sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Artigo sobre reserva em propriedade rural pode ser regulamentado até fim do ano

Preservação

Depois de reunião de representantes da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura com Blairo Maggi, diretor do Ipam disse apostar nessa data para concluir último pleito feito ao ministro


Representantes da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura se reuniram nesta quinta-feira (27) com o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para tratar da regulamentação do artigo 41 do Código Florestal Brasileiro, aprovado em 2012. André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) espera que até o fim deste ano o decreto com a regulamentação do artigo seja publicado.
O artigo 41 do Código Florestal estabelece que as reservas florestais e áreas naturais das propriedades rurais possuem valores, sejam eles de biodiversidade, de carbono, ou outros atributos de conservação de água. No entanto, o artigo não determina quem paga, de que forma o produtor poderá ser ressarcido, que tipo de contrato pode ser feito com base na reserva florestal.
Na opinião de Guimarães, a regulamentação desse projeto será essencial não apenas para gerar mais renda ao produtor, mas para harmonizar melhor a paisagem rural brasileira. “A partir do momento em que este artigo for regulamentado, o produtor passará a ter a possibilidade de produzir serviços ambientais e ser remunerado por isso, permitindo que o produtor comercialize o excedente de reserva legal”.
Na reunião, os representantes da Coalizão lembraram que, em 2016, apresentaram uma pauta de reivindicações ao ministro Blairo Maggi com três itens fundamentais: a regulamentação do artigo 41 do CF; a decretação do Plano Nacional de Revegetação e a instalação da plataforma do Plano ABC.
“Esses três pleitos avançaram. O Plano de Revegetação foi decretado (Decreto Nº 8.972, de 23 de janeiro de 2017); a plataforma do Plano ABC foi lançada e o artigo 41 está sendo objeto de diálogo entre as equipes dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. A nossa expectativa é de que até o fim do ano seja decretado”, afirmou André Guimarães.
Os representantes da Coalizão entregaram ao ministro Blairo Maggi as propostas apresentadas aos candidatos à presidência da República com 28 temas que tratam do ordenamento territorial; dinamização dos mecanismos de mercado; agropecuária de baixo carbono e uso sustentável dos recursos naturais.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial, formado por representantes de entidades do agronegócio no Brasil, de organizações civis da área de meio ambiente e clima, do meio acadêmico, de associações setoriais e companhias nas áreas de madeira, cosméticos, siderurgia, papel, celulose. O objetivo é tratar das questões decorrentes das mudanças climáticas sob a ótica de uma nova economia, baseada na baixa emissão de gases do efeito estufa (GEE).
Aberta Consulta Pública sobre o Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR)
Está aberta até o dia 19 de outubro de 2018 a Consulta Pública para receber propostas emendas ao Documento Central do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR).
O PNSR é um dos três programas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), aprovado pela portaria nº 571, de 5 de dezembro de 2013. E o PLANSAB foi elaborado a partir da Lei nº 11.445/2007, que estabeleceu as diretrizes nacionais e a política federal para o saneamento básico.
A Chamada Pública foi lançada no último dia 19 de setembro, na sede da Fiocruz, em Brasília, durante o Seminário do Programa Nacional de Saneamento Rural, e a CONTAG esteve presente, sendo representada pelas assessorias das Secretarias de Política Agrícola e de Políticas Sociais. O Seminário também teve como objetivo apresentar os resultados e propostas da versão preliminar do Documento Central do PNSR.
O Documento está organizado em nove capítulos e está aberta para apresentação de emendas seja de pessoa física ou jurídica, visando a melhoria de cada capítulo de três formas: Emendas Aditivas (propostas novas ao PNSR); Emendas Supressivas (retirada de propostas que você não concorde); e Emendas Corretivas (sugestões de melhorias nas propostas já existentes).
Entrando no site http://pnsr.desa.ufmg.br/consulta/, você terá acesso aos nove capítulos do PNSR no link Baixar Documentos, e terá acesso ao formulário onde poderá fazer suas contribuições, no link Formulário Online. Abrindo o formulário online, você encontrará o passo a passo para apresentar as emendas ao PNSR.

É importante ressaltar que um primeiro passo é fazer uma leitura, individual ou coletiva, dos capítulos, principalmente daqueles onde constam as propostas do PNSR, tais como: Eixos Estratégicos, Metas, Investimentos, Gestão do Programa, entre outros.
Durante a leitura é conveniente já destacar se pretende apresentar emendas, marcando a página e o número da linha. Após esta leitura, basta entrar no formulário online para fazer as sugestões apontadas como importantes para qualificar o PNSR.
Para a CONTAG, é fundamental que todos e todas debatam as propostas e participem da consulta pública, uma vez que sabemos o quanto o espaço rural ainda é carente de saneamento básico.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG 

Experiência de agricultores e técnicos valoriza o cultivo de algodão em consórcios agroecológicos                                        

algodão em consórcioO plantio do algodão em consórcio agroecológico é uma questão importante para os agricultores familiares que desejam produzir com qualidade para o comércio justo e para a sua saúde, além de garantir a segurança alimentar ao mesmo tempo em que melhora a terra em que trabalha. Esta é uma prática de cultivo do algodão com várias outras culturas, como o milho, o feijão, o amendoim, o jerimum, o gergelim, a melancia e o sorgo, entre outras.  Neste tipo de plantio consorciado o produtor não usa agroquímicos, mas os recursos da natureza.
O plantio de algodão em consórcios agroecológicos integra um projeto da Embrapa Algodão, por meio de um convênio com o Projeto Dom Hélder Câmara e parceiros, além da ESPLAR – ONG do estado do Ceará, que vem trabalhando com agroecologia desde 1983.

Para os pesquisadores da Embrapa Algodão Fábio Aquino e Melchior Batista um aspecto interessante nesse trabalho é que os conhecimentos dos pesquisadores se agregam ao saber dos técnicos e dos agricultores.  Nesta proposta metodológica, todos adquirem mais experiências e aperfeiçoam o próprio conhecimento, pois o projeto é desenvolvido com a participação de todos e as informações são repassadas e vividas por todos.

Pesquisadores da Colômbia discutem parcerias para pesquisas com ovinos e caprinos

Juniel Fernandes - Equipes da Agrosavia e da Embrapa no campo experimental da Embrapa Caprinos e Ovinos
Equipes da Agrosavia e da Embrapa no campo experimental da Embrapa Caprinos e Ovinos
Pesquisadores da Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária (Agrosavia), empresa do governo colombiano, visitaram a Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) nos dias 24, 25 e 26 de setembro, para a discussão de propostas de parcerias em pesquisa. Durante os três dias, eles visitaram campos experimentais, laboratórios, dialogaram com a equipe de pesquisa da Unidade e conheceram detalhes sobre ações de pesquisa em áreas diversas, com destaque para o Melhoramento Genético Animal.
A partir do diálogo estabelecido, a perspectiva é de que se fortaleça a aproximação entre as duas instituições, com a possibilidade de um plano de trabalho específico para pesquisas relacionadas a ovinos e caprinos. “Sempre tivemos colaborações com a Agrosavia, mas uma colaboração mais formal não tinha se concretizado. Agora temos essa possibilidade de um trabalho que permita parcerias para projetos de conservação e uso de recursos genéticos, sem deixar de contemplar outras áreas”, afirmou Raimundo Lôbo, pesquisador da área de Melhoramento Genético Animal da Embrapa Caprinos e Ovinos, que foi um dos articuladores para a visita e desenvolve ações em parceria com pesquisadores colombianos desde 2003.
Durante a visita, a equipe da Agrosavia observou, com mais ênfase, a estrutura e os programas de pesquisa em Melhoramento Animal. Eles conheceram os núcleos de conservação de caprinos naturalizados e de ovinos deslanados da Embrapa Caprinos e Ovinos; acompanharam palestra sobre conservação de recursos genéticos com o pesquisador Kleibe Moraes; tiveram treinamento sobre o uso do Sistema de Gerenciamento de Rebanhos (SGR), utilizado para acompanhamento de dados sobre os rebanhos do Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENECOC) da Embrapa.

Para a pesquisadora Leyla Ríos, da área de Manejo Fitossanitário, Saúde e Bem-estar Animal da Agrosavia, a visita serviu de inspiração para desenvolver novos temas para pesquisas e para cooperações futuras. “A Embrapa é um bom exemplo de como se organizar para possibilitar oferta de inovação para produtores. Há semelhanças entre os temas de pesquisas e, no futuro próximo, poderemos ter alianças para contribuição em áreas como nutrição e reprodução”, disse ela, que manifestou, ainda, interesse específico nos resultados de pesquisas da Embrapa sobre reprodução animal, controle de parasitas e bioprospecção de plantas.
As possibilidades de parcerias para projetos de melhoramento genético de ovinos despertaram interesse no pesquisador Diego Garavito. “Na Colômbia, existem áreas com condições climáticas muito similares ao semiárido e nosso interesse principal é em projetos de caracterização e conservação de raças crioulas. Mas existem também outras linhas de investigação complementares, em temas como nutrição e sanidade”, destacou ele, que atua na área de Melhoramento Genético.
Melhoramento Genético Animal
A conservação e melhoramento genético animal é uma das linhas de pesquisa da Embrapa Caprinos e Ovinos. A equipe da área atua em projetos de pesquisa ligados a núcleos de conservação de raças ovinas e caprinas; caracterização, conservação e uso de recursos genéticos; ações de melhoramento genético; além dos programas GENECOC (para caprinos e ovinos de corte) e CAPRAGENE (para caprinos leiteiros).
Embrapa Caprinos e Ovinos 

MPF discute andamento de obra e de estudos relacionados à Barragem de Oiticica



Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e de diversos órgãos envolvidos na construção da Barragem de Oiticica, em Jucurutu, se reuniram em Caicó.

Em 29 de agosto último, membros do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) e da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh/RN) relataram detalhes da obtenção de recursos para a conclusão dos trabalhos, enquanto cinco dias antes foi a vez de o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tratar das questões ligadas aos sítios arqueológicos existentes na área. Um novo encontro com a participação do Iphan foi realizado nessa segunda-feira (17), em Jucurutu.

As duas primeiras reuniões foram promovidas pela procuradora da República Maria Clara Lucena, na sede da Procuradoria Regional no Município (PRM) de Caicó, como parte do inquérito civil aberto para acompanhar e fiscalizar as obras sociais relacionadas à barragem. No encontro de 29 de agosto, o diretor administrativo do Dnocs, Gustavo Henrique de Medeiros, afirmou existir para este ano R$ 76 milhões já empenhados e outros R$ 56 milhões decorrentes de emendas de bancada aprovadas – mas ainda não empenhados –, totalizando R$ 132 milhões.

Para 2019, estão previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) R$ 2,5 milhões, somados a uma emenda de mais R$ 32,5 milhões. O valor atual da obra é de R$ 550 milhões. Parlamentares potiguares, porém, teriam assegurado, em reunião com a comunidade, que irão garantir os recursos para a conclusão da obra até o fim de 2019, por meio de emendas de bancada.

Sebastião Barbosa será o novo presidente da Embrapa

Sebastião Barbosa, pesquisador aposentado da unidade de Algodão da Embrapa, será o novo presidente da empresa que é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Barbosa substituirá Maurício Lopes, também funcionário da empresa que, ao encerrar sua gestão, em segundo mandato, voltará à função de pesquisador. A posse está prevista para o próximo dia 10 de outubro, depois de publicada sua nomeação que será assinada pelo presidente do conselho de administração da empresa, o secretário executivo do Mapa, Eumar Novacki.
A escolha, feita dentro de processo previsto na Lei das Estatais e no estatuto da empresa, teve 16 concorrentes. Desse total, três foram selecionados, depois de análise de currículos, e foram entrevistados pelos integrantes do conselho da Embrapa.
A mudança não inclui os três diretores-executivos, que assumiram o cargo em julho de 2017 e permanecem, já que possuem mandato de dois anos e ainda renovável. A sucessão não deverá alterar o processo de revisão estrutural e funcional da Embrapa, iniciado em 2015, uma vez que é conduzido por toda a Diretoria Executiva e não apenas pelo presidente.
Nesta quinta-feira (27), Barbosa foi recebido pelo ministro Blairo Maggi, em reunião que teve também a presença de Eumar Novacki e Maurício Lopes.
Currículo do novo presidente da Embrapa
Sebsstião Barbosa é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa (1967), com Mestrado em Entomologia (1973) e Doutorado em Entomologia e Manejo Integrado de Pragas pela Mississippi State University (1974). Tem também experiência em Gestão de P&D e "Institutional Building".
  • 1968-1975: Pesquisador do Departamento de Pesquisa e Experimentação da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal-FZDF. Responsável por pesquisa e extensão em controle de pragas. Organizador e curador da coleção entomológica da FZDF. Organizou cursos de pequena duração sobre as pragas dos principais cultivos e seu manejo. Professor Visitante da Universidade de Brasília-UnB.
  • 1975-1976: Vice-Diretor e Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Agronômica da UnB. Coordenador das atividades acadêmicas do departamento, relacionamento com o setores público e privado. Responsável pelas atividades de P&D do Departamento. Estabeleceu experimentos de campo sobre controle de pragas de algodão em Santa Helena-GO. Assessorou o Ministério da Agricultura sobre a legislação e uso de inseticidas. Orientou alunos da UnB com bolsa de iniciação científica do CNPq.
  • 1976-1981: Pesquisador III em entomologia, nas Unidades Descentralizadas (UD) de Recursos Genéticos e Biotecnologia, Algodão e UEPAE de Brasília.
  • 1981-1983: Chefe de P&D da Embrapa Hortaliças, presidente dos comitês de publicações e de lançamento de cultivares. Coordenador do Programa Nacional de Pesquisas de Hortaliças. Promoveu cooperação com a Emater-DF, organizou e ministrou cursos para extensionistas e agricultores. Coordenou programas de cooperação com o Centro Internacional da Batata-CIP, do CGIAR e com o INRA-França. Elaborou o projeto de cooperação com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional-JICA.
  • 1984-1985: Assessor da Diretoria Executiva da Embrapa. Coordenou a preparação de recomendações e planos de ação, por solicitação do MAPA, para a delimitação da área infestada, a contenção, o controle e a erradicação do bicudo do algodoeiro.
  • 1985-1995: FAO. Oficial Superior do Serviço de Proteção de Plantas, em Roma-Itália. Representou a FAO em foros internacionais sobre P&D para o desenvolvimento de Manejo Integrado de Pragas (MIP) na agricultura. Orientou agências governamentais de países em desenvolvimento sobre políticas de proteção fitossanitária e P&D em MIP. Liderou todas as fases de desenvolvimento, negociação, aprovação, financiamento, implementação, apoio, revisão e avaliação de projetos/programas da Organização sobre P&D em MIP. Foi Secretário Técnico do Painel Global de Especialistas da FAO/Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sobre MIP. Organizou a primeira reunião do Painel na antiga União Soviética.
  • 1995-2002: FAO, em Santiago - Chile: Coordenou as atividades de Defesa Fitossanitária da FAO-RLAC, com ênfase na implementação da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária e da Convenção de Roterdã. Apoiou o estabelecimento do Grupo de Trabalho Latino-Americano sobre a Bactéria Entomopatogênica, Bacillus thuringiensis, para pesquisa e desenvolvimento de biopraguicidas.
  • 2002-2006: Coordenador de Cooperação Internacional da Embrapa. Representou o Presidente em foros nacionais e internacionais.
  • 2006-2014: Consultor na preparação, negociação, implementação e avaliação de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Diretor Técnico da empresa RuralProsper Consultoria Ltda.
  • 2014-2018: Chefe-Geral da Embrapa Algodão. Liderou uma profunda reengenharia nos procedimentos administrativo da unidade, dando-lhe mais transparência, seriedade e eficiência. Deu grande ênfase às áreas de P&D e de transferência de tecnologia, consolidando o Núcleo de Pesquisa do Cerrado junto à Embrapa Arroz e Feijão, em Goiás, e o Campo Experimental de Barbalha, no cariri cearense. Idealizou e liderou os processos para trazer sustentabilidade à produção de algodão no cerrado e criar condições para a volta do algodão ao semiárido nordestino. Reinseriu a Embrapa Algodão na agenda do agronegócio do algodão.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CMN ajusta normas para formalização de operações de crédito rural

Entidade também permitiu que as instituições financeiras informem operações de crédito rural registradas no Sicor


dinheiro-real-moeda-cedula-brasil-economia (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
_O Conselho Monetário Nacional (CMN) ajustou nesta terça-feira (25/9), as normas para formalização de operações de crédito rural, incluindo o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além disso, permitiu que as instituições financeiras informem operações de crédito rural registradas no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor).

O objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, é simplificar a concessão dos financiamentos e reduzir custos de observância. As instituições financeiras poderão informar as operações registradas no Sicor inclusive quando contratadas por meio de cooperativas de produção agropecuária para atendimento a cooperado e de custeio das atividades exploradas sob regime de integração, devendo emitir extrato quando solicitado.


O CMN definiu ainda limite de crédito específico por agricultor familiar (R$ 165 mil) quando se tratar de investimento para o setor leiteiro. Em empreendimento familiar rural constituído sob a forma de condomínio, ao amparo da linha de Crédito de Investimento para Agregação de Renda (Pronaf Agroindústria), não pode ultrapassar os R$ 7 milhões.

Por fim, manteve os limites de crédito no Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), até 30 de junho de 2019, em R$ 3,3 milhões por beneficiário, no caso de empreendimento individual, e em R$ 9,9 milhões, no caso de empreendimento coletivo.

CMN ajusta normas para formalização de operações de crédito rural

Entidade também permitiu que as instituições financeiras informem operações de crédito rural registradas no Sicor


dinheiro-real-moeda-cedula-brasil-economia (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
_O Conselho Monetário Nacional (CMN) ajustou nesta terça-feira (25/9), as normas para formalização de operações de crédito rural, incluindo o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além disso, permitiu que as instituições financeiras informem operações de crédito rural registradas no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor).

O objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, é simplificar a concessão dos financiamentos e reduzir custos de observância. As instituições financeiras poderão informar as operações registradas no Sicor inclusive quando contratadas por meio de cooperativas de produção agropecuária para atendimento a cooperado e de custeio das atividades exploradas sob regime de integração, devendo emitir extrato quando solicitado.


O CMN definiu ainda limite de crédito específico por agricultor familiar (R$ 165 mil) quando se tratar de investimento para o setor leiteiro. Em empreendimento familiar rural constituído sob a forma de condomínio, ao amparo da linha de Crédito de Investimento para Agregação de Renda (Pronaf Agroindústria), não pode ultrapassar os R$ 7 milhões.

Por fim, manteve os limites de crédito no Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), até 30 de junho de 2019, em R$ 3,3 milhões por beneficiário, no caso de empreendimento individual, e em R$ 9,9 milhões, no caso de empreendimento coletivo.

Prazo de declaração do ITR termina na próxima sexta-feira (28)

Até a última segunda-feira (24/9) foram apresentadas 4.570.634 declarações, segundo a Receita


fazenda_sustentavel_poco_propriedade (Foto: Thinkstock)
Os produtores rurais brasileiros têm até a próxima sexta-feira (28/9) para entregar a Declaração do Imposto Territorial Rural (DITR). Considerando a base do ano passado informada pela Receita Federal e que houve pouca alteração no número de propriedades no país no último ano, faltam mais de 1 milhão declarações para serem entregues. Até a última segunda-feira (24/9) foram apresentadas 4.570.634 declarações, segundo a Receita, de um total de 5,6 milhões entregues em 2017.
Quem ainda não entregou, pode enviar a documentação até as 23h59min59s de sexta, horário de Brasília.
Proprietários de imóveis rurais de todo o Brasil precisam apresentar a declaração, incluindo “a pessoa física ou jurídica, exceto a imune ou isenta, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos e um dos compossuidores”, explica a Receita Federal.
CONTAG cobra transparência na seleção de novo presidente da Embrapa
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) vê com preocupação o processo de seleção do novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O mais cotado para assumir a Presidência, já em outubro desse ano, é Sebastião Barbosa, que já ocupou anteriormente, de forma irregular, o cargo de chefe geral da Embrapa Algodão, onde também acumula queixas de má gestão e perseguição aos trabalhadores da unidade.
Segundo informações do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), a contratação indevida de Sebastião e de outros chefes e assessores da Embrapa resultou em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que transitou em julgado e condenou a empresa a demitir todos os admitidos sem concurso público. Contudo, Sebastião permaneceu no exercício da função, com o respaldo da Diretoria Executiva da Embrapa, até que o Sinpaf solicitasse ao MPT, em 2017, providências em razão do descumprimento da sentença.
Ao que tudo indica, Sebastião Barbosa está sendo indicado pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi com o intuito de deixar um aliado no comando. O Sinpaf divulgou nota afirmando que, desde o início, o processo de seleção foi marcado por falta de transparência. “O Conselho de Administração da Embrapa (Consad) não cumpriu com o item 7 da Resolução 174, que determina a divulgação da lista tríplice no site da empresa. Além disso, informações do processo vazavam a todo momento para empregados, imprensa e setores do agronegócio, sem qualquer divulgação oficial, o que demonstra quebra de sigilo pelo Consad.”
A CONTAG e a Embrapa renovaram em 21 de setembro de 2016, por mais cinco anos, um Acordo Geral de Cooperação Técnica, firmado desde 25 de novembro de 2011, e que vem garantindo um conjunto de ações e atividades voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar.
E a indicação de alguém com o perfil de Sebastião Barbosa para a Presidência da Embrapa preocupa a CONTAG quanto à possibilidade ou não do cumprimento e renovação do acordo, ainda mais em cenário que aponta para uma redução ainda maior de investimentos em pesquisa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
Portanto, a Diretoria da CONTAG cobra transparência no processo e que a Presidência da Embrapa seja assumida por alguém do quadro efetivo da empresa, com compromisso de mantê-la forte, pública, priorizando ações a diversos setores estratégicos para o País, em especial para a agricultura familiar, e que se evite interferências políticas no processo.
FONTE: Direção da CONTAG           

As alternativas de controle da cochonilha do carmim nos plantios de palma no nordeste

cochonilha na palmaNos últimos sete anos, a partir de um foco inicial no município de Sertânia (PE), a cultura da palma  tem sido ameaçada por uma praga muito agressiva, conhecida como cochonilha-do-carmim. Desde então, a infestação desse inseto se expandiu por outros municípios pernambucanos, e já chegou aos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, num ataque que já afetou de forma irrecuperável cerca de 70 mil hectares.
No semiárido do Brasil, região nordeste, está implantada a maior área cultivada com palma (500 mil hectares) de todo o mundo. Esta espécie forrageira, por sua adaptação às condições de solo, possuir resistência às altas temperaturas e ao regime irregular de chuvas da região, é base da alimentação do rebanho.
Pesquisadores da Embrapa Semiárido (Petrolina/PE) e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) têm empreendido várias ações para conter a rápida propagação da praga. O desenvolvimento de variedades resistentes e medidas culturais são algumas delas.
Os pesquisadores Carlos Alberto Gava (Embrapa Semiárido) e Djalma Cordeiro dos Santos (IPA), dizem que para controlar o ataque da cochonilha-do-carmim em cultivos de palma, é preciso definir, de imediato, variedades que apresentam resistência ao ataque da praga: ‘Mão de moça ou Baiana’, ‘Palma Miúda ou Palma Doce’ e ‘Orelha de elefante’.
Está em desenvolvimento, com bons resultados, medidas de controle biológico com o uso de predadores nativos e importados. Também são empregados produtos alternativos de comprovada eficácia e atóxicos, como sabão em pó, detergente neutro e óleo vegetal e mineral.

“Não há nenhuma alternativa de controle biológico que vai eliminar completamente o inseto no campo, a não ser o uso de variedades resistentes. No entanto, essas variedades estão limitadas a algumas regiões”, destaca Carlos Alberto Gava.

Atenção para o boletim climático do final de setembro, outubro e novembro


clima em novembroA chuva de setembro ainda foi insuficiente para umedecer o solo em várias regiões do pais. Segundo dados da Clima Tempo, a água disponível no solo é suficiente apenas na região sul, para o plantio da safra de verão. A última semana de setembro ainda tem previsão de muita chuva no Rio Grande do Sul e na parte oeste de Santa Catarina e do Paraná. Chuva de verdade, que certamente vai atrapalhar os trabalhos com o trigo, milho e soja. Tem alguma chuva prevista também para as outras áreas do Sul, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia, mas o volume não é grande. Os produtores devem ficar atentos, porque essa chuva não vai ter continuidade, não indica o início do período chuvoso e não chega a umedecer o solo de verdade.
Na primeira semana de outubro a chuva diminui outra vez no Centro-Oeste e continua no Sul, mas com volume bem menor do que na semana anterior. Chove um pouco em São Paulo, em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, mas o volume é pequeno. Nas outras áreas do Sudeste e no Matopiba não chove. A partir de agora é importante ter muito cuidado com a interpretação dos modelos numéricos. Como estamos na transição do frio e seco, que é o inverno,  para o quente e úmido, que é o verão, a tendência é dos modelos indicarem mais chuva do que realmente vai acontecer. Um exemplo claro disso é o volume prometido para o Norte. Não dá mesmo pra confiar nisso.
Na terceira semana de outubro, o quadro ainda é de estiagem e muito calor nas principais áreas de cultivo. O solo vai ficando cada vez mais seco. Quem confiou na chuva de setembro para plantar pode ter dores de cabeça. Já no Sul, segue o tempo bem carregado, com chuvas e solo encharcado muitas vezes, até alagado. A indicação para a última semana de outubro não é muito diferente, com tempo bem seco e muito quente no Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba, e a permanência da chuva no Sul.
Na primeira semana de novembro, o que muda é o Sul, que tem trégua da chuva e tempo mais seco. No Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba nada de umidade regular ainda. Tanta chuva no Sul em setembro e em outubro tem uma explicação: é o El Niño que está se aproximando. O Oceano Pacífico central está lentamente ficando mais quente que o normal, e a consequência mais clara é o aumento da chuva no Sul e a seca no Nordeste.
Por enquanto, o fenômeno ainda está em formação e até o final do ano ele estará em sua plena forma. Mas o Pacífico se aquecendo já traz as anomalias climáticas para o Brasil, e uma delas é o atraso do período úmido. Por isso, tanta atenção com a chuva de setembro na região central do país, já que ela não deve ter continuidade. Em meados de novembro tudo se normaliza. Exceto pelo Sul, que fica sempre acima da média, e pelo Nordeste e Tocantins, que ficam abaixo. No Sudeste e no Centro-Oeste a principal característica do El Niño é trazer mais calor que o normal, e com isso a chuva perde qualidade porque ela cai mais na forma de pancadas isoladas, que podem ser fortes, mas se não caem no lugar certo a água é perdida. Além de provocar estragos por serem bem concentradas.

Em novembro a chuva demora a chegar, mas na segunda quinzena teremos boas pancadasno centro-sul de São Paulo e no sul e leste de Mato Grosso do Sul. O Sul continua acima da média, e as outras áreas têm chuva bem irregular. O mapa aparece bem alaranjado, abaixo da média, mas é preciso lembrar que a média de novembro já não é tão baixa assim. Ou seja, chove na segunda quinzena, mas não o normal de novembro, e de forma muito pontual.

Curso - Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos

O curso abordará aspectos técnicos e práticos de uma das principais biotecnologias da reprodução utilizadas no Brasil, a Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos, no período de 02 a 04 de Outubro de 2018. Estão sendo disponibilizadas 10 vagas, cujas inscrições podem ser feitas on-line através do link: http://bit.ly/iacaprinos. O custo das inscrições é de R$ 600,00 sem hospedagem e R$ 750,00 com hospedagem e alimentação no Nutec (Núcleo de Treinamento e Capacitação) da Embrapa Caprinos e Ovinos. O publico alvo deste curso são: Manejadores, produtores, estudantes, médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos, técnicos agrícolas e áreas afins. A programação do curso esta disponível no link: http://bit.ly/iacaprinos-programacao
Unidade Responsável: Embrapa Caprinos e Ovinos
Promoção: Promovido pela Embrapa

Público-alvo: Grandes e Médios Produtores Rurais e Cooperativas, Pequenos Produtores Rurais e Cooperativas, Agentes de Transferência de Tecnologia (TT-ATER), Comunidade Científica e Acadêmica 

Mais competitividade para tilápia

Divulgação - Pedroza (o primeiro, à esq.) ao lado de produtores e representantes do MDIC e da PeixeBR
Pedroza (o primeiro, à esq.) ao lado de produtores e representantes do MDIC e da PeixeBR
Laudo elaborado pela Embrapa Pesca e Aquicultura viabiliza drawback para exportação
A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO) elaborou um laudo técnico que vai viabilizar a isenção de impostos federais como IPI, PIS e Cofins  na compra de insumos utilizados na produção de tilápia para exportação. A prática da chamada drawback – comum no mercado de suínos e aves – agora será possível também para a comercialização do peixe no mercado externo. O laudo com a planilha de equivalência de insumos foi aprovado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e será utilizado na concessão do benefício aos exportadores.
Na última segunda-feira (24) houve uma reunião em Brasília com representantes do MDIC, Embrapa, Associação Brasileira de Piscicultura PeixeBr e exportadores para verificar como a desoneração ocorrerá na prática. Com a medida, o produtor ganhará mais competitividade no preço do seu produto no mercado externo. As empresas associadas interessadas em ter essa isenção já podem fazer o cadastramento no site do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Segundo Manoel Xavier Pedroza Filho, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura responsável pelo estudo, a desoneração fiscal deve promover uma redução de até 26% nos custos com ração importada – insumo de maior impacto nos custos de produção. Se for comprada no mercado interno, a redução será de aproximadamente 10%. “Adaptamos a planilha desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves para a exportação de tilápia”, detalha ele.
Pela planilha é possível saber a quantidade de insumos utilizados para produzir o volume que será exportado, possibilitando, assim, determinar o quantitativo de insumos que terão os impostos desonerados. “Estão incluídos os alevinos, a ração utilizada nas diferentes fases de crescimento do peixe e as vacinas”, afirma Pedroza. Se o produtor fabrica sua própria ração, estão especificados na planilha todos os ingredientes empregados na fabricação do produto.
Atualmente os Estados Unidos são o maior importador de tilápias do Brasil, principalmente dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O drawback é utilizado em diversos produtos de exportação. Segundo dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, 22,7% dos 186 bilhões de dólares originários da exportação em 2016 foram por meio de drawback. No caso do alumínio bruto, por exemplo, as exportações por meio desse benefício fiscal atingiram 99,8% do volume total em 2014. No setor agropecuário, 58% das exportações de celulose foram por meio da desoneração fiscal. No caso da carne de frango, esse valor chega a mais da metade do total exportado: 67 %. Ano passado a tilápia rendeu ao Brasil U$ 4.700 mil do mercado externo. “Essa é mais uma conquista para a piscicultura brasileira e a Peixe BR orgulha-se de ter participado ativamente dessa negociação”, comemora o presidente da Associação, Francisco Medeiros.

Embrapa Pesca e Aquicultura 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

 PRODUTORES RURAIS TÊM ATÉ DEZEMBRO PARA REGULARIZAR DÍVIDAS COM BANCO DO NORDESTE.

Resultado de imagem para A SECA NO SERTÃOEm dezembro, encerra-se o prazo para regularização de dívidas rurais no Banco do Nordeste. Produtores com operações enquadráveis nos dispositivos legais em vigor (Lei 13.340/2016 e Lei 13.606/2018) podem garantir descontos que vão até 95% sobre o saldo devedor. O benefício vale para liquidação de dívidas contratadas até 2011, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Já se o produtor quiser renegociar, o prazo para pagamento pode estender-se a 2030, iniciando as parcelas em 2021.

O total regularizado já supera os R$ 10,3 bilhões. Mais de 300 mil operações foram regularizadas com agricultores dos Estados nordestinos e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dessas repactuações 137,5 mil foram realizadas com a opção de liquidação de toda a dívida. Ao todo, 92% das renegociações foram efetivadas com miniprodutores rurais, incluindo beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Leite

Programa de fomento atinge mais de 70 mil produtores de leite

Atuação dos auditores fiscais federais agropecuários em programa do Ministério da Agricultura ajuda a melhorar a qualidade de leites e derivados                                                                               Embrapa Gado de Leite

     

O Programa Leite Mais Saudável começou em 2015 e trouxe um novo modelo de fomento à produção de leite no Brasil. Desde então ele beneficiou mais de 75 mil produtores com um investimento acumulado de quase R$ 283 milhões em projetos de melhoramento genético, gestão de propriedades e educação sanitária, entre outros.

As empresas participantes devem investir pelo menos 5% dos seus créditos de PIS e COFINS em projetos para beneficiar os produtores rurais e a qualidade do leite por eles produzido. As iniciativas devem ser enviadas para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e auditores fiscais federais agropecuários (Affas) avaliam e acompanham o andamento do projeto para garantir que os recursos estão sendo utilizados corretamente.
"Nós temos hoje uma situação crítica da pecuária de leite. Vemos muita evasão da atividade, muitos produtores e seus filhos saindo", diz o Affa Rodrigo Machado, da Coordenação de Boas Práticas e Bem-estar Animal (CBPA). "Um programa como esse permite fazer um fomento de massa. Você trabalha em projetos que levam conhecimento técnico e financeiro para os produtores", continua.

Segundo o Affa Bruno Leite, os auditores acompanham desde a criação até a execução do projeto, fazendo visitas a campo. A empresa interessada deve entregar sua proposta na superintendência do Mapa de seu estado. Além disso, a cada ano um relatório sobre suas atividades deve ser apresentado. Quaisquer mudanças necessárias são apontadas pelos auditores e a empresa pode ter que devolver os recursos utilizados se não cumprir os termos.
Os auditores atuam em vários pontos da cadeia produtiva do leite e nesse projeto específico, atuam na base da cadeia, segundo Bruno. "Se você garante uma produção consciente, você tem uma matéria-prima de qualidade. O número de fraudes cai, porque um produto bom não precisa ser fraudado, não vale a pena. No final da cadeia teremos um queijo, um iogurte que duram mais na prateleira, que possuem um sabor melhor", completa.

"Esse é o modelo de fomento mais eficiente e tende a ser o modelo do futuro", diz Rodrigo. "O que eu percebo é que o produtor volta a sentir orgulho de ser um produtor de alimentos. Ele passa a ficar mais tranquilo, porque sabe que aquela atividade vai dar seu sustento, e se preocupa mais com a qualidade de seu produto", continua o Affa.

A possibilidade de bons negócios leva o produtor rural correr aos bancos e aumentar o volume de contratação do crédito agrícola

MAPA
crédito agrícolaAs contratações de crédito agrícola, no primeiro bimestre do Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, tiveram acréscimo de 45%, atingindo R$ 34,1 bilhões, com 139.155 operações, na comparação com o mesmo período da safra passada. Do total de recursos liberados, são destaque as operações de custeio, que totalizaram R$ 20,8 bilhões, o equivalente 111.245 operações com aumento de 35%. O desembolso é o maior dos últimos cinco anos. Na safra 2014/15 foram R$ 25,5 bilhões; em 2015/16 foram R$ 26,6 bilhões; na safra seguinte R$ 19,5 bilhões; e na safra passada, R$ 23,6 bilhões.
Os números fazem parte de levantamento realizado mensalmente pelo Departamento de Crédito e Estudos Econômicos da Secretaria de Política Agrícola e estão disponíveis no Portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para o secretário de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, o bom desempenho do crédito rural, cuja contratação é a maior para o período nos últimos cinco anos, reflete expectativas do produtor rural em relação ao comportamento do mercado agrícola. “Há recursos disponíveis e os produtores recorrem ao crédito para aproveitar oportunidades de negócios”.
“Considerando que não alteramos o limite de custeio, a maior atratividade por esses recursos foi a redução das taxas de juros”, ressalta. “E dentro deste quadro, observa-se maior desembolso de recursos a taxas controladas do que a taxas livres, que são recursos mais baratos”, diz. Dentre os principais programas de financiamento, destaca-se o PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns), que teve aumento de 141%, por conta do incentivo para implantação de estruturas com capacidade de até 6 mil toneladas, a taxas de juros de 5,25% ao ano.

Já o Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos), teve desempenho 55% superior ao da safra passada. “Esse incremento já era esperado, devido à redução das taxas”, acredita.

O Brasil pode sofrer novo período de El Niño no clima de todas as regiões

Climatempo
el niñoOs estudos realizados até agora indicam que há quase 80% de chance de se configurar o fenômeno El Niño para os próximos meses. O fenômeno, que tem influência direta na agricultura, é responsável por alterar significativamente o regime de chuva em todas as regiões brasileiras.
Para a meteorologista da Climatempo Graziella Gonçalves é importante alertar os produtores para estarem preparados e transformarem o clima em um dos principais aliados dos negócios no campo.  Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, o El Niño promove alteração na distribuição de chuva em todo o mundo, afetando consideravelmente a agricultura.

No Brasil, os efeitos do fenômeno são excesso de chuvas no Sul, seca no Nordeste e precipitações irregulares no Centro-Oeste. “Cada localidade sofre de uma maneira distinta com a ação do El Niño. Mas, em todas elas, é preciso estar preparado e atento às mudanças desde o início do plantio para evitar atrasos e consequentes perdas na produtividade”, explica a meteorologista.
Nota do Blog:
Essas previsões climáticas antecipadas, cria uma expectativa negativa para o pequeno produtor rural. Os resultados das pesquisas variam de acordo com o comportamento das águas do oceano pacífico. Na minha humilde opinião, não vejo  uma real necessidade de se publicar tais assuntos sem ter uma base mais concreta. Vamos aguardar.

Entenda as diferenças de bovinos criados em confinamento e os criados a pasto

gato no pastoÉ no campo que quase tudo acontece, com a alimentação do animal cumprindo papel determinante nesse processo. “O sistema de criação e terminação do animal interfere diretamente nas características da carne. Entre um extremo, de produção extensiva, somente com pastagens, até o outro extremo, de confinamento total, com alimentação por grãos, há a formação de produtos totalmente diferentes”, afirma a pesquisadora, Élen Nalério, da Embrapa Pecuária Sul.
Essa diferença se dá não apenas no tipo de gordura formada. “Os bovinos são animais naturalmente prontos para fazer a digestão de fibras, de pasto. Para fazer a digestão de grãos, eles precisam passar por uma adaptação. Essa variação de alimentação faz com que sejam formadas gorduras totalmente diferentes, e isso interfere também no sabor e no aroma do produto”, ressalta a pesquisadora.
Enquanto a carne produzida nos campos tem uma cor viva e gordura mais amarelada, a de confinamento é mais pálida e possui gordura mais branca. “O pasto tem carotenoides, que conferem a cor amarela à gordura. Já a cor da carne sofre influência de maior ou menor presença das mioglobinas. O animal no pasto caminha mais, e precisa oxigenar a musculatura, o que aumenta o teor de mioglobina e origina a cor vermelha mais intensa na carne”, explica a cientista.

A pesquisadora ressalta que não há como afirmar que a carne produzida no campo é melhor, uma vez que a avaliação envolve diversos fatores subjetivos. “No entanto, podemos garantir que ela é diferenciada por vários motivos. Um deles é que a alimentação do gado nos campos nativos pode formar um tipo de gordura com melhor qualidade nutricional, que é uma característica que tem despertado grande interesse do público”, conta a cientista. “O perfil lipídico dessa carne é comprovadamente mais saudável. Isso é um diferencial importante que pode e deve ser trabalhado como oportunidade de valorização no mercado”, recomenda.

SOINGA O Carneiro da Moda

Vinte anos de pesquisa e cruzamentos entre ovinos Bergamácia, Morada-Nova e Somalis Brasileira originaram a raça Soinga, um ovino genuinamente Nordestino


Vinte anos de pesquisa e cruzamentos entre ovinos Bergamácia, Morada-Nova e Somalis Brasileira originaram a raça Soinga, um ovino genuinamente Nordestino. Após anos de pesquisas e de acompanhamento técnico, o ovino Soinga, foi desenvolvido no Rio Grande do Norte, e já foi reconhecido oficialmente como raça pela Associação.
"Esse reconhecimento é importante não apenas para o Rio Grande do Norte, mas, acima de tudo, para os criadores brasileiros que vivem em condições adversas e que necessitam de animais que consumam pouco, ganhem peso, além de se reproduzir", diz o médico veterinário José Paz de Melo, que estimulou o desenvolvimento do Soinga no RN. Por tudo isso, o Ovino SOINGA é hoje considerado o Carneiro da Moda.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018


Algodão

Algodão: produtores se preparam para iniciar o vazio sanitário

Período de 20 de setembro a 20 de novembro para que os produtores do oeste da Bahia eliminem plantas vivas do algodoeiro
     
Com o fim da colheita de algodão, começa a fase de eliminar os restos de lavoura das áreas cultivadas, para evitar a disseminação de pragas das próximas safras. É o momento do vazio sanitário do algodão que estabelece o período de 20 de setembro a 20 de novembro para que os produtores do oeste da Bahia eliminem plantas vivas do algodoeiro (soqueira e tigueras) do campo. A orientação é da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com base na portaria Nº 213, de 25/08/2015, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), ART. 2º que determina o período de 60 dias para este fim.

Todo o algodão precisa estar colhido e os restos devem ser eliminados para garantir a sustentabilidade e reduzir os custos com aplicação de defensivos. De acordo com o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, o combate ao bicudo e às demais pragas é um trabalho coletivo, um dever de todos agricultores. Ainda segundo ele, os associados estão conscientes e têm cumprido o prazo do vazio sanitário de forma muito satisfatória, uma prova disso é que cada vez mais a produção está sendo sustentável com menores custos para o produtor.

O vazio sanitário foi adotado para a prevenção e combate às pragas nas lavouras de algodão, principalmente o Bicudo (Anthonomus grandis). Diante do não cumprimento das exigências sanitárias o produtor poderá ser multado pelo órgão fiscalizador. Todo proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título da propriedade que cultiva algodão, deverá cadastrar suas propriedades ou áreas na Adab até 20 de novembro de cada ano, assim estabelece o Art. 1º da portaria citada. 

Garantia

Travamento de safra ajuda o produtor a garantir sua rentabilidade

O ciclo anterior, o cereal ocupou 2,4 milhões de hectares

     
Nem bem a safra verão começou e os associados da Integrada estão pensando na segunda safra do milho, em 2019. A cooperativa já abriu diversas campanhas de travamento de safra e está aberta para que o cooperado trave os seus custos de produção. A ação pode minimizar principalmente possíveis oscilações bruscas de mercado.

Estratégia - A safra de inverno sempre foi uma preocupação para os produtores devido às intempéries climáticas. Por isso, garantir um bom preço pode fazer diferença na hora de fechar o caixa da propriedade. O milho de inverno é uma cultura que traz alguns riscos. No último ciclo, por exemplo, os agricultores sofreram com a estiagem que provocou grande quebra de safra. O clima atrapalhou tanto o plantio, quando a colheita da segunda safra do cereal. Por isso, é importante o agricultor se precaver.

Última safra - De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), na safra 2017/18 o Paraná produziu 9,12 milhões de toneladas, volume 31% menor no comparativo com o mesmo período da safra anterior, quando foram produzidas 13,14 milhões de toneladas de milho.

Menor - É importante enfatizar que também houve redução de área de 12%, pois, na safra 2017/18, o Paraná semeou 2,11 milhões de hectares. O ciclo anterior, o cereal ocupou 2,4 milhões de hectares.

Controle da plantação de mandioca no semiárido usando o sistema de produção agroecológico

plantio de mandiocaO sistema de produção agroecológico visa o resgate de práticas agrícolas já conhecidas pelos produtores, a partir do uso de ferramentas tecnológicas e sociais cujo objetivo é o melhor incremento da produção e maiores possibilidades de mercado para o produtor. Segundo a pesquisadora da Embrapa Semiárido, em Petrolina, Alienaurea Florentino Silva, “no sistema convencional de produção, o agricultor usa somente uma variedade de mandioca para o cultivo, enquanto que no sistema agroecológico existe a diversificação das espécies, ou seja, na mesma área além de variedades diferentes de mandioca, ele planta espécies repelentes, culturas associadas como o feijão e outras que permitam melhor renda e qualidade alimentar para as famílias”, destaca a pesquisadora.
Alienaurea explica ainda que, no sistema de produção agroecológica, o agricultor faz uso de receitas naturais para combater pragas e doenças em vez de agroquímicos. “O próprio sistema já reduz automaticamente a incidência dessas pragas, porém, na existência de invasores, o agricultor poderá usar receitas de produtos naturais não prejudiciais à saúde e ao meio ambiente”, complementa.
Outra vantagem do sistema de produção agroecológica é o processamento integral da mandioca. O agricultor colhe diferentes variedades de mandiocas destinadas ao consumo humano, ao consumo animal e ao processamento para bolos, doces e pudins com finalidade de comercialização.

A Embrapa Semiárido já implantou várias unidades demonstrativas do sistema de produção agroecológica da mandioca, por exemplo, nos municípios de Acauã (PI), Petrolina (PE), Dormentes (PE) e Casa Nova (BA). Já são mais de 50 famílias produzindo neste sistema. A mandioca é um alimento nutritivo com alto poder energético, rica em cálcio, ferro e vitaminas do complexo B.

Abertas inscrições para o Prêmio Rural Sustentável

Boas práticas

Podem participar produtores, técnicos e entidades que participam do projeto nos biomas Amazônia e Mata Atlântica



Estão abertas e vão até o dia 15 de outubro as inscrições gratuitas ao Prêmio Rural Sustentável - Sustentabilidade para o Desenvolvimento Rural. A premiação total atingirá R$ 450 mil, dividida entre as categorias previstas. A iniciativa é voltada aos beneficiários do Projeto Rural Sustentável com a finalidade de reconhecer e disseminar os exemplos de boas práticas e tecnologias aplicadas à agricultura de baixo carbono em Unidades Demonstrativas e Multiplicadoras cadastradas no Projeto com vista a promover o desenvolvimento e a redução da pobreza no meio rural.
Podem concorrer produtores, técnicos e instituições (ATERs) devidamente cadastrados no projeto que tenham Unidades Demonstrativas (UDs) e/ou Unidades Multiplicadoras (UMs) aprovadas. Na categoria de produtores e técnicos serão contempladas práticas, inovações tecnológicas ou gerenciais ou ações de regularização ambiental da propriedade com vistas à conservação dos recursos naturais, sejam florestais, hídricos, pedológicos, paisagísticos.
Os técnicos podem ainda concorrer nas categorias conservação, geração de trabalho e renda, experimentação, inclusão de gênero, além de envolvimento familiar e gênero. As ATERs (entidades) concorrerão nas subcategorias vinculação e continuação de políticas públicas e incentivo às práticas cooperativistas.
O objetivo do Projeto Rural Sustentável é melhorar a gestão da terra e das florestas por agricultores nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, visando a conservação da biodiversidade e proteção do clima.
A divulgação dos resultados do Prêmio Rural Sustentável - Sustentabilidade para o Desenvolvimento Rural será publicado na página da internet: www.ruralsustentavel.org.br , no dia 30 de novembro de 2018.
Os prêmios recebidos deverão ser investidos em bens ou ações ligadas direta ou indiretamente na geração de renda e sustentabilidade no meio rural, considerando as peculiaridades locais. Deverá ser apresentado junto à inscrição do prêmio, a Proposta de Aplicação dos Recursos, que deverá conter o detalhamento de como o benefício será investido. A premiação será dada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O Prêmio é fruto de cooperação técnica, que tem como o executor e gestor financeiro o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A Cooperação Técnica é financiada pelo Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura do Governo Britânico (DEFRA) tendo como parceiro o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade) é a instituição que realiza os serviços de execução e operacionalização de atividades administrativas e logísticas do projeto.
Para mais informações acesse o regulamento do prêmio 

Os benefícios da castanha-do-brasil para a saúde humana

castanha do BrasilVersátil e nutritiva, a castanha-do-brasil ou castanha-do-pará, um dos produtos mais comuns e famosos da região amazônica, pode ser uma importante aliada para a saúde. Pouca gente sabe que além de rica em nutrientes, o alimento pode ser consumido in natura, na forma de farinha, como base para massas e mingaus ou ser utilizado no preparo do leite de castanha, que substitui o leite de coco.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Acre, em Rio Branco, Joana Maria Leite,  os benefícios da castanha para a saúde são notórios devido ao alto teor de nutrientes. “Três a quatro castanhas equivalem à quantidade de proteínas de um bife e o produto também é rico em minerais, como o selênio, um poderoso antioxidante que previne o envelhecimento precoce e os casos de câncer”, declara.

A pesquisadora explica que o alimento constitui uma das mais importantes cadeias produtivas da economia da Amazônia. Sua extração é realizada por ribeirinhos, seringueiros e indígenas, portanto uma atividade profundamente incorporada aos costumes das populações tradicionais.

Consórcio Regional da Batata/Procisur é constituído como intercâmbio técnico entre cinco países

A Embrapa faz parte de convênio que constitui o Consórcio Regional da Batata/Procisur, tendo como coordenador inicial o pesquisador Arione Pereira, da unidade de pesquisas de Pelotas/RS. O processo é uma conquista da ação de cooperação entre cinco países, onde a Empresa irá desenvolver em conjunto novas cultivares de batata, considerado um consórcio de alta relevância estratégica para programas de melhoramento genético e para ocupação de produtos no mercado. A Embrapa possui dezenas de clones e um banco de germoplasma de cerca de 400 acessos.
O Consórcio
Uma aliança regional, denominada Consórcio, é estabelecida a fim de complementar as capacidades dos programas de melhoramento genético, para tornar acessíveis as cultivares de batatas desenvolvidas, em forma conjunta, pelos países membros do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur) - Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai - e também a terceiros países, atendendo a demanda dos mercados consumidores.
O Consórcio pretende intercambiar e testar clones avançados de batata entre os programas de melhoramento das instituições envolvidas para desenvolver cultivares as condições de mercado dos países do Cone Sul, assim como, irão promover e difundir a terceiros países cultivares geradas pelo Consórcio, o qual possui um Comitê Gestor e um Comitê Técnico para o melhor andamento das atividades  desta aliança regional. As instituições que se envolvem nesta aliança são o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola (INTA/Argentina), a Embrapa, o Instituto de Pesquisa Agrícola do Chile (INIA/Chile), o Instituto Paraguai de Tecnologia Agrícola (IPTA/Paraguai) e o Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola do Uruguai (INIA/Uruguai).
Segundo o pesquisador Waldyr Stumpf, do Núcleo de Inteligência avalia o resultado como gratificante. Ele confirmou também a articulação feita pela Secretaria Executiva da Empresa e a Assessoria Técnica do Procisur como importante para a finalização deste processo. "A celebração do Convênio para a constituição do Consórcio Regional de Batata entre os países do Cone Sul demonstra, principalmente, uma nova postura do Procisur no sentido de articular, potencializar e viabilizar ações interinstitucionais com perspectivas de impactos econômicos e sociais positivos para a Região", pontuou Stumpf. Conforme ele, o convênio possibilitará ampliar e qualificar a articulação e o intercâmbio entre as equipes de pesquisa que passam a formar uma rede de troca de experiências e de inovação.
Motivos do Consórcio
No Brasil, a batata é a hortaliça mais importante, caracterizada pela utilização, em mais de 80% da área cultivada, predominando cultivares desenvolvidas no exterior. No Chile, a batata é a terceira cultura mais importante, com as cultivares desenvolvidas pelo INIA ocupando espaço importante na cadeia da batata daquele país, mas ainda dependente de material estrangeiro. Na Argentina, o portifólio de cultivares é reduzido e a maior parte dos negócios se baseia em uma única cultivar estrangeira. No Uruguai, uma cultivar americana ainda representa aproximadamente 50% da área, e outras cultivares provenientes do Hemisfério Norte também são utilizadas, com pouca participação das cultivares nacionais.
Os programas de melhoramento dos países envolvidos no Consórcio buscam desenvolvimento de cultivares com características similares, como ressaltar o alto teor de matéria seca para fins de industrialização, adaptação à mecanização, qualidade de uso culinário, resistência às principais doenças, entre outras. Uma oportunidade para aumentar a probabilidade de obtenção de novas cultivares, potencializando os esforços e os recursos aplicados pelas instituições.
História do Consórcio
A cooperação de melhoramento genético da batata se iniciou na década de 1980, entre quatro países, com experiências exitosas, que se refletiu em práticas e técnicas usadas pelos programas. As primeiras iniciativas de cultivares de batata em conjunto se deram entre a Embrapa e o INIA/Chile, obtendo um intercâmbio proveitoso. Mas, somente em 2010, no Peru, foi que surgiu a ideia de criar um instrumento formal que permitisse coordenar e complementar as capacidades dos programas de melhoramento da batata, com cada uma das instituições participantes do Consórcio.
Dados de produção dos países ( ano de 2016)
Produção de Batata
  • Argentina – 1.750 milhões de toneladas - 277 milhões de dólares
  • Brasil – 3,851 milhões de toneladas – 2,097 bilhões de dólares
  • Chile – 1,166 milhões de toneladas – 430 milhões de dólares
  • Uruguai - 89 mil toneladas - 72 milhões de dólares
  • Paraguai – 3,6 mil toneladas – 3 milhões de dólares
Produção de batata na América do Sul
6,860 milhões de toneladas de batata de países do Cone Sul
São 44,3% de produção na América do Sul

sexta-feira, 21 de setembro de 2018


Preço

Falta boi e preço sobe

Mercado fechou está quarta-feira (19/9) com mais um dia de valorizações
     
A expectativa era de que os preços do boi perdessem força à medida que o fim do mês se aproxima, mas indo na contramão, o mercado fechou está quarta-feira (19/9) com mais um dia de valorizações.
A oferta restrita não deu tranquilidade para os frigoríficos comprarem boiadas, com isso, a alta nas cotações atingiu 14 das 32 praças levantadas.
Em São Paulo a arroba passou a barreira dos R$150,00 à vista, livre de Funrural, e o boi gordo tem sido negociado, em média, a R$150,50/@ no estado, também à vista e livre do imposto. É uma alta de 3,1% desde o início do mês.
Em Mato Grosso do Sul a disponibilidade de animais prontos para o abate está mais crítica e por lá as valorizações são recorrentes. Na região de Três Lagoas, por exemplo, o boi gordo está custando 4,0% mais do que valia há duas semanas.
No vizinho Mato Grosso, o mercado comprador está menos pressionado, pois a oferta de animais na região tem sido suficiente para compor as escalas de abate sem muita necessidade de aumentar as ofertas de compra, principalmente nas regiões ao redor de Alta Floresta e Juara.

No estado, a exceção fica por conta da zona em torno de Confresa e Vila Rica, nestas áreas a oferta está apertada e o boi gordo está sendo negociado por preços acima da referência.