroecológica praticamente
não existe. Começamos a discutir a necessidade de programas que fazem
isso, já temos programas a nível nacional de Ater e pesquisa. Estão
ocorrendo alguns avanços, mas temos muito a caminhar”, apontou o
técnico.
A ausência de controle social é outro ponto muito importante, no
sentido da falta de participação da sociedade e de informação para
monitoramento das execuções. De acordo com Carlos Pereira, da ONG
Tijupá, do Maranhão, poucos Conselhos de Alimentação Escolar (CAES), que
são compostos por pais, professoras, merendeiras e administrações
municipais, funcionam. “Estão realizando audiências para receber
propostas aos editais, isso é muito bom porque conseguimos reduzir a
entrada de elementos estranhos. Dá uma transparência maior e elimina
fraudes. Assim pessoas que não são agricultoras mas têm DAP podem ser
reveladas, e melhora o controle social. Nas audiências os agricultores
participam para fazer uma amostra dos seus produtos”, afirmou.
A articulação das organizações de apoio aos agricultores com os
diversos gestores também é fundamental. Sem a incidência de associações,
cooperativas e ONGs, dentre outras entidades, é quase impossível
acessar e gerenciar a política. “Os prefeitos e secretários muitas vezes
argumentam que não tem agricultura no município. Conseguimos derrubar
esse argumento colocando feiras agroecológicas. Para eles, é muito
interessante ficar com esses 30% nos seus esquemas. Vimos que além da
secretaria de educação, que é a executora, é preciso aproximar a
secretaria de agricultura, o pessoal da saúde e as CPLs (Comissões
Permanentes de Licitações), que vão elaborar os editais. O PNAE tem uma
legislação à parte para agricultura familiar na licitação, e muitos
gestores não entendem isso e acaba saindo do que está na norma”,
concluiu.
Muitas escolas ainda não têm infraestrutura adequada para o preparo
de alimentos, e estudos mostram que algumas sequer possuem água. Segundo
dados do Censo Escolar 2007, das quase 200 mil escolas públicas de
educação básica existentes no Brasil, 1.789 não possuem qualquer tipo de
abastecimento de água. No que se refere ao saneamento básico, quase 15
mil delas não possuem infraestrutura adequada. São questões que não
podem ser vistas como bloqueios para tornar o programa inoperante. Críticas à burocracia
O principal instrumento que identifica e qualifica os agricultores
familiares e também suas organizações em forma de pessoa jurídica para
acessar as políticas públicas é a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).
O acesso a esse documento é muito criticado por todos os segmentos que
atuam nessa área, sobretudo os jovens e mulheres. Amanda Marfil promovendo um lanche agroecológico. Foto: Marfil Agroecológicos
“Muitas vezes é a Emater que emite a DAP, e há um déficit de
funcionários nesses estabelecimentos. Para fazer a minha demorei quase
um ano, porque não acreditavam que eu como mulher e jovem precisava,
achavam que eu podia entregar a produção junto ao meu pai. Mas eu queria
a minha autonomia, o direito de como agricultora ter a minha condição
de venda. Temos de ser muito persistentes para conseguir acessar essas
coisas. A partir do momento que você está dentro é muito mais fácil, mas
para entrar ainda é um processo muito difícil”, criticou a jovem
agricultora Amanda Marfil.
De acordo com assessoria da Secretaria Especial de Agricultura
Familiar e do Desenvolvimento Agrário da Casa Civil da Presidência da
República, a DAP pode ser emitida para pessoa física e jurídica e é
feita por órgãos autorizados pela Secretaria Especial de Agricultura
Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), que pode ser um escritório
de Ater ou os próprios sindicatos de trabalhadores rurais. O número de
DAPs ativas por ano aumentou de pouco mais de um milhão para mais de
cinco milhões nos últimos onze anos, informou.
“Existem mais de 28 mil agentes emissores de DAP em todo o País. Caso
o sindicato ou associação mais próxima do agricultor ainda não emita o
documento, o produtor familiar precisa pedir ao estabelecimento que
entre em contato com o MDA. A emissão da DAP é totalmente gratuita, e
tem validade de três anos. Para obtê-la, é necessário apresentar
carteira de identidade e CPF – no caso de pessoas casadas, o cônjuge
também deve apresentar os documentos; possuir área rural de até quadro
módulos fiscais; ter como principal fonte de renda as atividades da
exploração da propriedade e possuir renda bruta anual de até R$ 360
mil”, informou o órgão.
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