sexta-feira, 14 de junho de 2019


Manejo

Cuidados simples evitam a morte do cordeiro

A primeira medida é fazer com que ele mame o colostro
     
A taxa de morte perinatal de cordeiros chega a 30% e é um dos principais problemas da ovinocultura . Entre os principais fatores que levam a isso estão o frio e a fome, por conta da desnutrição das ovelhas gestantes e recém-paridas que não oferecem o colostro para o cordeiro recém-nascido. Por isso é recomendado observar a condição corporal das gestante e fazer um bom manejo. 

As maiores perdas econômicas dos produtores de ovinos na região Sul ainda são causadas pela baixa taxa de desmame de cordeiros. Mas isso pode ser revertido com atitudes relativamente simples. O manejo inclui um monitoramento diário das ovelhas em parição para auxiliar em quedas, nos partos e outros cuidados básicos e fundamentais para evitar a mortalidade.  Deve ser observada a oferta de alimentos para as ovelhas no terço final da gestação e no período de lactação, quando os requerimentos nutricionais são maiores. Com relação ao clima o produtor deve buscar ajustar os partos aos momentos em que há maior oferta forrageira.
Quando o cordeiro nasce o produtor deve secá-lo e desinfeccionar o umbigo com uma solução de iodo para evitar contaminações bacterianas e, dependendo do tipo de criação, já identificar o cordeiro e a mãe, fazer anotações de acompanhamento . Descole e castração também já podem ser feitos. “ Esse cuidado e a atenção que se dá ao animal neste momento inicial é fundamental para evitar a mortalidade”, explica o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, José Carlos Ferrugem.

Nas primeiras 12 horas ele deve mamar o colostro que contem imunoglobulinas e proteínas que serão absorvidas de forma integral. “Isso melhora as condições de sobrevivência desse cordeirinho, fornece nutrientes, desenvolve a capacidade de imunidade”, completa Ferrugem.
Para aqueles bebês que já nascem fracos e não conseguem mamar deve-se extrair o colostro da ovelha, colocar em uma seringa e administrar por sonda ao cordeirinho. “Esses 60, 80 ml praticamente garantem a sobrevivência dele”, diz o pesquisador. Se ele não reage com esse procedimento pode ser complementada com uma solução de glicose via intraperitoneal

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