quinta-feira, 27 de outubro de 2022

 CI

Enquanto o mercado interno segue com poucos negócios, mantendo o patamar de preços ao redor de R$ 290/300, base Minas Gerais, e R$ 220/230, base Paraná, para meados de outubro, é bom momento para olhar o que acontece ao nosso redor.

Preste atenção na enorme mudança ocorrida nos últimos anos no mercado mundial. Apesar de que as carnes vegetais ganham espaço enorme, o bom Feijão está lá, em grãos, firme e forte como sempre foi. Uma empresa que está na terceira geração empacotando Feijões na Espanha ???? comentou que, após um período entre os anos 90 e 2000 de diminuição do consumo, ele foi retomando e o mercado vem crescendo todos os anos.

A grande contribuição tem vindo da volta à comida caseira, o “comfort food”. O aconchego do alimento sem processamento é o ideal, segundo muitos consumidores. E há neste grande número o movimento vegano, que não pode ser ignorado por nós.

"Quem não come carne, come Feijão." É esta a lógica, se o cliente não quer comer carne na segunda, vai comer Feijão ou vai sentir tremenda fome antes do final da tarde.

O que isso significa para você, produtor ou empacotador?

Que o mercado cresceu. Produzimos até recentemente para 200 milhões de consumidores, mas o mercado agora passa da casa dos bilhões, pois o mundo está aí, buscando novas fontes de alimentos.

Enquanto a CONAB afirma que está tudo bem, leia nas entrelinhas e lembre que isso soa para os desavisados como “não plante Feijão, está tudo bem”. Mas não está. Insisto neste ponto porque vejo que aí está o veio para quem quiser aumentar as chances de ganho. O ano de 2023 será um ano interessante por vários indicativos que vêm daqui, com menor área plantada e com dúvidas normais sobre o comportamento do clima, como também do exterior, com os mesmos desafios. Fique atento. Afirmações de CONAB sempre passam longe da realidade.

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