As alternativas de controle da cochonilha do carmim nos plantios de palma no nordeste
Nos últimos sete anos, a partir de um foco inicial no município de Sertânia (PE), a cultura da palma tem sido ameaçada por uma praga muito agressiva, conhecida como cochonilha-do-carmim. Desde então, a infestação desse inseto se expandiu por outros municípios pernambucanos, e já chegou aos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, num ataque que já afetou de forma irrecuperável cerca de 70 mil hectares.No semiárido do Brasil, região nordeste, está implantada a maior área cultivada com palma (500 mil hectares) de todo o mundo. Esta espécie forrageira, por sua adaptação às condições de solo, possuir resistência às altas temperaturas e ao regime irregular de chuvas da região, é base da alimentação do rebanho.
Pesquisadores da Embrapa Semiárido (Petrolina/PE) e do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) têm empreendido várias ações para conter a rápida propagação da praga. O desenvolvimento de variedades resistentes e medidas culturais são algumas delas.
Os pesquisadores Carlos Alberto Gava (Embrapa Semiárido) e Djalma Cordeiro dos Santos (IPA), dizem que para controlar o ataque da cochonilha-do-carmim em cultivos de palma, é preciso definir, de imediato, variedades que apresentam resistência ao ataque da praga: ‘Mão de moça ou Baiana’, ‘Palma Miúda ou Palma Doce’ e ‘Orelha de elefante’.
Está em desenvolvimento, com bons resultados, medidas de controle biológico com o uso de predadores nativos e importados. Também são empregados produtos alternativos de comprovada eficácia e atóxicos, como sabão em pó, detergente neutro e óleo vegetal e mineral.
“Não há nenhuma alternativa de controle biológico que vai eliminar completamente o inseto no campo, a não ser o uso de variedades resistentes. No entanto, essas variedades estão limitadas a algumas regiões”, destaca Carlos Alberto Gava.
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