Com o objetivo de apoiar, discutir, criar projetos legislativos e incentivar a implantação de unidades de geração de energias renováveis no Rio Grande do Norte, foi instalada na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (27) a Frente Parlamentar de Apoio às Energias Renováveis. Presidida pelo deputado estadual George Soares (PL) e tendo como membros os deputados Souza (PHS) e Galeno Torquato (PSD), a Frente visa contribuir de para que o RN possa explorar de forma positiva o enorme potencial energético do qual dispõe, em função de suas ótimas condições ambientais e geográficas.
“A Frente Parlamentar chega para proporcionar uma discussão mais séria e qualificada na busca de implementação de políticas públicas e leis que regulamentem e fortaleçam o setor, proporcionando geração de emprego e renda em nosso Estado”, disse George Soares. Presente na reunião, o especialista em energias renováveis, Gibram Dantas de Melo Lula, destacou a importância da instalação da frente para os empreendedores do setor e para a economia do Estado.

Ranking da FAO mostra que uso de defensivos no Brasil é menor que em diversos países da Europa

País está em 44º lugar, atrás de nações como Bélgica, Itália, Portugal e Suíça

O Brasil aparece em 44º posição em um ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre uso de defensivos agrícolas. Segundo os dados da entidade, o consumo relativo no país foi de 4,31 quilos de defensivos por hectare cultivado em 2016.
Entre os países europeus que utilizam mais defensivos que o Brasil, aparecem Países Baixos (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha), Itália (6,66 kg/ha), Montenegro (6,43 kg/ha), Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha), Suíça (5,07 kg/ha) e Eslovênia (4,86 kg/ha).
Os números constam do sistema FAOSTAT, o banco de dados da FAO que fornece estatísticas de 245 países desde 1961 sobre alimentos e agricultura. Logo após o Brasil aparecem a Alemanha, em 47º lugar, a França, em 48º e a Espanha, em 49º.
Sob o critério de consumo de defensivos em função da produção agrícola, o Brasil aparece em 58º lugar, com uso de 0,28 quilos de defensivo por tonelada de produtos agrícolas. No balanço, foram utilizados os valores de produção de grãos, fibras, frutas, pulses, raízes e nozes e o consumo total de defensivos disponíveis no portal de estatísticas da FAO.
Nesse ranking, estão na frente do Brasil países como Portugal (0,66), Itália (0,44), Eslovênia (0,36), Espanha (0,35), Suíça (0,34), Países Baixos (0,29) e Grécia (0,30). Em 59º lugar aparece a França, com uso de 0,26 quilos de defensivos por tonelada de produtos agrícolas.
O consumo de defensivos no Brasil é influenciado pela ocorrência de duas ou três safras ao ano (cultivos de inverno e safrinha). Por causa disso, aqui é preciso usar defensivos para o controle de pragas mesmo em safras de inverno e na safrinha, pois não há quebra do ciclo de reprodução, em função das condições tropicais da agricultura brasileira, enquanto que em regiões de clima temperado as pragas são inativadas nos períodos de frio.
Qualidade
Segundo o presidente da Comissão Codex Alimentarius, Guilherme Costa, o Brasil exporta seus produtos agrícolas para 160 países e atende a todos os critérios de qualidade estabelecidos pelos importadores.
“Há todo um trabalho de controle que é exercido pelo setor privado e um trabalho de verificação muito bem feito que é exercido pelo governo no sentido de atender a essas legislações internacionais e também muitas vezes atender a determinadas exigências de alguns países importadores que às vezes estabelecem limites mais restritivos que as legislações internacionais e o nosso país atende isso de uma maneira muito profissional e dando a segurança necessária para os consumidores.”, diz Costa, que também é adido agrícola do Brasil junto à União Europeia, em Bruxelas.
O Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado em 1963, com o objetivo de estabelecer normas internacionais na área de alimentos.


Ovos

Ovos: mercado segue fragilizado e perdendo valor

Ambiente de negócios seguiu fragilizado no segundo dia útil desta semana



O ambiente de negócios seguiu fragilizado no segundo dia útil desta semana e, com isso, houve nova baixa nos preços de referência dos ovos brancos e vermelhos. Nos ovos brancos a nova queda – 2ª da semana, 5ª do mês, 23ª do ano – derrubou o preço médio diário para R$67,00, valor quase 7% abaixo do praticado no mesmo período do ano passado. Mas, por enquanto, ainda se encontra acima do recebido na abertura do mês.

A diferença de preço entre a caixa de ovos vermelhos e brancos que era de R$5,00 a R$7,00 a mais, caiu para R$4,00 a R$6,00. Assim, o preço médio diário ficou em R$72,00, significando redução de 3,4% sobre o mesmo período de 2018. Como no curto prazo não existe expectativa de mudança nos fundamentos do mercado, os negócios devem seguir pressionados pelo excesso de ofertas. Por ora, enquanto no acumulado de junho o preço médio se encontra 12% abaixo do recebido no mesmo período do ano passado, no acumulado do ano, o índice negativo alcança cerca de 2,5%.

Uma nova agricultura: produtiva e sustentável

                                                                                                                                           ANTONIO CARLOS MOREIRA*
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO/ONU, elegeu ontem, 23, em Roma, o novo diretor-geral. Será Qu Dongyu, vice-ministro de Agricultura da China. Ele substitui o agrônomo brasileiro José Graziano que, a partir de 2012, comandou a FAO por dois mandatos.
Com 108, dos 191 votos, Qu Dongyu derrotou Catherine Geslain-Lanéelle, França, e David Kirvalidze, da Geórgia. O representante chinês teve o apoio do Brasil, representado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Em seu discurso após a declaração da vitória, Qu Dongyu comprometeu-se com a defesa do uso de tecnologias para fortalecer a agricultura e da criação de programas orientados para mulheres e jovens do campo. Qualquer que seja sua plataforma, não serão desafios fáceis.
A ONU teve, para o biênio 2018-19, seu orçamento, de US$ 5,4 bilhões, reduzido em 5%. Para se comparar, em termos de prioridade na agenda das maiores nações do mundo, de acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo: os gastos militares declarados alcançaram, em 2017, US$ 1,74 trilhão. Despesas que correspondem a mais de US$ 4,7 bilhões por dia, em logísticas militares e, principalmente, armamentos. Ou ainda: um ano de gastos militares pagaria o orçamento regular da ONU por 644 anos.

Realidades sociais dramáticas
A eleição de José Graziano, em 2012, foi possível com o apoio decisivo do governo brasileiro, especialmente o empenho do seu então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, nome do setor mais respeitado internacionalmente, por missões desempenhadas, por exemplo, quando presidiu a ACI, Aliança Cooperativa Interacional
Em seu mandado, Graziano, com trajetória acadêmica e política que o identificariam como “de esquerda”, ampliou a visão, que ele próprio já teve, da agricultura de escala, o agronegócio. Conhecido como principal formulador do programa Fome Zero e militante da agricultura familiar, foi durante seu mandato na FAO que ele pôde percorrer realidades sociais dramaticamente muito piores do que as brasileiras, sobretudo em regiões da Índia e países da África subsaariana.
Sua mudança de perspectiva foi a de que o combate efetivo à fome tem como principal aliada uma agricultura com tecnologia e eficiente. Predicados que, mais do que arroubos modernizantes, significa produzir mais alimentos com menor uso dos cada vez mais escassos recursos naturais: terra em quantidade, solos agricultáveis de qualidade e água.

Fome de investimentos
Estive pessoalmente, como executivo de Comunicação de uma das importantes entidades da agricultura, com José Graziano Alan Bojanic, quando discutimos a criação e a participação da FAO no Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos – Para o Futuro Sustentável. O evento obteve, desde sua primeira edição, o apoio inequívoco da agência da ONU (https://youtu.be/IULeFMsyeI8).
A defesa de José Graziano da conciliação entre a agricultura familiar e o agronegócio – pregação incansável de Roberto Rodrigues –, custou ao diretor da FAO críticas ácidas disparadas pelos setores ativistas da agricultura e meio ambiente mais ortodoxos.
Em seu artigo “Hungry for Investment” (Fome de investimento; setembro de 2012), assinado também pelo indiano Suma Chakrabarti, presidente do Banco Europeu de Desenvolvimento, e publicado num dos mais influentes jornais do mundo, o The Wall Street Journal, Graziano exortou: “O setor privado em todo o mundo pode fertilizar a terra com mais dinheiro. Muitos países estão sedentos por esse investimento – que pode ajudar a tornar menos difícil a vida para os famintos do mundo.”
A agricultura da China é a maior do mundo. Devido, certamente, à sua produção extensiva do que por vantagem competitiva. O amplo uso de mão-de-obra e da terra disponível garantem alcançar escala: o país é o maior produtor mundial de arroz e carne suína, e entre os três maiores produtores de leite, frango e carne bovina.
Espera-se que, em seu mandato, Qu Dongyu mantenha o apoio da FAO às políticas de modernização agropecuárias – as quais seu próprio país tanto necessita. Mas que, nem por isso, deixe de lado o avanço demonstrado pela agência da ONU, da produção rural aliada às preocupações com os outros dois fatores do tripé da sustentabilidade – o social e o ambiental.
Ou seja, que não se perca de vista uma nova agricultura defendida pelos setores mais modernos e sensatos da produção rural - que inclui produtores e acadêmicos; empresas e organizações não-governamentais. O conceito da nova agricultura: agronegócio e familiar; produtiva e sustentável. Pois só dessa forma se atingirá os difíceis dezessete pilares da Agenda 2030, que integram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.





Agricultor brasileiro ganha confiança e faz mais contratações de crédito rural


 
crédito ruralOs agricultores brasileiros contrataram em instituições financeiras R$ 158,7 bilhões em financiamentos de crédito rural entre julho de 2018 e maio deste ano referente ao Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019, que se encerra neste mês. A demanda por financiamento de investimento indica confiança do produtor, afirma secretário de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Eduardo Sampaio Marques.
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário Safra 2018/2019, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Banco Central.
As contratações do crédito rural para custeio somaram R$ 88,3 bilhões, com acréscimo de 6% em relação ao desembolso de julho/2017 a maio/2018. A industrialização totalizou R$ 6,6 bilhões (+ 1%) e a comercialização, R$ 23,8 bilhões (- 9%).
Para os investimentos, os desembolsos alcançaram R$ 40 bilhões, registrando um expressivo aumento de 17% em relação aos valores aplicados na safra anterior, com destaques para os programas do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) com R$ 1,1 bilhão (+ 76%) e o Moderagro (projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários) com R$ 840 milhões (+ 47%).
De acordo com Eduardo Sampaio Marques, secretário de Política Agrícola do Mapa, a demanda por recursos nos programas de investimento com expansão de 17% é um indicador da confiança do produtor rural em relação às perspectivas de mercado

quinta-feira, 27 de junho de 2019

PRIMEIRO LOTE ATE DOMINGO 30 DE JUNHO!!!! APROVEITEM E GARANTA JÁ O SEU PARA O EVENTO MAIS ESPERADO DA CIDADE!!!!

Em audiência no Senado, CONTAG defende limite para exploração de energia renovável em assentamentos

O projeto de lei (PLS 384/2016) do ex-senador Agripino Maia, que prevê a instalação de parques eólicos e solares para a produção de energia elétrica em assentamentos da reforma agrária, foi tema de audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) nesta quarta-feira (26). O secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) participou do debate e apresentou a avaliação da entidade ao projeto. “É um projeto interessante, que pode garantir uma boa renda às famílias assentadas. Mas, defendemos que haja limite nessa exploração de até 30% da área da parcela. É fundamental garantir que a maioria da parcela seja destinada à produção de alimentos, cumprindo a função social da terra e a nossa importante contribuição para a soberania e segurança alimentar de toda a população”, destacou Juraci.
O dirigente disse, ainda, que a CONTAG preocupa-se com a possibilidade de arrendamento do lote para esse tipo de exploração. “Não devemos incentivar que o assentado(a) possa arrendar toda a sua área e migrar para a cidade, ação que fere um dos objetivos Programa Nacional de Reforma Agrária, que é a redução da migração campo-cidade”, disse Juraci, que alertou ainda que é preciso garantir neste projeto que esse tipo de exploração tenha caráter de atividade rural, para fins de comprovação da qualidade de segurado especial e para acesso a políticas públicas específicas para a agricultura familiar.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a fonte eólica responde por 9,1% da capacidade instalada, enquanto a solar arca com 1,3%. A previsão é de que a eólica alcance 12,7% e a solar chegue a 4,1% em 2027. O PLS 384/2016 foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente em 2017 e aguarda a votação do relatório do senador Wellington Fagundes (PL-MT), na CRA.
Além da CONTAG, foram convidados representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério de Minas e Energia, do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG 

Perguntas freqüentes sobre defensivos agrícolas no Brasil


Os alimentos produzidos no Brasil são seguros quanto aos resíduos de defensivos?
Sim, nossos alimentos são testados e aprovados. Quando há resíduos, estão muito abaixo do que é permitido pelos códigos internacionais. Os alimentos produzidos no Brasil são exportados para 160 países, e testados tanto na saída do Brasil quanto na entrada em outros países. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, realizado pela Anvisa, avalia constantemente a segurança dos alimentos em relação aos resíduos de defensivos agrícolas. 
O Ministério da Agricultura aprova sozinho o registro de novos defensivos?
Não, os pedidos de registro passam por um longo processo e são verificados por várias equipes técnicas, sem ingerência política do ministro da Agricultura. São três órgãos envolvidos: o Ministério da Agricultura avalia quanto à eficiência agronômica, a Anvisa analisa o impacto para a saúde humana e o Ibama observa os impactos ao meio ambiente.
 Por que o número de registros de defensivos aprovados neste ano aumentou?
O aumento da velocidade dos registros se deve a ganhos de eficiência possibilitados por medidas desburocratizantes implementadas nos três órgãos nos últimos anos, em especial na Anvisa. Atualmente, são mais de 2 mil produtos na fila para serem avaliados e o prazo legal para a liberação é de quatro meses. Há produtos que estão na fila há mais de oito anos. O objetivo de fazer a fila andar no Brasil é justamente para aprovar novas moléculas, menos tóxicas e que causem menos impacto ao meio ambiente, e assim oferecer alternativas melhores aos produtos mais antigos.
 Os produtos liberados são defensivos novos?
Os defensivos que estão sendo registrados são, na imensa maioria, genéricos, ou seja, são produtos que já estão sendo usados no mercado e aguardavam pelo registro há anos. Com isso, o preço de alguns produtos já caiu, pois pequenas empresas também podem produzir. Isso barateia o custo de produção e pode influir na queda do preço dos alimentos.
 Com mais defensivos disponíveis, vai aumentar o uso nas lavouras?
Não, ter mais marcas disponíveis no mercado não significa que se vai usar uma quantidade maior do produto. O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam 30% do custo de produção.
Como está o Brasil em relação a outros países?
Os critérios usados pelo Brasil são mais rígidos do que os de outros países. Se fôssemos usar a classificação internacional, o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, conhecido como Sistema GHS, o índice de pesticidas classificados como extremamente tóxicos no Brasil passaria de 34% para cerca de 14%. 
Onde ocorrem os casos de contaminação?
Os casos de contaminação por defensivos agrícolas ocorrem principalmente na aplicação sem cuidados dos defensivos. O governo vai preparar uma medida legislativa para aumentar a fiscalização e a capacitação dos agricultores para a aplicação de defensivos.

Uma nova agricultura: produtiva e sustentável

                                                                                                                                           ANTONIO CARLOS MOREIRA*
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO/ONU, elegeu ontem, 23, em Roma, o novo diretor-geral. Será Qu Dongyu, vice-ministro de Agricultura da China. Ele substitui o agrônomo brasileiro José Graziano que, a partir de 2012, comandou a FAO por dois mandatos.
Com 108, dos 191 votos, Qu Dongyu derrotou Catherine Geslain-Lanéelle, França, e David Kirvalidze, da Geórgia. O representante chinês teve o apoio do Brasil, representado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Em seu discurso após a declaração da vitória, Qu Dongyu comprometeu-se com a defesa do uso de tecnologias para fortalecer a agricultura e da criação de programas orientados para mulheres e jovens do campo. Qualquer que seja sua plataforma, não serão desafios fáceis.
A ONU teve, para o biênio 2018-19, seu orçamento, de US$ 5,4 bilhões, reduzido em 5%. Para se comparar, em termos de prioridade na agenda das maiores nações do mundo, de acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo: os gastos militares declarados alcançaram, em 2017, US$ 1,74 trilhão. Despesas que correspondem a mais de US$ 4,7 bilhões por dia, em logísticas militares e, principalmente, armamentos. Ou ainda: um ano de gastos militares pagaria o orçamento regular da ONU por 644 anos.

Realidades sociais dramáticas
A eleição de José Graziano, em 2012, foi possível com o apoio decisivo do governo brasileiro, especialmente o empenho do seu então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, nome do setor mais respeitado internacionalmente, por missões desempenhadas, por exemplo, quando presidiu a ACI, Aliança Cooperativa Interacional
Em seu mandado, Graziano, com trajetória acadêmica e política que o identificariam como “de esquerda”, ampliou a visão, que ele próprio já teve, da agricultura de escala, o agronegócio. Conhecido como principal formulador do programa Fome Zero e militante da agricultura familiar, foi durante seu mandato na FAO que ele pôde percorrer realidades sociais dramaticamente muito piores do que as brasileiras, sobretudo em regiões da Índia e países da África subsaariana.
Sua mudança de perspectiva foi a de que o combate efetivo à fome tem como principal aliada uma agricultura com tecnologia e eficiente. Predicados que, mais do que arroubos modernizantes, significa produzir mais alimentos com menor uso dos cada vez mais escassos recursos naturais: terra em quantidade, solos agricultáveis de qualidade e água.

Fome de investimentos
Estive pessoalmente, como executivo de Comunicação de uma das importantes entidades da agricultura, com José Graziano Alan Bojanic, quando discutimos a criação e a participação da FAO no Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos – Para o Futuro Sustentável. O evento obteve, desde sua primeira edição, o apoio inequívoco da agência da ONU (https://youtu.be/IULeFMsyeI8).
A defesa de José Graziano da conciliação entre a agricultura familiar e o agronegócio – pregação incansável de Roberto Rodrigues –, custou ao diretor da FAO críticas ácidas disparadas pelos setores ativistas da agricultura e meio ambiente mais ortodoxos.
Em seu artigo “Hungry for Investment” (Fome de investimento; setembro de 2012), assinado também pelo indiano Suma Chakrabarti, presidente do Banco Europeu de Desenvolvimento, e publicado num dos mais influentes jornais do mundo, o The Wall Street Journal, Graziano exortou: “O setor privado em todo o mundo pode fertilizar a terra com mais dinheiro. Muitos países estão sedentos por esse investimento – que pode ajudar a tornar menos difícil a vida para os famintos do mundo.”
A agricultura da China é a maior do mundo. Devido, certamente, à sua produção extensiva do que por vantagem competitiva. O amplo uso de mão-de-obra e da terra disponível garantem alcançar escala: o país é o maior produtor mundial de arroz e carne suína, e entre os três maiores produtores de leite, frango e carne bovina.
Espera-se que, em seu mandato, Qu Dongyu mantenha o apoio da FAO às políticas de modernização agropecuárias – as quais seu próprio país tanto necessita. Mas que, nem por isso, deixe de lado o avanço demonstrado pela agência da ONU, da produção rural aliada às preocupações com os outros dois fatores do tripé da sustentabilidade – o social e o ambiental.
Ou seja, que não se perca de vista uma nova agricultura defendida pelos setores mais modernos e sensatos da produção rural - que inclui produtores e acadêmicos; empresas e organizações não-governamentais. O conceito da nova agricultura: agronegócio e familiar; produtiva e sustentável. Pois só dessa forma se atingirá os difíceis dezessete pilares da Agenda 2030, que integram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.

*Bacharel em Comunicação Social; jornalista especializado em Economia pela FIPE, Fundação Institutto de Pesquisas Econômicas, e pela FIA Business School, ambas associadas à USP/SP. Autor e organizador de livros sobre agricultura e alimentos, entre eles “A Ciência da Terra” (IAC, 2008). Diretor-owner da Soma Estratégica – Comunicação Corporativa.

Crescem as exportações de carne suína brasileira e produtor tem mais lucro

carne suínaAs exportações brasileiras de carne suína, quando se considera todos os produtos, entre in natura e processados, totalizaram 67,2 mil toneladas em maio, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 41% superior ao realizado no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 47,7 mil toneladas.
Em receita, as vendas do quinto mês do ano chegaram a US$ 143,8 milhões, saldo 54,6% maior que o resultado alcançado no mesmo período de 2018, com US$ 93 milhões. No acumulado do ano (janeiro a maio), as exportações de carne suína chegaram a 282,9 mil toneladas, volume 16,3% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, com 243,3 mil toneladas.
Já o saldo cambial totalizou US$ 562 milhões, número 11,9% maior que os US$ 502,2 milhões gerados nos cinco primeiros meses de 2018. A China disparou entre os destinos das exportações brasileiras. Com 31,9% dos embarques, importou 21,1 mil toneladas em maio, volume 51% maior em comparação com o mesmo período do ano passado.
“A questão sanitária vivida pela produção chinesa dá sinais mais fortes no ritmo de importações. A fatia da participação chinesa nas exportações brasileiras é a maior já registrada”, explica Francisco Turra, presidente da ABPA.
Outro mercado impactado por focos de Peste Suína Africana, o Vietnam, que importou apenas 26 toneladas em maio de 2018, elevou suas compras em quase 7000%, totalizando 1,82 mil toneladas em maio. O Chile também se destacou entre os importadores. O país sul-americano praticamente dobrou suas importações (+99%) de carne suína do Brasil, chegando a 4,1 mil toneladas no quinto mês deste ano.

“Outros mercados relevantes para o Brasil, como Hong Kong (+1%), Angola (+75%), Uruguai (+68%) e Argentina (+54%) também incrementaram suas compras em maio. A ampliação do saldo acumulado entre janeiro e maio indicam, também, um fechamento de semestre com previsão positiva para os embarques de carne suína”, reforça Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA

Pernambuco sai na frente para viabilizar a produção de Umbu usando água de esgoto                   

água de esgoto tratamentoÉ a chamada bioeconômica do umbu que pode usor de água de esgoto. A tecnologia criada inicialmente para o saneamento básico pode superar gargalos hídricos do Sertão para a criação de novos arranjos produtivos bioeconômicos através da planta e seu reflorestamento dentro do estado. Para isso, engenheiros do Instituto Nacional do Semiárido (Insa) visitaram agricultores do Sertão do Moxotó, na região do Bioma Caatinga, para um programa de orientação e atividadades pedagógicas e práticas da nova tecnologia.
Os especialistas promoverão uma oficina sobre tratamento comunitário de água de esgoto para o reuso agrícola. Na sequência, a partir da água usada na cozinha de uma escola em Ibimirim, será implantado no local o sistema de tratamento dessa água para ser usada na irrigação do cultivo de umbu a fim de potencializar a criação de novas cadeias produtivas bioeconômicas através do reflorestamento de plantas nativas no estado.
Propriedades nutricionais, alimentares e farmacológicas do umbuzeiro, comprovadas pelo departamento de Bioquímica da UFPE, têm trazido a possibilidade da criação de arranjos produtivos a partir dos agricultores familiares. Com o umbu, após beneficiado, pode-se fazer até cerveja. E, nesta perspectiva, centenas de mudas de umbu foram distribuídas pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) no Moxotó há poucos dias. 600 já foram plantadas na Serra do Giz, em Afogados da Ingazeira, na última semana. Além dessas mudas, o IPA já semeou mais 1,8 mil para novas doações em outras cidades e já há outras 2 mil sendo semeadas.
A iniciativa é da Rede Nacional de Pesquisadores (Ecolume), financiada pelo CNPq e liderada pela coordenadora do Laboratório de Mudança do Clima do IPA, Francis Lacerda. O Ecolume atua em busca da segurança alimentar, energética e hídrica como forma de enfrentamento aos efeitos da alteração climática no bioma Caatinga. O Insa é uma das instituições parceiras, assim como a UFPE e a escola Serta em Ibimirim. O Insa tem atuado na questão hídrica no semiárido. “É um prazer ser parceiro desta rede que busca sustentabilidade socioambiental da região, sobretudo no âmbito da agricultura familiar”, diz Salomão Medeiros, diretor-geral do Insa.
Mateus Mayer, um dos engenheiros do Insa e responsável pelo sistema hídrico de tratamento comunitário para reuso agrícola a ser instalado no Serta, antecipa que ele terá capacidade de tratar até 5 mil litros da água do escoto da escola por dia, deixando-a qualificada para fins de irrigação nas proximidades. “A tecnologia usada é um sistema combinado de tranque céptico, reator Uasb e de lagoas de polímeros. Com ele, preservamos os nutrientes da água para as plantas e eliminamos os patógenos e uma grande quantidade de matérias orgânicas que as prejudicariam”, explica.


Cera de carnaúba com nanotecnologia aumenta tempo de prateleira de frutos

Malu Tinoco - Nanoemulsão feita com cera de carnaúba forma uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação de microrganismos.
Nanoemulsão feita com cera de carnaúba forma uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação de microrganismos.
Uma nanoemulsão de cera de carnaúba usada em experimentos com mamão, laranja, tangerina e tomate demonstrou ser uma ferramenta promissora no revestimento de frutos por formar uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação microbiana.
O composto reforçado com nanopartículas foi capaz de preservar a qualidade e prolongar o tempo de vida dos frutos em 15 dias a mais, em média, comparado ao revestimento convencional que não conta com a adição das partículas ultrafinas. Nesses casos, o tempo de prateleira varia de acordo com o fruto e com a temperatura em que é conservado. O mamão, por exemplo, dura até duas semanas com revestimento convencional.

Tecnologia para redução de perdas

O Brasil é um dos principais produtores de frutas e hortaliças, mas é também um dos dez países que mais desperdiçam comida no mundo. As perdas giram em torno de 40%, o que faz da nanoemulsão uma alternativa para a conservação pós-colheita de frutos em geral e redução do desperdício.
A vantagem é que a matriz usada, a cera de carnaúba, é um produto mais disponível, extraído das folhas da palmeira da carnaubeira, espécie natural da região Nordeste do País. Além disso, é reconhecida como substância segura ao consumo humano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Premiação

Por sua pesquisa, Marcela Miranda ganhou o prêmio de melhor pôster no V Simpósio Internacional de Patologia Pós-Colheita, realizado no mês de maio na Bélgica, com o trabalho “Atividades antifúngicas de óleo essencial e extratos de Zingiber Officinale Roscoe em patógenos pós-colheita”.
“Em todos os ensaios, os frutos revestidos com a nanoemulsão demonstraram menor perda de massa, quando comparados a frutos não revestidos e àqueles com emulsões comerciais”, relata Marcela Miranda que realizou o estudo durante o curso de mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O trabalho continua em seu doutorado na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) nos laboratórios de Pós-Colheita da Embrapa Instrumentação.
“Observamos também que o tempo de conservação com nanoemulsão foi maior com consequente manutenção da firmeza, assim como menor incidência em podridões”, revela. Ela atribuiu o resultado à adequada troca gasosa, durante a qual não ocorreram processos fermentativos, como aqueles observados em ceras de origem sintética.
Além de constatar que a síntese de emulsão de cera de carnaúba na forma de nanoemulsão é possível, os ensaios de análise sensorial demonstraram que os frutos revestidos com as partículas ultrafinas foram os preferidos e mais aceitos para o consumo nas formas in natura e processada. Os pesquisadores acreditam que a escolha se deve à aparência visual conferida pelo menor tamanho de partícula do revestimento.

Lançamento

A solução tecnológica será lançada na 26ª edição da Hortitec, feira que terá início nesta quarta-feira (26), em Holambra (SP), e encerramento na sexta-feira (28). A tecnologia está alinhada a uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: reduzir pela metade o desperdício per capita de alimentos no mundo até 2030.
 Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a empresa Tanquímica, o estudo sobre a nanoemulsão teve início em 2013 com trabalhos de estudantes orientados pelo pesquisador da Embrapa Marcos David Ferreira em cursos de graduação, modalidade iniciação científica, mestrado e doutorado. “As coberturas comestíveis são aplicadas em finas camadas de material sobre os alimentos, na forma de gel, por imersão ou pulverização. Após a evaporação do solvente, uma fina película sobre a superfície é formada”, explica.
A pesquisa focou na elaboração, caracterização e obtenção de revestimentos repelentes à água (hidrofóbicos) nanoestruturados e comparação com revestimento convencional. Os revestimentos hidrofóbicos são feitos geralmente à base de lipídeos ou proteínas. Essas superfícies são eficientes barreiras controladoras de gases e umidade. Os experimentos para revestimento dos frutos foram realizados em diferentes concentrações e armazenados em temperaturas acima de 20 graus, por diversos períodos de tempo.
A diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Tanquímica, Marilene De Mori Morselli Ribeiro, disse que a nanoemulsão será disponibilizada via contrato para empresas interessadas e será destinada ao mercado de frutas e hortaliças.
“Prevemos uma produção e fornecimento de 360 toneladas ao ano, porque a Tanquímica - com sede em Laranjal Paulista (SP) e filiais em Franca (SP) e Novo Hamburgo (RS) possui a infraestrutura necessária para atender a demanda do mercado”, afirma.

O que são nanoemulsões?

Nanoemulsões são emulsões que contém partículas com raio entre 10 a 100 nanômetros, podem ser transparentes ou ligeiramente turvas, devido ao fato de seu tamanho ser muito pequeno se comparado ao comprimento de onda da luz.
Ferreira explica que a presença de nanopartículas atribui potenciais vantagens em relação às emulsões convencionais. A nanoemulsão apresenta maior da agregação das partículas e alta transparência óptica, por exemplo, entre outras características técnicas de interesse.

E emulsões?

As emulsões são sistemas que contêm uma fase dispersa e uma fase dispersante, e podem ser classificadas de acordo com a organização espacial das fases oleosas e aquosas.
Um sistema de gotículas de óleo dispersas dentro de uma fase aquosa é nomeado como uma emulsão óleo em água (O/W do inglês oil-in-water), enquanto um sistema que consiste em gotas de água dispersas numa fase de óleo é classificado como uma emulsão água-em-óleo (W/O). O composto das gotículas é normalmente chamado como fase dispersa, já o líquido circundante das gotículas é denominado como a fase contínua.

 A cera de carnaúba

Embora já usada para coberturas convencionais de alimentos desde 1930 para minimizar a perda de umidade, reduzir a abrasão da superfície do fruto durante o seu manuseio, melhorar a integridade mecânica e controlar a composição gasosa interna dos frutos, a cera de carnaúba foi pouco estudada para a formação de revestimentos nanoestruturados.
“Entre as características mecânicas desejáveis de uma nanoemulsão está a formação de revestimentos contínuos, com poucas falhas, além da plasticidade das películas formadas, pois, ao longo do tempo, os frutos sofrem redução de sua massa necessitando de materiais que se ajustem a isso”, esclarece.
Outro benefício é que os revestimentos podem ser carregados com nanopartículas com ação bactericida, fungicida, além de melhorar a estabilidade mecânica da superfície.
“A introdução de nanopartículas em uma matriz polimérica pode promover, principalmente, melhoras nas propriedades mecânicas - resistência à tração e ruptura - e de barreira - permeabilidade a gases e a vapor d‟água -  e pode atuar, dependendo da composição, como agente antimicrobiano”, conta.
Segundo o pesquisador, no uso de coberturas diretamente depositadas em frutas e hortaliças, as películas de espessura nanométrica podem manter as propriedades sensoriais do fruto (sabor, cor, etc.).
Desenvolvido com sucesso dentro do conceito de inovação aberta, o estudo envolveu recursos de cerca de R$ 200 mil entre bolsas e auxílio à pesquisa. Além da Tanquímica, a solução tecnológica recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Perda de água compromete aparência

Os frutos estudados apresentam elevado percentual de água, são altamente perecíveis e sujeitos às variações de temperatura e umidade relativa do ambiente. A perda de água, que ocorre por processos transpiratórios e respiratórios, além de ocasionar redução de peso, ao murchar, pode comprometer a aparência e influenciar negativamente a comercialização.
De acordo com cálculos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), um terço da produção total de alimentos do planeta – cerca de 1,3 bilhão de toneladas - vai para o lixo. O volume é suficiente para alimentar dois bilhões de pessoas.
O pesquisador explica que frutas e hortaliças são tecidos vivos, que apresentam em média 90% de água em peso, porém, quando perdem a camada protetora natural da epiderme, a água começa evaporar rapidamente e os produtos adquirem aspecto desidratado, perdendo a qualidade visual. Assim, a reposição da camada protetora por meio de recobrimento da superfície de frutos tem sido utilizada para reduzir a perda de água, difusão de gases; perda de sabores e aromas, propiciando a manutenção da qualidade física e química.
No tomate in natura, por exemplo, a qualidade é determinada pela aparência – cor, aspecto visual, firmeza, sabor e valor nutritivo. Mas o fruto apresenta altas taxas de perdas pós-colheita, causadas por injúrias mecânicas, armazenamento, manuseio e transporte impróprios e longos períodos de exposição no varejo.
“Portanto, minimizar a perda de massa do produto é importante não apenas para evitar prejuízos econômicas, mas também para manter o produto em condições de comercialização”, lembra Ferreira.
A aplicação de ceras auxilia na redução das perdas pós-colheita, em especial quando realizada em conjunto com outras práticas, como seleção de variedades, manuseio e beneficiamento adequado, controle de doenças na pós-colheita e operações de embalagens apropriadas no armazenamento.