terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Aprovadas as novas condições para acesso ao PNCF
Há anos a CONTAG, as Federações e Sindicatos lutam pela melhoria das condições de acesso ao Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que é uma ação complementar à reforma agrária via desapropriação pelo Incra.
Na última quinta-feira (22), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou mudanças significativas no PNCF, como a ampliação dos tetos para financiamento, a criação de novas linhas de acesso, o aumento do prazo para o pagamento do valor financiado, entre outras questões reivindicadas pelo movimento sindical.
Na linha PNCF SOCIAL, voltada para pessoas com renda anual de até R$ 20 mil e que encontram-se no CadÚnico, com patrimônio de até R$ 40 mil e com abrangência para a Região Norte e área da Sudene, conta com teto de R$ 140 mil, com juros de 0,5% ao ano e bônus de 40% para adimplência.
Na linha PNCF MAIS, para pessoas com renda anual de até R$ 40 mil, com patrimônio de até R$ 80 mil e com abrangência para todas as regiões, exceto a região da Sudene, o teto também é de R$ 140 mil, com juros de 2,5% ao ano e com bônus de 20% de adimplência.
Já a linha PNCF EMPREENDEDOR é direcionada a todo o Brasil, alcançando pessoas com renda anual de até R$ 216 mil e com patrimônio de até R$ 500 mil. O teto para financiamento também é de R$ 140 mil, com juros a 5,5% ao ano e sem rebate no caso de adimplência.
Nas três linhas, o prazo de financiamento é de 25 anos, com carência de 36 meses para começar a pagar e o limite da área da propriedade que já possui com a área adquirida não pode ultrapassar os quatro módulos fiscais. No caso de compra de terras entre herdeiros, o patrimônio pode chegar a R$ 100 mil.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias Borges disse que está otimista com as novas regras, apesar de a CONTAG não se sentir 100% contemplada. “A CONTAG havia proposto o teto de R$ 200 mil, levando em consideração a alta do preço das terras em todo o País. No entanto, o aumento de R$ 80 mil para R$ 140 mil é considerável, mas as taxas de juros poderiam ser menores e não aprovamos a retirada de linhas específicas, como a de mulheres e a de jovens, por exemplo. Apesar disso, temos a expectativa de fazer um bom trabalho de base para levantar demandas, montar os projetos e retomar as contratações”, avalia Elias.
Segundo informações do governo, a previsão é retomar as contratações dos projetos de crédito fundiário já com as novas condições a partir de 2 de abril desse ano.
O dirigente da CONTAG também destaca a importância da atualização dos subtetos em todo o País. “Desencadeamos um processo de discussão junto ao governo para redefinirmos os subtetos a partir da realidade de cada estado. É importante que cada estado procure a Unidade Técnica Estadual (UTE) para que até o dia 2 de abril todos os ajustes necessários já tenham sido superados”, orienta Elias.
FONTE: CONTAG
CAR: Donos de propriedade rural têm até 31 de março para fazer cadastro ambiental
Os donos de propriedades rurais das regiões Nordeste e Centro-Oeste têm até o dia 31 de março próximo, um dia de sábado, para realizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O documento é um registro eletrônico que reúne informações ambientais das posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP).
Com isso, o objetivo do Ministério do Meio Ambiente é obter dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
A prorrogação do prazo ocorreu porque nem todas as propriedades do Nordeste e Centro-Oeste concluíram o cadastro, que é feito exclusivamente pela internet.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, apenas 89% e 97% de imóveis nas regiões citadas, respectivamente, estão devidamente regularizados.
O cadastro é feito de forma digital, esclarece informação de Raphael Costa, repórter daAgência do Rádio.
Com um computador com acesso à internet, o produtor deve baixar o programa no sitewww.car.gov.br e, depois, é preciso ter imagens e realizar o cadastro da propriedade, informando onde se localizam nascentes de rio, áreas florestais e outros detalhes do imóvel.
fonte do blog de pauta aberta
POLO CENTRAL DA FETARN FAZ HISTORIA DENTRO DA FETARN E NA REGIÃO CENTRAL
A Região central do Estado, elegeu duas mulheres para atuar no estado e na região, nesta ultima semana.
No congresso da FETARN, foi eleita a companheira MARIA GABRIELA, que a mesma é do STTR de Pedro Avelino, para ser a nova SECRETARIA DE MULHERES DA FETARN, onde nunca o polo central do estado, se quer chegou numa cadeira efetiva na federação, para atuar no estado.
Essa luta vem de longos tempos, e nunca tínhamos esta chance, e agora conseguimos e vamos honrar por ela durante esses quatros anos, disse Gabriela.
E quem tambem assume o comando do Polo Central da FETARN, é a companheira de luta FRANCISCA LUCIANA, a mesma é do STTR de Fernando Pedroza, e hoje devido a ida de Gabriela para atuar no estado, luciana assume o cargo de coordenadora para atuar alem do município de Fernando Pedroza tambem vai atuar na região central do estado.
De acordo com Luciana ela disse que nunca pensou em chegar a esse cargo, mais o destino quiz, e eu vou honrar e mostrar trabalho em prol da agricultura familiar.
ELEITA SECRETARIA DE MULHERES DA FETARN
NOVA COORDENADORA DO POLO CENTRAL DA FETARN
No congresso da FETARN, foi eleita a companheira MARIA GABRIELA, que a mesma é do STTR de Pedro Avelino, para ser a nova SECRETARIA DE MULHERES DA FETARN, onde nunca o polo central do estado, se quer chegou numa cadeira efetiva na federação, para atuar no estado.
Essa luta vem de longos tempos, e nunca tínhamos esta chance, e agora conseguimos e vamos honrar por ela durante esses quatros anos, disse Gabriela.
E quem tambem assume o comando do Polo Central da FETARN, é a companheira de luta FRANCISCA LUCIANA, a mesma é do STTR de Fernando Pedroza, e hoje devido a ida de Gabriela para atuar no estado, luciana assume o cargo de coordenadora para atuar alem do município de Fernando Pedroza tambem vai atuar na região central do estado.
De acordo com Luciana ela disse que nunca pensou em chegar a esse cargo, mais o destino quiz, e eu vou honrar e mostrar trabalho em prol da agricultura familiar.
ELEITA SECRETARIA DE MULHERES DA FETARN
NOVA COORDENADORA DO POLO CENTRAL DA FETARN
Postado por
ALMIR MEDEIROS
Nota do Blog: Parabéns para a amiga Gabriela, digna representante do município de Pedro Avelino e hoje em um novo cargo. Mulher inteligente e dedicada. Parabéns também a conterrânea Luciana, que representa muito bem o Sindicato e o município de Fernando Pedroza. Essas duas vão longe. Com Deus no comando.
Enfrentando a seca para alimentar caprinos e ovinos no sertão nordestino
Existem técnicas simples que podem ser aplicadas pelo homem do sertão para não deixar que os animais morram durante a seca. Uma alternativa para garantir a manutenção de caprinos e ovinos no período de estiagem é conservar forrageiras. Os dois principais processos de conservação são a fenação e a ensilagem.A fenação consiste na desidratação do alimento, ou seja, na retirada de toda a água para conservá-lo e utilizá-lo durante todo o período de estiagem. Para fazer o feno, são utilizadas gramíneas com baixa diferenciação entre folhas e caules, como o capim gramão, alguns tipos de braquiárias e também leguminosas como a leucena e a alfafa. Já para a silagem, são utilizadas forrageiras que têm quantidade razoável de carboidratos, como milho, sorgo e capim elefante.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Caprinos (Sobral-CE), Ana Clara Rodrigues, existem tipos de ensilagem e fenação acessíveis aos agricultores familiares. Uma das técnicas de ensilagem é a que utiliza silos tipo cincho. Após 21 dias, a silagem já está pronta para uso e não tem prazo de validade. Já para fazer o feno, o agricultor pode aproveitar o sol do sertão. Basta cortar a forragem e deixar secar ao sol por três dias, preferencialmente sobre uma lona. O material dura a estação seca inteira.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
STF prorroga votação do Código Florestal para a próxima quarta-feira
Após dois dias de julgamento, ainda não há maioria de votos; ministro Celso de Mello é o único que ainda não julgou ações
O ministro Luís Roberto Barroso proferiu seu voto acompanhando na quase integralidade o voto do relator, ministro Luix Fux, com o acréscimo de alguns dispositivos relativos à possiblidade de redução em até 50% na Reserva Legal de propriedades, em alguns casos.
Barroso também fez uma defesa enfática da Amazônia: “O Brasil ainda trata a Amazônia como se fosse passivo e não como um dos maiores ativos do mundo. O mundo precisa da Amazônia e o Brasil precisa da Amazônia. Precisamos pensar em prol de desmatamento zero, que significa recompor tudo aquilo que foi desmatado. O Brasil e o mundo deveriam pensar em recompensar a Amazônia."
A ministra Rosa Weber apresentou um resumo no qual elenca os pontos de seu voto nos quais diverge do relator, acompanhando em outras partes posicionamentos proferidos nos votos apresentados pelos ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Em um dos principais tópicos em discussão, em relação à alegada anistia para proprietários rurais responsáveis por danos ao ambiente, a ministra Rosa Weber acompanhou o posicionamento da ministra Cármen Lúcia. Em seu voto, a ministra presidente havia considerado o dispositivo da suspensão da punibilidade constitucional, uma vez que o benefício é condicionado à adesão do infrator ao Programa de Regularização Ambiental. O programa está estimulando assim a recuperação de áreas degradadas.
O ministro Dias Toffoli iniciou seu voto observando a necessidade de se levar em consideração a opção do legislador, uma vez que a legislação questionada obteve votação expressiva no Congresso Nacional. Dedicou-se a discorrer sobre o tema da anistia, lendo textualmente o dispositivo legal, e aderindo à tese da constitucionalidade da norma neste ponto. O ministro considerou que a norma não trata de uma anistia para todo e qualquer um que tenha cometido crime ou infração ambiental, mas apenas para aqueles que assumiram o termo de compromisso previsto na legislação.
FETARN elege nova Diretoria para o quadriênio 2018/202
A unidade prevaleceu entre os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares. Cerca de 300 delegados e delegadas do 10º Congresso dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Rio Grande do Norte (10º CETTR) elegeram a nova Diretoria da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Rio Grande do Norte (FETARN). No 10º CETTR foi eleita a chapa única encabeçada pelo companheiro Manoel Cândido da Costa, como candidato à reeleição para Presidente. O presidente da FETARN destaca a qualidade nos debates durante esses dias de congresso. “Foi um congresso muito participativo, onde debatemos diversas questões que afetam o dia a dia do trabalhador rural e conseguimos encontrar unidade para a nossa categoria”, afirmou Manoel Cândido. Quanto aos principais desafios para os próximos quatro anos, o presidente reeleito destaca: “Conseguimos fazer a renovação de parte da Diretoria e cumprir a paridade de gênero. Então, esperamos daqui para frente, nesse novo mandato, dar continuidade à luta e ao nosso trabalho em defesa da categoria. Apesar de estarmos em um momento muito difícil da conjuntura política, social e econômica brasileira, principalmente quando se trata das reformas, que retiram os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. Fomos reeleitos para fazer esse enfrentamento e é isso o que vamos fazer, ou seja, lutar contra todos esses retrocessos e sempre na defesa dos interesses da categoria”. O Congresso, que se encerrou hoje (23), na sede do Mardunas Hotel, no município de Nísia Floresta, valorizou o papel da militância classista na busca pela unidade. Mais de 100 Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares estiveram no evento. Durante a eleição estavam aptos a votar 228 delegados e delegadas, sendo que compareceram e votaram 225, cujo resultado foi 223 votos para a chapa única e 02 votos brancos. DIRETORIA EXECUTIVA DA FETARN PARA A GESTÃO 2018 A 2022: Presidente: Manoel Cândido da Costa 1º Vice-Presidente e Secretário de Políticas Sociais: Ana Aline Morais Secretária Geral e de Comunicação: Divina Maria de Medeiros da Silva Secretário Formação e Organização Sindical: Francisco de Assis Araújo Secretário Administração e Finanças: Erivam do Carmo Silva Secretário Política Agrícola: Jocelino Dantas Batista Secretária Política Agrária e Meio Ambiente: Antônia da Silva Dantas Secretária Mulheres: Maria Gabriela Evangelista Secretária Jovens: Ana Paula da Silva Reinaldo Secretário Terceira Idade: Ambrosio Lins do Nascimento Postado por Almir Medeiros |
Relatório da situação volumétrica dos reservatórios do Estado
O primeiro Relatório da Situação Volumétrica dos principais reservatórios do Estado, divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), nesta sexta-feira (23), aponta pouca melhora na situação das reservas hídricas potiguares. A região Seridó foi onde houve maior variável de volume dos açudes, já a região do Alto Oeste não obteve mudança significativa na maioria dos seus mananciais.
Em comparação com o período anterior às últimas chuvas, dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do IGARN, 17 continuam em volume morto e 16 estão secos. Anteriormente, 17 estavam em volume morto e 17 secos. Situado em Santana do Matos, o açude Alecrim estava sem leitura, ou seja, considerado seco. Após as últimas precipitações chegou a 960 mil metros cúbicos, ou 13,71% da sua capacidade que é de 7 milhões de m³.
O açude Rio da Pedra, também localizado em Santana do Matos, merece destaque, pois recebeu mais de 1 milhão de metros cúbicos de água e atingiu 8,62% de sua capacidade, que é de 13 milhões de metros cúbicos. Antes das chuvas o manancial estava com apenas 11 mil m³, o que correspondia a 0,08% do seu volume total.
No Alto Oeste, o reservatório com maior ganho de volume foi Encanto, que está com 2,5 milhões de metros cúbicos, 48,94% da sua capacidade total, que é de 5,192 milhões de m³. Antes das chuvas o reservatório estava com 46% do seu volume máximo. Os outros mananciais da região, ou não obtiveram recarga, ou obtiveram ganho de menos de 1%.
Com relação aos três maiores reservatórios estaduais, a situação permanece estável, já que mesmo com a utilização de suas águas para os sistemas de abastecimento dos municípios potiguares, seus índices permaneceram muito parecidos. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, anteriormente às chuvas, estava com 10,84% da sua capacidade, que é de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Atualmente está com 10,99%, o que corresponde a 263,688 milhões de metros cúbicos.
Segundo maior reservatório do Estado, a barragem Santa Cruz do Apodi praticamente não teve mudança no seu volume. No último dia 9 de fevereiro estava com 13,96% de sua capacidade. Atualmente está com 13,92%, o que corresponde a 83,488 milhões de metros cúbicos dos 599 milhões que acumula quando cheia. A barragem de Umari, em Upanema, também seguiu o mesmo cenário, permanecendo com 13% de sua capacidade, 40,326 milhões de m³ dos 292 milhões que acumula no seu volume total.
A Bacia Apodi/Mossoró está com 130,170 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 11,83% da sua capacidade hídrica superficial total. Já a Bacia Piranhas/Assu está com 330,648 milhões de m³, 11,14% do seu volume total superficial.
Sobre os volumes das principais lagoas potiguares
A Lagoa de Extremoz, responsável por parte do abastecimento da Zona Norte da Capital, está com 7,603 milhões de metros cúbicos, correspondente a 69% do seu volume máximo, que é de 11 milhões de m³. No último dia 9, ela estava com 6,879 milhões de m³, 62,43% da sua capacidade.
A Lagoa do Jiqui que possui 440 mil metros cúbicos e abastece parte da Zona Sul de Natal estava com 97% do seu volume total e agora se encontra totalmente cheia.
Já a Lagoa do Bonfim, que fornece água para a Adutora Monsenhor Expedito, teve um ganho de menos de 2% em seu volume. Estava com 50,54% de sua capacidade, agora está com 52,28%, 44,057 milhões de metros cúbicos dos 84,2 que possui quando cheia.
Previsão de chuvas acima da média para o Semiárido potiguar
O semiárido da região Nordeste, vai tem um inverno com chuvas de
normal a acima do normal, nos meses de março, abril e maio. Essa foi a
conclusão da II Reunião de Análise Climática para o Semiárido do Nordeste Brasileiro, que
foi realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (EMPARN) nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro. O resultado da reunião
foi apresentado na manhã desta quinta (22). O diretor-presidente da
EMPARN, Alexandre Wanderley, agradeceu aos meteorologistas e técnicos
que participaram durante três dias das discussões sobre clima e previsão
climática. O secretário estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca
(SAPE), Guilherme Saldanha, também ressaltou a importância do trabalho
dos meteorologistas, no sentido de ter informações mais precisas sobre o
previsão climática para o Rio Grande do Norte. Esteve presente também
ao encerramento da Reunião Climática, o diretor-presidente do Instituto
de Gestão de Águas (IGARN), Josivan Cardoso, que acompanhou toda a
explanação dos meteorologistas sobre o comportamento das condições
climáticas, para a partir daí planejar ações do IGARN diante da previsão
de bom inverno.
Foram três dias reunidos com objetivo de trazer resultados mais precisos para a população e para os gestores públicos sobre a previsão climática para o Norte do Nordeste Brasileiro. No primeiro dia(20), as discussões foram voltadas para o Monitor de Secas do Nordeste, instrumento para acompanhar os períodos secos, com o objetivo de melhorar o atendimento à população e dar suporte ao poder público na tomada de decisões voltadas para a convivência coma seca. Meteorologistas dos centros de previsão climática do Nordeste e de centros nacionais como o Centro de Pesquisa Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), eles analisaram e discutiram as informações geradas pelos modelos meteorológicos, assim como, as condições climáticas e qual a influência delas na geração de chuvas. Esse resultado da reunião, é semelhante a conclusão do encontro realizado em janeiro, pela Funceme, no Ceará. Mas desta vez segundo o meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot, as condições climáticas estão ainda mais favoráveis para que ocorra chuvas no semiárido “a temperatura do Oceano Atlântico Sul que está mais quente e o resfriamento no Atlântico Norte que favorecem a permanência da Zona de Convergência Intertropical sobre a região Nordeste”. A Zona de Convergência Intertropical é o principal sistema causador de chuva no semiárido nordestino.
Condições Oceânicas e Atmosféricas
A análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e
de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil (FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior indicou que há uma maior probabilidade de chuvas acima do normal, na faixa do Nordeste, que engloba todo o semiárido potiguar.
No Oceano Pacífico equatorial, observou-se a continuidade do Fenômeno La Niña com intensidade fraca, mas ocupando uma grande área na superfície desse oceano. A permanência dessa condição vem ocorrendo de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e projetam que essa condição permanecerá nos próximos meses.
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido, engloba as regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. No semiárido o período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região agreste onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto.
Média anual de chuva por região, do semiárido
* Central- 630.4 mm (74.9% da chuva ocorre no período de fevereiro a maio)
* Oeste- 778.4 mm (75.6% da chuva ocorre de fevereiro a maio)
* Agreste- 639.1 mm (83% da chuva ocorre no período de fevereiro a agosto)
Lembrando que a variabilidade espacial é intrínseca à distribuição de chuvas no setor norte do Nordeste do Brasil, devido a fatores diversos como efeitos topográficos, proximidade em relação ao oceano, cobertura vegetal, etc. Especialmente em localidades com menores valores de precipitação climatológica, a variabilidade temporal das chuvas pode provocar uma maior frequência de veranicos. Os modelos de previsão de TSM estão indicando uma probabilidade de 50% de permanência do fenômeno La Niña no período do prognóstico.
Este prognóstico é resultado das discussões entre os representantes da EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte), FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima), SEMARH-SE (Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe), AESA (Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba), INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia), Labmet/NUGEO/UEMA (Laboratório de Meteorologia do Estado do Maranhão), CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), INMET (Instituto Nacional de
Meteorologia), ANA (Agência Nacional de Águas) e UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido).
Modernização da Meteorologia
A última palestra da II Reunião Climática para o Semiárido do Nordeste, foi do pesquisador da EMPARN, Josemir Araújo Neves, que fez uma palestra sobre a “Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”. Esse é um dos mais importantes investimentos que a EMPARN vem executando por meio do Governo Cidadão, com recursos do Banco Mundial. O projeto vai informatizar o setor de meteorologia, que a partir da execução desse projeto vai disponibilizar informações em tempo real, de clima, volume de chuva, umidade, entre outras informações que vão auxiliar de forma direta o homem do campo e a população em geral. Esse projeto também contempla a aquisição de melhores modelos de previsão de tempo e clima o que vais dar mais precisão e credibilidade ao trabalho realizado pela meteorologia da EMPARN.
Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico climático para o trimestre abril, maio e junho no Litoral Leste da região Nordeste.
Foram três dias reunidos com objetivo de trazer resultados mais precisos para a população e para os gestores públicos sobre a previsão climática para o Norte do Nordeste Brasileiro. No primeiro dia(20), as discussões foram voltadas para o Monitor de Secas do Nordeste, instrumento para acompanhar os períodos secos, com o objetivo de melhorar o atendimento à população e dar suporte ao poder público na tomada de decisões voltadas para a convivência coma seca. Meteorologistas dos centros de previsão climática do Nordeste e de centros nacionais como o Centro de Pesquisa Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), eles analisaram e discutiram as informações geradas pelos modelos meteorológicos, assim como, as condições climáticas e qual a influência delas na geração de chuvas. Esse resultado da reunião, é semelhante a conclusão do encontro realizado em janeiro, pela Funceme, no Ceará. Mas desta vez segundo o meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot, as condições climáticas estão ainda mais favoráveis para que ocorra chuvas no semiárido “a temperatura do Oceano Atlântico Sul que está mais quente e o resfriamento no Atlântico Norte que favorecem a permanência da Zona de Convergência Intertropical sobre a região Nordeste”. A Zona de Convergência Intertropical é o principal sistema causador de chuva no semiárido nordestino.
Condições Oceânicas e Atmosféricas
A análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e
de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil (FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior indicou que há uma maior probabilidade de chuvas acima do normal, na faixa do Nordeste, que engloba todo o semiárido potiguar.
No Oceano Pacífico equatorial, observou-se a continuidade do Fenômeno La Niña com intensidade fraca, mas ocupando uma grande área na superfície desse oceano. A permanência dessa condição vem ocorrendo de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e projetam que essa condição permanecerá nos próximos meses.
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido, engloba as regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. No semiárido o período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região agreste onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto.
Média anual de chuva por região, do semiárido
* Central- 630.4 mm (74.9% da chuva ocorre no período de fevereiro a maio)
* Oeste- 778.4 mm (75.6% da chuva ocorre de fevereiro a maio)
* Agreste- 639.1 mm (83% da chuva ocorre no período de fevereiro a agosto)
Lembrando que a variabilidade espacial é intrínseca à distribuição de chuvas no setor norte do Nordeste do Brasil, devido a fatores diversos como efeitos topográficos, proximidade em relação ao oceano, cobertura vegetal, etc. Especialmente em localidades com menores valores de precipitação climatológica, a variabilidade temporal das chuvas pode provocar uma maior frequência de veranicos. Os modelos de previsão de TSM estão indicando uma probabilidade de 50% de permanência do fenômeno La Niña no período do prognóstico.
Este prognóstico é resultado das discussões entre os representantes da EMPARN (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte), FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima), SEMARH-SE (Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe), AESA (Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba), INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia), Labmet/NUGEO/UEMA (Laboratório de Meteorologia do Estado do Maranhão), CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), INMET (Instituto Nacional de
Meteorologia), ANA (Agência Nacional de Águas) e UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido).
Modernização da Meteorologia
A última palestra da II Reunião Climática para o Semiárido do Nordeste, foi do pesquisador da EMPARN, Josemir Araújo Neves, que fez uma palestra sobre a “Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”. Esse é um dos mais importantes investimentos que a EMPARN vem executando por meio do Governo Cidadão, com recursos do Banco Mundial. O projeto vai informatizar o setor de meteorologia, que a partir da execução desse projeto vai disponibilizar informações em tempo real, de clima, volume de chuva, umidade, entre outras informações que vão auxiliar de forma direta o homem do campo e a população em geral. Esse projeto também contempla a aquisição de melhores modelos de previsão de tempo e clima o que vais dar mais precisão e credibilidade ao trabalho realizado pela meteorologia da EMPARN.
Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico climático para o trimestre abril, maio e junho no Litoral Leste da região Nordeste.
SECRETARIA DE AGRICULTURA DE ITAJÁ PARTICIPA DE CAPACITAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL REALIZADA PELO IDEMA
A Secretária Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente, Umbelina Lopes e o Coordenador, Airton Rodrigues, participaram de uma capacitação em gestão ambiental em continuidade ao Programa de Apoio à Gestão Ambiental dos Municípios do RN – PROAGAM, no Campo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN de Mossoró.
Postado por Aluizio Lacerda
Pesquisadores estudam formas de diversificar a alimentação dos rebanhos no nordeste
Embora a Caatinga forneça diversas opções de plantas forrageiras, há pesquisas científicas para aprimorar a oferta de alimentos, seja por meio da avaliação de cultivares de outras regiões tolerantes a condições de seca, seja por meio de ações de melhoramento genético vegetal que resultem, no futuro, em cultivares próprias para as condições do Semiárido brasileiro.
Na Embrapa Caprinos e Ovinos, as equipes de pesquisa nas áreas de Melhoramento Genético Vegetal e de Forragicultura têm se integrado na busca de respostas para essas duas vertentes. Cultivares de espécies forrageiras como sorgo e milheto, que demostraram bom desempenho em outras regiões do País ou do exterior, também já estão em teste.
Outra cultura anual objeto de estudos é o girassol, de boa tolerância à seca e com indicadores de contribuição para a qualidade nutricional da silagem: o aporte de energia para uma ração é considerado semelhante ao do milho, espécie mais utilizada para a produção de alimentos volumosos no Semiárido.
“Todos esses fatores são avaliados: a qualidade nutricional, o desempenho em campo, a tolerância à seca. Assim, esperamos dar respostas aos produtores, de acordo com um objetivo final, se a forrageira será usada para produção de silagem, de feno ou fornecida a fresco”, explica o biólogo Fernando Guedes, pesquisador da área de Melhoramento Genético Vegetal. Segundo ele, os testes indicam, inclusive, possibilidades de combinação, como a de uma silagem que utilize milheto com girassol, aliando a tolerância à seca da primeira espécie e os benefícios nutricionais da segunda.
Pesquisas com forrageiras adaptadas para o Semiárido incluem também espécies como o feijão-guandu, gliricídea e leucena, compondo um quadro de diversificação de modo a permitir aos produtores rurais várias opções de plantio para a reserva alimentar na propriedade. “São vários cenários, em que avaliamos a melhor forma de manter qualidade na produção de silagem, qual gramínea seria melhor para um diferimento [manejo em que se escolhe uma área da propriedade para excluir do pastejo imediato de animais, ficando como reserva alimentar para outro período], além de outras questões”, explica Fernando Guedes.
EMBRAPA CAPRINOS
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Emater-RN realiza primeiro momento de planejamento das ações de 2018
A diretoria da Emater-RN realizou
uma reunião de planejamento operacional das atividades de 2018. O
encontrou ocorreu no auditório da Instituição, no último dia 16. Com o
objetivo de analisar os resultados obtidos em 2017 e discutir a
operacionalização das ações, projetos, programas previstos para esse
ano.
Conduzida pela diretora geral da Emater,
Cátia Lopes, diretor técnico, Tarcísio Bezerra, e o diretor
administrativo, Péricles Rocha, explanaram para os coordenadores,
subcoordenadores, gestores, tutores, assessores e gerentes que compõe o
órgão.
Os técnicos também puderam expor os
resultados dos projetos desenvolvidos pela Emater-RN como, Segunda Água,
Dom Helder, Médios Produtores 1 e 2, entre outros.
Na ocasião, também foi entregue veículos para os escritórios da Emater-RN nos municípios Pau dos Ferros e Umarizal.
Banco
Previsão do Banco do Brasil é crescimento de 2,8% do PIB em 2018
Financiamento agrícola passou de R$ 180 bi no ano passado
O presidente
do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nessa quinta-feira (22.02)
que a previsão da instituição é de que o Produto Interno Bruto (PIB)
cresça 2,8% em 2018. “Com relação a questão macroeconômica, nossa
expectativa é de que a economia vai seguir o processo de retomada
iniciada em 2017 e a previsão do Banco do Brasil para o PIB é que deverá
crescer em torno de 2,8% em 2018”, disse, após anunciar o lucro líquido
ajustado do banco, de R$ 11,1 bilhões em 2017.
Durante a entrevista coletiva para
apresentar o relatório do quarto trimestre de 2017 da instituição, o
presidente afirmou que o consumo será fundamental para a retomada da
economia. “O consumo será mais uma vez protagonista nesta retomada,
assim como a agricultura. Também contaremos com a contribuição positiva
dos investimentos, que devem crescer após anos de quedas consecutivas”.
De acordo com o relatório, o financiamento
ao agronegócio encerrou dezembro de 2017 com saldo de R$182 bilhões na
carteira ampliada. O saldo da carteira de crédito rural ampliada
alcançou R$159,7 bilhões, o que representa crescimento de 6,1% em
relação ao mesmo período de 2016.
Para 2018, a estimativa do Banco do Brasil
é que o lucro líquido fique entre R$ 11,5 e 14 bilhões. “Acredito que
apesar de algumas incertezas no mercado externo, a ampla liquidez e a
baixa pressão ao risco favorecerão o fluxo de recurso para economias
emergentes e o Brasil, com inflação e política monetária equilibradas,
certamente se beneficiarão dessas recursos. Temos grandes projetos na
área de infraestrutura que deverão atrair capital estrangeiro”, avaliou
Caffarelli.
O presidente da instituição ainda destacou
que este ano será marcado por investimentos, operações do mercado de
capital e melhoria do relacionamento com os clientes. “O nome do jogo,
para nós do Banco do Brasil em 2018 será mercado de capitais e
conveniência dos nossos clientes”.
Nota do Blog: A política de financiamento do Banco do Brasil ainda está longe das necessidades dos empreendedores brasileiros, principalmente no semiárido nordestino. O lucro de mais de 11 bilhões do Banco do Brasil, reflete o crescimento do Banco.
Boas Chuvas na Região Central do RN
Ontem a tardinha, a região central do estado foi banhada por chuvas generosas. As maiores precipitações aconteceram nos municípios de Afonso Bezerra e Pedro Avelino. No município de Fernando Pedroza, as maiores chuvas foram na área do pico do cabugí. No Distrito de Pelo Sinal, teve comunidade que assistiu os rios transbordarem. Graças a Deus.
FMC
Dois pesos e duas medidas - Por Ricardo Amorim
Economista analisa programa de refinanciamento de dívidas
O Brasil criou
o péssimo hábito de não tratar a todos da mesma forma. Pior ainda, o
costume ficou tão arraigado que já nem nos chocamos mais que alguns
recebam tratamento de primeira classe enquanto a maioria é tratada com
desdém. Enquanto funcionários públicos se aposentam com aposentadoria
integral, a maioria dos brasileiros tem de se contentar com uma fração
disso. Enquanto a Justiça para a maioria dos brasileiros é uma, para
aqueles que gozam de foro privilegiado, é outra. Enquanto juízes e
legisladores gozam de auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-isso,
auxílio-aquilo a maioria dos brasileiros nem sabe o que é isso. Enquanto
funcionários públicos têm estabilidade de emprego garantida, os
brasileiros que pagam seus salários através do pagamento de impostos
podem ser demitidos a qualquer momento.
O mais novo caso em que os mais fracos
receberam tratamento de cidadãos de segunda classe no Brasil refere-se
ao Refis, o programa de refinanciamento de dívidas do governo federal.
Como é de conhecimento geral, o Congresso Nacional aprovou um projeto
que beneficia grandes empresas com o parcelamento de dívidas tributárias
com a União. Na sequência, o mesmo Congresso Nacional aprovou por
unanimidade um projeto que estende o mesmo benefício aos pequenos
negócios, nos mesmos parâmetros do que foi concedido às grandes
empresas. A diferença é que o governo federal sancionou o projeto que
concede os benefícios às grandes empresas, mas vetou aquele que
concederia os mesmos benefícios às micro e pequenas empresas.
A justificativa para o veto presidencial
foi que este projeto pioraria a situação já precária das contas
públicas. A justificativa é verdadeira, mas é inaceitável que ela não
tenha sido considerada no caso das grandes empresas e ganhe uma
importância desproporcional no caso das micro e pequenas empresas. Além
de não ser isonômico, este tratamento diferenciado é injusto e
contraproducente. As micro e pequenas empresas, deixadas de fora do
Refis, são responsáveis por mais da metade dos empregos no país e são
mais vulneráveis que as grandes a uma crise econômica das proporções da
que atingiu o país nos últimos anos.
Além disso, em um país em que a carga
tributária é uma das mais elevadas entre os países emergentes e, ainda
assim os serviços públicos deixam muito a desejar, fica claro que o
problema essencial das finanças públicas não é falta de receitas, mas a
corrupção e o excesso de gastos e desperdícios, incluindo, aliás, os
diversos casos em que alguns recebem privilégios que não são estendidos a
todos os brasileiros.
Seria bom se o Congresso Nacional
começasse a reverter este quadro, derrubando o veto presidencial e
garantindo que as pequenas empresas recebessem o mesmo tratamento que as
grandes. Imagine o país que poderíamos construir se todos aqui fossem
tratados da mesma forma.
Carne bovina
Fevereiro deverá fechar com alta no volume de carne bovina in natura exportada
A média diária embarcada foi de 5,8 mil toneladas
Segundo dados
do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira
semana de fevereiro, o Brasil exportou 57,6 mil toneladas de carne
bovina in natura com faturamento de US$231,2 milhões.
A média diária embarcada foi de 5,8 mil toneladas, 27,3% mais em relação a janeiro último.
Caso o ritmo das exportações continue, o
volume do total exportado no acumulado deste mês deverá ser de 103,7 mil
toneladas, um aumento de 31,1% frente ao mesmo período do ano passado.
Seria o nono mês consecutivo de alta nas exportações quando comparada ao mesmo período do ano anterior.
Previsão de chuvas acima da média para o Semiárido potiguar
II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Semiárido
do Nordeste do Brasil, realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Norte (EMPARN), contou com a participação de
pesquisadores e convidados de diversas instituições de vários estados do
Nordeste e instituições nacionais. E previsão é de inverno acima da
média no semiárido potiguar, para os meses de março, abril e maio.
As discussões do dia começaram com a apresentação do professor
Substituto do Departamento de Meteorologia da UFRN, Ronabson Cardoso
Fernandes, que mostros aos participantes do encontro o “Estudo
Estatístico da Influência e Raios Cósmicos na Precipitação Pluvial na
Região Norte e no Nordeste do Brasil”. Com gráficos e imagens de
satélites, o professor Ronabson Cardoso ilustrou a sua palestra para
mostrar a influência solar nas precipitações pluviais, sobretudo no
semiárido nordestino. Segundo ele, há evidências de que a atividade
solar menor ou maior tem influência na formação de nuvens.
Em seguida a Reunião Climática continuou com a apresentação das
condições pluviométricas e hídricas dos estados do Nordeste, pelos
representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos
e da representante do INMET , Andreia Ramos, que abordou a análise
climática feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia para o Brasil,
os modelos utilizados e análise pluviométrica, e como essas informações
são trabalhadas junto aos centros estaduais. À tarde o meteorologista e
pesquisador do CPTEC/INPE-SP, Caio Augusto dos Santos Coelho. apresentou
um trabalho com o tema “Investigação das possíveis contribuições dos
oceanos Pacífico e Atlântico para a estação chuvosa do Norte do Nordeste
do Brasil em 2018”, com a apresentação dos campos de Grande Escala. O
meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot, apresentou um trabalho sobre
fatores, como a atividades solar, e sua relação com a ocorrência de
chuvas na região Nordeste.
Depois de todas as apresentações, os meteorologistas se debruçaram,
sobre as informações repassadas e com análise dos modelos
meteorológicos começaram a elaborar a previsão climática para o
semiárido nordestino. O resultado dessas discurssões será apresentado
amanhã, às 11h, antes da divulgação do boletim da quadra chuvosa, o
pesquisador da Emparn, Josemir Araújo Neves, fará uma palestra sobre a
“Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático
e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”. Esse é um dos mais
importantes investimentos que a Emparn vem executando para informatizar o
setor da meteorologia, que a a partir desse projeto vai disponibilizar
informações em tempo real, de clima, volume de chuva, umidade, entre
outras informações que vão auxiliar de forma direta o homem do campo.
Esse projeto também contempla a aquisição de melhores modelos de
previsão de tempo e clima o que dá mais precisão e credibilidade ao
trabalho realizado pela meteorologia da EMPARN.
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido, engloba as
regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. No semiárido o
período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região
agreste onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto. Média anual de chuva por região do semiárido:
* Central - 630.4 mm (74.9% da chuva ocorre no período de fevereiro a maio)
* Oeste - 778.4 mm (75.6% da chuva ocorre de fevereiro a maio)
* Agreste - 639.1 mm (83% da chuva ocorre no período de fevereiro a agosto)
Essa é a última reunião que vai definir como vai ser a quadra chuvosa no semiárido do Nordeste. Durante o encontro, os meteorologistas vão analisar e discutir o comportamento das condições oceânico-atmosféricas e qual a influência delas na ocorrência de chuva no semiárido, no período de março a maio, inverno na região. Na reunião anterior, realizada em janeiro pela Funceme, em Fortaleza/CE, a conclusão foi de que teríamos chuvas de normal a acima do normal para o período de fevereiro a abril de 2018.
Menos custos para a produção de silo no semiárido
Em um hectare com as duas culturas, é possível produzir biomassa de forragem para manter produtivos 53 ovinos de corte ou leite, com peso corporal médio de 25 kg, durante oito meses, período que corresponde à época de estiagem. Os resultados indicaram que produzir o volumoso em sua propriedade a partir do plantio de milho e capim-massai é 31,35% mais barato para o criador do que adquiri-lo no comércio. A partir do segundo ano, sem o custo com o cercamento da área, essa economia chega a 78%.
Os custos do plantio conjunto de milho e capim-massai para produção de silagem são maiores que para o cultivo do milho solteiro, porque incluem a compra das sementes do capim e o cercamento para impedir o acesso dos animais à área de produção do volumoso e ao silo. “Se for uma área mais isolada, à qual os animais não tenham acesso, não é necessário cercar e pode-se eliminar esse custo”, explica o engenheiro-agrônomo Roberto Pompeu, pesquisador da Embrapa em Sistemas de Produção de Forragens.
EMBRAPA-CAPRINOS
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Angicos: Boleto do programa Garantia Safra estão disponíveis para pagamento
A
Prefeitura Municipal de Angicos, através da Secretaria de Agricultura,
comunica aos agricultores beneficiários do Programa Garantia Safra que
os boletos referentes ao programa encontram - se a disposição dos
respectivos agricultores na sede da Secretaria de Agricultura na Rua São
José, Centro, próximo ao sindicato dos Trabalhadores Rurais no horário
entre 7h e 13h.
Postado por
ALMIR MEDEIROS
Governo do RN, através da Emater e Sape, inicia distribuição das sementes
O Governo do RN, por intermédio da
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca – SAPE e da
Emater-RN, inicia nesta terça-feira (20), a distribuição de 730
toneladas de sementes pelo Programa Banco de Sementes - BS.
A entrega das sementes ocorrerá nos dez
escritórios regionais da Emater-RN, localizadas nos municípios de Pau
dos Ferros, Umarizal, Mossoró, Assú, Caicó, Currais Novos, João Câmara,
Santa Cruz, São Paulo do Potengi e São José de Mipibu.
Para implementar a ação, o Governo do
Estado investiu R$ 9,17 milhões na aquisição das sementes. Serão
beneficiados mais de 51 mil agricultores familiares cadastrados no
sistema Ceres da Emater-RN, em 157 municípios do RN.
Por variedade, serão entregues um total de
233,2 toneladas de feijão; 278,2 toneladas de milho; 188,4 toneladas de
sorgo Ponta Negra; e 30 toneladas de arroz. Este ano cada produtor vai
receber cinco quilos de feijão, cinco quilos de milho e outros três de
sorgo ponta negra, utilizado como ração para animais. Especificamente
nas cidades de Felipe Guerra e Apodi, também serão distribuídas 30
toneladas de arroz, em virtude de associações nesses lugares trabalharem
na produção desses grãos.
CALENDÁRIO DE ENTREGA 2018:
De 20 a 23 de fevereiro: Pau dos Ferros, Umarizal, Mossoró e Assú;
De 26 a 27 de fevereiro: Caicó e Currais Novos;
Dia 28 de fevereiro: João Câmara e Santa Cruz;
De 01 a 02 de março: São Paulo do Potengi e São José de Mipibu.
Nota do Blog: "Perguntar não ofende, ou pelo menos, não deveria;"
E a região central do estado, fica de fora do programa? é só uma pergunta.
Funrural
FPA prepara emenda para prorrogar a data adesão ao Refis do Funrural
prorrogação é de extrema necessidade, diz Tereza Cristina
Após ofício
encaminhado ao presidente da República Michel Temer pela Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), o governo federal aceitou prorrogar
prazo de adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR), por
meio da Medida Provisória 803/2017, de 29 de setembro de 2017, que está
em tramitação no Congresso.
Há uma reunião marcada para esta
quarta-feira (21.02) na Comissão Mista que analisa a MP 803. A ideia é
apresentar uma emenda parlamentar que amplie o limite para aderir ao
programa de 28 de fevereiro para 29 de abril de 2018.
Segundo a deputada Tereza Cristina
(DEM/MS), relatora da proposta na Câmara, a prorrogação é de extrema
necessidade, pois, além do cenário de insegurança jurídica e
indefinições judiciais, a estrutura da Receita Federal não está apta a
cumprir os trâmites para as adesões dos produtores rurais no prazo
estabelecido inicialmente pela Lei 13.606, de 9 de janeiro de 2018, que
institui o PRR. “Continuaremos na luta pela garantia dos direitos dos
trabalhadores rurais para que eles façam a escolha mais justa”, ressalta
a deputada.
Tereza ainda afirma que o trabalho para a
derrubada dos vetos presidenciais feitos na sanção da Lei que trata do
Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) continua. “São duas
ações estratégicas complementares. “Os vetos, como foram feitos,
prejudicam de forma expressiva a sustentabilidade de toda a cadeia
produtiva brasileira”, alerta a parlamentar.
Desconto de 100% das multas;
cumulatividade da cobrança para pecuária, florestas plantadas, sementes e
pesquisa; além da redução da alíquota para Pessoa Jurídica são alguns
dos pontos que foram vetados e vão ser trabalhados pelos parlamentares.
De acordo com o texto sancionado, apenas pessoas físicas terão redução
de 40%. “É inadmissível que o produtor rural pague valores diferentes.
Estamos falamos de produção agrícola, não pode ser diferente porque
encarece o processo todo”, declarou o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR).
Entenda – A Lei 13.606, que institui o
Programa de Regularização Tributária Rural (PRR), foi sancionada pelo
presidente em 9 de janeiro deste ano. Temer aprovou a proposta com 24
vetos, entre eles, o desconto de 100% de multas previsto no projeto de
lei vindo do Congresso – a proposta original previa abatimento de 25%.
Na justificativa, Temer argumentou que as mudanças propostas pelos
parlamentares contrariam o ajuste fiscal e “desrespeitam” contribuintes
que pagaram em dia. A previsão é de que os vetos sejam votados pelo
Congresso nesta quinta-feira (22.02).
Também vetou a limitação para utilização
de créditos tributários sobre dívidas igual ou inferior a R$ 15 milhões,
a permissão do uso de créditos de prejuízo fiscal para liquidação do
montante da dívida do Funrural e a isenção de contribuição na
comercialização destinada ao plantio, reflorestamento, reprodução
pecuária ou granjeira.
Com a nova legislação, o produtor rural
terá até o dia 28 de fevereiro deste ano para fazer a adesão ao Programa
com alíquota de 2,5% do valor da dívida consolidada em até duas
parcelas iguais, mensais e sucessivas. Também foi incluído na lei o
parcelamento dos débitos vencidos até o dia 30 de agosto de 2017. As
dívidas poderão ser parceladas em até 176 vezes com mais 60 meses para
quitação total, caso o montante ainda não tenha sido liquidado.
Carne bovina
Carne bovina: carne sem osso em alta pela primeira vez no atacado em 2018
Os preços médios atuais são 3,3% maiores que os medidos em 2017
Mercado de
carne bovina em alta no atacado. Em sete semanas, esta é a primeira de
2018 com ajuste positivo nos preços. No acumulado dos últimos sete dias a
valorização média foi de 0,7%.
O feriado “tirou” parte dos pecuaristas
dos negócios, fez as escalas de abate encurtarem, enxugou os estoques de
carne e ajudou na tão esperada recuperação de vendas.
Essa combinação interrompeu a trajetória
de baixa que persistia desde o começo de janeiro. Até então, normal para
aquele período.
Os preços médios atuais são 3,3% maiores
(mais de um ponto percentual acima da inflação) que os medidos em 2017,
logo após este mesmo feriado.
É importante ponderar, porém, que esta
recuperação semanal foi fortemente pautada em reajustes dos cortes de
dianteiro, que subiram 2,3% e são produtos de menor valor agregado. Isso
pode indicar que a recuperação no poder de compra da população ainda
está no início.
Enfim, é só o primeiro ato de um mercado
cuja única expectativa é de melhora, depois de dois anos castigados pela
crise e pelo varejo “fraco”. É preciso aguardar para ver a consistência
e a constância desta trajetória que determinará o mercado do boi gordo
em 2018.
Consórcio milho e capim-massai garante silagem com menor custo para produtores de ovinos no Semiárido
Experimento
realizado por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) concluiu
que o plantio consorciado de milho e capim-massai é uma opção
economicamente vantajosa para alimentação de rebanhos de ovinos na
região semiárida do Brasil.
Em um hectare com as duas culturas, é possível produzir biomassa de forragem para manter produtivos 53 ovinos de corte ou leite, com peso corporal médio de 25 kg, durante oito meses, período que corresponde à época de estiagem. Os resultados indicaram que produzir o volumoso em sua propriedade a partir do plantio de milho e capim-massai é 31,35% mais barato para o criador do que adquiri-lo no comércio. A partir do segundo ano, sem o custo com o cercamento da área, essa economia chega a 78%.
Os custos do plantio conjunto de milho e capim-massai para produção de silagem são maiores que para o cultivo do milho solteiro, porque incluem a compra das sementes do capim e o cercamento para impedir o acesso dos animais à área de produção do volumoso e ao silo. “Se for uma área mais isolada, à qual os animais não tenham acesso, não é necessário cercar e pode-se eliminar esse custo”, explica o engenheiro-agrônomo Roberto Pompeu, pesquisador da Embrapa em Sistemas de Produção de Forragens.
De acordo com Pompeu, já existem outros trabalhos que indicam o capim-massai como uma boa alternativa para o Semiárido. “A Embrapa já vem trabalhando há muito tempo com esse capim em sistemas agrossilvipastoris com bons resultados”, conta.
Entre as características da forrageira estão a tolerância ao déficit hídrico, elevado rendimento de matéria seca por área, porte baixo, compatível com o pastejo de pequenos ruminantes; qualidade nutricional e alta população de plantas. Outra vantagem interessante é que a planta produz mais folhas que hastes (colmos), as folhas são mais nutritivas além de ser a parte preferida pelos animais.
“Como o capim produz bem no período chuvoso, o criador pode deixar o rebanho no pasto nesse período e tirá-lo durante a seca. Com uma adubação adequada, no período chuvoso irá rebrotar”, explica o pesquisador.
Embora a Caatinga forneça diversas opções de plantas forrageiras, há pesquisas científicas para aprimorar a oferta de alimentos, seja por meio da avaliação de cultivares de outras regiões tolerantes a condições de seca, seja por meio de ações de melhoramento genético vegetal que resultem, no futuro, em cultivares próprias para as condições do Semiárido brasileiro.
Na Embrapa Caprinos e Ovinos, as equipes de pesquisa nas áreas de Melhoramento Genético Vegetal e de Forragicultura têm se integrado na busca de respostas para essas duas vertentes. Cultivares de espécies forrageiras como sorgo e milheto, que demostraram bom desempenho em outras regiões do País ou do exterior, também já estão em teste.
“Todos esses fatores são avaliados: a qualidade nutricional, o desempenho em campo, a tolerância à seca. Assim, esperamos dar respostas aos produtores, de acordo com um objetivo final, se a forrageira será usada para produção de silagem, de feno ou fornecida a fresco”, explica o biólogo Fernando Guedes, pesquisador da área de Melhoramento Genético Vegetal. Segundo ele, os testes indicam, inclusive, possibilidades de combinação, como a de uma silagem que utilize milheto com girassol, aliando a tolerância à seca da primeira espécie e os benefícios nutricionais da segunda.
Outra frente de pesquisa na área é a de avaliação de plantas gramíneas como culturas perenes, para formação de pastagens: os materiais observados são capins Panicum e Andropogon, testados na região Centro-Oeste. Neste caso, os testes também incluem coleções de germoplasma, para realização das avaliações em nível regional, chamadas de VCU (valor de cultivo e uso).
“Em nossa busca por materiais adaptados, estão tanto aqueles com histórico de potencial em outras regiões, como materiais novos, que ainda não estão nas linhas de programas de melhoramento de cultivares no Brasil, mas apresentaram potencial em outros países, como nas zonas semiáridas da África, por exemplo”, cita a engenheira-agrônoma Luice Bueno, pesquisadora da área de Melhoramento Genético Vegetal da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Pesquisas com forrageiras adaptadas para o Semiárido incluem também espécies como o feijão-guandu, gliricídea e leucena, compondo um quadro de diversificação de modo a permitir aos produtores rurais várias opções de plantio para a reserva alimentar na propriedade. “São vários cenários, em que avaliamos a melhor forma de manter qualidade na produção de silagem, qual gramínea seria melhor para um diferimento [manejo em que se escolhe uma área da propriedade para excluir do pastejo imediato de animais, ficando como reserva alimentar para outro período], além de outras questões”, explica Fernando Guedes.
A pesquisadora acrescenta que os consórcios são úteis aos programas de melhoramento vegetal por permitirem observar manejos diferentes para os materiais genéticos e, assim, traçar recomendações mais precisas sobre o uso em campo. “Às vezes existem materiais ótimos para adaptação ao Semiárido, mas, de cada cinco deles, três têm bom desempenho quando plantados solteiros e outros dois vão bem solteiros, mas vão melhor ainda quando consorciados com outras espécies. É uma etapa em que vemos como cada material se adapta melhor às formas de cultivo e utilização”, exemplifica ela.
De acordo com Guedes e Luice, esses resultados de novas cultivares forrageiras a partir das ações de melhoramento podem levar de dez a 15 anos para conclusão, período em que é feita escolha de material, cruzamentos, variabilidades e novas populações, observadas em diferentes ciclos. Na Embrapa Caprinos e Ovinos, já foram iniciados experimentos para melhoramento do feijão-guandu e de algumas gramíneas, como a Urochloa, com perspectiva de desenvolver novas cultivares.
Essas etapas dos programas de melhoramento são fundamentais não somente para a indicação de resultados, mas também para registrar o histórico de genealogia exigido pelo mercado formal para uma futura comercialização de sementes e mudas.
Em um hectare com as duas culturas, é possível produzir biomassa de forragem para manter produtivos 53 ovinos de corte ou leite, com peso corporal médio de 25 kg, durante oito meses, período que corresponde à época de estiagem. Os resultados indicaram que produzir o volumoso em sua propriedade a partir do plantio de milho e capim-massai é 31,35% mais barato para o criador do que adquiri-lo no comércio. A partir do segundo ano, sem o custo com o cercamento da área, essa economia chega a 78%.
Os custos do plantio conjunto de milho e capim-massai para produção de silagem são maiores que para o cultivo do milho solteiro, porque incluem a compra das sementes do capim e o cercamento para impedir o acesso dos animais à área de produção do volumoso e ao silo. “Se for uma área mais isolada, à qual os animais não tenham acesso, não é necessário cercar e pode-se eliminar esse custo”, explica o engenheiro-agrônomo Roberto Pompeu, pesquisador da Embrapa em Sistemas de Produção de Forragens.
Menos erosão
Mesmo com esses custos iniciais, o consórcio demonstrou vantagens, tais como a possibilidade de adotar outras estratégias para o uso da terra, entre elas o pastejo dos animais após a colheita do milho e a cobertura de matéria morta para o plantio direto da cultura anual, que diminui a erosão e proporciona sustentabilidade do agroecoecossistema.De acordo com Pompeu, já existem outros trabalhos que indicam o capim-massai como uma boa alternativa para o Semiárido. “A Embrapa já vem trabalhando há muito tempo com esse capim em sistemas agrossilvipastoris com bons resultados”, conta.
Entre as características da forrageira estão a tolerância ao déficit hídrico, elevado rendimento de matéria seca por área, porte baixo, compatível com o pastejo de pequenos ruminantes; qualidade nutricional e alta população de plantas. Outra vantagem interessante é que a planta produz mais folhas que hastes (colmos), as folhas são mais nutritivas além de ser a parte preferida pelos animais.
“Como o capim produz bem no período chuvoso, o criador pode deixar o rebanho no pasto nesse período e tirá-lo durante a seca. Com uma adubação adequada, no período chuvoso irá rebrotar”, explica o pesquisador.
Pesquisas para diversificar a alimentação dos rebanhos
Em um contexto de criação predominantemente extensiva de animais e limitação de recursos hídricos, condições que dificultam a manutenção de pastos cultivados para rebanhos, a produção de animais no Semiárido brasileiro ainda é dependente da vegetação nativa para garantir recursos alimentares.Embora a Caatinga forneça diversas opções de plantas forrageiras, há pesquisas científicas para aprimorar a oferta de alimentos, seja por meio da avaliação de cultivares de outras regiões tolerantes a condições de seca, seja por meio de ações de melhoramento genético vegetal que resultem, no futuro, em cultivares próprias para as condições do Semiárido brasileiro.
Na Embrapa Caprinos e Ovinos, as equipes de pesquisa nas áreas de Melhoramento Genético Vegetal e de Forragicultura têm se integrado na busca de respostas para essas duas vertentes. Cultivares de espécies forrageiras como sorgo e milheto, que demostraram bom desempenho em outras regiões do País ou do exterior, também já estão em teste.
De olho no girassol no Semiárido
Outra cultura anual objeto de estudos é o girassol, de boa tolerância à seca e com indicadores de contribuição para a qualidade nutricional da silagem: o aporte de energia para uma ração é considerado semelhante ao do milho, espécie mais utilizada para a produção de alimentos volumosos no Semiárido.“Todos esses fatores são avaliados: a qualidade nutricional, o desempenho em campo, a tolerância à seca. Assim, esperamos dar respostas aos produtores, de acordo com um objetivo final, se a forrageira será usada para produção de silagem, de feno ou fornecida a fresco”, explica o biólogo Fernando Guedes, pesquisador da área de Melhoramento Genético Vegetal. Segundo ele, os testes indicam, inclusive, possibilidades de combinação, como a de uma silagem que utilize milheto com girassol, aliando a tolerância à seca da primeira espécie e os benefícios nutricionais da segunda.
Outra frente de pesquisa na área é a de avaliação de plantas gramíneas como culturas perenes, para formação de pastagens: os materiais observados são capins Panicum e Andropogon, testados na região Centro-Oeste. Neste caso, os testes também incluem coleções de germoplasma, para realização das avaliações em nível regional, chamadas de VCU (valor de cultivo e uso).
“Em nossa busca por materiais adaptados, estão tanto aqueles com histórico de potencial em outras regiões, como materiais novos, que ainda não estão nas linhas de programas de melhoramento de cultivares no Brasil, mas apresentaram potencial em outros países, como nas zonas semiáridas da África, por exemplo”, cita a engenheira-agrônoma Luice Bueno, pesquisadora da área de Melhoramento Genético Vegetal da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Pesquisas com forrageiras adaptadas para o Semiárido incluem também espécies como o feijão-guandu, gliricídea e leucena, compondo um quadro de diversificação de modo a permitir aos produtores rurais várias opções de plantio para a reserva alimentar na propriedade. “São vários cenários, em que avaliamos a melhor forma de manter qualidade na produção de silagem, qual gramínea seria melhor para um diferimento [manejo em que se escolhe uma área da propriedade para excluir do pastejo imediato de animais, ficando como reserva alimentar para outro período], além de outras questões”, explica Fernando Guedes.
Alternativas para plantio consorciadoO plantio consorciado de culturas anuais com gramíneas e leguminosas, por exemplo, também tem merecido atenção das equipes de pesquisa, por serem alternativas de rendimento promissoras na realidade do Semiárido brasileiro. As estratégias de consórcios são variadas. Em alguns experimentos são combinadas culturas anuais (milheto, milho ou sorgo) com gramíneas, possibilitando fornecimento de forragens distintas em diferentes períodos do ano, uma vez que o ciclo de culturas anuais, entre elas o milheto, é mais precoce que das gramíneas.Em outros casos, a estratégia do consórcio é orientada para silagem de melhor qualidade nutricional, quando se combina uma dessas três culturas anuais com o feijão-guandu — em que este é inserido para garantir reserva de proteína — ou ainda o consórcio de milheto com girassol, já citado. Por sua vez, gramíneas podem ser consorciadas com plantas arbóreas de alto potencial forrageiro na Caatinga, como a leucena e a gliricídia. Segundo o pesquisador Fernando Guedes, no Semiárido, ambiente de certo risco, com fatores como a incerteza de períodos chuvosos dentro da média histórica, essa diversificação é muito importante no contexto da segurança alimentar de rebanhos. “Não é fácil afirmar para o produtor rural que apostar em um só material é certeza de boa produção. A estratégia é diversificar, tanto com o plantio de diferentes forrageiras em diferentes áreas, como com a possibilidade dos consórcios”, frisa. |
Rotação para a sustentabilidade
Outros benefícios dos consórcios são de natureza ambiental e de segurança biológica, conforme aponta a pesquisadora Luice Bueno. “Uma rotação de culturas contribui com a manutenção do solo, com a reposição de nutrientes. E quando você adota uma monocultura, há o risco de chegar uma praga que ataque essa cultura praticada em larga escala, fazendo o produtor perder tudo”, destaca ela.A pesquisadora acrescenta que os consórcios são úteis aos programas de melhoramento vegetal por permitirem observar manejos diferentes para os materiais genéticos e, assim, traçar recomendações mais precisas sobre o uso em campo. “Às vezes existem materiais ótimos para adaptação ao Semiárido, mas, de cada cinco deles, três têm bom desempenho quando plantados solteiros e outros dois vão bem solteiros, mas vão melhor ainda quando consorciados com outras espécies. É uma etapa em que vemos como cada material se adapta melhor às formas de cultivo e utilização”, exemplifica ela.
Melhoramento genético vegetal
As estratégias de pesquisas com as forrageiras no Semiárido brasileiro incluem não somente a avaliação de cultivares já testadas em outras regiões, mas também a implementação de ações de melhoramento genético vegetal, que possam, em um prazo de tempo mais longo, resultar em novas cultivares recomendadas para a alimentação de rebanhos na região.De acordo com Guedes e Luice, esses resultados de novas cultivares forrageiras a partir das ações de melhoramento podem levar de dez a 15 anos para conclusão, período em que é feita escolha de material, cruzamentos, variabilidades e novas populações, observadas em diferentes ciclos. Na Embrapa Caprinos e Ovinos, já foram iniciados experimentos para melhoramento do feijão-guandu e de algumas gramíneas, como a Urochloa, com perspectiva de desenvolver novas cultivares.
Essas etapas dos programas de melhoramento são fundamentais não somente para a indicação de resultados, mas também para registrar o histórico de genealogia exigido pelo mercado formal para uma futura comercialização de sementes e mudas.
Embrapa Caprinos e Ovinos