domingo, 27 de setembro de 2015

 Nascem as primeiras bezerras simgir do Brasil

http://www.marceloabdon.com.br/

Na fazenda Vertente Grande, em Uberlândia (MG), no mês de julho, nasceram os primeiros 15 exemplares de bezerras simgir do Brasil. A raça estreante resulta da cruza entre simental e gir leiteiro. A novidade veio das mãos de Sérgio Vieira Attie, que tem o Projeto Simgir, para introduzir no país a raça mestiça que já é comum em outros países da América do Sul e Central.

Segundo o pecuarista, todas nasceram saudáveis, padronizadas na cor vermelha e mancha branca na cara, e com a melhor genética do plantel: matrizes simental SVA e do touro gir Tabu TE, da Calciolândia. Reúne as melhores características de cada raça, como a habilidade materna, rusticidade, fertilidade e habilidade dupla para corte e leite da raça simental; e capacidade leiteira com menor exigência alimentar e bom temperamento da gir leiteira para ordenha tanto manual como mecanizada. 
A nova raça é perfeita para as condições brasileiras de produção. “Clima, pasto, manejo, mineralização precisam ser adequados a nossa realidade, inclusive e, principalmente econômica. Temos um rebanho criado exclusivamente a pasto, produzindo carne e muito leite”, diz Attie.
Mais 25 nascimentos estão previstos para até outubro de 2015. Outros touros e matrizes devem ser incluídos na cruza. Quem estiver interessado em participar do Projeto Simgir, deve contatar a equipe do Simental Verde Amarelo para receber informações detalhadas sobre a parceria, registro dos animais, calendário de manejo e comercialização de produtos.
“Outro diferencial será os filhos destes animais F1 Simgir. Quando forem fêmeas irão para a produção leiteira. Quando forem machos terão grande valor comercial para corte. Somando todos esses benefícios daremos ao produtor o que ele mais procura: lucratividade. Quem quiser ter muito leite a pasto e pouca despesa, o caminho esta aqui”, conclui Sérgio Attie.

Projetos Pilotos de Agricultura Irrigada recebem apoio técnico


Cooperativa Terra Livre vem realizando mobilização no território Açu-Mossoró


O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através do contrato firmado com a Cooperativa Terra Livre, para execução do Projeto Piloto de Agricultura Irrigada do RN Sustentável, no território Açu-Mossoró, vem realizando ao longo da semana os encontros de mobilização e sensibilização dos agricultores e agricultoras familiares de três associações, Terra Prometida (PA. Oziel Alves), Pomar e Montana (MAISA) e duas Cooperativas, COOAFAM e COODAP, no território Açu-Mossoró para elaboração do Plano de Iniciativa de Negócios Sustentáveis que será apresentado ao Projeto RN Sustentável.
A partir das ações do Projeto, garantindo a construção participativa dos planos de negócios e o incentivo ao trabalho coletivo e a valorização dos agricultores e agricultoras familiares deste território, o Governo do Estado pretende realizar investimentos para potencializar a capacidade de produção e de comercialização das instituições envolvidas. Garantindo assim maior inclusão social, aumento da renda e sustentabilidade na atividade da agricultura irrigada.

Contag: Entidade se prepara para realizar sua 4ª PNTTR na capital federal


Foto: Assessoria/Contag
A Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag) realiza nos dias 11, 12 e 13 de novembro, sua 4ª Plenária Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras (PNTTR), no Centro de Estudos Sindical Rural (Cesir), em Brasília.
A notícia é publicada por intermédio do portal oficial da Confederação.
Este será um momento onde os delegados e delegadas retirados a partir das Plenárias Estaduais e Regionais, devem parar por três dias em Brasília para analisar as modificações ocorridas na conjuntura nacional e na situação de vida da categoria dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, tendo como ponto de orientação as deliberações do 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), realizado de 04 a 08 de março de 2013, na capital federal.
Os delegados da 4ª PNTTR, ainda devem avaliar o cumprimento das resoluções do 11º CNTTR e deliberar sobre o plano de ação da Contag até o 12º CNTTR. 
Até agora, já foram retirados delegados dos estados de AL, CE, SE, PI, BA, MA, RO, PA, AM, AP, MG, ES e RS.
Ainda devem retirar seus delegados PE, RN, PB, TO, RR, MS, GO, DF, SP, RJ, PR e SC.
A previsão é que até o final de outubro, a Contag já tenha o conhecimento de todos os delegados da 4ª PNTTR.
fonte do blog de pauta aberta

El Niño pode favorecer doenças na safra de soja na região sul

ferrugem_soja (Foto: Rafael Moreira Soares/Embrapa)Com o fim do vazio sanitário, período na entressafra com a ausência de plantas de soja, a partir de 16 de setembro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo começaram a semeadura da soja.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia a safra 2015/16 será influenciada pelo fenômeno El Niño, que pode provocar chuvas irregulares no Sudeste e no Centro-Oeste, atraso nas chuvas na região Nordeste e chuvas acima da média para a região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. "A safra 2015/16 vem se configurando como favorável para epidemias de ferrugem asiática da soja, principalmente na região Sul", avalia a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

Na avaliação da pesquisadora, a ferrugem causada pelo fungo P. pachyrhizi, deve aparecer nas lavouras antes de dezembro, mês que geralmente caracteriza o aparecimento da doença, quando não ocorre El Niño.

De acordo com Cláudia, o inverno pouco rigoroso de 2015, também sob influência do El Niño, favoreceu a sobrevivência de plantas de soja voluntárias (guaxas ou tigueras) no Rio Grande de Sul e em Santa Catarina, que não adotam o vazio sanitário. "Esses dois estados não adotam o vazio sanitário porque as geadas no inverno matam a soja tiguera, o que não ocorreu esse ano", diz.

Com isso, o Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferrugem.net) registrou focos de ferrugem na entressafra. Além disso, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Tocantins já relataram ao Consórcio Antiferrugem soja voluntária com inóculo do fungo causador da ferrugem para a safra. 
 


Crédito de imposto pode ser usado para capacitar produtores do setor leiteiro

ordenhadeiraEstá acontecendo um debate entre representantes da cadeia produtiva do leite para discutir procedimentos para requisição dos créditos presumidos do PIS/Cofins. Esses impostos são pagos pelas empresas na comercialização do leite e podem ser revertidos para qualificação dos produtores do setor. A Lei nº 13.137/2015, que entrará em vigor no próximo dia 1º de outubro, garante que as agroindústrias leiteiras recuperem 50% da contribuição de 9,25% do PIS/Cofins incidente sobre a venda do leite in natura.
Para ser beneficiadas pelo programa as agroindústrias devem destinar 5% desses recursos a projetos que ajudem os produtores de leite na melhoria da qualidade do produto. Os assessores Rodrigo Almeida e Bruno Leite, da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dizem que há um modelo de projeto para a qualificação e capacitação da cadeia leiteira. “As empresas e cooperativas de laticínios deverão apresentar ao Ministério da Agricultura projetos de assistência técnica com foco em gestão agropecuária, boas práticas agropecuárias e melhoria da produtividade do rebanho leiteiro, além de melhoramento genético e educação sanitária”, disse Bruno Leite.

As propostas, com prazo de até 36 meses de duração, serão aprovadas e fiscalizadas pelo Mapa, que verificará se elas estão alinhadas com as políticas públicas e com o interesse da sociedade. Segundo o técnico Rodrigo Almeida, “os efeitos desse encaminhamento refletirão na melhoria da renda do produtor rural e, consequentemente, na melhoria da qualidade do leite”.

Liquidação de Débitos

Prezados e prezadas das Delegacias do MDA, movimentos sociais e parceiros,
Foi publicada hoje a Resolução do CMN de nº 4.436, de 24 de setembro de 2015, que concede novo prazo para  liquidação com rebate de 70% (setenta por cento) sobre o saldo das operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas até 31 de dezembro de 2010 ao amparo dos Grupos “A” e “A/C” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cujo risco seja dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) ou da União, que estiverem em situação de inadimplência em 30 de dezembro de 2013.
Vejam no anexo.
Divulgar essa medida e estimular os agricultores familiares para que liquidem as operações dos Grupos “A” e “A/C” Pronaf, cujo risco seja dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) ou da União, que estiverem em situação de inadimplência em 30 de dezembro de 2013 vai ajuda a muita gente.
"A liquidação pode ser efetivada até 30 de dezembro de 2015 com rebate de 70% (setenta por cento) sobre o saldo devedor atualizado, em substituição a todos os bônus de adimplência e de liquidação previstos contratualmente.” (NR)
 
Contamos com a ação de todos(as). 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Governador garante repasse para programa de cisternas no Rio Grande do Norte‏

Robinson Faria reafirmou que o programa continuará a ser executado em todo o estado

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O governador Robinson Faria recebeu um grupo formado por instituições do campo, liderado pela Articulação do Semiárido (ASA), para discutir a continuidade da execução do programa de cisternas, voltado para famílias situadas em regiões com desabastecimento de água e que enfrentam os efeitos da pior seca dos últimos 60 anos no estado.
A reunião da tarde desta quarta-feira (23) teve a participação ainda de membros do Serviço de Apoio a Projetos Alternativos (Seapac), Terra Verde, Diaconia, Chapéu de Couro e Techne.  O governador garantiu agilidade no repasse para que o programa seja continuado no estado em cumprimento ao convênio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas). A reunião contou ainda com o diretor presidente da Caern, Marcelo Toscano, e do diretor geral do Instituto de Gestão das Águas do RN, Josivan Cardoso.
Outro anúncio na reunião é que um técnico do MDS já foi designado para fazer a capacitação técnica dos fiscais da Sethas que acompanharão a execução dos 40% restantes das 3.357 cisternas contempladas no programa.
O governador Robinson Faria reafirmou que o programa continuará a ser executado em todo o estado, garantindo água para a população. “Nós estamos passando por um período muito complicado de seca, mas não podemos parar programas essenciais como esse, que chegam na ponta e atendem pessoas nos lugares mais remotos do estado. Vamos acompanhar de perto a execução das cisternas para universalizar a água”.
O chefe do Executivo Estadual lembrou ainda que uma sugestão dada a presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, durante a entrega da primeira Estação de Bombeamento do eixo Norte do projeto de transposição do Rio São Francisco, em agosto deste ano, teve boa receptividade por parte dos gestores federais. Trata-se de um canal de 6 km que possibilitará a antecipação em dois anos da chegada das águas do Rio São Francisco ao RN que vai sair da barragem de Caiçara, no município de São José de Piranhas (PB), até o leito do rio Piranha-Açu, já no Rio Grande do Norte.
Dom Jaime Vieira Rocha, representante da ASA, pediu que governo e instituições continuem trabalhando em consonância. “Temos muita esperança que a seca no nosso estado vai ser superada com programas como esse das cisternas. Estamos trabalhando com agilidade para solucionar o mais rápido possível os problemas pendentes”, encerrou.

NOTA DO BLOG: Com todo respeito ao Exmº Sr. Governador do Estado do RN, mas não poderia calar diante de certas coisas que vem acontecendo no nosso sertão velho de guerra. Por exemplo: foram construídas muitas cisternas em nossa região central que talvez já tenha atendido a uma quantidade significativa de produtores rurais. Por que não se construir agora pequenos barreiros, ou se recuperar muitos que estão obsoletos, sem condições de receberem água. Onde estão as máquinas recebidas pelas Prefeituras? que fazem no momento? qual a atual serventia delas? Precisa a equipe do governo sair dos gabinetes e conversar com os pequenos produtores, para saber de fato a real necessidade a respeito do famoso líquido que continua cada vez mais escasso.  

Estado prorroga emergência em 153 municípios devido à seca


O governador Robinson Faria (PSD) publicou decreto nesta quinta-feira (24) prorrogando o estado de emergência em 153 municípios potiguares devido à seca. Durante os 180 dias previstos de vigência do decreto, o Estado poderá contratar com dispensa de licitação obras e serviços direcionados a combater as consequências da estiagem.

De acordo com o Governo, o mapa das chuvas nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015 demonstram que grande parte dos municípios do Rio Grande do Norte tiveram volumes de chuva abaixo dos 500mm no período de janeiro a julho, causando a baixa nos reservatórios de água do estado.

Com a seca, o Governo estima que o prejuízo de R$ 4,7 bilhões, o que representa uma redução 57,54% na contribuição da produção agropecuária no Rio Grande do Norte em anos de inverno normal.

"Para a atividade de produção de frutas irrigadas, foi considerado uma redução de 25% no volume produzido; o grau de acometimento para a cana de açúcar foi de 30 %; para a pecuária, os prejuízos foram da ordem de 60 %; já para as culturas de subsistência, inclusive o algodão e a castanha de caju, o grau de perdas considerado chegou a 60 % dos valores obtidos em anos normais", disse o Governo em seu decreto.

A prorrogação da emergência na seca já está em vigor.

Confira os municípios afetados:

1) Acari, 2) Assú, 3) Afonso Bezerra, 4) Água Nova, 5) Alexandria, 6) Almino Afonso, 7) Alto dos Rodrigues, 8) Angicos, 9) Antônio Martins, 10) Apodi, 11) Areia Branca, 12) Baraúnas, 13) Barcelona, 14) Bento Fernandes, 15) Bodó, 16) Brejinho, 17) Boa Saúde, 18) Bom Jesus, 19) Caiçara do Norte, 20) Caiçara do Rio do Vento, 21) Caicó, 22) Campo Redondo, 23) Caraúbas, 24) Carnaúba  dos Dantas, 25) Carnaubais, 26) Ceará-Mirim, 27) Cerro-Corá, 28) Coronel Ezequiel, 29) Campo Grande, 30) Coronel João Pessoa, 31) Cruzeta, 32) Currais Novos, 33) Doutor Severiano, 34) Encanto, 35) Equador, 36) Espírito Santo, 37) Felipe Guerra, 38) Fernando Pedroza, 39) Florânia, 40) Francisco Dantas, 41) Frutuoso Gomes, 42) Galinhos, 43) Governador Dix-Sept Rosado, 44) Grossos, 45) Guamaré, 46) Ielmo Marinho, 47) Ipanguaçu, 48) Ipueira, 49) Itajá, 50) Itaú, 51) Jaçanã, 52) Jandaíra, 53) Janduís, 54) Japi, 55) Jardim de Angicos, 56) Jardim de Piranhas, 57) Jardim do Seridó, 58) João Câmara, 59) João Dias, 60) José da Penha, 61) Jucurutu, 62) Jundiá, 63) Lagoa Nova, 64) Lagoa Salgada, 65) Lagoa d'Anta, 66) Lagoa de Pedras, 67) Lagoa de Velhos, 68) Lajes, 69) Lajes Pintadas, 70) Lucrécia, 71) Luís Gomes, 72) Macaíba, 73) Major Sales, 74) Marcelino Vieira, 75) Martins, 76) Messias Targino, 77) Montanhas, 78) Monte das Gameleiras, 79) Monte Alegre, 80) Mossoró, 81) Macau, 82) Nova Cruz, 83) Olho d’Água dos Borges, 84) Ouro Branco, 85) Passagem, 86) Paraná, 87) Paraú, 88) Parazinho, 89) Parelhas, 90) Passa e Fica, 91) Patu, 92) Pau dos Ferros, 93) Pedra Grande, 94) Pedra Preta, 95) Pedro Avelino, 96) Pedro Velho, 97) Pendências, 98) Pilões, 99) Poço Branco, 100) Portalegre, 101) Porto do Mangue, 102) Pureza, 103) Serra Caiada, 104) Rafael Fernandes, 105) Rafael Godeiro, 106) Riacho da Cruz, 107) Riacho de Santana, 108) Riachuelo, 109) Rodolfo Fernandes, 110) Ruy Barbosa, 111) Santa Cruz, 112) Santa Maria, 113) Santana do Matos, 114) Santana do Seridó, 115) Santo Antônio, 116) São Bento do Norte, 117) São Bento do Trairi, 118) São Fernando, 119) São Francisco do Oeste, 120) São João do Sabugi, 121) São José de Mipibu, 122) São José do Campestre, 123) São José do Seridó, 124) São Miguel do Gostoso, 125) São Miguel, 126) São Paulo do Potengi, 127) São Pedro, 128) São Rafael, 129) São Tomé, 130) São Vicente, 131) Senador Elói de Souza, 132) Serra Negra do Norte, 133) Serra de São Bento, 134) Serra do Mel, 135) Serrinha dos Pintos, 136) Serrinha, 137) Severiano Melo, 138) Sítio Novo, 139) Taboleiro Grande, 140) Taipu, 141) Tangará, 142) Tenente Ananias, 143) Tenente Laurentino Cruz, 144) Tibau, 145) Timbaúba dos Batistas, 146) Touros, 147) Triunfo Potiguar 148) Umarizal, 149) Upanema, 150) Várzea, 151) Venha-Ver, 152) Vera Cruz, 153) Viçosa.
NOTA DO BLOG: Perguntar não ofende, ou pelo menos não deveria: Que benefícios terão os municípios com a prorrogação do estado de emergência? Pois até o momento não se conhece nem uma ação por parte dos órgãos governamentais, aqui para o produtor rural do nosso RN. Talvez beneficie a indústria da seca. Se alguém souber avise a esse blogueiro, por favor.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Sertão em Carne e Alma


No Sertão a tarefa é muito dura
Mas se tem a colheita, a criação
Ferramenta da roça produção
Uma rede, um garajau de rapadura
Uma dez polegadas na cintura

A viola, um baú, uma cabaça
A tarrafa e um litro de cachaça
Mescla azul, um botinão, chapéu baêta
Fumo grosso, espingarda de  espoleta
E um cachorro mestiço bom de caça

Ivanildo Vila Nova



Venda de sêmen Angus Cresce 180%




Lastreada pela expansão do cruzamento industrial no Brasil Central, a venda de sêmen Angus disparou nos últimos anos. Levantamento divulgado recentemente pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) indica que a comercialização da raça aumentou de 1.317.805 doses, em 2009, para 3.697.501, em 2014, um avanço de 180% em seis anos.
O crescimento é diferenciado em relação às demais raças de corte, que, em sua maioria, mantêm um ganho mais modesto. Na media geral das raças, a Asbia indica avanço de 58% em seis anos, com queda de 7% em 2014 em relação a 2013. “A Angus veio para ficar quando falamos em cruzamento industrial com os zebuínos. É uma raça que agrega valor à pecuária porque nos garante um acabamento de carcaça diferenciado. A Angus permite ao Brasil produzir a carne que o mundo todo quer”, pontuou o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber.
O levantamento da Asbia ainda indica que, levando em consideração apenas as 12 raças com maior volume de vendas, a Angus detém 53% do mercado de sêmen no país. Ao estratificar os resultados por estado, a associação indica que a raça Angus é a preferida em 15 deles, coincidentemente aqueles onde a pecuária tem maior força como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em segunda colocação aparece a Nelore, com presença maior em dez estados, entre eles Minas Gerais, Piauí e Bahia. “A expansão da Angus com sucesso pelos rebanhos do país deve-se a sua grande capacidade de adaptação e a uma política de fomento nacional”, pontua Weber. Atualmente, a Associação Brasileira de Angus está presente em todo país com staff preparado para prestar assessoria técnica, além de oferecer aos pecuaristas as vantagens e bonificações do Programa Carne Angus Certificada em oito estados.
Ainda segundo a Asbia, no primeiro semestre de 2015, as vendas de sêmen na pecuária brasileira cresceram 0,3% em relação ao mesmo período de 2014, com expansão de 8% quando fala-se apenas em pecuária de corte (2.672.830 doses de raças de corte nos primeiros seis meses do ano). Também é notável o incremento nos negócios para o exterior, ampliados em 36%. Segundo a Asbia, o desempenho mostra a robustez do setor e reproduz as ações que a entidade vem implementando nos últimos meses. Entre elas está a homologação de cursos de inseminação de modo a difundir a prática pelo país com maiores garantias de qualidade. Além disso, a entidade trabalha no sentido de instalar um Laboratório de Análise de Sêmen próprio, cuja previsão de funcionamento é para 2016. A estrutura requisitará R$ 400 mil de investimentos e será construída no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). (Dinheiro Rural)

Convivência com a Seca-Artigo

 Convivência com a Seca

A seca é um dos principais limitantes que afetam a segurança alimentar e a sobrevivência de mais de dois bilhões de pessoas, que ocupam 41% das áreas do planeta. O fenômeno pode ser definido como deficiência em precipitação por um extenso período de tempo, resultando em escassez hídrica (Solh&Ginkel, 2014). As áreas mais afetadas com secas no Brasil estão no Semiárido. Nos anos 2012 e 2013, mais de 1.400 municípios da região Nordeste e do norte de Minas Gerais foram severamente castigados com a estiagem. 
 
Cenários futuros apontam para o aumento da temperatura e redução na precipitação, especialmente nessas áreas, sendo que, em se confirmando este cenário, será cada vez mais comum a ocorrência de secas (Santos et al., 2009). A eficiência produtiva nas regiões mais suscetíveis às estiagens depende de uma série de medidas de monitoramento e mitigação dos efeitos negativos desse fenômeno, através do uso racional e sustentável dos recursos hídricos, edáficos e da biodiversidade.
 
Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas aponta que, até o ano de 2025, mais de 70% das cidades com população acima de 5.000 habitantes do Semiárido enfrentarão crise no abastecimento de água para consumo humano. Em resumo, entre os impactos previstos para com as mudanças no clima no Semiárido brasileiro estão: a alteração na vegetação da Caatinga; a diminuição da água de lagos, açudes e reservatórios; maior vulnerabilidade às chuvas torrenciais e concentradas em curto espaço de tempo, resultando em enchentes e graves impactos socioambientais; maior frequência de dias secos consecutivos e de ondas de calor; a inviabilidade da produção agrícola de subsistência de grandes áreas e o aumento da migração.
 
Observações históricas e modelagens apresentam evidências de alterações nos sistemas climáticos de várias partes do mundo, sejam relacionadas a eventos naturais, como, principalmente, atribuídas às atividades humanas. Estes últimos efeitos são consequências de mudanças na composição atmosférica. As regiões áridas e semiáridas encontram-se entre as que mais, provavelmente, experimentarão os impactos das mudanças climáticas, sofrendo forte redução nas precipitações e aumento da evaporação por conta dos aumentos de temperatura, com graves impactos à disponibilidade de água, à produção de alimentos e, consequentemente, à segurança alimentar, aos ecossistemas e até mesmo às infraestruturas elétricas (IPCC, 2007; AWC; WWC, 2009). Um crescimento na severidade da seca está previsto para o Brasil, com aumento nas taxas de evapotranspiração, prolongamento dos períodos de estiagem e redução nas áreas agricultáveis (Word Bank, 2012).
 
Por seu lado, a biodiversidade do Brasil é considerada uma das mais ricas do mundo, correspondendo a aproximadamente 20% de toda a diversidade mundial, apresentando muitas espécies endêmicas e vários recursos genéticos ainda desconhecidos (VALOIS, 2014). Um dos biomas mais afetados pelas secas no Brasil é a Caatinga. São mais de 734.478 km², sendo 22% desta área atualmente ameaçada pela desertificação. Apesar desta ameaça, a biodiversidade é considerada alta, com inúmeras espécies de plantas, animais e microrganismos, muitos endêmicos, o que coloca este bioma como estratégico para bioprospecção. Contudo, do ponto de vista científico, esse é um dos sistemas ecológicos menos conhecidos da América do Sul (MMA, 1998).
 
A estrutura física dos solos é, no geral, pouco apropriada para a agricultura e extensas áreas são ocupadas com a pecuária, especialmente, a de pequenos ruminantes. Cerca de 50% dos estabelecimentos agropecuários no Nordeste não utilizam nenhum tipo de prática conservacionista do solo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2002), as áreas com sinais extremos de degradação, conhecidas como Núcleos de Desertificação, correspondem a 15% da área da Caatinga.
 
A prática da agricultura nas áreas mais sensíveis à seca no Brasil apresenta desafios que vão desde questões climáticas, ambientais, deficiência logística, atraso tecnológico, falta de crédito e falta de assistência técnica. O grande desafio atual para o desenvolvimento dessa agricultura é promover melhorias no sistema produtivo que superem as limitações, utilizando tecnologias apropriadas ao contexto local, visando o desenvolvimento regional, a inclusão da agricultura familiar em um sistema de produção moderno e eficiente com acesso a crédito, assistência técnica e insumos (IPEA, 2012).
 
Os prejuízos que as últimas secas têm causado à produção animal estão relacionados diretamente a perdas de efetivo. Segundo IBGE, em 2012, na região Nordeste, foram perdidos 1,3 milhões de bovinos, 696 mil caprinos, 784 mil ovinos e 755 mil aves, havendo perdas também nos rebanhos de suínos e equídeos. As perdas mais pronunciadas foram nos estados nordestinos da Bahia (40%), da Paraíba (28%) e de Pernambuco (24%).
 
Por outro lado, a tecnologia empregada na produção regional é, em muitos casos, defasada com relação àquela usada em atividades congêneres no restante do país, ou, pelo menos, naqueles lugares com os melhores índices de produtividade para essas mesmas atividades (IPEA, 2012). Isso resulta em safras que ficam abaixo do potencial produtivo. Combinado com esse atraso tecnológico, e na verdade explicando, em parte, está a questão do acesso à assistência técnica por parte dos agricultores. A maioria dos estabelecimentos agropecuários nordestinos não tem acesso a qualquer tipo de assistência técnica.
 
As estratégias de convivência com a seca são, antes de tudo, preventivas e, uma vez o fenômeno instalado, restam poucas opções ou ações imediatistas para combater seus efeitos sobre as atividades agropecuárias. Um trabalho de avaliação da situação da agropecuária na região sugere, principalmente, o que precisa ser feito depois de passado esse período mais crítico, para quando o fenômeno da seca nessas proporções volte a se repetir, as famílias estejam mais preparadas e seus efeitos sejam minimizados. 
 
É nessa perspectiva que a Embrapa, por meio de um centro de pesquisa localizado no Semiárido brasileiro, bem como outras instituições de pesquisa da região, propõe intervenções para a redução da fragilidade dos sistemas de produção e a busca de oportunidades econômicas que demonstrem mais resiliência aos fenômenos da seca, sempre ressaltando que a diversidade do quadro natural e social do Semiárido requer alternativas diferenciadas de inovações técnicas e ações de políticas públicas. Entre as contribuições das pesquisas da Embrapa que, integradas aos programas de desenvolvimento governamentais e da sociedade civil podem reduzir os efeitos do fenômeno da seca sobre a população rural, destacam-se a captação, armazenamento e uso de água de chuvas, a valorização da biodiversidade do bioma Caatinga e a produção animal, com destaque para a caprinovinocultura.
 
A seca é um evento climático difícil de ser previsto, mas intervenções e estratégias podem ajudar as populações a estarem mais preparadas para conviverem com o fenômeno. Algumas estratégias que vêm obtendo sucesso em outras regiões do mundo estão associadas a mudanças geográficas em sistemas agrícolas, sistemas de sequeiro resilientes às mudanças climáticas e sistemas de irrigação mais eficientes (Solh&Ginkel, 2014). No caso brasileiro, necessita-se explorar estas e outras alternativas, dentro de contextos mais transversais ligados às questões relativas ao uso da água, do solo e da biodiversidade, de forma conectada ao clima e cenários de mudanças climáticas, bem como de contextos mais aplicados relativos à produção vegetal, produção animal, bioenergia e sistemas integrados, de modo a propor soluções tecnológicas adequadas à realidade brasileira.
  

Fossa Séptica Biodigestora

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Fossas septicas biodogestora da Embrapa  
 
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas, mais de 60% do total de agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil. É comum nessas propriedades o uso de fossas rudimentares (fossa "negra", poço, buraco, etc.), que contaminam águas subterrâneas e, obviamente os poços de água, os conhecidos poços ”caipiras”. Assim, há a possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e água, como hepatite, cólera, salmonelose e outras.

O processo de biodigestão de resíduos orgânicos é bastante antigo, sendo que a primeira unidade foi instalada em Bombaim, na Índia em 1819; na Austrália uma companhia produz e industrializa o metano a partir de esgoto desde 1911. A China possui 4,5 milhões de biodigestores que produzem gás e adubo orgânico, sendo que a principal função é o saneamento no meio rural. No Brasil, a ênfase para os biodigestores foi dada para a produção de gás, com o objetivo de converter a energia do biogás em energia elétrica através de geradores. Isso permitiu melhorar as condições rurais, como por exemplo o uso de ordenhadeiras na produção de leite, e outros benefícios que podem ser introduzidos. 
 
Esse processo realiza-se através da decomposição anaeróbica da matéria orgânica digerível por bactérias que a transforma em biogás e efluente estabilizado e sem odores, podendo ser utilizado para fins agrícolas. As fases do processo constam de: fase de hidrólise enzimática, ácida e metanogênica (Olsen & Larsen, 1987), as quais eliminam todo e qualquer elemento patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com isso, o processo de biodigestão de resíduos orgânicos é uma possibilidade real a ser considerada para a melhoria do saneamento no meio rural.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Oficina debate desafios da produção das carnes ovina e caprina no semiárido brasileiro

Adilson Nóbrega - Proposta da oficina é debater aspectos centrais para desenvolvimento das cadeias de carne caprina e ovina
Proposta da oficina é debater aspectos centrais para desenvolvimento das cadeias de carne caprina e ovina
Desafios referentes a produção, acesso ao mercado, governança e políticas públicas estarão em debate na Oficina Temática da Carne Ovina e Caprina no Nordeste, que reunirá 80 participantes, entre agricultores familiares, técnicos de extensão rural, pesquisadores, agentes governamentais e representantes de associações, cooperativas, frigoríficos e restaurantes de nove estados. O encontro acontecerá no Petrolina Palace Hotel, em Petrolina (PE), de 22 a 24 de setembro.

A Oficina, organizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Embrapa, apresentará experiências bem sucedidas de desenvolvimento territorial em polos de produção de carne de ovinos e caprinos e irá elaborar, junto com os participantes, um diagnóstico das prioridades desse setor em termos de assistência técnica, extensão rural, ensino, pesquisa, governança territorial, produção, acesso ao mercado, beneficiamento de produtos e inspeção sanitária.

Ao trazer estas temáticas, a Oficina pretende discutir e construir propostas sobre aspectos considerados centrais para o desenvolvimento da ovinocultura e caprinocultura de corte. Embora o consumo das carnes apresente, nos últimos anos, tendências de crescimento no país e boas oportunidades em nichos de mercado, há ainda entraves como carências de tecnologias na produção, governança do setor e maior inclusão dos produtos dos pequenos produtores nos mercados.

Segundo Caroline Barbosa, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos, a proposta é também articular com os participantes a composição de uma rede de instituições que possa discutir de forma mais efetiva as questões ligadas ao setor produtivo, a exemplo das redes sobre leite caprino e agroecologia que já começaram a ser construídas a partir de oficinas realizadas, respectivamente, em novembro de 2014 e em junho deste ano.

O evento faz parte da estratégia de realização de oficinas de concertação ou temáticas, coordenadas pelo MDA e Embrapa em diversas regiões do país, no âmbito do Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade para a Agricultura Familiar, integrando assistência técnica, ensino e pesquisa.
Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos

Emparn participa de encontro que apresentou o Plano de Enfrentamento da Seca


Sem título
O Presidente da Emparn, Dr Alexandre Wanderley, participou nesta segunda-feira (21), junto com prefeitos, de uma reunião com o governador Robinson Faria, em Natal. 
 

Na oportunidade foi apresentado o plano de enfrentamento à seca, já que o estado vive um verdadeiro colapso de água. 
Blog Marcos Dantas

terça-feira, 22 de setembro de 2015

 Parceria Incra e Embrapa pode resultar na capacitação de assentados para produção agroecológica



Uma missão técnica formada por profissionais que atuam na área de assistência técnica e do Pronera visitará na próxima sexta-feira (25), a sede da Embrapa Agrobiologia, localizada em Seropédica (RJ). O objetivo do gupo é conhecer pesquisas e programas de capacitação com ênfase na agroecologia. A missão, atende a demanda apresentada pelo governador do Amazonas, José Melo Oliveira, que propôs ao Incra criar uma espécie de cinturão verde no entorno de Manaus, uma vez que a cidade é cercada por assentamentos da reforma agrária.
O encontro da próxima sexta-feira é resultado da reunião entre a presidente do Incra, Maria Lúcia Fálcon e o chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Gustavo Ribeiro Xavier que aconteceu na última quarta-feira (16), no Rio de Janeiro. No encontro foram discutidas a definição de estratégias de transferência de tecnologia e também formas de levar o conhecimento produzido pela Embrapa para dentro dos assentamentos da reforma agrária.
A proposta é retomar o diálogo iniciado há um ano entre a Superintendência do Incra no Rio de Janeiro (Incra/RJ) e a unidade da Embrapa localizada em Seropédica e construir um projeto de parceria na perspectiva nacional. “Queremos unir forças e desenvolver uma agenda que leve em conta o desenvolvimento rural com geração de renda e alimentação saudável”, definiu Maria Lúcia.
Manaus
Boa parte dos alimentos frescos consumidos em Manaus, vem de outros estados e a ideia é produzir no próprio município, diminuindo o custo para o consumidor final.
Por se tratar de área cercada de floresta, rios, igarapés e rica biodiversiade, a produção precisa ser feita em bases agroecológicas, sem uso de veneno. Além de discutir um programa de capacitação de curta duração, voltado para a produção de alimentos e implantação de quintais produtivos, para produtores locais, o Incra também discutirá com a Embrapa Agrobiologia, parcerias para a realização de um mestrado profissional e cursos na modalidade Ensino à Distância. A missão é coordenada pela superintendente do Incra no Amazonas, Maria do Socorro Feitosa.
De acordo com Gustavo Ribeiro Xavier, a Embrapa Agrobiologia possui um histórico de produção orgânica e agroecológica, com forte atuação na capacitação e transferência de tecnologia. A unidade possui uma área de 70 hectares que é referência internacional na demonstração da produção agroecológica. Conhecido como Fazendinha Agroecológica, o local é palco de diversos cursos, entre os quais, o mestrado profissional em agricultura orgânica, que foi citado com um dos exemplos de capacitação que pode ser direcionada a servidores do Incra.
Ofertado em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o curso integra conhecimentos teóricos e práticos relativos à condução de sistemas orgânicos de produção. Por meio das aulas, o aluno se qualifica a subsidiar a formulação, o planejamento e a execução de políticas públicas, especialmente a nível local, que favoreçam a expansão de sistemas de produção baseados no princípio da agricultura orgânica, aplicados principalmente a produção agrícola de base familiar.
Jovens no campo
 Outra frente de atuação da Embrapa Agrobiologia que pode ser incorporada pelo Incra, sobretudo no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), tem a ver com o uso de tecnologias digitais, nas suas diferentes mídias, para romper o isolamento do espaço rural e partilhar a construção de ações conjuntas visando o desenvolvimento local.
A chefe-adjunto da área de transferência de tecnologia, Ana Cristina Garofolo, que desenvolve essa linha de pesquisa, disse que o uso de novas tecnologias tem se mostrado uma maneira promissora de manter o jovem no campo. O uso dessas ferramentas no espaço rural pode mudar as condições de acesso das pessoas à informação e ao conhecimento gerado por diversos atores públicos e/ou privados e também permitir que construam novas racionalidades.

Assessoria de Comunicação Social
Incra/RJ

Vem aí-A Festa do Boi

Festa do Boi. Imagem: Divulgação.A maior exposição agropecuária do estado do RN. De 10 a 17 de Outubro de 2015.

 Brasileiros comem menos frutas do que o aconselhado pela OMC

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que o Mapa pretende democratizar o consumo de frutas entre os brasileiros. A declaração foi feita durante lançamento do Programa Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas, que vai investir R$ 128 milhões para aumentar a qualidade, a segurança fitossanitária e o consumo de frutas pelos mercados interno e externo.

Kátia Abreu afirmou que o Mapa trabalhará para aumentar o consumo per capita de frutas entre os brasileiros, que atualmente comem menos do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMC). A entidade recomenda 140 quilos ao ano, mas, no Brasil, come-se apenas 57 quilos em média.
“Queremos pelo menos dobrar esse consumo, ou seja, popularizar as frutas através do preço. Sabemos que as frutas ainda não chegaram à população de baixa renda e temos que trabalhar para que isso aconteça. A fruta deve ser democratizada na geladeira do brasileiro, nosso maior consumidor”, afirmou durante coletiva de lançamento do programa.
Para Kátia Abreu, o controle das moscas-das-frutas – pragas que causam prejuízo da ordem de US$ 120 milhões todos os anos – estimulará o consumo de frutas no país, uma vez que o preço poderá ser reduzido. “Essa mosca não adoece pessoas, apenas o bolso do produtor, que acaba repassando para o consumidor os prejuízos causados pela praga”, explicou a ministra. “O controle sanitário ajuda na competitividade e baixa custos”, completou. 

O blefe da semana

O governo da Presidente Dilma enlouqueceu de vez. Sem rumo e sem prumo, principalmente em se tratando da estiagem prolongada aqui no Semiárido, anuncia que vai doar esta semana, através da CONAB, arroz em casca para os moradores que vivem brigando na faixa de Gaza(na Palestina) e para a famosa Ilha, "CUBA" que se perdeu no tempo e no espaço, diante de  uma ditadura arcaíca, sem respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades individuais. Enquanto isso o Nordeste Brasileiro, como dizia Luiz Gonzaga, vive ao Deus dará. Em pleno século XXI, ainda tem que estender a mão. Até quando?

Sindi será destaque na Festa do Boi 2015




O Sindi, raça de bovinos originária do Paquistão, é atualmente a que mais cresce no Nordeste por serem animais rústicos que se adaptaram muito bem à região.
Durante a Festa do Boi, a raça Sindi terá o maior número de animais expostos no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN). São esperados animais de todos os estados do Nordeste e criadores de vários estados do Brasil. Na ocasião, será realizada a 13ª Exposição Nacional da Raça.
No dia 15 de outubro haverá o Leilão Sindi Estrelas, com a participação de animais campeões nacional, uma ótima oportunidade para se adquirir animais de alta genética.

Mistura múltipla é alternativa para alimentar o rebanho na estação seca

gado no cochoDurante a estação seca no Semiárido, as pastagens perdem valor nutricional. Para complementar a alimentação de caprinos e ovinos que se alimentam apenas de pastagem durante a época seca, a Embrapa Caprinos e Ovinos recomenda o uso da mistura múltipla, também conhecida como sal proteinado, um complemento alimentar que pode ser produzido pelo agricultor com ingredientes simples e de fácil acesso.
A mistura múltipla tem função energética e proteica, utilizando entre seus componentes farelo de soja, milho, sal comum, entre outros. A mistura múltipla ajuda a melhorar a digestão da pastagem seca, evitando a perda de peso dos animais e mantendo a produção de leite. O pesquisador Diego Galvani, da Embrapa Caprinos e Ovinos, destaca que a mistura múltipla é uma opção acessível ao produtor, tornando-se uma opção barata para garantir a saúde e a produtividade dos animais.

Diego também ressalta que a mistura múltipla não pode ser utilizada como única fonte de alimento, ela deve ser aliada à pastagem ou à forragem que o produtor tenha disponível. Durante o preparo da mistura múltipla, é preciso garantir que todos os ingredientes sejam bem triturados para que a mistura fique homogênea. Além disso, o suplemento mineral utilizado na composição da mistura deve ser específico para caprinos e ovinos, tendo em vista que suplementos minerais para bovinos podem ser tóxicos para cabras e ovelhas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Um jeito fácil e barato para induzir o cio em fêmeas de ovinos

ovelhas pastando.Para induzir e sincronizar a ovulação das ovelhas de forma natural, utiliza-se o efeito macho. O efeito macho é o nome dado à técnica de inclusão do carneiro em um rebanho de fêmeas ovinas após um período de ausência de macho no rebanho de fêmeas, induzindo e/ou sincronizando a ovulação. Isso ocorre devido ao estímulo olfativo das ovelhas em relação a substâncias denominadas de feromônios, presentes nas secreções de glândulas sebáceas e odoríferas dos carneiros. Pode-se dizer que é uma forma natural de estimular o estro (cio) nas fêmeas, que requer apenas um manejo simples de rebanho, de baixo custo, não dependendo da aplicação de hormônios exógenos.
O resultado do efeito macho pode ser diferente entre raças, regiões e período do ano. Segundo Cristiane Sá, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, o efeito macho é um método natural de estimular e sincronizar os estros (cios) de borregas e ovelhas podendo ser utilizado com benefícios para o desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho tanto em regiões de clima temperado, onde o anestro sazonal é evidente, quanto em regiões de clima tropical, onde não existe anestro sazonal.

“Por ser de baixo custo, sendo considerado mais um manejo de organização do rebanho de ovinos, o efeito macho é uma tecnologia acessível para ser utilizada por pequenos produtores, que podem definir o melhor período de nascimento de cordeiros em função da disponibilidade de alimentos”, afirma a pesquisadora Cristiane Sá. A principal vantagem da realização do efeito macho em regiões de clima tropical é concentrar os partos e nascimentos para facilitar o manejo, formar lotes uniformes de cordeiros e possibilitar trabalhar com programas acelerados de parições, aumentando a produtividade do rebanho.

'Atlântida do Sertão' vira atração no fundo da maior barragem do RN


Ruínas da antiga São Rafael, inundada durante a construção do maior reservatório do Rio Grande do Norte, tornaram-se atrações turísticas. A 'Atlântida do Sertão', como foi apelidada a velha cidade, ressurgiu por causa da longa estiagem que atinge o estado. As águas baixaram tanto que revelaram o que restou de alguns dos prédios encobertos há mais de 30 anos pelas águas da barragem. A igreja e o cemitério estão lá. Na época, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), 730 famílias tiveram quer ser reassentadas em um ponto mais alto do município. Confira a reportagem completa clicando aqui e sendo direcionado ao portal G1/RN. 

Postado por Blog Assú RN.

Cuidados com o manejo das terras no semiárido pode evitar os riscos de desertificação

desertificação semiáridoA desertificação é um processo de empobrecimento do solo, causado principalmente por desmatamentos, queimadas e manejo inadequado. Grande parte do Semiárido Brasileiro, corre risco de desertificação mas essa ameaça pode ser freada e até mesmo revertida com adoção de técnicas simples por parte dos produtores.

As técnicas utilizadas para combater a desertificação envolve desde a preservação da vegetação nativa, até a rotação de culturas. São técnicas que preservam o ambiente e a vitalidade do solo.

sábado, 19 de setembro de 2015

EM LAJES a Feira da Agricultura Familiar movimenta pequenos produtores


Com iniciativa da Prefeitura de Lajes, através da Secretaria Municipal Agricultura e Meio Ambiente, esta quinta-feira foi importante para os pequenos produtores rurais da cidade. Durante toda a manhã, na Praça Coronel Miguel Teixeira, foi realizado pela primeira vez, a Feira da Agricultura Familiar.
Em entrevista ao nosso Blog, a Secretária Jane Carla nos falou sobre a feira, afirmando que os resultados são muito positivos e os produtores, trabalhadores e trabalhadoras rurais ficaram satisfeitos com o retorno e aceitação da população na feira. “Tivemos os seguintes produtos: Tomate, cereja, pimentão, berinjela, quiabo, tamarindo, limão, macaxeira, coco, ovos caipira, queijo e também o artesanato, nossos produtores venderam muito bem, e todos os pequenos produtores ficaram bastante satisfeitos”, disse Jane.
Jane Carla ainda nos disse que já na próxima quinta-feira, 24, a feira terá, além dos produtos já citados, cenoura beterraba Pimenta de cheiro e coentro. Várias regiões do município estavam com produtos, citamos aqui o pessoal do Assentamento 3 de Agosto, Vaca Morta, Salgadinho e Conceição. Ainda registramos representantes das associações Santo Expedito, Amoquitas, Amocosal, ALAMCOM e Associação 3 de Agosto.
A Feira da Agricultura Familiar é o resultado de uma luta dos produtores rurais, das associações rurais, dos órgãos que participam do processo para acompanhar este processo que esta dando resultados bastante positivos. Com isso, tanto a população como quem produz só tem a ganhar. A Prefeitura de Lajes vem dando suporte, e dentro das condições, a Secretaria de Agricultura trabalha para melhorar a vida de cada família que acredita neste projeto.
fonte do blog de robson cabugi

Greve de fiscais afeta exportação de milho e de carnes




A greve de fiscais federais agropecuários está afetando a emissão de certificados sanitários e já começa a prejudicar as vendas externas de produtos como milho e carnes, num momento em que as exportações desempenham papel fundamental para a economia brasileira.
“A greve de fiscais é a pior coisa que pode acontecer para exportações de grãos”, disse à Reuters nesta sexta-feira o diretor-geral da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, referindo-se aos embarques de milho, que normalmente ganham ritmo no segundo semestre.
Os fiscais federais agropecuários iniciaram uma paralisação na quinta-feira por melhores salários e contra ajustes fiscais anunciados pelo governo.
O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) estimou nesta sexta que 70 por cento dos trabalhadores aderiram ao movimento.
Nos portos de Santos, o principal para embarques de grãos do Brasil, e de Itajaí (SC), importante para carnes, a adesão à greve é de 100 por cento, segundo a assessoria de imprensa do Anffa Sindical.

Reforma agrária é um dos eixos das ações do Plano Estratégico do MDA


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, aprovou nesta quinta-feira (17), em Brasília, o plano estratégico do MDA. Com 14 diretrizes, o documento de referência tem objetivos que compreendem três eixos: questão agrária, fundiária e qualidade de vida e cidadania. O planejamento também traz os resultados esperados pela pasta até 2018.

“Esse trabalho sinaliza que estamos no caminho certo, deixando claro onde estamos e aonde queremos chegar”, destacou Patrus, durante o último debate em torno do planejamento do ministério para os próximos anos. No encontro, estiveram presentes, ainda, a presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lucia Falcón, e o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Paulo Guilherme Cabral.

Além dos objetivos definidos, o ministro trouxe à equipe as vivências obtidas nas visitas aos territórios rurais. “Nessas viagens que estamos fazendo, vejo que a Assistência Técnica e a Extensão Rural é um tema muito relevante aos nossos agricultores, assim como o Programa de Aquisição de Alimentos”, afirmou.

Essas duas iniciativas, por exemplo, se fortalecem no novo planejamento do MDA. A expectativa é a ampliação dos serviços de Ater no país, garantindo que 50% das mulheres rurais sejam contempladas com a ação e duas mil organizações produtivas familiares possam ser beneficiadas com o Ater Mais Gestão até 2018. Com isso, mais trabalhadores rurais poderão ter acesso a mercados privados, por meio de programas como o PAA e o Pnae (Alimentação Escolar).

A produção de alimentos saudáveis também é um dos focos do ministério. A perspectiva é que, ao final do período de vigência do planejamento, sejam contabilizados, em todo país, um milhão de agricultores familiares agroecológicos. “Nesses nove meses, estamos trazendo à luz coisas muito boas, anunciadoras e promissoras”, ressaltou Patrus.

Reforma agrária

De acordo com o ministro, as metas estratégicas dessa gestão permeiam a reforma agrária. “Não podemos deixar de debater, discutir e cumprir um caráter pedagógico em torno da função social da propriedade; da reforma agrária, com o assentamento das famílias acampadas; e do desenvolvimento da agricultura familiar vinculado com a Anater”, explicou.

Patrus informou à equipe que a proposta de assentamento das mais de 100 mil famílias acampadas foi enviada à Presidência da República. O projeto foi elaborado em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Para a presidente da autarquia, o planejamento mostra a integração entre o ministério e o instituto. “A gente se vê refletido no planejamento. Dá para sentir a afinidade entre o Incra e o MDA, que o ministro destacou, e salta aos olhos a dedicação na elaboração desse plano”, apontou Maria Lucia Falcón.

Monitoramento

Segundo o diretor do Núcleo de Estudos Agrários e de Desenvolvimento Rural (Nead/MDA), Roberto Wagner, o planejamento estratégico do MDA está em constante movimento. “Após esta etapa, vamos monitorar o plano e as nossas metas, continuamente”, explicou ao adiantar que o primeiro encontro de acompanhamento, com a equipe ministerial, já está marcado para março de 2016.

Fonte: Ascom/MDA