Agronegócio
Embrapa quer melhorar o perfil econômico do Nordeste
Entre os 10 estados mais pobres do Brasil pelo critério do PIB, segundo o IBGE, cinco estão no Nordeste
Por:
Embrapa
Entre os 10
estados mais pobres do Brasil pelo critério do Produto Interno Bruto
(PIB), segundo o IBGE, cinco estão no Nordeste. Pela ordem: Sergipe,
Piauí, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já pelo critério de
rendimento real domiciliar abaixo de um mil reais por ano, a região
também é muito tímida e tem cinco estados com menor renda. O Maranhão
está no último lugar com um rendimento médio de R$ 710,00.
A Embrapa quer ajudar a melhorar essa
estatística, alterando a dinâmica da economia da região, transferindo
tecnologias e alcançando o maior número possível de produtores rurais.
Um plano para o desenvolvimento agropecuário do Nordeste será construído
e encaminhado à futura ministra da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Tereza Cristina, a pedido dela própria, quando participou
em novembro último de uma reunião na sede da Embrapa, em Brasília, com
os chefes de unidades da empresa.
Nesta quarta-feira 12, durante todo o dia,
em Teresina, os chefes gerais das oito unidades da empresa no Nordeste
vão se reunir, apresentar diagnósticos e sugerir projetos que possam
mudar o perfil sócio-econômico da agropecuária nordestina. O encontro
começa às 8 horas, na sede da Embrapa Meio-Norte. A unidade do Piauí vai
apresentar a proposta do programa Aliança para a Inovação Tecnológica
no Meio-Norte, reunindo oito projetos focando sistemas de produção nas
áreas de caprino, ovinos, fruticultura, apicultura, manejo de solo e
água.
Participam da reunião os chefes gerais
Lucas Antônio de Sousa Leite – Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE);
Liv Soares Severino - Algodão (Campina Grande/Pb); Marco Aurélio
Delmondes Bonfim – Caprinos e Ovinos (Sobral/CE); Maria de Lourdes
Brefin - Cocais (São Luís/MA); Luiz Fernando Leite – Meio-Norte
(Teresina/PI); Alberto Duarte Vilarinhos – Mandioca e Fruticultura (Cruz
das Almas/BA); Pedro Carlos Gama da Silva – Semiárido (Petrolina/PE); e
Marcelo Ferreira Fernandes –Tabuleiros Costeiros (Aracajú/SE).
Números do atraso
Mesmo com alguns avanços na produção de
grãos, frutas e cana-de-açúcar pelo agronegócio, o atraso na agricultura
da maioria dos estados nordestinos tem origem na própria realidade dos
produtores. Segundo o Censo Agropecuário 2017, divulgado em julho último
pelo IBGE, mostra o Piauí, por exemplo, não muito bem. Vejamos: 41,85%
do produtor não sabe ler e nem escrever; e 32,14% têm mais de 60 anos,
idade que já pesa negativamente na atividade.
No uso de insumos modernos, apenas 1,6%
aplicam calcário na correção do solo; e 0,91% fazem adubação química e
orgânica. O censo mostra também a fragilidade em áreas de grande
importância para o crescimento de qualquer sistema de produção agrícola:
apenas 1,35% trabalham com irrigação e 96,56% não recebem assistência
técnic
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