Salão de Artesanato da Paraíba homenageia algodão colorido orgânico
O algodão colorido desenvolvido pela Embraoa e produzido em sistema de
cultivo orgânico no interior da Paraíba vai ser homenageado na 23ª
edição do Salão de Artesanato. O evento acontece de 8 a 31 de janeiro,
no Espaço Cultural José Lins do Rego, na capital João Pessoa, e destaca
peças produzidas com as variedades BRS Safira, BRS Topázio e BRS Rubi.
Com o tema "O espaço é do povo e o algodão colorido é paraibano", pela primeira vez a organização do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) vai homenagear o algodão que se tornou símbolo regional em lojas de artigos para turistas e, também, ganhou o status de peças de luxo em feiras nacionais e internacionais nos mercados de exportação para países europeus como a Itália, Espanha, Alemanha e França. O produto também já chegou ao Japão e Estados Unidos.
Cultivo sustentável
No Agreste paraibano, o cultivo se tornou a principal fonte de renda para cerca de 30 famílias do Assentamento Margarida Maria Alves (maior produtor local), no município de Juarez Távora, a cerca de 100 km de João Pessoa.
A quantidade de hectares cultivada ainda é pequena para que seja incluída nas estatísticas oficiais de produção do algodão no país, mas destaca-se pelo uso sustentável da água e dispensa o uso de inseticidas e adubos químicos.
Mesmo com a produção limitada e considerada uma novidade na indústria têxtil, os agricultores comemoram o valor de mercado que está acima do tradicional algodão branco.
Para a gestora do PAP, Lu Maia, com a visibilidade proporcionada pelo Salão, o desafio será ampliar a produção para atender a demanda dos novos mercados. "Grandes marcas de confecções já demonstram interesse em desenvolver linhas sustentáveis. Elas precisam ter mais informações sobre o produto para ter um consumo consciente pensando nas futuras gerações. A questão da sustentabilidade também precisa entrar na agenda da cadeia produtiva têxtil. É preciso ter essa consciência desde a produção da matéria-prima, passando por todos os processos de produção até chegar ao consumidor final. Ainda há muito a ser feito", ressaltou.
Etapas da produção
Como o produto já nasce colorido, a fibra dispensa o uso de produtos químicos para tingir o tecido economizando água no processo de acabamento da malha. O algodão é beneficiado em uma usina no próprio assentamento com descaroçadeira. A máquina separa a semente da fibra que segue para as indústrias de fiação e, logo em seguida, para teares mecânicos rústicos presentes ainda em muitos municípios.
"Nesta safra vamos tentar transformar o caroço em torta para o gado e retirar o óleo bastante rico para a indústria dos cosméticos, pois já temos empresas interessadas nesse produto. A garantia de compra da produção do algodão colorido deu segurança ao produtor para ele realizar o plantio e alimentar a cadeia produtiva do Estado que envolve tecelagens, confecções e indústrias de moda e decoração. Temos que homenagear esses trabalhadores sim, pois se eles não plantarem, não temos o que produzir. Nós discutimos tudo com eles, mostramos nossos custos e eles também porque todos os elos da cadeia precisam sair ganhando", relatou a empresária e designer de moda Francisca Vieira.
Ela disse ainda que para atrair um público exigente aposta cada vez mais no design arrojado. "Nosso produto não é uma peça simplesmente regional. Para diversificar as cores utilizamos tingimentos naturais à base de casas e folhas de plantas como cajueiro, mangueira e barbatimão", revelou Francisca.
Novas cores
Após mais de 20 anos de melhoramento genético, a Emprapa Algodão obteve cinco variedades com tonalidades que vão do verde-claro aos marrons claro, escuro e avermelhado. Em breve será lançada uma nova variedade marrom, com melhor qualidade de fibra para a indústria têxtil. Outra linha de pesquisa também busca obter o algodão de cor azul através da biotecnologia para transferir o gene que fornece a cor azul para a fibra do algodão, o que reduziria significativamente o uso de tinta na indústria.
Com informações da Secom – PB
Com o tema "O espaço é do povo e o algodão colorido é paraibano", pela primeira vez a organização do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) vai homenagear o algodão que se tornou símbolo regional em lojas de artigos para turistas e, também, ganhou o status de peças de luxo em feiras nacionais e internacionais nos mercados de exportação para países europeus como a Itália, Espanha, Alemanha e França. O produto também já chegou ao Japão e Estados Unidos.
Cultivo sustentável
No Agreste paraibano, o cultivo se tornou a principal fonte de renda para cerca de 30 famílias do Assentamento Margarida Maria Alves (maior produtor local), no município de Juarez Távora, a cerca de 100 km de João Pessoa.
A quantidade de hectares cultivada ainda é pequena para que seja incluída nas estatísticas oficiais de produção do algodão no país, mas destaca-se pelo uso sustentável da água e dispensa o uso de inseticidas e adubos químicos.
Mesmo com a produção limitada e considerada uma novidade na indústria têxtil, os agricultores comemoram o valor de mercado que está acima do tradicional algodão branco.
Para a gestora do PAP, Lu Maia, com a visibilidade proporcionada pelo Salão, o desafio será ampliar a produção para atender a demanda dos novos mercados. "Grandes marcas de confecções já demonstram interesse em desenvolver linhas sustentáveis. Elas precisam ter mais informações sobre o produto para ter um consumo consciente pensando nas futuras gerações. A questão da sustentabilidade também precisa entrar na agenda da cadeia produtiva têxtil. É preciso ter essa consciência desde a produção da matéria-prima, passando por todos os processos de produção até chegar ao consumidor final. Ainda há muito a ser feito", ressaltou.
Etapas da produção
Como o produto já nasce colorido, a fibra dispensa o uso de produtos químicos para tingir o tecido economizando água no processo de acabamento da malha. O algodão é beneficiado em uma usina no próprio assentamento com descaroçadeira. A máquina separa a semente da fibra que segue para as indústrias de fiação e, logo em seguida, para teares mecânicos rústicos presentes ainda em muitos municípios.
"Nesta safra vamos tentar transformar o caroço em torta para o gado e retirar o óleo bastante rico para a indústria dos cosméticos, pois já temos empresas interessadas nesse produto. A garantia de compra da produção do algodão colorido deu segurança ao produtor para ele realizar o plantio e alimentar a cadeia produtiva do Estado que envolve tecelagens, confecções e indústrias de moda e decoração. Temos que homenagear esses trabalhadores sim, pois se eles não plantarem, não temos o que produzir. Nós discutimos tudo com eles, mostramos nossos custos e eles também porque todos os elos da cadeia precisam sair ganhando", relatou a empresária e designer de moda Francisca Vieira.
Ela disse ainda que para atrair um público exigente aposta cada vez mais no design arrojado. "Nosso produto não é uma peça simplesmente regional. Para diversificar as cores utilizamos tingimentos naturais à base de casas e folhas de plantas como cajueiro, mangueira e barbatimão", revelou Francisca.
Novas cores
Após mais de 20 anos de melhoramento genético, a Emprapa Algodão obteve cinco variedades com tonalidades que vão do verde-claro aos marrons claro, escuro e avermelhado. Em breve será lançada uma nova variedade marrom, com melhor qualidade de fibra para a indústria têxtil. Outra linha de pesquisa também busca obter o algodão de cor azul através da biotecnologia para transferir o gene que fornece a cor azul para a fibra do algodão, o que reduziria significativamente o uso de tinta na indústria.
Com informações da Secom – PB
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