O sorgo já pode ser de pastejo além de ser uma ração com mais proteína e resistente à seca
Segundo o pesquisador José Avelino Santos Rodrigues, nas fazendas brasileiras de produção de leite e carne a oferta de alimentos volumosos de boa qualidade é sazonal, tornando a produção instável. Além disso, é comum produtores adotarem um único sistema de produção de volumoso, que nem sempre é o mais adequado para sua propriedade e, algumas vezes, não apresentam uma relação custo/benefício adequada.
“Assim, o que hoje se preconiza na alimentação de gado leiteiro ou de corte, no Brasil, é o aproveitamento racional de mais de um recurso disponível na propriedade, cada um no seu tempo certo, com o objetivo de maximizar seu uso e manter a estabilidade da produção de forragem, de leite e da carne”, explica José Avelino. “Busca-se alongar o período de pasto ou de oferta de forragem fresca de alto valor nutritivo na propriedade, com a consequente redução do tempo de utilização dos recursos forrageiros disponíveis, tais como a silagem, cana triturada ou feno”, completa.
O uso do sorgo de corte de pastejo garante a estabilidade de produção de leite e de carne a um custo mais reduzido quando comparado à silagem e ao feno já que o animal é tratado no pasto. Além disso, o pesquisador destaca a qualidade nutritiva desse alimento: “Os híbridos que hoje nós temos no mercado, do sorgo Sudão com o sorgo Bicolor, chegam a 20% de proteína bruta a forragem de matéria seca. Isso é uma qualidade fantástica”. Mas para garantir que o alimento fornecido ao gado mantenha sua qualidade nutritiva é preciso escolher um bom híbrido além de fazer um bom preparo do solo.
Uma vez que o pasto esteja estabelecido com o sorgo de pastejo, o produtor não deve colocar os animais para pastejar antes que as plantas atinjam um metro de altura. Essa medida evita problemas de saúde, como o empazinamento que é o excesso de alimentação, e mesmo de intoxicação, já que algumas plantas podem produzir ácido cianídrico, uma substância venenosa.
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