O risco das pragas quarentenárias na agricultura brasileira
Cerca de 500 espécies de pragas quarentenárias apresentam risco potencial de danos à agricultura brasileira. De acordo com sistematização do Mapa, são consideradas pragas quarentenárias todo organismo de natureza animal ou vegetal, presente em outros países ou regiões, que mesmo sob controle permanente constitui ameaça à economia agrícola. Podem ser classificadas como não presentes no país e presentes com disseminação localizada e submetidas a programas de controle (A2).Um estudo realizado pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) e Embrapa, apontou 150 pragas e doenças que podem atingir as lavouras brasileiras nos próximos anos. Deste total, dez oferecem maior risco por estarem em áreas próximas, especialmente em regiões de fronteira ou em países com importantes relações comerciais com o Brasil, dentre elas a Monilíase do cacaueiro e o Amarelecimento letal do coqueiro, doenças que serão estudadas pelos pesquisadores da Embrapa.
Segundo a pesquisadora Sônia Nogueira, dispor de mecanismos seguros de diagnose de doenças e pragas da agricultura é essencial para manutenção das culturas e aumento da eficiência produtiva do país. “Além de possibilitar o uso de práticas eficientes de controle e a implementação de barreiras sanitárias para garantir a sanidade agrícola e reduzir custos na produção, contribui para a geração de emprego e renda no campo”, ressalta.
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