terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Pesquisadores estudam uma nova semente de mandioca que pode dar mais renda ao produtor

EMBRAPA
mandioca cerosoO desenvolvimento de uma mandioca cerosa, já se encontra em andamento na Embrapa, e pode colocar o Brasil na vanguarda da corrida mundial para desenvolver uma mandioca waxy que possa ser produzida em larga escala. Até agora, nenhum país conseguiu desenvolver essa raiz. É uma nova variedade de mandioca que pode transformar o pais em produtor de um valioso insumo industrial e agregar muito valor à produção dessa raiz nativa. Trata-se do amido ceroso, ou waxy, muito procurado pela indústria alimentícia, pois é matéria-prima para composição de pratos congelados e outros produtos.
O desafio é fazer a própria planta gerar amido diferenciado. Um avanço importante foi obtido pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), sediado na Colômbia, que identificou o gene da mandioca responsável pelo amido ceroso. A Embrapa foi a única instituição brasileira que recebeu esse material e agora procura incorporar a produção do amido waxy a uma variedade nacional. Assim, pretende-se aliar a performance do material brasileiro, já adaptado às condições nacionais, à produção natural do amido waxy. Os custos de produção serão os mesmos da mandioca convencional e, com isso, a produção do amido waxy deve aumentar a renda dos produtores.

O amido waxy é diferente do amido nativo ou comum, também conhecido por goma ou fécula,  e é considerado o produto da mandioca com maior valor agregado por ser utilizado em diversos tipos de indústria. “Amido diferenciado não significa que é melhor que outros. São produtos diferentes que têm aplicações distintas. Um é mais viscoso, o outro congela melhor, por exemplo, ou seja, aquele que se usa na indústria de papel não é usado na indústria de iogurte”, exemplifica Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA).

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