Novos híbridos de sorgo produzem mais rápido e com alta produtividade
Mais resistentes a doenças, ao acamamento e tolerantes ao alumínio tóxico presente no solo, as novas cultivares de sorgo granífero desenvolvidas pela Embrapa apresentam produtividade 10% maior que híbridos similares, em média. Outra vantagem obtida pelo melhoramento genético é a precocidade alcançada: as plantas possuem ciclo de produção de 115 dias, em média, de sete a dez dias a menos comparados a outros materiais disponíveis no mercado.A precocidade é importante, pois dá mais segurança durante a segunda safra. “Nesse período, a incidência de chuvas é menor e concentrada em poucos dias. Quanto mais cedo o híbrido produzir, mais chance ele tem de escapar da seca em uma época determinante para seu desenvolvimento, que é a de enchimento de grãos, no início do inverno”, explica o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Cícero Bezerra de Menezes, um dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento dos novos híbridos graníferos.
As novas cultivares de sorgo granífero BRS 373 e BRS 380 participaram de ensaios de competição nas principais regiões produtoras brasileiras, e ficaram sempre entre as mais produtivas. De acordo com o pesquisador, para ser competitivo no mercado o híbrido de sorgo precisa alcançar produtividades acima de quatro toneladas por hectare. “Os novos materiais da Embrapa sempre superaram essa marca”, reforça.
A diferença entre as duas cultivares, segundo Cícero Menezes, está no ciclo de produção. A BRS 373 tem um tempo de florescimento de 60 dias, tempo de maturação de 110 dias e altura da planta de 115 cm. Já a BRS 380 tem um tempo de florescimento de 62 dias; maturação de 115 dias e altura de plantas de 125 cm. Menezes explica que a pesquisa busca materiais ainda mais precoces para lançamento nos próximos anos, “com tempo de florescimento de 55 dias, no máximo”.
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