Leite
Programa de fomento atinge mais de 70 mil produtores de leite
Atuação dos auditores fiscais federais agropecuários em programa do Ministério da Agricultura ajuda a melhorar a qualidade de leites e derivados Embrapa Gado de Leite
O Programa
Leite Mais Saudável começou em 2015 e trouxe um novo modelo de fomento à
produção de leite no Brasil. Desde então ele beneficiou mais de 75 mil
produtores com um investimento acumulado de quase R$ 283 milhões em
projetos de melhoramento genético, gestão de propriedades e educação
sanitária, entre outros.
As empresas participantes devem investir
pelo menos 5% dos seus créditos de PIS e COFINS em projetos para
beneficiar os produtores rurais e a qualidade do leite por eles
produzido. As iniciativas devem ser enviadas para o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e auditores fiscais
federais agropecuários (Affas) avaliam e acompanham o andamento do
projeto para garantir que os recursos estão sendo utilizados
corretamente.
"Nós temos hoje uma situação crítica da
pecuária de leite. Vemos muita evasão da atividade, muitos produtores e
seus filhos saindo", diz o Affa Rodrigo Machado, da Coordenação de Boas
Práticas e Bem-estar Animal (CBPA). "Um programa como esse permite fazer
um fomento de massa. Você trabalha em projetos que levam conhecimento
técnico e financeiro para os produtores", continua.
Segundo o Affa Bruno Leite, os auditores
acompanham desde a criação até a execução do projeto, fazendo visitas a
campo. A empresa interessada deve entregar sua proposta na
superintendência do Mapa de seu estado. Além disso, a cada ano um
relatório sobre suas atividades deve ser apresentado. Quaisquer mudanças
necessárias são apontadas pelos auditores e a empresa pode ter que
devolver os recursos utilizados se não cumprir os termos.
Os auditores atuam em vários pontos da
cadeia produtiva do leite e nesse projeto específico, atuam na base da
cadeia, segundo Bruno. "Se você garante uma produção consciente, você
tem uma matéria-prima de qualidade. O número de fraudes cai, porque um
produto bom não precisa ser fraudado, não vale a pena. No final da
cadeia teremos um queijo, um iogurte que duram mais na prateleira, que
possuem um sabor melhor", completa.
"Esse é o modelo de fomento mais eficiente
e tende a ser o modelo do futuro", diz Rodrigo. "O que eu percebo é que
o produtor volta a sentir orgulho de ser um produtor de alimentos. Ele
passa a ficar mais tranquilo, porque sabe que aquela atividade vai dar
seu sustento, e se preocupa mais com a qualidade de seu produto",
continua o Affa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude o nosso Blog.