Encontro reúne comunicadores populares do Semiárido na capital cearense
Comunicadores/as populares dos Estados do RN, CE, PI e MA se reunem para trocar experiências
O
semiárido brasileiro foi por anos invisibilizado, mas foi a partir da
luta das organizações da sociedade civil que a realidade dos povos que
vivem na região avançou e neste contexto, a comunicação popular teve um
papel importante na divulgação deste outro Semiárido rico e diverso.
Neste sentido, uma das ações estratégicas da Articulação Semiárido
Brasileiro(ASA) é o fortalecimento da Rede de Comunicadores/as
Populares. Pensando nisso, foi realizado no período de 17 a 19 de
janeiro o Encontro Regional de Comunicação da ASA.
O evento foi sediado na capital cearense e contou com a participação de comunicadoras/res, representantes de comunidades tradicionais, agricultores, jovens e representantes das coordenações executivas dos Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão, além da equipe da Assessoria de Comunicação da ASA (AsaCom). Na manhã do primeiro dia foi feita a acolhida e apresentação das pessoas por estado. As boas-vindas foram dadas pelo coordenador executivo do Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido (FCSA), Marcos Jacinto, que destacou a importância da comunicação popular. “Pautar a comunicação popular é estratégico e importante, e com essa conjuntura atual devemos pensar qual será a estratégia da comunicação popular que faremos em nossas instituições e nesse coletivo”, pontuou Marcos.
Partindo do tema central “Comunicação Popular e Resistência – Por uma multiplicação criativa nos territórios do Semiárido”, a coordenadora da AsaCom, Fernanda Cruz reforçou o tema e sua intencionalidade: “s encontros são momentos para fortalecer nossa caminhada. Ela não começou agora, veio de meses atrás, surgindo de uma proposta do coletivo de outros momentos. Diante dessa conjuntura não podemos ficar em nossas caixinhas, nas nossas instituições. É momento de nos inspirar e encontrar práticas e outras vivências de comunicação popular”, afirmou.
Um dos objetivos do encontro foi contribuir para que a comunicação popular seja utilizada na defesa dos direitos dos homens e mulheres do campo, especialmente na atual conjuntura, e também fortalecer os processos de convivência com o Semiárido. As falas de Marcos e Fernanda foram ratificadas pelo coordenador do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA), Carlos Humberto: “uma caminhada de 17 anos, que pauta a política e a convivência com Semiárido na defesa de direitos e tem indo de contra a esse ‘Entulho regressivo’ para garantia de direitos da classe trabalhadora, este tem sido o papel da comunicação popular. Indo na contramão desse modelo de mídia que oprime e exclui”, reiterou.
Em seguida foram divididos os grupos para a apresentação das Instalações pedagógicas de cada Estado. Estas foram pensadas para serem apresentas em cenários construídos coletivamente, trazendo como elementos a realidade da comunicação de cada estado, levando os participantes a entenderem a dinâmica de cada rede de comunicadoras/es. Após as apresentações, que aconteceram em formato de carrossel, foram trazidos no debate os elementos que convergem e as especificidades de cada Estado.
No segundo dia do encontro foi a vez das apresentações das experiências em comunicação popular. O Rio Grande do Norte, comoveu participantes com a apresentação do jovem Catarino e experiência da comunicação popular no Quilombo Acauã. Com a resistência e outras formas de comunicação popular que foram redesenhadas após o fechamento da Rádio Melancia FM, o Piauí contou a experiência da Rádio Boa Nova, que foi pensada após a participação de alguns membros no XIX ENCONASA. São 30 comunidades envolvidas na rádio e 12 comunicadores/as que cuidam também da rádio web. Parte da manutenção da rádio é feita por doação de filhos da terra que moram em outros estados.
No Ceará a experiência apresentada foi contada por um jovem do Assentamento 10 de Abril, do Crato. Tharles contou a proposta do projeto A Voz da Juventude que foi acompanhado pela Universidade Federal do Cariri, com capacitações temáticas envolvendo a juventude para utilizarem uma rádio poste. O Maranhão mostrou sua resistência em comunicar, apesar dos desafios que a conjuntura permite, levando no campo das rádios comunitárias acesso a informação feita pelos movimentos populares e sociais, com a força do Levante Popular da Juventude. Outra experiência apresentada foi a do povo Tremembé, na Barra do Mundaú (CE), comunidade indígena que comemora anualmente a Festa do Murici e Batipupá. Durante a festa alguns jovens fizeram a cobertura do evento, postando vídeos e fotografias nas redes sociais.
Após as apresentações das experiências, no período da tarde, foram ofertadas as oficinas de softwares livres; novas narrativas e audiovisual com uso de Celulares. No terceiro dia foi realizado um momento específico com cada estado, estes tiveram que coletivamente contar seus aprendizados individuais, os desafios das redes, suas sementes plantadas e os compromissos, sintetizados em um desenho, bem com qual seria o elemento que iria representar a rede. Na sequência cada estado apresentou o resultado do desenho e suas impressões coletivas sobre o que foi debatido no grupo. No encerramento foi realizada uma avaliação por eixos, e encerrada com uma partilha de sementes e sentimentos.
Comunicar quando? Já.
O evento foi sediado na capital cearense e contou com a participação de comunicadoras/res, representantes de comunidades tradicionais, agricultores, jovens e representantes das coordenações executivas dos Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão, além da equipe da Assessoria de Comunicação da ASA (AsaCom). Na manhã do primeiro dia foi feita a acolhida e apresentação das pessoas por estado. As boas-vindas foram dadas pelo coordenador executivo do Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido (FCSA), Marcos Jacinto, que destacou a importância da comunicação popular. “Pautar a comunicação popular é estratégico e importante, e com essa conjuntura atual devemos pensar qual será a estratégia da comunicação popular que faremos em nossas instituições e nesse coletivo”, pontuou Marcos.
Partindo do tema central “Comunicação Popular e Resistência – Por uma multiplicação criativa nos territórios do Semiárido”, a coordenadora da AsaCom, Fernanda Cruz reforçou o tema e sua intencionalidade: “s encontros são momentos para fortalecer nossa caminhada. Ela não começou agora, veio de meses atrás, surgindo de uma proposta do coletivo de outros momentos. Diante dessa conjuntura não podemos ficar em nossas caixinhas, nas nossas instituições. É momento de nos inspirar e encontrar práticas e outras vivências de comunicação popular”, afirmou.
Um dos objetivos do encontro foi contribuir para que a comunicação popular seja utilizada na defesa dos direitos dos homens e mulheres do campo, especialmente na atual conjuntura, e também fortalecer os processos de convivência com o Semiárido. As falas de Marcos e Fernanda foram ratificadas pelo coordenador do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA), Carlos Humberto: “uma caminhada de 17 anos, que pauta a política e a convivência com Semiárido na defesa de direitos e tem indo de contra a esse ‘Entulho regressivo’ para garantia de direitos da classe trabalhadora, este tem sido o papel da comunicação popular. Indo na contramão desse modelo de mídia que oprime e exclui”, reiterou.
Em seguida foram divididos os grupos para a apresentação das Instalações pedagógicas de cada Estado. Estas foram pensadas para serem apresentas em cenários construídos coletivamente, trazendo como elementos a realidade da comunicação de cada estado, levando os participantes a entenderem a dinâmica de cada rede de comunicadoras/es. Após as apresentações, que aconteceram em formato de carrossel, foram trazidos no debate os elementos que convergem e as especificidades de cada Estado.
No segundo dia do encontro foi a vez das apresentações das experiências em comunicação popular. O Rio Grande do Norte, comoveu participantes com a apresentação do jovem Catarino e experiência da comunicação popular no Quilombo Acauã. Com a resistência e outras formas de comunicação popular que foram redesenhadas após o fechamento da Rádio Melancia FM, o Piauí contou a experiência da Rádio Boa Nova, que foi pensada após a participação de alguns membros no XIX ENCONASA. São 30 comunidades envolvidas na rádio e 12 comunicadores/as que cuidam também da rádio web. Parte da manutenção da rádio é feita por doação de filhos da terra que moram em outros estados.
No Ceará a experiência apresentada foi contada por um jovem do Assentamento 10 de Abril, do Crato. Tharles contou a proposta do projeto A Voz da Juventude que foi acompanhado pela Universidade Federal do Cariri, com capacitações temáticas envolvendo a juventude para utilizarem uma rádio poste. O Maranhão mostrou sua resistência em comunicar, apesar dos desafios que a conjuntura permite, levando no campo das rádios comunitárias acesso a informação feita pelos movimentos populares e sociais, com a força do Levante Popular da Juventude. Outra experiência apresentada foi a do povo Tremembé, na Barra do Mundaú (CE), comunidade indígena que comemora anualmente a Festa do Murici e Batipupá. Durante a festa alguns jovens fizeram a cobertura do evento, postando vídeos e fotografias nas redes sociais.
Após as apresentações das experiências, no período da tarde, foram ofertadas as oficinas de softwares livres; novas narrativas e audiovisual com uso de Celulares. No terceiro dia foi realizado um momento específico com cada estado, estes tiveram que coletivamente contar seus aprendizados individuais, os desafios das redes, suas sementes plantadas e os compromissos, sintetizados em um desenho, bem com qual seria o elemento que iria representar a rede. Na sequência cada estado apresentou o resultado do desenho e suas impressões coletivas sobre o que foi debatido no grupo. No encerramento foi realizada uma avaliação por eixos, e encerrada com uma partilha de sementes e sentimentos.
Comunicar quando? Já.
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