Más condições das estradas afetam competitividade
No entanto, a má condição das estradas preocupa produtores. De acordo com membros do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (DIBA), o frete chega a ficar aproximadamente 30% mais caro, o que pode ser sentido nas prateleiras de supermercados.
Revendedores de combustíveis dizem que o RN perde competitividade frente a estados vizinhos. Já o setor salineiro enxerga a situação com preocupação.
“Eu poderia dizer que, se antes eles cobravam R$4, hoje eles estão cobrando R$5 e pouco por quilômetro rodado”, detalha Michel Cosme, produtor do DIBA, um dos distritos mais importantes de frutas do RN, com foco em plantação de bananas, com aproximadamente 800 hectares da fruta. “E esse custo a mais do frete com certeza impacta. É um impacto importante do custo que a fruta chega no consumidor”, completa.
O custo do frete se eleva porque as más condições das estradas aumentam o custo de manutenção dos carros. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindpostos), Maxwell Flor, é comum que os caminhões precisem de manutenção com frequência. “As estradas estão altamente esburacadas, não tem acostamento. É comum os caminhões altos cruzarem com os outros e quebrarem um retrovisor, é comum rasgar um pneu, é comum quebrar a suspensão. Todos esses itens aumentam o custo de manutenção, que é refletido no custo do frete”, disse.
A RN-118, por exemplo, é o principal caminho para o escoamento dessas produções. Por abranger outros municípios da costa, como Macau, e do Vale do Açu, como Alto do Rodrigues, a rodovia recebe fluxo de caminhões pesados que passam pela refinaria Clara Camarão, em Guamaré, e pelo DIBA. No entanto, trafegar por lá significa desacelerar mais vezes do que o normal devido a quantidade de buracos, falta de sinalização e acostamento.
Tribuna do Norte
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