CORRIDA
Brasil quer criar mandioca com amido ceroso
Variedade pode aumentar rentabilidade
O Brasil entrou na disputa sobre quem vai
desenvolver primeiro a mandioca com o amido ceroso, ou waxy, que é usada
como insumo na composição de pratos congelados. Um avanço importante
foi alcançado pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical, com
sede na Colômbia, que identificou o gene da mandioca responsável pelo
amigo. A Embrapa foi a única instituição do Brasil a receber o material e
agora tentar incorporar o waxy a uma variedade nacional, adaptando às
condições locais. De acordo com a estatal, a intenção é produzir uma
variedade com os mesmos custos da convencional e ajudar a aumentar a
renda dos produtores.
A novidade reduz a quantidade de processos para a produção da mandioca com amido ceroso. “Amido diferenciado não significa que é que melhor que outros. São produtores diferentes que tem aplicações distintas. Um é mais viçoso, o outro congela melhor, por exemplo. Aquele que se usa na indústria de papel não é usado na indústria de iogurte”, conta Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
A novidade reduz a quantidade de processos para a produção da mandioca com amido ceroso. “Amido diferenciado não significa que é que melhor que outros. São produtores diferentes que tem aplicações distintas. Um é mais viçoso, o outro congela melhor, por exemplo. Aquele que se usa na indústria de papel não é usado na indústria de iogurte”, conta Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
“O
amido é composto basicamente por amilose e amilopectina [moléculas de
glicose]. Na maioria das variedades, o teor de amilose varia de 17% a
25%, mas a indústria possui grande interesse por materiais
diferenciados, sobretudo nos extremos dessa relação,” explica o
engenheiro-agrônomo Eder Jorge Oliveira, pesquisador da Embrapa Mandioca
e Fruticultura, ressaltando que a waxy apresenta pouca
amilose. “Teores mínimos de amilose interessam à indústria alimentícia
em função da menor retrogradação do amido, que é a perda de água após o
resfriamento do produto pronto.”, esclarece Oliveira que compartilha o
trabalho com os pesquisadores Rudiney Ringenberg, Marcelo Romano e Saulo
Oliveira.
“Nos
nossos trabalhos, não estamos restringindo as populações de
melhoramento aos materiais que vieram do Ciat. Testamos outras frentes
porque precisamos gerar novos recombinantes, além de encontrar novas
variantes deste tipo. A procura pelo gene waxy sempre foi feita
na Unidade e a ideia é que o programa seja sempre continuado,
considerando os avanços positivos na descoberta de mutações pontuais
associadas ao waxy”, afirma Eder.
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