Cebola BRS Alfa São Francisco tem alta produtividade em plantio direto
Na
contramão de uma lógica disseminada entre agricultores e técnicos que,
de maneira geral, considera os materiais híbridos como única opção para
cultivo em sistema de plantio direto, a variedade de cebola BRS Alfa São
Francisco apresentou resultado surpreendente. A colheita da cultivar
superou em 48% a de uma híbrida comercializada na região: 83,4 t.ha-1
contra 56 t.ha-1.
Estes dados, para quem planeja investir na cebolicultura nos estados da Bahia e de Pernambuco, são ainda melhores porque o custo da semente da cultivar é, em média, seis vezes mais barato que o da híbrida. Assim, a BRS Alfa São Francisco é alternativa acessível para agricultores pouco capitalizados se apropriarem da técnica de plantio direto, que está em expansão nas principais áreas de cultivo do país.
Para o pesquisador Carlos Antônio Fernandes Santos, da Embrapa Semiárido, esses dados surpreendem porque a cultivar foi desenvolvida para plantio nas condições climáticas comumente registradas na região, no segundo semestre: temperaturas elevadas e período de chuvas. Chama a atenção, portanto, que tenha alcançado tanta produção numa safra entre os meses de maio e setembro, conforme avaliação pioneira feita por uma empresa privada do segmento de sementes em sua área comercial, no município de Canudos (BA).
A surpresa também advém do fato de que o bom desempenho da BRS Alfa São Francisco registrado pela empresa é uma novidade em relação às suas características originais. Quando lançada, em 2006, o potencial produtivo anunciado era de 30 t.ha-1 em cultivo de transplantio de mudas, que é mais comum entre os produtores da região e tem maior demanda de mão obra na sua operação: primeiro, para instalar uma sementeira, aguardar o ponto de transplantio - que ocorre em torno de 30 dias -, depois levar para cultivo em lugar definitivo e plantar em solo úmido, uma a uma.
No plantio direto, as sementes já são postas na área definitiva de cultivo, o que permite cultivar uma população entre 1 e 1,2 milhão de plantas por hectare. Segundo Jony Eishi Yuri, também pesquisador da Embrapa Semiárido, esta forma de plantio tem sido utilizada por médios e grandes produtores de cebola pelas vantagens de reduzir mão de obra e alcançar elevadas produtividades. Com esse método, é comum se alcançar safras de 80, 120 e até 140 toneladas por hectare de cebola. As cultivares plantadas com esse adensamento, em geral, sofrem redução de tamanho de bulbo, o que não acontece com as híbridas, afirma Jony.
À frente do Programa de Melhoramento Genético da Cebola, na Embrapa Semiárido, o pesquisador Carlos Antônio explica que, embora lançada em 2006, a BRS Alfa São Francisco foi submetida a contínuos estudos e avaliações por, pelo menos, 10 ciclos. Neste tempo, as pesquisas em campo focavam a seleção de bulbos mais produtivos, com formato arredondado, uniformidade para coloração, precocidade e resistência ao Tripes - principal praga da cebola no Brasil.
Futuro
Por conta dessa avaliação pioneira da empresa privada com o cultivo da BRS Alfa São Francisco em plantio direto, Carlos Antônio deverá submetê-la a esse sistema já no próximo ciclo de testes. “Esta avaliação mostra o potencial de expansão comercial de sementes de Alfa São Francisco junto com o crescimento das áreas de cebola sob o plantio direto”, afirma Carlos Antônio.
A cebola é a terceira hortaliça de importância econômica do Brasil. A área plantada gira em torno de 50 mil hectares, em que são colhidas cerca de 1,6 milhões de toneladas ao ano. Ainda que o negócio dessa espécie sofra grandes oscilações decorrentes dos altos e baixos dos preços ao longo do ano, a cebolicultura não deixa de ser uma atividade de “grande importância econômica”, garante o pesquisador da Embrapa Semiárido, Nivaldo Costa.
Segundo ele, além de demandar grande quantidade de mão de obra, contribui para valorizar as pequenas propriedades, fixar os produtores nas zonas rurais e gerar impactos relevantes no comércio e na renda dos municípios. “Uma tecnologia de resultados como os alcançados pela BRS Alfa São Francisco pode potencializar o desenvolvimento regional”, destaca.
Estes dados, para quem planeja investir na cebolicultura nos estados da Bahia e de Pernambuco, são ainda melhores porque o custo da semente da cultivar é, em média, seis vezes mais barato que o da híbrida. Assim, a BRS Alfa São Francisco é alternativa acessível para agricultores pouco capitalizados se apropriarem da técnica de plantio direto, que está em expansão nas principais áreas de cultivo do país.
Para o pesquisador Carlos Antônio Fernandes Santos, da Embrapa Semiárido, esses dados surpreendem porque a cultivar foi desenvolvida para plantio nas condições climáticas comumente registradas na região, no segundo semestre: temperaturas elevadas e período de chuvas. Chama a atenção, portanto, que tenha alcançado tanta produção numa safra entre os meses de maio e setembro, conforme avaliação pioneira feita por uma empresa privada do segmento de sementes em sua área comercial, no município de Canudos (BA).
A surpresa também advém do fato de que o bom desempenho da BRS Alfa São Francisco registrado pela empresa é uma novidade em relação às suas características originais. Quando lançada, em 2006, o potencial produtivo anunciado era de 30 t.ha-1 em cultivo de transplantio de mudas, que é mais comum entre os produtores da região e tem maior demanda de mão obra na sua operação: primeiro, para instalar uma sementeira, aguardar o ponto de transplantio - que ocorre em torno de 30 dias -, depois levar para cultivo em lugar definitivo e plantar em solo úmido, uma a uma.
No plantio direto, as sementes já são postas na área definitiva de cultivo, o que permite cultivar uma população entre 1 e 1,2 milhão de plantas por hectare. Segundo Jony Eishi Yuri, também pesquisador da Embrapa Semiárido, esta forma de plantio tem sido utilizada por médios e grandes produtores de cebola pelas vantagens de reduzir mão de obra e alcançar elevadas produtividades. Com esse método, é comum se alcançar safras de 80, 120 e até 140 toneladas por hectare de cebola. As cultivares plantadas com esse adensamento, em geral, sofrem redução de tamanho de bulbo, o que não acontece com as híbridas, afirma Jony.
À frente do Programa de Melhoramento Genético da Cebola, na Embrapa Semiárido, o pesquisador Carlos Antônio explica que, embora lançada em 2006, a BRS Alfa São Francisco foi submetida a contínuos estudos e avaliações por, pelo menos, 10 ciclos. Neste tempo, as pesquisas em campo focavam a seleção de bulbos mais produtivos, com formato arredondado, uniformidade para coloração, precocidade e resistência ao Tripes - principal praga da cebola no Brasil.
Futuro
Por conta dessa avaliação pioneira da empresa privada com o cultivo da BRS Alfa São Francisco em plantio direto, Carlos Antônio deverá submetê-la a esse sistema já no próximo ciclo de testes. “Esta avaliação mostra o potencial de expansão comercial de sementes de Alfa São Francisco junto com o crescimento das áreas de cebola sob o plantio direto”, afirma Carlos Antônio.
A cebola é a terceira hortaliça de importância econômica do Brasil. A área plantada gira em torno de 50 mil hectares, em que são colhidas cerca de 1,6 milhões de toneladas ao ano. Ainda que o negócio dessa espécie sofra grandes oscilações decorrentes dos altos e baixos dos preços ao longo do ano, a cebolicultura não deixa de ser uma atividade de “grande importância econômica”, garante o pesquisador da Embrapa Semiárido, Nivaldo Costa.
Segundo ele, além de demandar grande quantidade de mão de obra, contribui para valorizar as pequenas propriedades, fixar os produtores nas zonas rurais e gerar impactos relevantes no comércio e na renda dos municípios. “Uma tecnologia de resultados como os alcançados pela BRS Alfa São Francisco pode potencializar o desenvolvimento regional”, destaca.
Embrapa Semiárido
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