Depois de trabalhar 25 anos como meeiro e bóia-fria, o agricultor Ronaldo Brito do Santos, do assentamento Divisa, em Ituiutaba (MG), agora reúne condições de dar à sua família a vida digna que sonhava. A renda de um salário mínimo que recebia para trabalhar para os outros é hoje de cerca de R$3 mil líquidos com a produção de leite a que se dedica.
Assentado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Minas Gerais (Incra/MG) em 1999, Santos comemora as conquistas em sua profissão. “Eu trabalhei muito tempo na terra dos outros, se não fosse a oportunidade que tive com a Reforma Agrária, eu nunca teria condições de ter minha própria terra e cuidar da minha família como faço”. Suas duas filhas cursam o ensino superior na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). “Elas querem ser professoras, mas espero que continuem o projeto de vida que começamos aqui”, deseja ele.
A produção de 250 litros de leite é armazenada em tanque de resfriamento de mil litros adquirido por ele. Santos juntou-se a outros seis produtores do assentamento Divisa e, assim, conseguiram aumentar o valor do litro de leite em R$0,15. Hoje, eles vendem a produção para uma cooperativa em Campina Verde (MG) por R$0,88/litro.
Apesar de trabalhar anteriormente em culturas de cana-de-açúcar e abacaxi, o trabalhador rural resolveu se dedicar à criação de gado leiteiro. “A terra no assentamento é boa, mas a produção de leite dá mais segurança por variar menos que a agricultura” explica.
Há nove anos, ele acessou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), quando adquiriu nove novilhas. Atualmente ele possui 33 vacas leiteiras e terminou de pagar o crédito do Pronaf em 2010. “Agora, eu pretendo melhorar a pastagem e dobrar a produção de leite” planeja.
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