sábado, 6 de maio de 2023

 

Uma variedade nova de brachiarias vai revolucionar o manejo de pastagens

   

É a brachiaria Dunamis, que promete ser protagonista da terceira “revolução” no cultivo de brachiarias para pastagens. Entre as características dessa variedade inovadora, está a capacidade de resistir a pragas e se fixar em diversos tipos de solo. A Dunamis é considerada revolucionária por ser um híbrido que une as qualidades das brachiarias Decumbens e Marandu, já largamente plantadas no Brasil.

Especialistas explicam que, no início da década de 1970, a introdução da Decumbens representou a primeira revolução nas fazendas de pastagem, possibilitando a abertura de novas áreas de cultivo. No entanto, as plantações passaram a sofrer com pragas como a cigarrinha. A partir de 1984, a chegada da brachiaria Marandu desencadeou uma segunda revolução no setor ao proporcionar maior resistência às pragas. Contudo, a nova variedade trouxe outros desafios, já que ela não produz estolões e tem problemas para se enraizar no solo.

Essas dificuldades, no entanto, já podem ser solucionadas graças à Dunamis, que representa a terceira revolução nesse mercado. Ela tem como principal característica a presença dos estolões: um tipo de enraizamento lateral que se torna um meio de propagação da planta. Esses estolões existem na variedade Decumbens, mas estão ausentes na Marandu, que predomina atualmente. Devido a essa qualidade, a Dunamis pode facilitar a cobertura do solo, diminuir a degradação da área plantada e aumentar a longevidade do pasto, consequentemente melhorando a produtividade, a sustentabilidade e a lucratividade da fazenda. Ela apresenta, ainda, outras vantagens em relação às demais brachiarias, tais como:

  • Crescimento inicial muito superior ao da Marandu e da Decumbens;
  • Resistência à cigarrinha das pastagens;
  • Fácil adaptação a solos de baixa fertilidade. (pH 4,8 a 5,5), solos arenosos e terrenos com alta declividade;
  • Melhor controle de erosões;
  • Maior tolerância à seca se comparada à Marandu;
  • Boa tolerância a períodos curtos de encharcamento do solo (15 a 30 dias) se comparada à Marandu (3 a 6 dias);
  • Tolerância a Rhizoctonia (um dos fungos causadores da morte súbita das brachiarias);
  • Facilidade de plantio em covas em solo arenoso e sem correção;
  • Teores de proteína bruta e digestibilidade superiores aos da Marandu.

 

 

 

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